quinta-feira, 30 de julho de 2009

Bruce Dickinson: Melhor Vocalista na Carreira Solo


Já era esperado que no maior vocalista entre os citados na enquête sobre os melhores vocalistas de Metal em carreira solo, fosse Bruce Dickinson (com 42% dos votos), atual vocalista do Iron Maiden e que já cantara no inicio de carreira com a banda Samsom.

Bruce Dickinson, inglês, já começou a apavorar o mundo com a Samsom, banda que estava ganhando bastante notoriedade, ao lado de Saxon e do próprio Iron Maiden que tinha ainda nos vocais Paul Di’anno e que até no Japão andava fazendo shows.

Entrou para a banda que iria consegrá-lo como o quase unânime melhor vocalista do Heavy Metal de todos os tempos: Iron Maiden. Com a banda desde 1982, ano em que é lançado o clássico disco “The Number of the Beast”, ele só foi aprimorando seu vocal ao longo dos anos e das apresentações sem fim em todo o mundo.

Mas foi em 1990 que resolve arriscar-se em carreira solo, com o magnífico “Tatooed Millionaire” (1990), que ainda contava com a guitarra de Janick Gers, que substituíra Adrian Smith em 1989.

Nesse álbum, a veia Hard Rock pulsa forte, relembrando os tempos de Samsom e o “quase irmão” “No Prayer For the Dying”(1990), da sua banda Iron Maiden, que não foi bem recebido.

Depois, com uma reformulação na banda de Dickinson (o que foi uma constante até por volta de 1997), lançou “Balls to Picasso”(1994) que entre músicas quase não tocadas ao vivo, o maior sucesso comercial da carreira de Bruce estava nesse álbum, a balada “Tears of Dragon”. Nessa altura ele já saíra da banda para a entrada do desconhecido (amado por uns e odiado por muitos) Blaze Bayley (vindo da banda de Hard Rock Wolfsbane).

Um ano depois sai “Alive in Studio A” (1995) que não acrescentou muito à história. Porém, “Skunkworks” (1996) deu uma guinada de, pelo menos, 180 graus (no som e no visual: cortara o cabelo). O disco era bem diferente de qualquer trabalho anterior, sendo chamado “injustamente” de grunge por muitas pessoas.

Trata-se de um grande álbum, com uma banda tocando diferente do que o Heavy Metal mas em nenhum momento deixando de ser pesada. Além disso, possui as melhores letras do Bruce em toda a sua carreira, letras bem pessoais e cantadas com muito entusiasmo.

No ano seguinte, “Accident of Birth” (1997) trazia uma nova banda e com um integrante muito especial: Adrian Smith. O mesmo tivera a banda Psycho Motel que, embora muito legal (outra Hard Rock), não durou mais que dois discos.

Nesse álbum, Bruce cai de novo no Heavy Metal tradicional que era acostumado no Iron Maiden. Obviamente, influência do Smith. O álbum é ótimo, tendo três clips gravados (Man of Sorrow”, “Road to Hell” e a faixa-título) e sendo muito melhor aceito que seu antecessor. Inclusive tal turnê passou pelo Brasil, com o clássico show no Skol Pro-Rock.

Pela primeira vez desde 1990, a formação continuou a mesma para o álbum seguinte, “The Chemical Wedding” (1998) que seguiu a mesma linha do anterior, mas mais “místicos” (baseado na obra do grande William Blake, inclusive na capa) e pesado. “The Tower” foi o maior sucesso, sendo uma das melhores do show ao vivo “Scream For Me Brazil” (1999), gravado em São Paulo e priveligiando a atual fase da banda. O shw abriu um leque maior de bandas gravando aqui no país.

Som a volta fantástica (mas muito esperada) de Bruce ao Iron Maien nesse mesmo ano (e com o ótimo “Brave New World” em 2000), a sua carreira solo ficou estagnada, sendo lançado em 2001 uma coletânea “The Best of Bruce Dickinson”.

Ele só voltaria ao estúdio ao gravar a clássica “Sabbath Bloody Sabbath” para um tributo ao Black Sabbath e que ficou ótima mesmo.

Em termos de inéditas, o ano de 2005 marcou o último lançamento em carreira solo. “Tyranny of Souls” não sendo um disco superior à muitos anteriores, mas que mostra a clara veia “Iron Maiden”, afinal fora o segundo trabalho solo paralelo à banda desde 1990. Destaques para “Abduction” (possui vídeo clip) e à bela “Navigate the Seas of the Sun”.

Além de outras tantas participações, não podemos deixar de mencionar o álbum do Tribuzy, do brasileiro Renato Tribuzy na faixa “Beast in the Light” (inclusive no DVD ao vivo) e também “The One You Love To Hate”, no álbum da lenda Rob Halford, seu primeiro disco solo.

Além dos trabalhos como músico, recentemente ganhou um prêmio pelo filme que produziu “Chemical Wedding” sobre o “bruxo” Alester Crowley, além de ter escrito dois livros, pilotar aviões (quase ter sido parte da equipe inglesa de esgrima em uma das olimpíadas). E, por fim, apresenta um programa de rádio na BBC de Londres. Ah, também gravou um videoclip para uma música do Alice Cooper junto ao Mr. Bean (!?). aí está a projeção que seu nome tem para além da música.

Bruce Dickinson é sinônimo de sucesso. Desde 1980 ele marca sua presença neste mundo tão acostumado à levantar aos céus ídolos e depois leva-los ao inferno. Parece que o Bruce não quer sair desse céu.

Stay on the Road

Texto:EddieHead

Enquete: Melhores Vocalistas em Carreira Solo

Ao longo deste mês de julho de 2009, a galera que acompanha o Road to Metal pôde votar no melhor vocalista em carreira solo. Claro que muitos ficaram de fora, mas tentei destacar os maiores nomes do Metal.

A observação é de que o que se queria é que os votos identificassem aqueles com os melhores álbuns, discos e afins em carreira solo. Não tanto a habilidade “vocálica”, e sim a produção em carreira solo.

Penso que os critérios foram entendidos e aqui vai uma análise desses dados.
Já era esperado que no maior vocalista entre os citados fosse Bruce Dickinson (com 42% dos votos), atual vocalista do Iron Maiden e que já cantara no inicio de carreira com a banda Samsom.

Você pode conferir mais sobre o vencedor na matéria acima.

Em segundo lugar, empatados, os maiores vocalistas da história do Black Sabbath: Ozzy Osbourne e Ronnie James Dio (ambos com 26% dos votos). Uma surpresa, ao se tratar de Dio, especialmente, já que Ozzy é mais conhecido em carreira solo. Esse resultado prova mais uma vez que quem nos acompanha entende de Metal.

Em terceiro lugar, o Metal God Rob Halford, atual Judas Priest e extinto Fight. Halford lançou apenas dois álbuns em carreira solo: “Ressurection” (nome muito apropriado) em 200 e “Crucible” de 2003 (além do duplo ao vivo “Live Inssurection” de 2001).

Após sua volta ao Judas Priest e de dois álbuns de estúdio, parece ter aposentado sua carreira solo, que, aliás, era ótima e recebeu melhores críticas do que os álbuns de quando estava fora da banda.

Jorn Lande (inúmeras bandas) e Michaels Kiske (Ex-Helloween) não ficaram para trás, com 13% cada). O primeiro nunca foi muito reconhecido, passando por inúmeras bandas, como Ark e Masterplan (nesse alcançando certa notoriedade).

O segundo, fizera seu nome na banda alemã Helloween e depois arriscara-se num som muito diferente com a Supered (apenas um disco), investindo na carreira solo, que parece estar dando frutos, afinal, nenhum papo de volta aos companheiros gringos.

Os demais pontuaram, mas de forma pouco significativa.

Agradecemos novamente aos Metalheads que votaram na esquete. Valeu!

Texto:EddieHead

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vougan do Brasil Aterrorizando os EUA



A banda brasileira de Heavy Metal Vougan está indo muito bem. Após o grande sucesso de crítica e público com seu álbum de estréia, “Mind Exceeding” de 2007. Obviamente que com seu EP de estréia do ano anterior, “Silent Souls” (2006) a banda já passou a ser vista como uma das revelações do Metal brasileiro.

A banda é reflexo da experiência dos músicos que a compuseram, desde os que já se retiraram até os atuais, tendo na formação atual dois membros da extinta e clássica banda nacional Dark Avenger, além do ex-vocalista da grande Heaven’s Guardian e Outworld (dos EUA).

O trabalho da banda segue uma linha Heavy e Progressivo, com ótima produção (o que é essencial). Sabendo cadenciar o álbum faixa à faixa, temos as “pauleiras” “Behind The Lies” e “Endless Nightmare”, as baladas “Unspeakable” que mostra de uma vez por todas que Carlos Zema (vocal) é um fenômeno nacional com microfone (recentemente foi mais um nome do projeto Soulspell Metal Opera). A Instrumental que fecha a edição nacional, “Mind Exceeding: Part II/III/IV” prova por a mais b a criatividade e habilidade técnica (e também de feeling) de Hugo Santiago (guitarra), Acácio Carvalho (bateria) e Gustavo Magalhães (baixo).

Claramente influenciados por mestres do Progressive Metal como Dream Theater e Rush (este mais rock), a Vougan está atualmente em uma turnê nos Estados Unidos, promovendo seu disco e banda, tocando em várias cidades do Texas, além de estarem concorrendo ao concurso do site Famecast.com, no qual a banda mais votada se apresentará em um canal de TV aberta dos EUA, ao vivo, além de poderem tocar no megafestival Lollapalooza. Afora isso, tocaram no festival ROCKLAHOMA 2009, ótimo ponto para surgimento de bandas revolucionárias.

Segundo os próprios membros da banda que atualizam a comunidade da banda no orkut, a turnê tem superado totalmente as expectativas, com a banda alcançando altos elogios e com os norte-americanos simplesmente adorando a banda. Tanto que as músicas da banda tem sido tocadas nas rádios do país, até mesmo o álbum na íntegra.

A banda disponibiliza em seu site suas músicas para download gratuío, o que facilita ainda mais para que ela se torne mais conhecida no mundo, até mesmo em seu próprio país, afinal está fazendo seu nome no norte da América e o sul aqui parece não dar muito apoio (exceto pelos fies fãs).

Mais uma banda nacional detonando e aterrorizando os gringos, mostrando que aqui sabe-se fazer Metal de qualidade, de todos os tipos.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


Sobre a banda

Site Oficial: http://www.vougan.com (download das músicas)
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=10291099
Myspace: http://www.myspace.com/vougan
Famecast (para votar na banda): http://www.famecast.com/


Ficha Técnica

Banda: Vougan
Álbum: Mind Exceeding
Ano:2007
Tipo: Progressive Metal
País: Brasil

Formação:

Carlos Zema - vocal
Hugo Santiago - guitarra
G Zus - baixo
Acácio Carvalho - bateria



Tracklist:
01. Inner Ghost
02. Behind The lies
03. Ghosts
04. Unspeakable
05. Endless Nightmare
06. L.O.S.T
07. Silent Souls
08. On The Road
09. Mind Exceeding - Part I
10. Mind Exceeding - Parts II, III & IV
11. Angellus (Bonus track for Japan)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Ascensão do Arch Enemy Ao Vivo



Os suecos do Arch Enemy merecem que tiremos o chapéu para a banda, por dois motivos: eles “popularizaram” dentro do cenário mundial de Metal o chamado Death Metal Melódico (embora a vocalista Ângela Gossow discorde desse rótulo) e quebraram paradigmas ao colcoarem na banda uma vocalistaque utiliza vocais guturais, estremecendo muito marmanjo por aí.

Eu particularmente ainda prefiro o primeiro vocalista, John Liiva (que ficou na banda de 1996 à 2001), que gravara os três primeiros álbuns da banda e o registro ao vivo no Japão. Porém, admiro os caminhos que a banda trilhou com a Ângela.

Afinal, estamos falando da banda de Michael Amott na guitarra e backing vocals, um dos líderes da clássica banda Carcass que “inventou” esse tipo de som que o Arch Enemy popularizou (confira na sessão clássicos o disco Heartwork do Carcass).
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Além de Michael, seu irmão Christoph Ammot divide as guitarras (e responsável pelos teclados), tendo no baixo o experiente Sharlee D’Angelo (que já tocara com King Diamond e Mercyful Fate) e o incrível Daniel Erlandsson na bateria, que tem tocado com o Carcass na volta da banda.

A banda lançou seu segundo registro oficial em DVD ao vivo (pouco antes de divulgar que em setembro o oitavo álbum será lançado, "The Root of All Evil"). Com o nome sugestivo, “Tyrants of The Rising Sun – Live in Japan”, gravado na turnê do sétimo álbum de estúdio, “Rise of the Tyrant” (2007), trata-se de uma apresentação onde a banda privilegia (mais ainda que o primeiro DVD com Ângela) a fase atual, com poucas músicas dos álbuns iniciais.

Falando do áudio, o cd é duplo e abre muito bem com a ótima “Blodd on Your Hands” e emendando “Ravaneus”, clássico da banda desde a chegada da nova vocalista e que sempre abria os shows.

Dá para perceber que a banda é muito querida no Japão, afinal é o segundo de três registros ao vivo no país. Também as músicas mais recentes mostraram um bom poder ao vivo, às vezes até melhor do que o ao vivo anterior.

Como já assinalei, o ponto baixo é a falta de uma abrangência maior das demais fases da banda. Entretanto, “Silverwing” (do álbum “Burning Bridges” de 1999) ficou ótima, assim como “Fields of Desolation” que fecha o álbum e consta no disco de estréia da banda, “Black Earth” de 1996.

Os solos, já característicos da banda, ficaram ainda melhores nessa turnê do que na precedente, assim como a produção que deixou o público “aparecer” mais e melhor, com a ótima troca de energias entre a banda e o mesmo.

Este é um ótimo ao vivo, superior na grande maioria dos aspectos aos anteriores e mostrando que o Arch Enemy é uma banda que, além de quebrar paradigmas também faz um som competente e levanta a bandeira do Metal pesado e melódico como nenhuma outra banda na atualidade. Mas coma volta do Carcass....a briga será boa.

Stay on the Road


Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Arch Enemy
Álbum: Tyrants of the Rising Sun – Live in Japan
Ano: 2009
Tipo: Death Metal “Melódico”
País: Suécia
Link: http://rapidshare.com/files/171654055/Arch_Enemy-Tyrants_Of_The_Rising_Sun-LIJ_By_Didizoto__www.dumah-grind.blogspot.com_.rar

Formação


Michael Ammot (guitarra/backing vocals)
Angela Gossow (Vocais)
Sharlee D’Angelo (baixo)
Christoph Ammot (guiatrra/teclados)
Daniel Erlandsson (bateria)


Tracklist

Cd I

01 - Intro / Blood On Your Hands
02 - Ravenous
03 - Taking Back My Soul
04- Dead Eyes See No Future
05- Dark Insanity
06- The Day You Died
07- Christopher Solo
08- Silverwing
09- Night Falls Fast
10. Daniel Solo

Cd II

01 - Burning Angel
02 - Michael Amott Solo (incl. 'Intermezzo Liberté')
03 - Dead Bury Their Dead
04- Vultures
05 - Enemy Within
06 - Snowbound
07 - Shadows And Dust
08 - Nemesis
09 - We Will Rise
10- Fields Of Desolation / Outro

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Deicide: Death Metal como Antes, Mas Mais Desenvolvido



O Death Metal é um dos tipos de Metal caracterizado pela rapidez dos instrumentos, especialmente da bateria, e pelos vocais guturais e temas, no mínimo, polêmicos, envolvendo religiões pagãs e morte.

Uma das maiores bandas da história no estilo, Deicide, que surgiu nos Estados Unidos costuma ser conhecida pelo seu Death Metal nu e cru, além, claro, das inúmeras polêmicas que envolvem os nomes dos músicos, especialmente do vocalista e baixista Glen Benton, que possui uma das vozes mais graves do mundo.

A banda na última década passou por umas poucas boas, desde prisão dos integrantes, à proibições de tocarem em certos países, assim como manda o figurino.

Em termos musicais não foi diferente. A banda foi criticada em mais de um álbum devido à um “redirecionamento” da sonoridade da banda, além de começar a apelar para videoclips para divulgação, coisa que Benton sempre mal dizia.

Mas tirando essas questões, a banda ano passado presenteou os fãs com o ótimo “Til Death Do Us Apart”, nono álbum da banda e mostrando que esses 19 anos desde o lançamento do primeiro disco fizeram bem à banda.

Digo isso porque sou partidário daqueles que apreciam o Metal Extremos (seja Death, seja Black Metal) e espera um amadurecimento das bandas. Obviamente que sempre haverão os clássicos do inicio da carreira que qualquer um tira o chapéu. Mas acontece que a banda tinha se tornado bastante repetitiva e os fãs fiéis que me perdoem, mas este disco de 2008 finalmente dá uma ideia de que a banda cresceu nessa última década.

Aqui temos músicas pesadas, bem Death mesmo, mas uma certa complexidade até mesmo no vocal potente de Glen. Os demais músicos que acompanham a podreira são os guitarristas Jack Owen e Kevin Querion (que substituíram os irmãos Hofman) e o baterista Steve Asheim, que está com a banda desde seu inicio e sabe tocar rápido e inventar dentro de um tipo de som que isso é bem complicado.

As músicas estão cerca de um minuto mais cumpridas. Destas, destaque pra faixa de abertura e de encerramento, instrumental que mostra a habilidade dos músicos em experimentarem com seus instrumentos. A faixa-título se destaca também, assim como “Wortless Misery” (com os agudos de Benton detonando), “In The Eyes of God” e “Angel of Agony”.

A banda mostra aqui porque é sempre lembrada quando o assunto é Death Metal, ao lado de Krisiun e Cannibal Corpse.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica


Banda: Deicide
Álbum: Til Detah Do Us Apart
Ano: 2008
Tipo: Death Metal
País: EUA
Link (do orkut): http://www.4shared.com/file/45520341/bca82a30/D_TDDUP.html

Formação

Glen Benton (vocais e baixo)
Jack Owen (guitarra)
Kevin Querion (guitarra)
Steve Asheim (bateria)


Tracklist

1- The Beginning of the End
2 - Till Death Do Us Part
3 - Hate of All Hatreds
4 -In the Eyes of God
5 - Worthless Misery
6 - Severed Ties
7 - Not As Long As We Both Shall Live
8 - Angel of Agony
9 - Horror in the Halls of Stone
10 - The End of the Beginning

Made in Brazil: O Power Metal do Shaman e Uma Carreira Conturbada



Estreando uma nova seção no Road to Metal, a “Made in Brazil” irá trazer, todo mês, a história de alguma banda nacional de grande renome e que contribui, da sua maneira, para tornar o nosso país uma das potências musicais no estilo, mesmo com o pouco apoio da mídia. Para abrir com chave de ouro, a banda paulista Shaman.

Shaman surgiu desacreditado com a dissolução da mundialmente famosa Angra, que em 1999 se separara e brigaram na Justiça pelo nome do grupo, já consolidado dentro do Power Metal/melódico em todo o mundo. Quem ganhou a causa foram os guitarrista Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro.

Assim, André Matos (vocal), Luis Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) permaneceram juntos e criaram a banda Shaman, lançando com essa formação o primeiro e estrondoso sucesso “Ritual” (2002), com direito até mesmo de uma música em uma novela da TV Globo (com a bela balada “Fairy Tale”, que ganhou um videoclipe muito interessante). São desse álbum os sucessos “For Tomorrow” (também contemplada com um vídeo) e "Distant Thunder". Vale lembrar que a banda já inicia com a produção do mestre Sascha Paeth (Virgo, Aina e ex-Heavens Gate).

Outras participações especiais ficaram a cargo de Marcus Viana (Sagrado Coração da Terra e trilhas para TV, como Pantanal e O Clone), o tecladista Derek Sherinian (Dream Theater e Yngwie Malmsteen) e o vocalista Tobias Sammet (Edguy e Avantasia).

A banda conseguiu logo de cara impressionar o mundo, tomando-o em asalto, inclusive abrindo o show do Iron Maiden em SP para 45 mil pessoas. De sua turnê, escolheram seu berço, São Paulo, para gravar seu CD/DVD ao vivo “Ritualive” (2003) marcando essa nova fase dos músicos ex-Angra (contando com o irmão de Luís e competente guitarrista Hugo Mariutti).

Um show memóral, contando com a participação especial Sascha Paeth, Andi Deris e Michael Weikath da banda Helloween, Tobias Sammet (vocal Edguy) e o violinista Marcus Viana.

Lançam em 2005 o segundo disco, “Reason”. Houveram duas mudanças nesse disco: uma sonoridade mais Power Metal e pesada, inclusive com Matos mais agressivo, e o acréscimo de um “a” no nome da banda (devido à direitos autorais), “Shaaman”.

Esse é um disco que embora com uma qualidade e maturidade superior ao primeiro, pouca vendagem obteve, tendo sido lançado por uma gravadora menor que não soube explorar o potencial comercial da banda. Assim, começam a surgir problemas entre os integrantes e gravadora.

Desse disco saem os singles “Innocence” (uma balada ótima) e “More” (uma levada mais Hard Hock e com elementos eletrônicos) que ganham videoclips rodados diretos na TV. Mas isso não foi o suficiente para que, em 2006, o baterista e detentor do nome da banda anunciasse o fim do Shaaman.

Houve discussões entre os membros. A banda volta a ser chamada Shaman e Confessori anuncia que está atrás de novos integrantes, e manterá o nome da banda. André Matos segue para sua carreira solo e leva junto os irmãos Mariutti.

A banda Shaman muda sua formação completa, permanecendo apenas Confessori (que voltou ao Angra este ano na turnê da volta aos palcos da banda), e trazendo à banda Léo Mancini (guitarra), Thiago Bianchi (vocal), Fernando Quesada (baixo) e Fabrizio Di Sarno (teclados).

Com essa formação lançam “Immortal” (2007), álbum em sua grande parte diferente dos demais, podendo até ser confundido com o de outra banda. Na verdade, fez falta os demais integrantes da antiga formação. O pessoal que está na banda agora é bastante competente, mas o Shaman com certeza não será mais o mesmo.

Nesse álbum temos o competente Thiago Bianchi nos vocais que, em certos momentos, lembram Matos, mas impõe um estilo mais próprio, com seu lado mais melódico nas baladas como “In the Dark” (apresentada em videoclipe) e “The Yellow Brick Road”. Destaques ficam para a faixa-título, “One Life” (single) e “Never Yield”.

A banda comemora essa sua fase agora em proporções mais amenas e com muitos shows pelo país com o seu segundo DVD, “Anime Live 2008” novamente gravado em São Paulo, durante o evento Anime Friends 2008, destinado aos fãs dos desenhos em formato Anime.

O DVD conta com apenas 12 músicas, dando destaque às da nova formação, mostrando claramente que a banda é outra com o mesmo nome. Porém, mudanças drásticas à parte, Shaman é uma anda que levantou bem alto a bandeira do Metal Brasileiro no mundo todo, deixando há tempos de ser apenas um projeto e tornando-se o grupo referência do Power Metal, ao lado da lendária Angra.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Fontes: Wikipédia, Wiplash e Site Oficial

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Clássicos: Imaginations From The Other Side e o Assalto do Guardião


Blind Guardian é outra banda que sempre vem a mente quando o assunto é Metal alemão. Esses caras surgiram na Alemanha em 1984, mas apenas em 1986 passaram a usar o nome que consolidaria a histórica contribuição ao Power Metal e ao Epic Metal mundial.

Em 1995 a banda ainda não havia despontado como iria acontecer depois, com shows ao redor do mundo e produções de álbuns cada vez mais complexos.

Na metade da década passada lançam “Imaginations From The Other Side” que viria a ser o álbum mais destacado pelos fãs da banda. Obviamente a banda tem outros petardos, mas este em absoluto é o primeiro que vem à mente quando o assunto é Blind Guardian.

A faixa título é uma das que mais agitam os shows ao vivo até hoje e a banda nunca deixou de toca-la. “I’m Alive” mostra bem a mistura de agressividade e habilidade dos músicos André Olbrich e Marcus Siepen nas guitarras e do baterista Thomas Stauch. Show a parte e que sempre caracterizou a banda foi Hansi Kürsch nos vocais. Neste disco ele ainda tocava baixo também, mas que logo deixaria de fazer para se dedicar mais às apresentações ao vivo. Além disso, a formação segue a mesma deste álbum, exceto pela troca do baterista por Frederik Ehmke em 2005.

Também é desse álbum a bela e épica do inicio ao fim (que depois o Nightwish parece ter se baseado para criar a música “The Islander”): “A Past and Future Secret”.

“The Script For My Réquiem” também tornou-se clássico indispensável aos shows. Ela segue a linha do álbum: peso e melodia.

A seguinte “Mordred’s Song” volta um pouco para o lado mais épico da banda, com um inicio calmo e estourando depois num verdadeiro Power Metal. Bela canção, com um dos melhores riffs de guitarra do álbum.

“Born in a Mourning Hall” também está presente nos shows sem falta. Aliás, como você deve ter percebido, praticamente todo o álbum é tocado ao vivo, o que onfirma a sua importância para a carreira da banda e aos fãs.

A faixa seguinte é um dos maiores clássicos do álbum, mas não é tocada em toda turnê. Ganhando inclusive um vídeo clipe (assim como a faixa título), “Bright Eyes” é mais cadenciada.

Trazendo o peso e a velocidade de novo, “Another Holy War” tem uma melodia no refrão ótima e que fica muito grudada depois de ouvir uma vez. Muito legal ver quando a banda toca ao vivo esta, que também não está em todas as turnês.

“And the Story Ends” fecha com chave de ouro esse álbum que mais do que muitos já deviam estar sendo homenageados nesta sessão que tem trazido os maiores álbuns da história do Metal mundial, em todos os tipos de som e nacionalidades.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


Ficha Técnica

Banda: Blind Guardian
Álbum: Imaginations From The Other Side
Ano: 1995
Tipo: Power/Epic Metal
País: Alemanha

Formação


Hansi Kürsch (vocal e baixo)
André Olbrich (guitarra)
Marcus Siepen (guitarra)
Thomas Stauch (bateria)

Tracklist

01- Imaginations from the Other Side
02- I'm Alive
03- A Past and Future Secret
04- The Script for my Requiem
05- Mordred's Song
06- Born in a Mourning Hall
07- Bright Eyes
08- Another Holy War
09- And the Story Ends

terça-feira, 14 de julho de 2009

Resenha de Show: Sepultura e Angra na Casa do Gaúcho, Porto Alegre 24 de Maio de 2009

Abertura Tierramystica

Naquele dia o público foi surpreendente na Casa do Gaúcho, não pelo número excessivo de pessoas mas pela rídicula falta de público nesse foi um dos shows mais importantes para a história do Metal nacional.

O Tierramystica subiu ao palco após 50 minutos de atraso, mostrando a desorganização do pessoal responsável pela organização do evento. Nem todos tiveram a oportunidade de acompanhar todo o show do Tierramystica, devido a precariedade da organização, as filas estavam rigorosamente lentas, mas quem, mas quem conseguiu entrar desde o início assistiu a um show com performance a cima do esperado Do Tierramystica.

O pessoal não era muito íntimo das letras do Tierramystica (e nem das músicas) mas não pelo fato da falta de qualidade, mas sim por simplesmente não conhecer.

O Tierramystica fez, digamos, um bom show em termos de metal melódico, explorando bastante seus instrumentos andinos (aqueles parecidos com flautas) tocados pelo peruano Hernando, convidado especial do show da banda e o charango (parecido com cavaquinho) tocado por Jesus Hernandes.

O pessoal foi entrando e dando apoio ao Tierramystica. Tierramystica começou o show com músicas próprias e recebendo um retorno bom do público, mas quando os acordes de Run to the Hills, (clássico do Iron Maiden) começou o público se empolgou cantando toda a música junto com o vocalista André Nascimento, este sendo o ponto alto do show do Tierramystica.

Depois de algumas músicas, a galera se acalmou até que outro clássico do rock foi executado, a monstruosa Burn, clássico do Deep Purple. Logo depois desse clássico a banda prosseguiu o show com o público mais calmo, porém, porque todos já estavam ansiosos para o show do Angra, logo após o show O tierramystica se despediu agradecendo a todos e saindo aplaudido do palco.

Essa é a formação completa do Tierramystica: André Nascimento (voz), Fabiano Muller (guitarra e violões), Alexandre Tellini (guitarra e violões), Rafael Martinelli (baixo), Luciano Thume (teclado), Rafael Dias (bateria) e Jesus Hernandes (quenas, zampognas, ocarinas e charango).

Não demorando muito o Tierramystica sair, começaram os gritos enlouquecidos de boa parte da platéia, gritando ANGRA, ANGRA...

Angra

Após 20 minutos (já com o público bem maior), sobe ao palco a banda de metal melódico brasileira mais consagrada no exterior, o ANGRA, já começando com toda empolgação de Carry On, um dos clássicos que o Angra nunca cansa de tocar recebendo até críticas da mídia e de alguns fãs. O fato e que a performance de Carry On naquela noite foi perfeita, lembrando os velhos tempos de Angra.

Depois vieram Waiting Silence e Lisbon que mantiveram a empolgação da galera no máximo.

Depois vem o clássico Angels Cry com todos cantaram juntos o refrão fantástico dessa música, tendo até depois o clássico grito “ole ole ole angra angra” .

Após Angra continuou o show com “The Course of Nature”, “Make Believe”, “Acid Rain”, todas sem intervalos entre si. Arrancando energia da galera e a vibração do público.
Logo após “Metal Icarus” arrancou muita vibração da galera, fazendo todos pogarem.
Após veio a emocionante “Bleeding Heart”, e depois “Nothing to Say”.

Quando todos os integrantes do Angra fizeram a despedida, todo mundo com jeito de quero mais começou em coro “mais um, mais um, ole ole ole Angra Angra” sensibilizando os músicos com o carinho, os integrantes voltaram e Edu disse: “agradeço o carinho, e vamos tocar mais uma que a gente não toca a muito tempo, e acho que vocês conhecem...”

Daí começaram os acordes de “Rebirth” emocionando a todos que cantaram do começo ao fim, analisando os gestos de Edu Falaschi no palco, o Angra se despediu novamente, e quando as luzes se apagaram todos pensaram que teria acabado, mas surpreendentemente o Angra ressurgiu como um relâmpago e finalizaram o show com a empolgante “Spread your Fire”. No refrão dessa sensacional música do álbum “Temple of the Shadows” de 2004 nem era possível escutar a voz de Edu Falaschi pois todos cantaram em coro “Srpeeeead your Fireeee”.

Logo após os integrantes do Angra se reuniram no centro do palco, agradeceram o público, e o apoio, e logo após Edu invocou o SEPULTURA direto das profundezas do inferno para subir ao palco!


Sepultura

Após alguns minutos de intervalo do show do Angra, todos aproveitaram para recarregar suas energias , pois sabiam que o Sepultura estava chegando.
Começou a introdução de uma faixa do álbum A-LEX, um som meio psicótico, deixando a galera empolgada, sobem os integrantes ao palco, só faltando Derrick Green, após um tempo de gritos e vibração do público, surge Derrick Green, pegando a todos de surpresa, com a faixa “Moloko Mesto” estremecendo a Casa do Gaúcho (muitos fãs do Angra se refugiaram fora do público!). Logo após vieram “Filth Root” em um ritmo mais cadenciado, e logo após “What I Do!” que fez até os mais tímidos agitarem, era uma bela cena, todos quase sem excessão fazendo uma roda do caralho!

Depois veio o clássico indestrutível do Sepultura, conhecido no mundo inteiro, virando um hino em certos países (por exemplo Finlândia) “Refuse-Resist” com seu refrão sendo cantando pro todos do público fazendo ensurdecer a Casa do Gaúcho.
Depois vieram “Manifest” “Convicted in Life” “Atittude” quebrando o pescoço de todo mundo de tanto agitar.

Depois “We''ve Lost You”, “The Treatment” os ânimos baixaram um pouco, mas não pararam. Depois de “D.E.C” veio a clássica “Troops of Doom” da época de Max Cavalera.
Um clássico indispensável que agitou todo mundo.

Logo após vieram “Sepctic Schizo/Escape to the Void” e outro clássico da época Max Cavalera “Inner Self” reavivando todos e fazendo as rodas explodirem.
Depois “Sepulnation” considerado um clássico da época Derrick Green veio a tona, provocando a vibração do público com o nível de agitação muito alto!

Depois o clássico monstruoso que qualquer fã que se preze do Sepultura conhece: “Territory”,
tendo seu refrão ecoando a quilômetros de distância da Casa do Gaúcho.

Depois veio outro clássico imortal, “Arise” levando todo mundo a loucura e a fazer dezenas de vezes o símbolo do metal com as mãos.

Depois veio a novata do álbum A-LEX, “Conform”baixando um pouco o entusiasmo.
Derrick até falou, “que ta havendo ai porra?! Estão gostando? Ta fraco, mas essa vocês vão gostar!
Ai com o clássico grito “ sepultura do Brasil” começa a humilhante “Roots Bloody Roots” levando a Casa do Gaúcho a baixo!
Encerrando assim o show do Sepultura.

Sepultura & Angra

Após alguns minutos , e algumas pessoas indo embora... as duas bandas voltam juntas ao palco, para a execução de alguns clássicos do rock, como “Immigrant Song” de Led Zeppelin, The Number of the Beast do Iron Maiden ( com Edu errando a letra), e depois fazendo uma surpresa a todos o baterista do Angra, Ricardo Confessori canta ‘Back in Black” do AC/DC, “Paranoid” do Ozzy (cantanda muito bem por Derrick Green) encerra a noite. Após agradecimentos as bandas se despendem muito ovacionadas deixando a todos com gosto de quero mais, e com a certeza que a noite foi fantástica para o heavy metal brasileiro.



Texto: Mateus Fiuza; Michel Tomassoni