quinta-feira, 29 de abril de 2010

Heavy Metal anos 80



Para os saudosistas daquele Heavy Metal oitentista, nada melhor que ouvir U.D.O., grupo do ex-vocalista da lendária banda alemã Accept, Udo Dirkschneider, que ano passado lançou “Dominator” (2009).

Em um ano o segundo nanico mais conhecido do Metal (o primeiro lugar é definitivamente para Dio) traz, ainda sem lançamento oficial, o disco “Burningtracker” (2010).

No time que o acompanha nas gravações e turnês, ninguém menos que seu companheiro de Accept Stefan Kaufmann (guitarra). O time, já bem estabelecido, é completado por Igor Gianola (guitarra), que entre seus trabalhos gravou com Jorn Lande (Masterplan, Avantasia), Fitty Wienhold (baixo) e Francesco Jovino (bateria).

São 17 faixas (!?), e dessas duas versões ao vivo, inclusive para o clássico já manjado (Udo já gravara em estúdio) para “Metal Gods” do Judas Priest.

Das inéditas, que são várias, poucas chamam atenção logo de cara e particularmente curti “Bleeding Heart”, que até parece cover de alguma banda Punk (ficou muito bom).

As demais é aquele Heavy Metal tradicional que Udo sempre fez, seja no Accept ou sozinho. Destaques para “Systematic Madness”, “Bodyworld”, “Terror in Paradise”, “Screaming Eagles” e “Streets of Sin”.

Aqui não se encontra nenhuma novidade. Mas é aquela história: antes o cara cantando do que calado, afinal, é um dos grandes nomes do cenário dos anos 80. Enquanto o Accept prepara para voltar à ativa, sem Udo, até lá dá para curtir esse novo trabalho.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: U.D.O.
Àlbum: Burningtracker
Ano: 2010
Tipo: Heavy Metal
País: Alemanha


Formação

Udo Dirkschneider (Vocal)
Stefan Kaufmann (Guitarra)
Igor Gianola (Guitarra)
Fitty Wienhold (Baixo)
Francesco Jovino (Bateria).



Tracklist

01. Bodyworld
02. Scream Killers
03. Terror In Paradise
04. Platchet Soldat (Remix)
05. Screaming Eagles
06. Borderline
07. Man A King Ruler
08. Streets Of Sin
09. Rebellion
10. Pleasure In The Darkroom
11. Number For A Number
12. The Key
13. Systematic Madness
14. Bleeding Heart
15. Shadow Maker
16. Poezd Po Rossii (Live 2008)
17. Metal Gods (Live)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ao Vivo e Agressivo: Death Angel



Um dos mais importantes grupos de Thrash Metal coroa a sua volta com um disco ao vivo.
Surgindo nos EUA ao lado de outros grandes nomes em São Francisco, o Death Angel é considerado uma das maiores influências de músicos como Cliff Burton (ex-Metallica). Até hoje é possível notar no som da banda as características do Thrash Metal da chamada Bay Area.

Esse ano passado trazem um disco ao vivo que representa muito o espírito da banda. “Sonic Beatdown (Live in Germany)” contêm 15 faixas que abarcam a carreira do grupo surgido nos anos 80.

Além de terem gravado num país notoriadamente conhecido pelo seu Power Metal (estilo que não bate muito com o Thrash), a banda parece estar num verdadeiro mosh, como se tivesse voltado no tempo com os fãs para uma época em que o Thrash Metal já foi o maior tipo de Metal no mundo.

Nunca fui em um show da banda, mas acredito que o álbum captou o espírito dela ao vivo. Músicas como os clássicos “Kill As One” e “The Ultra Violence” são a perfeição em música.

Interessante que a banda encerrou a carreira em 1990, justamente quando alçava voos cada vez maiores. Retornaram para alguns shows especiais em 2000, e em 2004 e 2008 lançam dois grandes discos inéditos, que revelam que a chama ainda permanece, pois é comum vermos muitas bandas ao longo dos anos abandonarem o Thrash Metal que costumavam fazer, como foi o Metallica e o Megadeth.

Mas o Death Angel não alcançou a mesma repercursão dessas bandas e, talvez, por isso não tenham abandonado o Thrash Metal mesmo quando a banda encerrou as atividades.

Ficha Técnica

Banda: Death Angelo
Álbum: Sonic German Beatdown
Ano: 2009
País: EUA
Tipo: Thrash Metal

Formação

Mark Osegueda (Vocal)
Rob Cavestany (Guitarras e Vocais)
Ted Aguilar (Guitarras)
Will Carroll (Bateria)
Sammy Diosdado (Baixo)


Tracklist

01.Intro
02.Seemingly endless time
03.Voracious souls
04.Mistress of pain
05.Ex Tc
06.3rd floor
07.Thrown to the wolves
08.5 steps of freedom
09.Thicker than blood
10.The devil incarnate
11.Disturbing the peace
12.Stagnant
13.The ultra violence
14.Bored
15.Kill as one

terça-feira, 27 de abril de 2010

Gamma Ray de Volta ao Brasil em Apresentação Única


Um dos pilares do Power Metal mundial está de volta no próximo mês de maio. O Gamma Ray traz ao país a turnê de seu mais recente disco, “To the Metal” (2010), que você pode conferir a resenha no blog.

Infelizmente, até o momento, apenas uma apresentação está confirmada, que será no dia 09 de maio em São Paulo, capital, no Santana Hall. Provavelmente nenhuma outra data será confirmada, já que estamos muito próximos da noite do show.

A banda é formada pela lenda viva Kai Hansen (Vocais e guitarra), ex-Helloween, Dirk Schlächter (baixo), Daniel Zimmermann (Bateria), também toca no Freedom Call, e Henjo Rchter (Guitarra e Teclados).

Aqui vai uma critica aos organizadores de evento do gênero no país: parem de apostar apenas em grupos do mainstream do Rock e Metal. Grupos como Gamma Ray, além de históricos, levam milhares de fãs aos palcos fato comprovado das outras passagens do grupo em outras capitais também.

Então, capitais de força como Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte ficam a ver navios, novamente.

Texto: EddieHead

sábado, 24 de abril de 2010

Definitivamente a Banda de Hietala


Marco Hietala já se tornou uma fugura reconhecida na história do Metal, especialmente no seu país de origem, a Finlândia. Lá, em 1985, montou sua primeira banda, chamada Purgatory.

Ao lado do irmão guitarrista Zachary Hietala, Marco gravou o primeiro disco da banda, agora chamada (sob pressão da gravadora) e Tarot. Nascia assim “Speel of Iron” (1986), disco que já os colocavam como um dos ícones do país.

Porém, apenas com a entrada de Hietala baixista na já mundialmente conhecida Nightwish em 2002 fez o mundo voltar os olhos para o grupo original do cara. E, confesso que também fui vítima desse jogo. Claro, Hietala tocara também no Sinergy, banda razoavelmente conhecida, assim como no "projeto" Northen Kings.

Mas, ao ouvir Tarot, ver os vídeos da banda, fica a pergunta: o que Hietala está fazendo no Nightwish?


Graças aos Deuses do Metal, ele não abandonou a banda. E enquanto o Nightwish não lança nada há três anos, o Tarot volta com seu disco inédito após o ótimo “Crows Fly Back” (2006) e do DVD/DC ao vivo “Undead Indeed” (2008) que pega bem o que é um show do grupo.

Há exatamente um dia atrás, lançaram oficialmente o oitavo (!?) disco da carreira, “Gravity of Light” (2010).

Para quem não conhece, não espere ouvir Nightwish nas 10 faixas que compõem o álbum. Aqui o som está mais voltado para o Heavy Metal, com Hietala (baixo e vocal) numa apresentação impecável, que realmente faz jus aos comentários de alguns fãs da sua banda mais famosa que questionam do motivo dele não se tornar o vocalista da banda. Claro, meio sem cabimento, afinal, Nightwish é e sempre será uma banda com vocais femininos e, além disso, Hietala não veria sentido em cantar em duas bandas, sendo que no Nightwish, embora cante em inúmeras faixas alguns trechos, ainda é o baixista, em primeiro lugar.


Mas voltando ao Tarot, é notável os músicos Pecu Cinnari (bateria), Jane Tolsa (teclados), Tommi Salmela (vocais) e o irmão de Hietala, Zachary.

Assim como no Nightwish, Hietala divide os vocais com o ótimo Salmela (que lembra as vezes um Ozzy ou Zakk Wyld), e a combinação de ambos só traz mais brilho a esse álbum que, arrisco dizer (sem ter ouvido os primeiros discos completos), é o melhor trabalho até agora.

É empolgante músicas como “Satan is Dead”, que abre o álbum. “Rise!” é muito grudenta, foda demais. É paulada na orelha “Piloto f All Dream” e “Sleep in the Night”, as mais pesadas.


Para divulgar o disco, “I walk Forever” foi a escolhida e, convenhamos, muito bem por sinal. Você pode conferir o vídeo promocional neste link (http://www.youtube.com/watch?v=i9rFH9voBtY&feature=player_embedded) e ter uma idéia do disco.

Para finalizar, posso dizer que, embora Hietala esteja assegurando as pontas no Nightwish (pois as melhores músicas do último disco “Dark Passion Play” de 2007 são as que ele mete a boca), mil vezes que Tarot continue a assombrar com seu ótimo som do que acabar por pressão dos músicos da outra banda.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


Ficha Técnica

Banda: Tarot
Álbum: Gravity of Light
Ano: 2010
País: Finlândia
Tipo: Heavy Metal



Formação


Marco Hietala (Vocal e Baixo)
Sammi Salmela (Vocal)
Zachary Hietala (Guitarra)
Pecu Cinnari (Bateria)
Jane Tosla (Teclados)



Tracklist

1.Satan Is Dead
2.Hell Knows
3.Rise!
4.Pilot of All Dreams
5.Magic And Technology
6.Calling Down The Rain
7.Caught In The Deadlights
8.I Walk Forever
9.Sleep In The Dark
10.Gone

Van Canto: Metal Feito de Outro Jeito


Para montar uma banda de Heavy Metal necessita-se de, pelo menos, um guitarrista, uma baixista, um vocalista com vocais mais agudos ou não e um baterista. Com isso e amor pela camisa quatro pessoas conseguem tocar muitos dos clássicos do Metal e até mesmo criar alguns.

Tem umas pessoas que não acreditam que essa é a única maneira e estão provando ao mundo que é verdade.

Falo do grupo alemão Van Canto. Provavelmente você já deve ter ouvido falar de um bando de malucos que, com apenas uma bateria, tocam os maiores clássicos do Metal além de fazerem músicas próprias.


Isso mesmo, sem guitarras, sem baixo, teclados, efeitos. Nada. Apenas os vocais e uma bateria.

A banda se auto-intula um grupo de Hero Metal a Cappela. Mas prefiro classificá-los de Heavy Metal mesmo, afinal, é disso que se trata e como o som deles até o momento parece ser único, uma categoria exclusiva não faz muito sentido.

Dos seis integrantes, cinco são vocais e “imitam” de maneira original o som de solos de guitarra, por exemplo, sem deixar a coisa parecer ridícula. O grupo é formado por Bastian Emig na bateria, pelos vocalistas “convencionais” Philip Dennis Schunke e Inga Scharf, Stefan Schmidt, Ross Thompson e Ingo Sterzinger, que fazem as linhas dos instrumentos.

Este ano lançam seu terceiro disco. “Tribe of Force” (2010) contêm 13 músicas, incluindo alguns poucos covers e é o primeiro do grupo com a gigante Nuclear Blast.

O grupo já chegou a se apresentar no Wacken Open Air e, geralmente, são mais conhecidos pelas versões que fazem para clássicos de bandas como Iron Maiden, Blind Guardian e Manowar.


Neste disco, porém, não há muita novidade nesse sentido. Tocam a já batida (desde que a banda apareceu na mídia é a música mais associada a eles) “Máster of Puppets” (Metallica) que ficou muito legal. Eles já haviam gravado também a “Battery”.

Porém, há três participações especiais, como acontece nos discos do grupo. Victor Smolski, guitarrista do Rage, toca guitarra (a única que aparece no disco) em “One to Ten” e mostra sua habilidade costumeira.

Tony Kakko, vocalista do Sonata Arctica, também se apresenta em “Hearted”, mas não é nada demais. A principal atração com certeza é o lendário vocalista Chris Boltendahl, que vem cantar o maior clássico de sua banda Grave Digger. Ficou sensacional.

As músicas próprias não decepcionam e mostram o que eles sabem fazer para manter vivo a chama do Metal, de uma maneira nunca vista antes.


A banda esteve em 2008 no Brasil promovendo seu segundo disco, “Hero” (2008) e se prepara para abrir os shows da turnê alemã do Blind Guardian este ano.

Para amantes do Metal, vale a pena ouvir pelo menos pela interessante iniciativa. Se não qusier arriscar, digo que está perdendo de ouvir algo único.

Stay on the Road

Texto: EddieHead



Ficha Técnica

Banda: Van Canto
Álbum: Tribe of Force
Ano: 2010
País: Alemanhã
Tipo: Heavy Metal/Hero Metal A Cappela



Formação


Philip Dennis Schunke (Vocal convencional)
Inga Scharf (Vocal convencional)
Stefan Schmidt (Vocais)
Ross Thompson (Vocais)
Ingo Sterzinger (Vocais)
Bastian Emig (Bateria)




Tracklist

1. Lost Forever
2. To Sing a Metal Song
3. One to Ten (apresentando Victor Smolski, do Rage)
4. I Am Human
5. My Voice
6. Rebellion (Cover Grave Digger com o vocalista da banda, Chris Boltendahl)
7. Last Night of the Kings
8. Tribe of Force
9. Water. Fire. Heaven. Earth.
10. Master of Puppets" (Cover do Metallica)
11. Magic Taborea"
12. Hearted (apresentando Tony Kakko, do Sonata Arctica)
13. Frodo's Dream

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Metal Progressivo Se Faz Assim



Talvez não haja outro tipo de Metal com poucas referências de grande nome para que sejam seguidas do que o Metal Progressivo. Quando se fala nisso, logo o maior nome e único nome que vem à cabeça é Dream Theater, devido ao incalculável alcance comercial que alcançaram, bastante irreal para o gênero.

Obviamente que há outros grupos respeitadíssimos, como o Shadow Gallery, mas que não é todo mundo que conhece.

Talvez por isso não nos vejamos ouvindo novos grupos de Metal Progressivo. Porém, desde ano passado ouço esta banda chamada Redemption, vinda dos EUA, mas, sabe-se lá por quê, não havia postado nada deles aqui.

Para me redimir, eis o disco mais recente da banda, “Snowfall on Judgement Day” (2009). O álbum é especial pois na faixa “Another Day Dies”, ninguém menos que James LaBrie (Dream Theater) faz uma singela participação.

Aqui você encontra todos os elementos de um verdadeiro disco de Metal Progressivo: muitos solos, teclados destacados, bateria rápida e cadenciada, um vocal mais agudo alcançando notas de vários tons, baixo acompanhando cada respiro da bateria e, claro, longas composições (a menor faixa tem pouco mais de cinco minutos, a mais longa, mais de dez).

O grupo ganha boas repercursões também por lançarem o disco pela Century Media, gravadora responsável por grandes nomes do Metal.

“Snowfall...” é o quarto disco do grupo, que inicia em 2000 e estréia nas gravadoras em 2003 e a cada álbum vai crescendo, em todos os sentidos. Além de terem a admiração do maior vocalista do gênero, a banda é formada por ninguém menos que o vocalista Ray Alder (Fates Warning), os guitarristas Nicolas van Dyk e Bernie Versailles (Agent Steel), o baterista Chris Quirarte, baixista Sean Andrews e o tecladista principal Greg Hosharian.

A banda é tão boa, que em 2007 foi a escolhida pelo Dream Theater para abrir os shows da turnê norte-americana, num total de 26 shows que, com certeza, fizeram a banda ser conhecida mundialmente.

Não consigo destacar algumas músicas, teria que falar de todas. Como isso ficaria muito chato para o leitor, posso dizer sem medo que é um dos melhores discos para os amantes do Metal Progressivo. Só para citar uma, “Love Kills Us All/ Life in On”, que fecha o disco, é simplesmente perfeita! Perdi as contas de quantas horas passei ouvindo-a (ouvindo seis vezes já fecha uma hora).

A banda é incrível. Com certeza o melhor disco, mas os outros também vão agradar a todos. Muito bom ver que o Metal Progressivo tem ótimas crias e que não ficará abandonado a uma ou duas bandas apenas.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Redemption
Álbum: Snowfall on Judgement Day
Ano: 2009
Tipo: Metal progressivo
País: EUA

Formação

Ray Alder (Vocal)
Nicolas van Dyk (Guitarra e Teclados)
Bernie Versailles (Guitarra)
Sean Andrews (Baixo)
Chris Quirarte (Bateria)
Greg Hosharian (Teclados)



Tracklist

1.Peel
2.Walls
3.Leviathan Rising
4.Black and White World
5.Unformed
6.Keep Breathing
7.Another Day Dies (apresentando James LaBrie)
8.What Will You Say
9.Fistful of Sand
10.Love Kills Us All/Life in One Day

Clássicos: A Histeria de Heaven’s Gate



Poucas bandas souberam capturar o verdadeiro espírito do Power Metal como os alemães do Heaven’s Gate, banda já inativa e que, entre seus membros, apresentou ao mundo Sascha Paeth, guitarrista e produtor bastante reconhecido no Metal.

Existindo desde 1987, apenas dois anos depois lançam o primeiro LP, “In Control”, que foi muito bem recebido. Porém, foi em 1991, com o seu maior clássico “Livin’ in Hysteria”, que o grupo passou a chamar muita atenção, excursionando por vários países e com grandes nomes do Metal mundial.

A fórmula do quinteto Thomas Rettke (vocal), Manni Jordan (baixo), Thorsten Müller, Bonny Bilski (guitarra) e o já citado Sascha Paeth, é única. Apenas grupos lendários e originais como Gamma Ray e Helloween conseguiram compor canções que é dificl de tirar da cabeça, uma mescla de habilidade técnica (solos de guitarra, bateria com bumbo-duplo e vocais em altos tons) e o espirito do rock ‘n roll, isto é, um pé no Hard Rock, com temáticas muitas vezes engraçadas e críticas.

No álbum em questão, a faixa-título é um perfeito clássico. Assim como a seguinte “We Got the Time”, podendo ser facilmente confundida com uma compisção do Helloween. “The Neverending Fire” também é de tamanha qualidade que te faz não querer passar a música para a próxima, a ótima “Empty Way to Nowhere”.

Todo o disco é ótimo. A banda conseguiu reunir no seu time uma dupla de guitarristas eficientes e originais, um vocalista com uma voz inconfundível (que depois pouco uso fez dela) e, claro, a cozinha (baixo e bateria) que segura as músicas.

Outros destaques para “Can’t Stop Rockin’”, lembrando bastante Twisted Sister e com ares de um hino do Rock ‘n Roll. “Flashes” e “We Want It All” (lembra Skid Row em uma de suas músicas) também são de se agitar bastante. A balada do disco mostra a sensibilidade da banda para isso. Estou falando de “Best day of My Life”.

A banda encerrou as atividades em 2000, um ano após o considerado pior álbum “Menergy” (1999), e desde então encerra a era do Power Metal como era feito no fim da década de 80 e inicio da seguinte, pois mesmo os pais do gênero se viram tentados a alterar sua sonoridade.

Heaven’s Gate foi uma das primeiras bandas desse Power Metal que tive o prazer de conhecer e, posso dizer, que dos grupos que terminaram e cujos membros ainda vivem, é a que mais dá saudade e faz falta. Indico a qualquer um que queira ouvir um verdadeiro e velho Power Metal.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Heaven’s Gate
Álbum: Livin’ in Hysteria
Ano: 1991
Tipo: Power Metal
País: Alemanha


Formação

Thomas Rettke (Vocal)
Sascha Paeth (Guitarra)
Manni Jordan (Baixo)
Thorsten Müller (Bateria)
Bonny Bilski (Guitarra)

Tracklist

01 – Livin’ in Hysteria
02 - We got the Time
03-The Neverending Fire
04-Empty Way to Nowhere
05-Fredless
06-Can't Stop Rockin'
07-Flashes
08-Best Days of My Life
09-We Want it All
10-Gate of Heaven

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Resenha de Shows: Steel Festival (Santa Catarina) LVIII Edição, 17/04/10



Foi em Santa Catarina (na cidade de Criciúma) que a banda Hangar fez mais uma de suas excepcionais apresentações. Dessa vez o grupo fazia participação em um dos festivais mais tradicionais do sul Santa Catarina, o Steel Festival, que estava em sua LVIII edição. Contando também com Tierramystica e Dimolasyus como bandas de abertura.

A primeira banda a abrir foi a Tierramystica (banda que vem de recente turnê como abertura do Epica no Brasil), que tocaram músicas próprias, animando a galera. Observaçao especial para o vocalista Gui Antoniolli (um dos melhores vocalistas que já vi na minha frente) e o baterista Duca Gomes que tem uma carisma incrível, e também anima muito o publico. Ficou conhecido em Criciúma como Wilson, devido a bola que faz referencia a um personagem criado por Tom Hanks (vide filme “Náufrago”).

Pela metade da apresentação, tocam “Sign of the Cross” cover de Avantasia, aonde dividiram o público em duas partes direita e esquerda, revezando a vez de cantar de cada um dos lados, o mais memorável foi o famoso Wall of Death, com cada um dos lados do público dividindo investindo um contra o outro. Fecham o show com chave de ouro tocando “Fear of the Dark’ do Iron Maiden

Logo após a saída do Tierramystica, subiu no palco a jovem banda Dymolasyus aonde tocaram covers de Edguy e houve a repercursão de alguma confusão nos bastidores na qual um dos guitarristas da mesma banda não subiu no palco. Não sei dizer se é verdadeiro o rumor.

Atenção especial de novo para o vocalista e o baterista, o vocalista muito novo possui uma voz aguda muito característico de Power Metal e Heavy Metal Melódico estilo Angra, Edguy e Avantasia. O baterista possui muita pegada, e tocou as músicas em cima. A banda se afirmou tocando com segurança no palco apesar do público não animar tanto quanto no show anterior do Tierramystica.



O momento mais esperado da noite estava chegando, muitos se posicionaram em frente ao palco para realmente guardar lugar enquanto a bateria das bandas de abertura ia sendo desmontada e o cenário ia sendo preparado para o Hangar.

Lá atrás o monstro, o habitat natural do polvo, sua bateria gigantesca, da qual não coube inteira no pequeno local onde o palco havia sido montado. Os teclados antes encobertos de Fabio laguna agora estavam sendo testados pelo técnico de guitarras (que por sinal encontrei ele no outro dia as 9 da manha na rodoviária enquanto eu aguardava pelo ônibus para retornar a minha cidade. Muito gente fina o cara). Lá foi ele batendo na bateria de Aquiles arrumando os volumes de cada microfone, afinou as guitarras, o baixo.



Até então tudo aceso, algumas luzes foram apagadas e já era possível ver Aquiles Priester alongando atrás da bateria, então o pano que a todo momento estava a encobrindo é retirado. Começa a tocar a intro que deixava a todos cada vez mais anciosos, o publico se aglomerava próximo ao palco.

Entao começa o show com a incrível “The Infallible Emperor (1956)”, em seguida dessa “Color Blind” que com um ritmo ótimo ao meu ver pra bater cabeça, vai levando os bangers ao delírio...
Assim o show foi se desenvolvendo, melhor música da noite com certeza foi a “Call Me In The Name of Death” que como disse Humberto Sobrinho (Vocal) antes da musica começar “essa dispensa comentários...”

E assim foi a noite... Dispensa comentários, um dos melhores shows nacionais que já fui em minha vida. E especialmente muito atenciosos após o show, e muito simpáticos!
E aí vai a dica, acompanhe essa banda. Realmente vale a pena, principalmente se você quiser ter uma aulinha de bateria, né tio Aquiles? Hehehehehe.

A banda inteira se destaca, todos são ótimos. O novo vocalista fechou muito bem com a banda. Enfim a banda esta fechada em minha opinião, agora é ao infinito e além! Sorte pra vocês rapazes!

Texto: Nico

Fotos: Thatty

sábado, 17 de abril de 2010

Avantasia e Seu Angel of Babylon




Tobias Sammet (vocalista da banda Edguy) novamente ousou e a cada lançamento do projeto Avantasia torna-se mais claro que esse é o maior projeto já feito no Metal em todos os tempos. Afinal, só Sammet para reunir grandes nomes do Metal e lançar dois discos simultaneamente.

No dia 03 de abril veio ao mundo “The Wicked Symphony” (2010), que você encontra resenha no blog deste mês, e “Angel of Babylon” (2010), quinto disco da banda e que encerra a trilogia iniciada com “The Scarecrow” (2008).

O álbum em questão segue a mesma linha do disco gêmeo, porém, com menor número de participações de vocalistas e pouca novidade em relação ao anterior. Na verdade, o grande “achado” no álbum é a participação inédita de Jon Oliva, lendário vocalista da extinta banda Savatage e que tem ido muito bem com sua carreira solo Jon Oliva’s Pain.

A voz gasta e arrastada de Oliva detona em “Death is Just a Feeing”. Também é atração inesperada o grupo de pop rock alemão Cloudy Yang, em “Symphony of Life”, uma das melhores músicas do disco, com um clima de Metal Sinfônico de se respeitar. Aliás, é a única música nos dois lançamentos com vocais femininos, com Eure Yang mostrando que pode participar do cenário Metal tranquilamente.

Michael Kiske retorna e é ele que toma adianteira em “Stargazers”, ótima música que abre o álbum. Seguida por “Angel of Babylon”, a melhor do disco, trazendo os teclados de Jens Johansson (Stratovarius) e novamente Jorn Lande (ex-Masterplan, carreira solo) nos vocais. Na verdade, canta em seis das onze faixas do disco, mostrando novamente que merece ser considerado um dos melhores vocalistas do mundo.

Como sempre, grandes nomes se encarregam de executar os isntrumentos. E no álbum a novidade em relação ao “The Wicked Symphony” é a volta de Henjo Richter, guitarrista do Gamma Ray que já havia participado dos álbuns anteriores aos de 2010.

Músicas como “Your Love is Evil” e "Blowing Out the Flame", muito interessantes (essa última bem melosa), mostram Tobias Sammet no auge de seu vocal. Lembro desse menino (sei, soa engraçado) começando com o Edguy. Nunca diria que chegaria até onde chegou.

Destaque também para a que fecha o álbum, a bonita "Journey to Arcadia", com Bob Catley (Magnum), Russel Allen (Symphony X) e Tobias Sammet num dueto interessantíssimo.

Enfim, o disco complementa em termos sonoros o outro álbum lançado no mesmo dia, mesmo que sem muita novidade, ficando as estrelas principais inéditas mais no outro álbum.

Fica dificil dizer qual dos dois agrada mais, depende muito de quem escutar. Fico com “The Wicked Symphony”, pela sua originalidade e ousadia de nomes como Klaus Meine (Scorpions) e Tim Owens (ex-Judas priest e ex-Iced Earth). Mas não dá para tirar os méritos de “Angel of Babylon”, que mantem a essência no Power Metal, mais que os dois últimos discos.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica


Banda: Tobias Sammet’s Avantasia
Álbum: Angel of Babylon
Ano: 2010
Tipo: Power Metal/Metal Opera
País: Vários

Formação

Tobias Sammet (Vocal e baixo)
Sascha Paeth (Guitarra e produção)
Eric Singer (Bateria e Percursão)
Miro Rodenberg (Teclados e Orquestração)

Participações

Bruce Kulick (Guitarra nas faixas 1, 5, 11)
Oliver Hartman (Guitarra nas faixas 1, 2, 3)
Henjo Ritcher (Guitarra na faixas 10)
Felix Bohnke (Bateria nas faixas 4, 6, 8)
Alex Holzwarth (Bateria nas faixas 1, 2, 3, 11)
Jens Johansson (Teclados na faixa 2)
Simon Oberender (Órgão na faixa 9)
Jorn Lande (Vocais nas faixas 1, 2, 5, 6, 9, 10)
Bob Catley (Vocais na faixa 11)
Michael Kiske (Vocais na faixa 1)
Russel Allen (Vocais nas faixas 1, 11)
Cloudy Yang (Vocais na faixa 8)
Jon Oliva (Vocais na faixa 4)



Tracklist

1.Stargazers
2.Angel of Babylon
3.Your Love is Evil
4.Death is Just a Feeling
5.Rat Race
6.Down in the Dark
7.Blowing Out the Flame
8.Symphony of Life
9.Alone I Remember
10.Promised Land
11.Journey to Arcadia

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quando Uma Banda Sabe o Que é Peso


Bandas de Thrash Metal, Metalcore e afins existem aos montes pelo mundo e inclusive pelo país. Arrisco dizer que é o gênero dentro do Metal com mais bandas de garagem no Brasil.
Com isso, o país passa a se tornar forte na cena underground e algumas bandas conseguem gravar seus álbuns, fazer suas turn~es, embora bastante rpecariamente, como o underground prega.

Uma dessas é Astafix, projeto surgido três anos passados e que já rendeu um primeiro e ótimo disco, “End Ever” (2009). O álbum é de um puro peso entre o Thrash Metal e Metalcore, não deixando espaço para qualquer melodia nos vocais e com algumas passagens carregadas que lembram até mesmo Doom Metal.

E, o que é interessante, o projeto surgiu da vontade de Wally, ex-guitarrista da porcaria CPM 22, deixando o grupo para se dedicar ao som mais extremo. Diga-se de passagem que agora sim dá para ter algum respeito pelo cara, que além de tocar guitarra canta no álbum.

O restante da banda é formada pelos reconhecidos Paulo Schroeber (guitarra) que toca com Almah (banda de Edu Falaschi e Felipe Andrioli, do Angra) e Ayka (baixo) do grupo Chipset Zero. Completa o grupo o baterista Thiago Caurio.

E para abrilhantar ainda mais o trabalho desses paulistas, ninguém menos que esses nomes participam nas gravações: Andreas Kisser (Sepultura), Demian Tiguez (Symbols), Paulo X (Monster), Shark (Chipset Zero) e o baterista Adriano Daga.

A banda está no meio de uma turnê em que tocou na Bahia, três shows no Rio Grande do Sul e se encaminham para três apresentações no Chile (primeira vez fora do país). Isso mostra que os caras estão fazendo bom uso do reconhecimento de seus integrantes, sem falar na música que é matadora.

Durante as 12 faixas, você tem uma aula de peso, bastante arrastado. As guitarras dessa dupla se encaixam perfeitamente e são os principais responsáveis por um álbum pesado único.

O vocal de Wally lembra em certos momentos Max Cavalera e Derrick Green, curiosamente ex e atual vocalista do Sepultura, respectivamente. Batera e baixo quebram tudo, especialmente o batera Caurio, que surpreende.

Essa é uma das mais novas promessas mundiais do Metal nacional. Além dos caras terem uma história no cenário, a partir de datas em outros países, o aumento de fãs pela internet, logo logo podemos esperar ouvir muito mais falar deles.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Astafix
Álbum: End Ever
Ano: 2009
Tipo: Thrash Metal
País: Brasil

Confira o video clip de Red Streets: http://www.youtube.com/watch?v=dzaBogfAxWE&feature=player_embedded

Formação

Wally (Vocal e Guitarra)
Ayka (Baixo e Vocal)
Paulo Schroeber (Guitarra)
Thiago Caurio (Bateria)



Tracklist

01. Red Streets
02. Cipher
03. False Eyes
04. Dead Forever
05. Drown Your World
06. The 13th Knot
07. End Ever
08. Seven
10. Black Blood Blight
11. Desordem e Retrocesso
12. Desert Eyes

Sucesso Merecido!

Uma das qualidades mais apreciáveis que uma pessoa pode ter é a simplicidade, a humildade. Aquela coisa de não pensar que é melhor que os outros, de não deixar o sucesso subir a cabeça, etc.

Pois bem, na madrugada de 3 de abril de 2010, vivi um exemplo de que mesmo com sucesso e sendo bom naquilo que faz, a pessoa pode manter a sua simplicidade. Neste dia fui a um festival de Heavy Metal, na cidade de Ijuí. Naquela noite subiram ao palco três bandas: TierraMystica, Excellence e Hangar. Para quem quiser saber mais sobre as três apresentações, basta procurar nos textos abaixo, que com certeza aqui no blog achará uma resenha completa. Eu venho para falar mesmo sobre a última e principal atração da noite: a banda Hangar, do ex-baterista do Angra, Aquiles Priester.

Sobre a apresentação em si deles vou falar pouco. Os cinco integrantes subiram ao palco pouco antes da 1h da manhã de sábado e quase levaram abaixo o teatro do SESC. Mas para quem pensa que o show foi apenas de Aquiles, um dos melhores bateristas do mundo, se engana. A banda demonstrou ser boa em todos os aspectos, com belos solos de guitarra, de Eduardo Martinez; com a boa apresentação de Nando Mello, no baixo; com o tecladista Fábio Laguna em uma grande performance; e com o vocal de grande qualidade de Humberto Sobrinho. O show durou pouco mais de uma hora.

Mas foi depois do show que eles demonstraram a qualidade citada acima. Primeiro foi na hall de entrada do teatro, onde os integrantes foram extremamente atenciosos com o público, atendendo pedidos de fotos, autógrafos e conversando, sem nenhuma máscara, todos com uma simpatia bastante incomum entre as celebridades. Claro que ali era um momento onde eles também estavam promovendo sua marca, seus produtos, mas já não deixa de ser um comportamento louvável.


Agora, o que foi surpreendente mesmo foi o depois. Lá pelas 3h da madrugada, duas depois de terminado o festival, estava com alguns amigos procurando dar um seguimento à noite. Chegamos então a um bar, ou boate, algo do tipo, chamado La Casa, onde acontecia uma festa. Ao chegarmos ao local, quase no mesmo instante, nos deparamos com Aquiles Prister saindo de dentro do La Casa. E qual não foi a nossa surpresa que ao nos enxergar e reconhecer, ele veio e nos cumprimentou, comentando sobre o ambiente do local, em uma demonstração muito interessante de simplicidade.

Depois disso, ele e os outros integrantes seguiram rua abaixo, deixando a van que os carregaria, em frente ao La Casa e indo de a pé procurar um lugar para beber e se alimentar.

Aí está, então, a prova de que o sucesso não precisa trazer consigo a soberba, como acontece na maioria dos casos. Os integrantes da banda Hangar, em especial o baterista Aquiles Priester, renomado e reconhecido mundialmente como referência na bateria, demonstrou que merecem todo o sucesso que o mundo da música possa proporcionar.

Que eles continuem fazendo a música de ótima qualidade que já fazem e que mantenham esta qualidade que deveria estar presente em todos nós.

Espero que tenham gostado do texto, mas quem não gostou, sinta-se a vontade para discordar. Quem quiser conferir outros textos meus, basta acessar: www.mrgomelli.blogspot.com.

Até mais!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Metal Perde Uma Lenda



Os rumores sobre a morte de Peter Steele se confirmam, no dia 14 de abril de 2010 ele infelizmente faleceu não se sabem ao certo as causas da morte, mas aparentemente foi um ataque cardíaco que matou o baixista e vocalista da banda norte-americana Type O Negative.

De acordo com nota assinada pelos três outros integrantes ele estava em um período de reabilitação, melhorando sua saúde e escrevendo novas músicas para o que seria o sucessor de “Dead Again” de 2007.

A notícia da morte do músico foi publicado nesta quinta pelo site oficial da banda, o funeral não será aberto ao público.

Texto: Mateus Fiuzza