quarta-feira, 6 de abril de 2011

Resenha de Shows: 26 de março de 2011 - A Besta Ataca em São Paulo

Iron Maiden em show histórico no Morumbi: show foi gravado para futuro DVD

O que um headbanger poderia esperar de um encontro com a maior banda de todos os tempos, aquela que simplesmente foi a responsável pela sua conversão ao Heavy Metal? Euforia, nervosismo e expectativa são, no mínimo, os sentimentos que eu tinha ao sair do emprego e me dirigir a São Paulo, para ser mais especifico, ao Morumbi para ver a lenda em ação.Logo ao chegar nos portões, já podia ver um inicio de fila, sendo que a abertura dos mesmos estava marcada para as 15 horas (a expectativa era tanto que evitava olhar o relógio para não ficar mais puto).

Pois bem, portões abertos, era hora de ir para pista e se preparar para ver, pela primeira vez juntos, os irmãos Cavalera em ação.

Sendo que até essa data meus shows do Sepultura tinham sido com a formação (já não tão atual) sem os irmãos Cavalera (Max, guitarra e vocal, Igor, b ateria), na realidade eu comentava que não era abertura perfeita, já que eu acreditava que bandas como o Hibria e o Hangar seriam aberturas mais apropriadas, mas foi só os primeiros acordes de “Warlord” começar que deu para perceber como eu quebrei a cara e o show foi simplesmente animal.

As músicas novas de fato não agradavam tanto, afinal de contas, o CD mal foi lançado. Mas foi só relembrar clássicos do sepultura que o Morumbi veio abaixo. Aos pedidos de Max “Roots Bloody Roots” fez uma das rodas mais violentas que já participei.

Vale lembrar que muita gente estava chegando no estádio no final do show dos Cavalera. É claro que o trânsito de São Paulo é caótico, mais quem perdeu... só lamento.

Mais um intervalo. Agora era um momento para descansar ou manter a resistência para não beber água ou ir no banheiro, pois a Besta estava a caminho e não apenas eu, mas 50 mil pessoas no aguardo. Na real, o Iron Maiden é britânico e quando eles falam em pontualidade não estão brincando, pois as 21 horas a intro nos prepara para o que esta por vim.

Como o Maiden tinha anunciado que não teria alterações no set list não era surpresa cada música, mas ao vivo como as coisas mudam, amigos.

Bruce Dickinson mostra ao vivo porque é um dos melhores frontman do mundo

“Satellite 15... The Final Frontier” tem um refrão mágico para cantar junto. Acredito que essa venha a ser obrigatória em todos os próximos shows. Eu sempre defendi “El Dorado” e Steve Harris (baixo) nessa música parece que rejuvenesce uns 20 anos: toca e agita muito.

“2 minutes of Midnight” veio como o primeiro clássico da noite e Dave Murray (guitarra) pra mim é o melhor guitarrista do mundo; “Coming Home” é uma música muito bonita e “Dance of Death” começa calma, mas explode em uma energia tremenda para levantar defunto.

Pós calmaria, toma bordoada com “The Trooper”.Ver Bruce Dickinson (vocal) com a bandeira inglesa é cena para chorar. Isso que é frotman. Vem nessa linha “Wicker Man” que nos lembra a abertura do DVD “Rock in Rio”.

Não manjo muito de inglês, mas sei que a música “Blood Brothers” foi dedicada ao povo japonês, sendo que Bruce fez referencia aos fãs da donzela espalhados pelo quatro cantos do mundo.

“When the Wild Wind Blows” foi a música para babar com a técnica dos caras, enquanto “The Evil Man Do” trouxe Eddie saudando os paulistas fanáticos pela donzela.

E “Fear of the Dark” chorei e não fui só eu. E para reforçar isso “Iron Maiden” com um mega Eddie de 8 metros surge atrás de Nicko McBrain (bateria).

Momento em que o Mega Eddie surge. Isso só se repetiria no show no Rio de Janeiro!

Seria o fim? Não, pois faltava a música responsável por eu estar escrevendo nesse blog e ouvir Metal: com uma passagem bíblica narrada, temos “The Number of the Beast” e “Hallowed by the Name” com certeza emoção maior só com o nascimento da minha filhota, sendo que “Runing Free” veio para me matar em uma roda de total êxtase.

Luzes acesas, é o fim. Mas só se passaram 2 horas muito intensas. Queria “Phantom of Opera”, “Run to the Hills”, “Powerslave”, “Wrathchild”, enfim fica para próxima porque o Maiden tem que voltar. Na realidade, o Brasil é e sempre será a fronteira final...


Texto: Harley

Revisão: Eduardo “EddieHead” Cadore

Fotos: Iron Maiden Brasil, Som Vinil, Uol


CAVALERA CONSPIRACY

Banda:

Max Cavalera (Vocal e Guitarra)

Iggor Cavalera (Bateria)

Marc Rizzo (Guitarra)

Johny Chow (Baixo)


Set List:

1. Warlord

2. Inflikted

3. Killing Inside

4. Torture

5. Thrasher

6. Sanctuary

7. Terrorize

8. Refuse/Resist

9. Territory

10. Wasting Away

11. Doom Of All Fires

12. Troops Of Doom

13. Roots Bloody Roots


IRON MAIDEN

Banda:

Bruce Dickinson (Vocal)

Dave Murray (Guitarra)

Adrian Smith (Guitarra)

Janick Gers (Guitarra)

Steve Harris (Baixo)

Nicko McBrain (Bateria)


Set List:

1. Satellite 15... The Final Frontier

2. El Dorado

3. 2 Minutes to Midnight

4. The Talisman

5. Coming Home

6. Dance of Death

7. The Trooper

8. The Wicker Man

9. Blood Brothers

10. When the Wild Wind Blows

11. The Evil That Men Do

12. Fear of the Dark

13. Iron Maiden

Bis:

14. The Number of the Beast

15. Hallowed Be Thy Name

16. Running Free


Acesse http://ironmaidenbrasil.com/v8/

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