quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Workshop com Nando Mello Reunirá Fãs de Hangar e Músicos


Voltando com mais uma postagem sobre workshops (oficinas), o blog Road to metal anuncia a volta de Nando Mello à cidade de Ijuí/RS, dessa vez para realizar um workshop no dia 08 de outubro no Estação 451.



Nando Mello é um dos grandes baixistas do Brasil e toca a muitos anos ao lado do Hangar, sendo que estivera recentemente na região noroeste do Rio Grande do Sul com o Hangar em duas ocasiões (em Ijuí no mês de abril e em São Luiz Gonzaga em junho) que você pode conferir resenhas aqui no blog.



O músico conseguiu uma brecha na “The Infallible Tour” de sua banda (que já abriu show da banda Dream Theater há alguns anos) para estar pela segunda vez em Ijuí.

Nessa data que está por vir, além de mostrar sua habilidade e técnica com o instrumento, responderá perguntas a quem estiver no local e, sempre com sua humildade e simpatia, também estará realizando uma jam especial após o workshop.



A organização, que já trouxera o Hangar para um workshow (tendo em Aquiles Priester a estrela da noite), preparou uma jam especial entre Mello e a banda local Excellence.

O grupo, que está em ótima fase e até a data já terá lançado seu debut completo “Against the Odds” (fique de olho no blog para novidades nos próximos dias), irá tocar clássicos do rock ao lado de Nando Mello, num momento histórico, à exemplo de quando em São Luiz Gonzaga o vocalista da Excellence Valterson cantou junto ao Hangar duas músicas.

Um ótimo evento para os fãs do grupo e do músico, bem para quem quer apreciar um bom e velho Rock’n Roll numa apresentação inédita numa noite memorável para cidade e região.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Informações

O Quê: Workshop + Jam
Quem: Nando Mello (Hangar) e Excellence (Jam)
Onde: Ijuí/RS
Quando: 08/10/10
Local: Estação 451
Horas: 20:00
Ingresso: R$4,00
Mais informações: (55) 81299233
Email: mauriel666@hotmail.com



Site: Nando Mello
Myspace: Nando Mello

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CARRO BOMBA: Rock And Roll Explosivo!



Com três CDs já lançados, sendo que o último trabalho, “Nervoso”, marcou a estréia de Rogério Fernandes (irmão do Nando Fernandes, ex-Hangar) e se você já ouviu o CD, já sabe que faz jus ao título, o Carro Bomba vem se destacando cada vez mais no cenário nacional com um Rock Pesado, quase beirando o Metal.

Atualmente produzindo o quarto trabalho, com a produção de Heros Trech, a Banda promete ainda mais peso e Rock and Roll nervoso!
Confira abaixo entrevista com o Baixista Fabrizio Micheloni, falando sobre a excelente repercussão do último trabalho e outros assuntos!

1)A primeira coisa que notei ao colocar o cd pra rodar, foi que o título caiu como uma luva! O Som está muito “Nervoso” mesmo. Mais pesado, uma pegada bem Metal! A que vocês atribuem essa pegada, foi algo natural ou vocês pensavam em deixar o som mais pesado? E se o título foi mesmo alusão a esse peso que o cd apresenta?

Fabrízio: Foi algo bem natural, pois essa é uma tendência que sempre tivemos. Quem conhece nosso trabalho sabe que desde o primeiro disco já podia se notar esse direcionamento; Só que agora decidimos partir pra ignorância de vez! E o titulo é apenas um toque de que estamos cheios de primeiras intenções...

2) O cd marcou a estréia da nova formação. Como está sendo essa fase “quarteto” agora? Provável que ao vivo deve ter facilitado por deixar o Marcelo mais livre.

Fabrízio: Está sendo muito bom pelo fato de tudo estar fluindo de forma espontânea e, é claro, pelas novas possibilidades que isso tudo está trazendo para os arranjos e a sonoridade da banda.

3) Senti muita influência de Black Sabbath no CD, inclusive numa das minhas preferidas, a “Fui”. Dá pra dizer que o Sabbath é uma grande influência nesse disco principalmente? Claro que tem o fato do Rogério e do Marcelo participarem do Eletric Funeral.

Fabrízio: Pois é cara, acho que não precisa nem dizer o quanto gostamos e o que o Sabbath significa pra nós. A parada tá no sangue, não tem jeito...

4) As letras também estão bem “nervosas” e o cd já abre com “Punhos de Aço”, mandando um recado que Rock é pra quem tem peito! Para quem o Carro Bomba manda essa mensagem?

Fabrízio: Punhos de Aço descreve a forma como eu acho que o lance tem de ser. O intuito é fazer com que aqueles que se identificam com ela cantem – na em altos brados!!! Quanto à mensagem não sei, nem pensei muito nisso... só pensei em dizer que para se fazer um puta som próprio destruidor, você tem que ter culhões e muita perseverança.


5) O CD recebeu muitas críticas positivas na imprensa especializada. Na sua opinião este seria o melhor trabalho da Banda até agora?

Fabrízio:Não que seja o melhor, mas foi definitivamente muito importante e decisivo, pois vínhamos de dois álbuns como trio e dividindo vozes, e de repente colocamos um batera que toca de dois bumbos e um cantor! Ainda por cima partimos pro peso sem concessões, hehe...

6) E o espaço para shows? Como tem sido os convites para a Banda, como você tem sentido a cena atual para o Rock and Roll/Metal nacional?

Fabrízio: Cara, vou te dizer, tá foda (vide resposta 4). Aqui em São Paulo, além de você não ter muitos lugares decentes pra tocar, ainda rola o império do cover, que além de complicar bastante, também infectou a cabeça de grande parte do público que se diz “rock”. Acho que o caminho são os festivais Brasil afora, onde milhares de pessoas vão para ouvir as bandas independentes e/ou novas, e é onde você ganha fãs novos na raça mesmo, não com jabaculê de rádio, exposição na mídia em geral ou mesmo internet... Além disso, tem uma porrada de banda boa pra caralho batalhando nas trincheiras e precisando de lugar legal pra tocar.

7) E as vendagens? O Cd foi produzido de forma independente não é? Já tá dando pro Carro Bomba pagar as contas só com o Rock and Roll? O que você aconselharia para as Bandas iniciantes?

Fabrízio: Se dependêssemos da banda pra viver ela já teria acabado, pois não estaríamos vivos para tê – la,hehehe. Fizemos de forma independente porque está funcionando bem assim. Quem achar que vai ganhar dinheiro com vendagens, nos dias de hoje,está xarope... Nós somos uma banda nova, temos apenas quatro anos e acho que pelas mudanças pelas quais passamos e por já termos três discos, estamos no caminho certo.
Para as bandas novas eu digo: não é fácil(vide resposta 4), mas você tem sempre que manter os pés no caminho!!!


8)Quanto as bandas covers e o fato de que é preciso ter mesmo culhões para fazer um trabalho próprio, concordo plenamente, pois se não se acredita na própria capacidade criativa, nunca teríamos novas músicas ou novas Bandas. O que você acha que é o principal fator que leva as pessoas a preferir os covers, seja o músico quanto o público? Será preguiça, falta de criatividade, mais facilidade, menos trabalho, ou quanto ao público, falta de personalidade e mente aberta a novas coisas? Bandas novas e com qualidade a gente tem, e muitas.

Fabrízio: O principal fator é que o brasileiro é baba ovo por excelência... Além de não termos identidade, infelizmente ainda não aprendemos a dar valor ao que é “nosso”. Da parte dos músicos, rola tudo isso que você mencionou, mas não se pode generalizar, pois tem nego com filhos e um monte de buchas pra segurar, mas a real é que a grande maioria não tem mesmo é o dom de fazer som próprio, ou então possui aquela mentalidade adolescente de “encarnar”o ídolo. De qualquer maneira, gozam com o pau dos outros. E pra terminar de foder, 90% das bandas cover são inábeis ou, em português bem claro, verdadeiras merdas. E isso me faz pensar: “Porra, será que a galera que vai assistir essas bandinhas não enjoa de ouvir sempre as mesmas ladainhas e cada vez mais mal executadas?”. Se tem uma coisa que me deixa injuriado é quando algum idiota na platéia fica gritando “toca Sabbath”, “toca Metallica” ou “toca sei lá o quê...”, o que de vez em quando acontece durante shows do Bomba.(Engraçado era até uns dois anos atrás,quando mandavam a clássica “Toca Raul” e a gente tocava mesmo, pois fazíamos uma versão “à la Bomba” do Rock do Diabo, que inclusive entrou numa coletânea de bandas independentes lançada em 2006 e que pode ser baixada na internet, pra variar...hehe!) Acho isso uma puta falta de respeito com a banda e principalmente com o público que está ali para te prestigiar,mas te digo que tem muito mais gente gritando “toca o Foda-se” ou “toca o Foda-se II”, o que é muito gratificante e bem mais divertido, diga – se de passagem. Muitas pessoas estão de saco cheio de terem sua inteligência sendo insultada de forma grotesca dia após dia,então uma coisa vai levando à outra , e isso vêm resultando no crescimento contínuo do público ligado na cena da qual o Bomba é parte... a cada show, a cada disco. But it’s a long way to the top!

9)Estava vendo uns vídeos do Whitesnake no Brasil, Coverdale está ótimo, o novo disco é muito legal, e uma entrevista do AC/DC em que eles falaram que não colocaram as músicas pra vender separado na net porque eles não fazem singles, eles fazem álbuns! Ou seja, é gratificante ver a longevidade e fidelidade destas lendas. Eu vejo o Carro Bomba como um fiel seguidor dessa linha. Você acredita que há como uma Banda de Rock Pesado no Brasil, nos dias atuais, conseguir alcançar uma longevidade?

Fabrízio: Lógico. A longevidade não tem nada a ver com sucesso financeiro, leia-se estar no primeiro escalão. Se você ama o que faz, isso se reflete em sua música, e você pode ir gravando um disco atrás do outro, graças às facilidades tecnológicas de hoje. Veja o Velhas Virgens, por exemplo, os caras têm mais de vinte anos de estrada sendo totalmente independentes.

10)Se de um lado tem a tal praga dos covers, do outro, vejo, por exemplo, que estão surgindo e se fortalecendo programas tipo Stay Heavy, Backstage e ainda edições do Metal Battle do Wacken e ano que vem Wacken no Brasil, ou seja, tem um público fiel e, talvez, ainda possa ser desperto o interesse daquele pessoal meio em cima do muro, que prefere os covers e somente atrações internacionais. E tem ainda a Internet, os “baixadores” de CD, etc, tudo tem um lado bom e ruim, principalmente os downloads, que seguem gerando muita discussão. Como você, do meio, e já com boa experiência, vêem tudo isso?

Quanto mais festivais melhor, como já dito anteriormente. O download é uma realidade e algo que não pode mais ser contido, seja você contra ou a favor. O mundo gira em ciclos, e se tem uma coisa que a história nos ensinou é que quando tudo está saturado, banalizado e fútil como agora, sempre surge um rompante de amotinados que dão uma “chacoalhada” em tudo.

Fabrízio: Acredito que haverá um BOOM logo, logo... Mas para que esse tipo de coisa aconteça, os pioneiros/precursores sempre têm de dar a cara pra bater . E já que você falou em atrações internacionais, outra coisa que pega é que por aqui quase não rola banda de abertura e, quando rola, é só no jabá. Nos países vizinhos, nossos “hermanos” valorizam suas bandas e são bem mais unidos...enfim, bem mais Rockers que aqui no Brasil. Agora também tem essa onda de “reuniões”,”voltas” e “regravações” que também já deram no saco.

11)E os planos futuros? O que podemos esperar? Um DVD quem sabe?

Fabrízio: O mais maligno dos planos é gravar o próximo disco, ainda mais feroz que o Nervoso e com essa formação, que tá foda. O barato do Bomba é que vamos ficando mais pesados a cada disco... Não quero nem ver onde essa porra vai parar!!!!(gargalhadas). A idéia do DVD é ótima e tenho certeza que acontecerá em seu tempo, quando todos os fatores que envolvem sua produção e realização conspirarem a favor...

O Carro Bomba é:

Fabrizio-Baixo
Rogério-Voz
Heitor-Batera
Marcello-Guitarras


VEJA AQUI VÍDEO DO MAKING OFF PRÉ-PRODUÇÃO

MYSPACE DA BANDA

VÍDEO DA MÚSICA "PUNHOS DE AÇO"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Kataklysm: Venenoso


Não costumamos ver muitas produções de renome mundial vindas do Canadá, especialmente quando se fala em Metal.

Mas é de lá uma das maiores bandas do gênero que podemos, aqui no Brasil, chamar de Death Metal Melódico, ou como o grupo é definido no exterior como “Northern Hyperblast”.



Mas rótulos à parte, Kataklysm é uma banda que este ano lançou seu novo trabalho de estúdio. O álbum, que tem causado furor na cena metálica, chama-se “Heaven’s Venom” (2010) e é o 10º de estúdio do quarteto formado por Maurizio Iacono nos vocais, Max Duhamel na bateria, Jean-François Dagenais nas guitarras e Stéphane Barbe no baixo.

O álbum, que muitos fãs estão considerando um dos três clássicos da carreira, ao lado de “Shadows & Dust” (2002) e “In the Arms of Devastation” (2006), e bastante superior ao seu antecessor “Prevail” (2008), que também fora muito bem recebido quando de seu lançamento.



“Heaven’s Venom” (2010) traz a medida mais que adequada de peso, do Death Metal norte-americano (lembrem-se que não é apenas quem nasce nos EUA que pode ser chamado de norte-americano), com a melodia. Mas não pense que encontrará aqui mais um álbum de Death Metal Melódico, com passagens de vocais limpos e essas coisas.



O que temos aqui é agressividade, ajudada em muito pelo grande vocal de Iacono, que canta com muita raiva e empolga de cara. Também merece destaque o restante da banda, que com riffs pesados, bateria e baixo trabalhados, ora rápidos como no Death Metal clássico, mas ora voltando-se à algo mais próximo de um Thrash Metal.

Difícil destacar alguma das 10 faixas em especial. “Push the Venom” é primeiro video clipe da banda. Vale mencionar que é uma das melhores produções do ano e que agradará a todos que gostam de um bom vídeo da banda.



“A Souless God”, que inicia a paulada, é uma das melhores do disco e cativa de inicio (impossível ouvir o álbum sem começar por ela). “As The Wall Collapses” traz uma bela melodia das guitarras, na mistura perfeita de peso/harmonia, assim como “Suicide River” (que riff marcante de Dagenais).

Altamente indicado à quem curte o gênero, assim como quem quer um som pesado, sem ser repetitivo ou sem criatividade. Kataklysm, que virá para o Brasil pela primeira vez em abril de 2011, mostra porque é uma das referências principais desse estilo de Metal que conseguiu “fundar”. Ponto para o Canadá.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Kataklysm
Álbum: heaven’s Venom
Ano: 2010
País: Canadá
Tipo: Death Metal Melódico/Northern Hyperblast

Formação

Maurizio Iacono (Vocal)
Max Duhamel (Bateria)
Jean-François Dagenais (Guitarras)
Stéphane Barbe (Baixo)



Tracklist

1. A Soulless God
2. Determined (Vows Of Vengeance)
3. Faith Made Of Shrapnel
4. Push The Venom
5. Hail The Renegade
6. As The Wall Collapses
7. Numb And Intoxicated
8. At The Edge Of The World
9. Suicide River
10. Blind Saviour

Confira mais sobre a banda
Myspace

Veja o vídeo clipe da banda
Push the Venom

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Entrevista: Brutal Morticínio Uma das Atrações do 1º Underground War Fest


O blog Road to Metal esta cobrindo os preparativos para a primeira edição do esperado festival de death/Black Metal promovido pela agência Metal Army. Trata-se do Underground War Fest, a ocorrer no dia 16 de outubro de 2010 na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul. Você pode conferir demais informações aqui no blog.



Enquanto o festival não vem, tivemos a honra de conversar com a banda Brutal Morticínio, de Novo Hamburgo/RS, uma das principais atrações do festival. O grupo formado atualmente por Tormento nos vocais, Mielikki no baixo, Tyrant na Guitarra e a participação especial de Mephistopheles na bateria, é um dos grandes nomes da cena gaúcha, tendo tocado inclusive em São Paulo e apresenta um Black Metal característico cru e sem frescuras, cantado em português.

Nessa entrevista, Tormento conta mais sobre a banda, sua fundação e trajeto, a cena Black Metal do sul, bem como sobre o incrível debut do grupo e sua proposta temática, além das expectativas em participar do Underground War Fest. Confira!



Road to Metal: Primeiro gostaríamos de agradecer a disponibilidade da banda em responder à algumas perguntas. O blog Road to Metal busca sempre que possível destacar as bandas do underground nacional.

Dêem um panorama geral de como surgiu a banda e suas influências musicais e ideológicas.

Brutal Morticínio: Saudações a todos do Road to Metal, primeiramente gostaríamos de agradecer o espaço que tem dado as bandas do metal extremo do RS e em especial a Brutal Morticínio.



A horda surgiu em 2006, na cidade de Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul, o nome foi escolhido com base nas mortes causadas pelos invasores cristãos na América. Propomos, ideologicamente, a redenção dos costumes tribais de nossos ancestrais indígenas, logicamente, adaptados aos novos tempos e a expulsão total dos elementos cristãos. As nossas letras retratam exatamente isso. A lembrança dos guerreiros que tombaram na batalha contra os opressores cristãos e o ódio ancestral que sentimos por esta sociedade estruturada na hipocrisia e na mentira.

Quanto à musicalidade propomos um estilo de metal negro, na linha old school como Sarcófago, Hellhammer e Darkthrone, ou seja, buscamos sempre uma sonoridade ríspida, direta e sem frescuras.



RtM: Vocês começaram como um trio, partindo algum tempo depois para um quarteto. Como se deu essa mudança?

BM: A horda, desde a sua fundação em 2006, passou por várias alterações, atualmente contamos comigo Tormento nos vocais, Mielikki no baixo, Tyrant na Guitarra e tem a participação especial de Mephistopheles na bateria.

As mudanças ocorreram por circunstâncias diferenciadas, conhecíamos Tyrant a algum tempo e queríamos dar mais peso com uma segunda guitarra, por isso foi integrado a horda. Durante algum tempo nos estabelecemos com um quinteto Tormento nos vocais, Mielikki no baixo, Tyrant na Guitarra, Mephistopheles na outra guitarra e Dark Beherit na bateria.

Entretanto tivemos alguns problemas de horário e outras para manter aquela formação. Permanecemos por algum período apenas eu Mielikki e Tyrant, quando em comum acordo com Mephistópheles resolvemos fazer estas apresentações, e desta vez ele novamente na bateria, agora como um quarteto.



RtM: Quais foram/são as maiores dificuldades para uma banda de Black Metal na região de vocês?

BM: A cena da região do vale dos Sinos infelizmente é bem pequena e conta com poucas bandas reais, a cena do RS como um todo é muito boa e vasta, as melhores hordas concentram-se, em nossa opinião, na Serra. Há algumas bandas que realmente são importantes para o metal extremo que são do vale dos sinos, mas citarei as que são de nossa convivência a Serbherus, a Movarbru, Sombriu,e a Imortal Perséfon, Podemos dizer que são quase inexistentes zines circulam por aqui e o número é ainda menor dos que são produzidos na região,o que dificulta a circulação das idéias e do propósito das hordas. Acho que as maiores dificuldades são, sobretudo para divulgação, pois na região são pouquíssimos os lugares que abrem as portas para o metal extremo, e outra característica marcante das hordas da região é de que fazemos o som em português, e por isso ainda encontramos ainda mais portas fechadas. Gostaria de deixar claro, estas são as maiores dificuldades, poderiam ser outras, porém somos intransigentes em nossos princípios e jamais faríamos mudanças a fim de nos adaptarmos a padrões. Pois temos uma postura, cada um de nós tem suas próprias idéias, mas estamos juntos tocando, justamente pelos aspectos quais possuímos em comum em nossas convicções.



RtM: Em 2008 lançaram o álbum "Despertar Dos Chacais; O Outono Dos Povos". Vamos dedicar um tempo a ele. O título é forte e marcante. Qual a mensagem que querem passar com ele e quem sugeriu tais títulos?

BM: A idéia geral do álbum era de fazer uma homenagem aos ancestrais guerreiros que morreram na guerra contra a invasão européia sobre a América. Os temas principais do álbum são ligados ao anticristianismo, resistência/revoltas, bem como nossa percepção diante dos fatos históricos relacionando-os aos momentos presenciados hoje. Buscamos trazer a tona o questionamento a respeito do covarde morticínio causado pelos invasores, enfatizando a presença sim de resistência em muitos povos da América, ao contrário do que é na maioria das vezes é colocado. A forma que tratamos destes aspectos representa nosso pensamento, o importante para nós em nossas letras é a sinceridade, a arte para ser negra deve ser sincera.



A idéia sobre o título foi minha e de Mielikki, é uma representação sobre o final de um modelo, de um ciclo para os povos da América. Os nossos ancestrais sofreram frente a estes chacais há 500 anos. A única alternativa honrosa, para nós povos da América é resistirmos a este modelo a esta religião maldita, não é simplesmente nossa ideologia é nosso dever histórico.

RtM: Em relação às letras, o grande diferencial da banda é apostar em músicas na língua portuguesa. Por que dessa escolha?

BM: Como eu havia mencionado antes a proposta da horda é fazer um metal extremo e primitivo voltado, sobretudo para os verdadeiros guerreiros da América do Sul. O idioma reflete a nossa realidade, pois falamos de nossos ritos, guerras e revoltas, entretanto isto saiu de forma espontânea, não quer dizer que não venhamos a fazer algum som em inglês, espanhol ou outro idioma, mas continuaremos majoritariamente fazendo as letras em português.



RtM: Sabemos pelo Myspace da banda que a crítica de vocês ao cristianismo vai além do que as bandas de Black Metal costumam fazer. A posição contrária de vocês é muito bem fundamentada, criticando a tomada das terras nativas brasileiras pelos cristãos europeus. Falem um pouco sobre essa temática. Ela estará sempre presente nas composições futuras do grupo ou apenas no álbum citado?

BM: O Brutal Morticínio surgiu para falar sobre estas questões, da cultura revolta e guerras do RS, Brasil e da América Latina. Podemos citar algum tema um pouco diferenciado em nossas futuras letras, entretanto ele terá em maior parte de suas composições os temas que lembrem esta chacina realizada na colonização da América e toda a nossa revolta e sentimento de vingança sobre isso. É uma questão de honra e de compromisso.

RtM: Muitas vezes vamos com certo preconceito ouvir bandas independentes. Não é mais meu caso, mas confesso que me surpreendi muito positivamente com o trabalho do grupo. Destaco “A Escuridão Me Conforta”, “Estúpido e Podre Homem-Branco-Cristão” e “E a Morte Triunfa...”. Gostaria de saber quais músicas do disco vocês costuma m tocar ao vivo e quais os que acompanham a banda curtem mais?

BM: Ainda sobre o álbum, agradecemos a colocação que fez, pois pensamos em cada detalhe na produção do artefato, ordem dos sons, layout da digipack, construção das intro’s, enfim.... Buscamos fazer o som e um material voltado as origens do metal negro. Sobre as músicas no momento trabalhamos em algumas composições novas, que soam um pouco mais melancólicas, mas paradoxalmente são mais rápidas e ríspidas. Estas novas músicas temos exibido nos últimos shows, além é claro das antigas que foram gravadas no despertar dos chacais...



Os sons que a galera tem mais curtido são A Morte Triunfa, A Eterna Marcha da Devastação e Estúpido e Podre Homem Branco cristão, é gratificante ver que algumas vezes os guerreiros que estão no público sabem as nossas letras, é muito legal pois é uma resposta positiva e de certa forma uma aceitação à nossa expressão, bem a nossa dedicação ao underground da América Latina.

RtM: O blog Road to Metal está cobrindo a primeira edição do Underground War Fest, que acontecerá em Ijui/RS na noite de 16 de outubro deste ano. Quais as expectativas da banda para se apresentar no festival, visto que contará com outras bandas de respeito e até mesmo uma atração internacional?

BM: Estamos com uma grande expectativa para este grande evento que ocorrerá em Ijuí, a escolha das bandas foi perfeita! Além disso dividiremos o palco com amigos e bandas quais já tivemos algum contato, como o pessoal da Abate Macabro, Ancient Ritual, Dark Torment, Southern Warfront, entre outras. Como eu mencionei exibiremos alguns sons novos e as músicas do Despertar dos Chacais... Levaremos em torno de umas cinco horas e meia de Novo Hamburgo, onde partimos, até Ijuí, o que será um atrativo extra e é sempre legal tocar pelo interior do RS.O pessoal aqui também está entusiasmado com o show, pois será uma noite de metal negro, como há tempos não ocorre. Principalmente se tratando de um evento como dito com uma atração internacional que já esteve no país, apreciamos, porém a maioria aqui não conseguiu prestigiar.



RtM: Deixamos nossos agradecimentos e esperamos ansiosos pela banda no Underground War Fest. Vocês tem um espaço para deixar uma mensagem à quem acompanha o blog. Valeu!

BM: Gostaríamos, mais uma vez de agradecer o espaço que dedicou a Brutal Morticínio, também ao destaque que tem dado em seu blog para a nossa horda. É sempre um prazer responder as entrevistas dos zines blogs e demais propagadores do metal extremo que realmente entendem do que estão falando e procuram se interar sobre os temas que estão sendo abordados.

Longa vida ao Road to Metal nos vemos em Ijuí

Força e Honra

Para conhecer melhor sobre o Brutal Morticínio:
No Myspace
No Orkut
No Twitter

Confira o vídeo clipe oficial de "Estúpido e Podre Homem Branco Cristão":
Estúpido e Podre Homem Branco Cristão

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Oficializando a “Pirataria”: Novo EP do Metallica Resgata Pérolas de Bootlegs



Ainda vai demorar um tempo significativo até termos o sucessor do ótimo “Death Magnetic” (2008). Enquanto isso, o Metallica, com a sua fama e reconhecimento lá no alto (depois de muitos anos em baixa), turnês de muito sucesso e a confiança retomada, o grupo, para não deixar passar o ano de 2010 em branco sem lançamentos em formatos exclusivo de áudio (está saindo em outubro um grande box com CDs e DVDs do Big Four), selecionou algumas “pérolas” para compor seu novo EP já lançado chamado “Six Feet Down Under” (2010).


São oito músicas que tentam dar conta de algumas das fases que o grupo passou. O mais curioso, entretanto, é que se tratam de versões gravadas ao vivo da banda e lançadas em formato de bootlegs, os álbuns “piratas” não oficializados que os fãs gravam e depois liberam mundo à fora. Pearl Jam num período lançou vários discos bootlgs como oficiais (curiosamente na época em que o Metallica lutava contra a Napster, mas é outropapo).


Assim, todas são gravações que o grupo julgou serem interessantes fazerem parte da discografia oficial da banda.

Temos músicas com duas formações: com Jason Newsted e com Robert Trujillo no baixo, ao lado dos membros de quase sempre James Hetfield (vocal e guitarra), Lars Ulrich (bateria) e Kirk Hammett (guitarra). Com o primeiro, mais privilegiado, temos 7 músicas, que vão desde as ótimas “...And Justice For All” (do álbum homônimo de 1988) à “Through the Never”, do universalmente conhecido “Black Álbum” (1991). Com o segundo, apenas “Frantic”, do pior trbalho da banda, o infame “St. Anger” (2003).


Uma versão curiosa e que dá um brilho no EP é para a música “Low Man’s Lyric”, do disco “Reload” (1997) e que, pelo menos quem vos escreve, nunca havia escutado.

A questão é a qualidade dos áudios mesmo. Por se tratarem de bootlegs, dá para se dizer que captura fielmente o que é um show da banda, mas ao mesmo tempo traz músicas com uma qualidade questionável (afinal, é um bootleg oficial, então tem que ser assim mesmo), especialmente as mais antigas. A coisa melhora da faixa cinco em diante, com um salto de vários anos e toda a evolução tecnológica em captar um show (agora em formato digital ao acesso de todo mundo).


Um lançamento interessante, cuja iniciativa é de se tirar o chapéu. Porém, com certeza os fãs gostariam de algum material inédito (não custava nada colocar alguma “sobra” de estúdio como bônus). Mas enquanto isso não vem, Metallica se mantêm sempre na crista da onda, sempre presenteando os fãs (e à gravadora) com algum material interessante. Confira!

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Metallica
Álbum: Six Feet Down Under (EP)
Ano: 2010
País: EUA
Tipo: Thrash Metal

Formação

James Hetfield (Vocal e Guitarra)
Kirk Hammett (Guitarra)
Lars Ulrich (Bateria)
Jason Newsted (Baixo das faixas 1 à 7)
Robert Trujillo (Baixo na faixa 8)


Tracklits

01. Eye of the Beholder – Live on May 4, 1989 at Festival Hall in Me
02. .And Justice For All – Live on May 4, 1989 at Festival Hall
03. Through the Never – Live on April 8, 1993 at the Entertainment
04. The Unforgiven – Live on April 4, 1993 at the National Tennis
05. Low Man’s Lyric - Acoustic Live on April 1
06. Devil’s Dance – Live April 12, 1998 at the Entertainment Centre
07. Frantic – Live on January 21, 2004 at the Entertainment Centre
08. Fight Fire With Fire – Live on January 19, 2004 at the Enter

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Resenha de Shows: 4º Porão do Rock Com Bons Shows Apesar do Péssimo Som


Fiquei pensando entre fazer a resenha do festival Porão do Rock, ocorrido em Cruz Alta/RS no último sábado dia 11 de setembro, ou apenas deixar passar e não comentar aqui nada.

Decidi que seria injusto com os leitores do blog, bem como com as bandas que se apresentaram lá.



Nunca estivera numa edição do festival, esse que é esperado pela cidade e região, e resolvi dar uma conferida (e buscando um pouco de diversão, porque só estudar não rola).

O ginásio municipal me pareceu uma boa escolha, e a organização fechou metade da quadra para o público, até para a galera ficar mais próxima do palco (e mais visível aos olhos).



Um ótimo público compareceu (cerca de 600 pessoas), fazendo jus ao nome do festival. Pessoas de várias cidades do estado estavam lá para prestigiar as bandas.

A primeira a subir ao palco foi a Sastras, de Butiá. Executando alguns covers e 4 músicas próprias (destaque especial para “Albatróz”), o grupo desenvolveu bem seu Power Metal, com destaque ao baterista Thiago Batistti e à bela vocalista Nathy Pfütze que cantou clássicos, como “Cemetery Gates” (Pantera) e “Aces High” (Iron Maiden), embora nessa última teria sido melhor que o grupo nem tivesse executado, devido à algumas “falhas” (mas valeu pra galera se divertir). O grupo mostra que dá para cantar Metal em português e esperamos que ouçamos falar mais da banda em breve.



Após, Desordem Mental sobe para colocar abaixo o ginásio com o Death/Thrash Metal que já é conhecido por muitas pessoas na região. A banda é de Catuípe e empolgou quem esperava por um som mais pesado. O único problema foi a corda de guitarra que rebentou e demorou para ser reposta (sugestão a banda e a qualquer outra: leve cordas reservas).

A banda local Aeroplane levou muitos “amigos” para acompanharem o show. Particularmente, não me agradou em nada, mas mais pelo gosto pessoal do que pela qualidade (ou falta dela) da galera “teen age”. Dava para se ouvir, em certos locais do ginásio algumas vaias e o pedido pelas bandas de Rock e Metal, então a definição do grupo como de Rock Gaúcho não bastou para sossegar os ânimos da galera. Queimou o filme com os roqueiros mais radicais o grande número de “emos” (ou afins) que foram para ver a banda. Mas enfim, o melhor ainda estava por vir.



Para trazer o Heavy Metal a tona novamente, a Steel de Canoas iniciou com a abertura utilizada pelo Metallica nos shows. Mas enganou a galera ao começar executando a já clássica e grande “Killing Ground”, dos ingleses do Saxon. Confesso que não esperava ver algum grupo arriscando tocar Saxon.

O grande problema começou com o som. Na verdade, o som das demais bandas já apresentava problemas. Porém, com a Steel, chegou ao absurdo: a caixa da bateria de Nicolas estava tão alta que parecia desafinada, o vocal de Marcelo dava muita interferência e alto pra caramba e a guitarra de William quase que totalmente inaudível. Uma verdadeira porcaria.



O grupo, na honra, seguiu em frente. Muitos eram as pessoas que foram até os “engenheiros de som” reclamar e dar sugestões, mas nada mudou. O grupo executou mais alguns clássicos, como Iced Earth e mais Saxon, para também executar duas faixas próprias. Infelizmente, muito prejudicadas, não podemos ter uma real dimensão da qualidade das composições dos caras da Steel. Porém, na primeira delas, consegui identificar traços que a farão pegar a galera de vez.

Para mim, o melhor show da noite, mas que foi totalmente prejudicado pelo péssimo som. Mas bola pra frente.



A banda seguinte é mais uma representante da cidade. A Arquivo Oculto executou bem seu Rock ‘n Roll básico, assim como a Melhor de Três da cidade de Ibirubá.

A Hard Stones de Feliz apostou mais nos velhos clássicos, executando desde Deep Purple a Lynyrd Skynyrd, agitando a galera que estava mais afim de um som “das antigas”.

Voltando ao Metal, Vakan de Santa Maria sobe ao palco e, à exemplo das demais bandas, sofre demais com o som. Mas, mesmo assim, focaram em clássicos do Judas Priest, Manowar, Queensÿrche (“Silent Lucidity” teria sido perfeita com um som melhor), Dio (não podia faltar uma homenagem ao Mestre) e Blind Guardian com a clássica “Valhalla” para encerrar a 4 Edição do Porão do Rock. O grupo apresentou uma composição própria, a boa “Under a Lie” (que segundo a banda está em vias de gravação), e uma versão que poderia ter ficado de fora para “The Prisioner” (Iron Maiden), talvez a banda devesse deixar a canção de fora ou ensaiá-la mais.



Além do problema da organização em termos de som (única coisa que pecou, mas que é muito mais que um detalhe), a banda Jack Lanner não se apresentou por falta de caixa e pedal de bateria (que segundo a organização as demais bandas trouxeram) e a Anônima chegou a passar o som na tarde, mas foi para o hotel e não retornou (segundo a organização do festival).

Que me desculpe a organização, que pelo amor ao Rock organizou mais uma edição do festival, nos proporcionando rever amigos de todo o estado (e em todos os estados) e diversão, mas infelizmente é necessário que as próximas edições não mostre essa grande falha no som, pois um evento musical pode até pecar em várias coisas, mas nunca no som. Seguimos em frente.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Fotos: Perfil do Orkut do Festival e das bandas

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Humor Banger! Estreando no blog a série de posts humorísticos, que estará presente regularmente, quando menos esperarem!

Gêmeos, Clones, magia negra, transmutações, uma maldição de Sharon Osbourne(sim, essa mulher é maléfica)!!???? Whatta hell???

Vocês já notaram que o Miguel Falabella é a cara do David Bowie?





E o que dizer desse fenômeno:Justin Hawkins(ex-The Darkness) transformou-se em David Lee Roth em trejeitos, saltos,roupas... é o próprio Diamond Dave!!!!





...e Diamond Dave se transformou no....Rubinho Barrichello!!!!!!?????(cara dum, focinho do outro)


Bruce Kulick Para Além do Kiss: BK3


O guitarrista Bruce Kulick, que fora membro por 12 anos do Kiss, substituindo definitivamente Ace Frehley quando este deixou a banda no inicio dos anos 80, lançou este ano seu terceiro disco solo.



Tendo como atração as suas guitarras de Hard Rock que conhecemos muito bem, o guitarrista no álbum “BK3” (2010) também se aventura num Heavy Metal tradicional (de leve, mas está lá), sonoridade que tem se aproximado nos últimos anos, especialmente de sua amizade com Tobias Sammet (Edguy, Avantasia).



Temos aqui pessoas que não são tão surpresas assim, como seu “chefe” de Kiss Gene Simmons (ele canta em “Ain’t Gonna Die”), dão os ares da graça, inclusive participando da composição. Curiosamente, essa é uma das melhores faixas do álbum, remetendo, obviamente, ao Kiss.

O guitarrista solta o gogó com seu vocal nada de especial, mas que dá conta de seu Hard Rock/AOR que nos brinda com o álbum, em 4 músicas, além dos vocais de fundo em outras delas e também de tocar baixo em algumas.

O grande nome da cena Metal é, obviamente, Tobias Sammet. Bruce e Tobias se aproximaram devido à amizade de Tobias com Eric Singer (ex-Kiss), tendo Kulick contatado Tobias e este, em troca de cantar neste disco, pediu que Kulick tocasse nos discos do projeto Avantasia. Não por acaso, Eric Singer toca bateria na mesma faixa em que Sammet canta, a ótima “I’m the Animal”.



Demais nomes relativamente desconhecidos da cena Metal se fazem presentes, levando o álbum à uma variedade interessante e não tão extrema como fora o álbum de Slash (ex-Guns’n Roses), no qual cada faixa conta com um vocalista diferente e que leva as características de suas respectivas bandas.


Entre as participações, temos o vocalista John Corabi, ex-Mötley Crüe, que esteve com a banda no período de 1992 a 1997 e canta na música “No Friend of Mine” (que não traz nada demais). Também está presente Nick Simmons, filho de Gene Simmons, que se arrisca nos vocais (que lembram bastante os do pai), tendo mais sucesso que Corabi em “Hand of King”, inclusive o primeiro single do álbum.

Mas uma das curiosidades (nem tanto, afinal) é Doug Fieger, vocalista do grupo pop The Knack que lançou o mega-sucesso “My Sharona” nos anos 70/80, e que faleceu em decorrência do câncer em 14 de fevereiro deste ano, mas que já havia gravado para o disco de Kulick. Provavelmente a última gravação de Fieger fora a música “Dirt Girl”, que lembra de certo modo o som descompromissado do vocalista na sua banda.



Uma das participações mais interessantes fora do guitarrista Steve Lukather (Toto e inúmeros projetos), que divide as guitarras com Kulick na ótima e limpa instrumental “Between the Lines”. Vale salientar os demais inúmeros bons músicos que participaram das composições e gravações desse ótimo disco. Confira “Life”, a melhor do álbum e com uma levada tranqüila para acabar com o disco.

Aqui o que temos então é o terceiro álbum solo do guitarrista (que também toca com o Grand Funk Railroad) e, ao meu entender, seu trabalho mais significativo e “solto’, afinal, o cara não precisa provar mais nada a ninguém e, embora seu vocal lembre até certo ponto o de Ace, as semelhanças param por aí e Bruce mostra que, ao contrário de seu antecessor, consegue viver fora do Kiss. Indicado aos apreciadores de Hard Rock e Heavy Metal tradicional, belas melodias e quem gosta de Kiss (embora as músicas não sejam todas parecidas com as da banda).

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Bruce Kulick
Álbum: BK3
Ano: 2010
Tipo: Hard Rock
País: EUA



Tracklist

1. Fate
2. Ain't Gonna Die (apresentando Gene Simmons)
3. No Friend Of Mine (apresentando John Corabi)
4. Hand of the King (apresentando Nick Simmons)
5. I'll Survive
6. Dirty Girl (apresentando Doug Fieger)
7. Final Mile
8. I'm The Animal (apresentando Tobias Sammet & Eric Singer)
9. And I Know
10. Between The Lines (apresentando Steve Lukather)
11. Life