domingo, 31 de julho de 2011

Clássicos Brasil: “Reality In Chaos” (2005) do Heavenfalls - O Poder do Vocal Feminino no Power Metal Nacional

Hoje vocais femininos no Metal são comuns em bandas nacionais como Holiness e Shadowside, porém em 1999 na nossa cena isso era visto como incomum e quando algumas bandas optavam por esse caminho era sempre aquele dueto entre “a bela e a fera”, muito comum no Gothic Metal.

Mas nadando contra a maré, a banda Heavenfalls escala para seu time a vocalista Sabrina Carrión que apresentava à frente da banda vocais fortes que se encaixavam muito bem no Power Metal perpetuado pelos mesmos.


Banda foi grande destaque da cena brasileira na década passada

Com algumas trocas de integrantes, a banda lança o seu primeiro trabalho, um EP intitulado “Winter's Dance”. Continuando sua jornada, em 2002 sai o trabalho “Ethereal Dreams”, um CD com nove faixas que trouxe uma surpresa para os fãs antigos: a participação do ex Heavenfalls Hugo Navia no vocal de “Castles of Illusion” e “And The Heaven Falls”.

Para um álbum de estréia a repercussão foi extremamente positiva, ganhando notas altas em todas as resenhas. Tudo ia muito bem até que há a troca de integrantes, dessa vez sai Daniel White, sendo substituído por Carlos Janarelli (baixo) e Davis Vasconcelos (segundo guitarra, deixou a banda que a partir daí passa a ter uma guitarra só aos comandos do membro fundador Victor Montazão). Entrava, também, o tecladista José Luiz Faulhaber. Unindo forças a Sabrina e André Andrade (bateria).

Troca de integrantes e pressão de um novo trabalho, tudo isso era uma realidade e um caos (ahah, que trocadilho, hein, Harley), pois tudo isso foi crucial para o nascimento de um clássico.

O grande segredo desse trabalho é, em primeiro lugar, o cuidado tanto com a produção, que é muito melhor que os primeiros lançamentos, quanto à parte gráfica e as letras.

Além disso, os caras tiveram a “manha” de misturar uma pegada moderna ao nosso tão adorado Metal dos anos 80, ou seja, massacre para nossos pescoços.

O que você vai encontrar nesse CD é uma boa dosagem de Power, Prog, Thrash extremamente bem intercalado. Toma pancadaria com “No Sorrow”, “Fly High Away” e “Masquerade Down” ou “H.W.L.”.

Em “Through The Ruins” e Self To Self”, um clima meio medieval e melancólico invade o ar e os vocais de Sabrina conseguem mostrar grandes variações, dando um brilho todo especial para a canção, sem abusar dos líricos forçados.

Outra que rouba a cena é “Rising Of A New Soul” que compõem uma trilogia que se inicia com teclados inspirados para depois cair no peso e na melodia, uma verdadeira viagem musical.

Então bangers, lançado em 2005, essa foi uma grande obra do Metal brasileiro e merecedor de todos os elogios.

Infelizmente no Myspace dos caras não achei atualizações e realmente não sei por onde eles andam. Se alguém tiver uma notícia avisa ai e para quem ainda não conhece não perca mais tempo e se renda ao brilhantismo do Heavenfalls.

Texto: Harley

Revisão/Edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Heavenfalls

Álbum: Reality in Chaos

Ano: 2005

Tipo: Power/Heavy Metal

País: Brasil

Selo: Hellion Records


Formação

Sabrina Carrión

Victor Montalvão (guitarra)

Carlos Janarelli (baixo)

José Faulhaber (teclados)

André Andrade (bateria)

Pedro Motta (guitarra)

Tracklist
1. No Sorrow
2. Fly High Away
3. Masquerade Down
4. Through The Ruins
5. H.W.L.
6. Self To Self
7. New Reality
8. Rising Of A New Soul
a) Conception
b) First Breath
c) Growing Again
9.
Awakening
10. Evolution
11. Go Away

Acesse o Myspace


Compre por apenas R$5,00 na Hellion Records

sábado, 30 de julho de 2011

Iron Maiden: Coletânea Provando a Verdadeira Evolução da Donzela

Nova coletânea destaca as duas últimas décadas e a banda como sexteto

Quando li a noticia de que o Iron Maiden estaria lançando mais uma coletânea o primeiro pensamento que veio a minha cabeça foi: “quem precisa de mais uma coletânea da donzela?” E a resposta foi... “EU!”.

Afinal de contas, temos que levar em conta dois fatores: primeiramente, estamos falando da maior banda de Heavy Metal de todos os tempos, responsável pela conversão desse que vos escreve e de muitos bangers espalhados por ai... Então, tudo o que leva a marca Maiden e tem um Eddie estampado acaba chamando nossa atenção.

Banda ao vivo em 2003

Segundo, que nesses 30 anos muita coisa se passou na história dos ingleses: saiu Bruce veio Blaze (na década de 90), foram lançados álbuns não tão bons como “Virtual XI” (1998, segundo e último com Blaze), veio o renascimento com a volta de Bruce e de brinde Adrian Smith no fantástico “Brave New World” (2000). Depois, uma fase mais progressiva com “Dance of Death” (2003) e “A Matter And Life And Death” (2006), até chegar no atual e fenomenal “The Final Frontier” (2010).

Então, essa coletânea se torna muito legal porque ela vem mostrar o que o Maiden vem fazendo de melhor nessas ultimas décadas (ou seja, seus últimos 8 álbuns), sendo que aquele som mais primal, com pegadas Punk ficaram para trás, dando espaço para melodias cada vez mais elaboradas, músicas longas, mas muito ricas, sendo que a energia e a pegada Heavy Metal estão lá.

“From Fear to Eternity” (2011) pode ser considerado como uma continuação natural do “Somewhere Back In Time” (2009) que abrangia os trabalhos de 1980 até 1990. Esse novo lançamento veio em forma de CD duplo, com valor de um CD único e uma edição super especial em vinil triplo.

São no total de 23 músicas e mesmo sendo uma coletânea, reserva algumas surpresas para os fãs, como a indispensável “Fear of the Dark“ gravada no Rock In Rio, “Man on the Edge” originalmente gravada por Blaze, mas aqui Bruce da um show, além das pegadas “Wicker Man” (Brave New World) e “Be Quick Or Be Dead” (Fear of the Dark), as épicas “Paschendale” (Dance of Death) e “The Reincarnation of Benjamin Breeg” (A Matter And Life and Death). E como não poderia ficar de fora, o multi premiado “The Final Frontier” é lembrado com 3 faixas, curiosamente a faixa titulo não esta presente e dá espaço para a majestosa “When the Wild Wind Blows” e seus 11 minutos de viagem sonora.

Ao vivo na turnê de "AMOLAD" (2006)

É claro que algumas faixas fazem falta como “Dream of Mirrros”, “The Pilgrim” ou até mesmo “Wasting Love”. Mas para quem é fã, tem todos esses álbuns e conhece todas essas músicas de cor, mas para quem ainda não conhece ou tem um pé atrás com a nova sonoridade do Maiden, esse é um prato cheio, afinal de contas qual outra banda tem um arsenal tão poderoso como a Donzela de Ferro?

Ah! E o mais legal é que lá no site oficial da banda você poderá baixar o encarte da coletânea com todas as letras e imagens muito legais. Então, chega de papo bota pra rodar o CD e UP The Irons!


Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: divulgação


Ficha Técnica

Banda: Iron Maiden

Álbum: From Fear to Eternity – The Best of 1990 – 2010

Ano: 2011

País: Inglaterra

Tipo: Heavy Metal

Tracklist
CD1
1. The Wicker Man
2.
Holy Smoke
3. El Dorado
4.
Paschendale
5. Different World
6. Man on the Edge (Live)
7. The Reincarnation of Benjamin Breeg
8. Blood Brothers
9. Rainmaker
10. Sign of the Cross (Live)
11. Brave New World
12. Fear of the Dark (Live)

CD2:
1. Be Quick or Be Dead
2. Tailgunner
3. No More Lies
4. Coming Home
5. The Clansman (Live)
6. For the Greater Good of God
7. These Colours Don't Run
8. Bring Your Daughter ... To the Slaughter
9. Afraaid to Shoot Strangers
10. Dance of Death
11. When the Wild Wind Blows

Link para baixar o Pdf


Compre a coletânea aqui

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Rock Com Cara de Anos 70: Nazareth Vivendo o Rock Clássico

Lenda do Rock Clássico lança um dos melhores discos do gênero no ano

Um dos grupos de maior história no Rock Clássico de todos os tempos, Nazareth, está dando o que falar desde que lançou seu novo trabalho este ano, o incrível “Big Dogz” (2011).

Em plena segunda década deste milênio, os escoceses conseguiram manter a sonoridade setentista (assim como o Uriah Heep, mas é papo para outra hora), salvo as devidas proporções, claro, mas sobretudo por apresentar composições simples, executadas com alma e, o melhor, ao vivo em estúdio. Isso mesmo, todos gravaram juntos, numa mesma sala, como os bons conseguem fazer.


Vocalista Dan McCafferty cantando (quase) como sempre!

Como um quarteto há muitos anos, os integrantes Dan McCafferty (vocal), Pete Agnew (baixo), Lee Agnew (bateria) e Jimmy Murrison (guitarra) conseguiram, em seu 32º disco e com 43 anos de existência, passar aquele clima todo que faz do Rock Clássico algo sem igual, um estilo de música que une a “safadeza” do Rock & Roll e o romantismo básico, porém marcante dos anos 70/80.

Alto e baixos marcaram a carreira do Nazareth. Se os anos 70 foram seu auge, a década seguinte quase acabou com a banda, tendo lançado nos anos 90 bons discos. Nos anos 2000, a banda esteve relativamente “ausente”, sendo que apenas com “The Newz” (2008) o grupo começou a ter um pouco daquele reconhecimento de volta.

Agora, com “Big Dogz”, tem recebido ótimas críticas (e outras nem tanto), colocando o grupo de volta em evidência.

Mas vamos ao álbum. Lá encontramos vários elementos marcantes, desde as Rock & Roll “The Toast” e “Big Dog's Gonna Howl”, às baladas como “Time And Tide” e “Butterfly”, esta última entre as mais belas composições de toda a história da banda e, para muitos, o grande destaque do disco.

Há composições que nos arrepiam pela simplicidade, te levando a pensar “como alguém ainda consegue gravar algo assim?!”. Falo, sobretudo, de “Time and Tide” e “Radio”, músicas que destaco acima das demais. Não soa exagerado afirmar que são duas das melhores canções da banda e que, pelo menos a mim, me levam numa viagem emocional sem tamanho. “Radio” lembra “Radio Ga Ga” (Queen), não em sonoridade, mas pelo clima e por tratar da música via rádio com carinho.

O ponto fraco fica pela arte da capa, que poderia ser melhor. Mas o que é mais gratificante ainda é saber que a banda retorna ao Brasil para vários shows em novembro, incluindo cidades do interior dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, à exemplo de 2008 e 2009, quando tocaram em cidades menores no estado catarinense.

Então, a região sul vai poder conferir algumas músicas desse novo trabalho e se você leu essa resenha e irá ao show, poderá comentar aqui se “Big Dogz” é, ou não, um disco sensacional, ainda mais ao vivo. Estaremos conferindo uma das apresentações dessa lenda viva do Classic Rock. Confira aqui mais informações em breve.

Stay on the Road


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Nazareth

Álbum: Big Dogz

Ano: 2011

País: Escócia

Tipo: Classic Rock


Formação

Dan McCafferty (Vocal)

Pete Agnew (Baixo)

Lee Agnew (Bateria)

Jimmy Murrison (Guitarra)

Tracklist

1 Big dog's gonna howl
2 Claimed
3 When jesus comes to save the world again
4 Radio
5 No mean monster
6 Time and tide
7 Lifeboat
8 The toast
9 Watch your back
10 Butterfly
11 Sleeptalker

Acesse

Site Oficial

Veja as datas de shows no Brasil aqui

Banda ao vivo tocando “Radio” (com tradução)


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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Made in Brazil: IMAGERY - Unindo Estilos em Prol da Música de Qualidade


Em se tratando de Metal, nossa região sul não fica devendo nada para nenhuma outra do país. A cada dia que passa mais e mais bandas de qualidade vem invadindo a cena, o que deixa nos headbangers extremamente orgulhosos. O estado do Paraná possui um leque invejável de bandas como o Doomsday Ceremony, Fireshadown (vencedora do Wacken Metal Battle), Uborn Times, Necropsya, Motorocker, Kattah, Sad Theory, Semblant, etc...

E vindo dessa prolífica cena, uma banda mostra uma “resistência progressiva”, como eles mesmo se denominam, fazendo uma fusão de estilos que mostram uma qualidade impressionante em prol do Metal Progressivo.

Formada em 2008, em Londrina/PR, a banda é composta por:

Joceir Bertoni: vocal e guitarras

Ricardo Fanuchi: baixo

Luciano Neves: bateria

Na real, são músicos conhecidos da cena nacional, já que nos seus currículos se encontram bandas como o G. A.F e o Revoult, sendo que agora a união desse Power trio forma o projeto mais ambicioso e talentoso de todos: o Imagery.

Mas o que torna esse projeto tão majestoso é o fato de que os músicos não colocam barreiras em sua criatividade, sendo que na mesma música você encontra passagens que vão do Jazz a o Heavy Metal, passando pelo clássico e ritmos brasileiros (para localizar o leitor, imagine uma mistura de Pink Floyd com Pantera e um pouco de Angra na fase “Holy Land”, de 1997).

Capa do single mais recente, "Perception"

Na verdade, você pode ouvir tudo isso que eu estou falando no Myspace da banda, pois lá você ai encontrar o primeiro registro dos caras que foi gravado em 2009, uma demo auto intitulada que apresenta apenas 2 faixas (infelizmente), sendo uma instrumental de cair o queixo, a “Fourth Secret” e mais recentemente também foi postada lá duas novas (“Last” e “Perception”) que deve estar presente no debut (que será chamado "The Inner Journey") dos caras que sai agora no 2º semestre de 2011 e, pelo que a gente pode ouvir até agora, vai ser um trabalho de uma primazia impressionante, e que vai vir fortalecer ainda mais a emergente cena Prog brasileira.

Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Acesse:

Myspace

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Música “Last”

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Drunk Vision: Uma Grande Revelação Gaúcha/Catarinense


O nome Drunk Vision não é uma grande novidade para os bangers gaúchos e catarinenses, sendo que a banda possui integrantes de Capão da Canoa/RS e Florianópolis/SC.

Já falamos deles aqui no blog, pois seria a banda de abertura do Hangar, mas por alguns problemas da estrutura da casa acabou não se apresentando no evento que foi resenhado aqui no blog. Mas agora nosso foco é o trio que iniciou suas atividades em 2009 e tiveram uma grande idéia de colocar algumas músicas no Myspace e alcançaram um milhão de acessos, ou seja, os caras são muitos bons e já tá na hora de conseguir destaque nacional.

Mas se engana quem pensa que os caras tão só de boa colhendo os frutos do sucesso, pois após esse boom repentino a banda reformulou suas músicas e lançou de forma independente o excelente “Day After” (2011) e, ai amigo, quando você começa ouvir o CD você vai correndo direto para ver o encarte e ver se são apenas 3 caras (DV, Rafa e Caio) mesmos que fazem essa hecatombe musical, onde vocais Death se misturam a pegadas muito técnicas e progressivas, o que atualmente é conhecido como Death Metal Progressivo.

Para quem vê o encarte, a capa e depois presta atenção nas letras, percebe que "Day After", se refere ao Álcool e como o mesmo consegue distorcer nossa noção de realidade e como o dia seguinte pode ser denso (leia-se ressaca, rsrsrsrs).

Trio do sul do Brasil se destacando bastante na cena brasileira


Além das velhas conhecidas do Myspace, o Drunk Vision também acrescentou faixas inéditas ao repertório - tem até uma versão acústica para a faixa-título que, para o meu assombro, ficou muito legal. Perdeu sim a agressividade, mas ganhou em melodia, sendo que é notável o brilhantismo nos acabamentos e até o uso correto de experimentações, nada de extravagâncias eletrônicas, por exemplo (aprende Morbid Angel), tudo com uma evidente atenção aos detalhes e sem medo de experimentar.

Apontar influências é complicado já que os caras se esmeram, mas algumas notas lembram o Metal de Gotemburgo como Dark Tranquility, já que o Diego usa vocais mais limpos de forma muito inteligente e Arch Enemy (antigo). Rafael também ficou nacionalmente conhecido por ter ganhado o concurso Hangar Day, promovido pela banda de Aquiles Priester e que o selecionou como o melhor para tocar junto com a banda.

Não deixe de ouvir sons como: “Self Burning Machine", "Endless Nights" e "Why Not? Drunk vision" e tenha certeza que, se os caras continuarem assim, prepare os seus pescoços headbangers.

Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação

Contato
Site Oficial


Formação:
D.V. (Voz e Baixo)
Caio Corrêa (Guitarra)
Rafael Dachary (Bateria)

Tracklist

01. Self Burning Machine
02. Yellow Light
03. Sober Times
04. Endless Nights
05. Drunk Vision
06. What Would You Do?
07. Day After
08. Forgotten Cluster
09. Why Not?
10. Homecoming (Day After pt.2)
11. Outlaw Land
12. Day After (Acoustic Version)

Ah! Deixei para o final: a banda liberou o download do CD no link, ou seja, sem desculpas para conhecer o trabalho dos caras.

Clip "Self Burning Machine"

sábado, 23 de julho de 2011

Homem Vs Máquina: Symphony X em Seu Melhor Disco da Carreira

Banda lança seu oitavo e melhor disco da carreira

O ano de 2011 não parecia estar trazendo tantos grandes discos à luz em comparação com o ano passado. Mas isso começou a mudar, principalmente com alguns grandes lançamentos. Dentre eles, o novo trabalho dos mestres do Prog Metal Symphony X.

O grupo norte-americano divide, ao lado de Dream Theater, o posto de maior banda de Prog Metal do mundo. Obviamente que as comparações existem, mas a verdade é que Symphony X tem uma pegada muito mais Metal e, por assim dizer, agrada, sobretudo aos fãs do som pesado.

Parecia que depois de “Paradise Lost” (2007), último trabalho do grupo e que é considerado uma obra prima do gênero, a banda não conseguiria se superar, como muitas outras acabam não fazendo, decaindo no disco seguinte.

Symphony X é (esquerda para direita): Michael Leopold, Jason Rullo, Michael Pinnella, Russel Allen e Mike Romeo

Não foi o que aconteceu. Acontece que a banda formada por Russel Allen (vocal), Mike Romeo (guitarra), Michael Pinnella (teclados), Michael Leopold (baixo) e Jason Rullo (bateria) pode até demorar para lançar um novo disco (o hiato agora foi de 4 anos e já foi maior entre um disco e outro), mas quando a bolacha sai, é certeza de que seremos surpreendidos positivamente.

Com “Iconoclast” (2011), provavelmente o trabalho mais ousado da carreira da banda, o Symphony X lança seu melhor disco! Não é exagero pela novidade do lançamento. Um álbum que saiu em formato duplo (dois CDs com inéditas), cujo “tema do álbum é baseado no conceito de tecnologia, tento sobre a humanidade”, como nos contou o próprio Russel Allen (vocal) em entrevista exclusiva que já postamos aqui.

Então, uma temática tão contemporânea, em que a batalha entre homem e máquina, a hibridinização do humano com o tecnológico e uma possível luta pela liberdade dessa realidade fazem de “Iconoclast” um disco muito atual.

Symphony X se apresentou no Brasil divulgando seu novo trabalho. Na foto, Russel em SP.

Ao total, divididas em dois discos, temos 12 músicas que, obviamente apresentando muita técnica, são das mais pesadas da carreira da banda. A verdade é que a cada disco a Symphony X aumenta sua agressividade, sobretudo nas guitarras de Mike Romeo e nos vocais sem igual de Russel Allen, que, mesma não sendo membro original, é a cara da banda.

Músicas potentes, pesadas, cadenciadas e com algo de Black Sabbath, como “Bastards of the Machine” e “Dehumanized” (essa divulgada antes do lançamento do disco) não te deixam parado. Havia muito que não ouvia um disco tão empolgante, do começo ao fim. Desafio você a ouvir as músicas citadas, bem como “Heretic” e “Iconoclast”, sem sentir vontade de sair “quebrando tudo”, ou como gosto de dizer, sair chutando a avó, rs.

Ou ainda, conseguir ficar sem cantar o refrão e músicas como “Children of the Faceless God” e “When All is Lost”, a única balada do disco e um dos sons mais bonitos que já ouvi.

No disco II, há ainda mais peso, como em “Electric Messiah”, que inicia essa segunda parte. Destaque para os teclados inspiradíssimos de Michael Pinnella, que já tem um estilo próprio, meio que sinfônico, que casa com o clima do álbum.

Michael Lepond (baixo) e Jason Rullo (bateria) fazem um incrível trabalho. O primeiro com muito peso tem seu baixo mais destacado que nos demais discos, enquanto Rullo parece ter mesclado Mike Portnoy (ex-Dream Theater) e Aquiles Priester (Hangar), fazendo seu melhor trabalho que já ouvi.

Resta destacar ainda “Reign In Madness”, que tem como fio condutor teclados executados por Michael Pinnella com a cara dos anos 80, lembrando vagamente Van Halen (!?).

Essa mescla toda pode levar a duas coisas: um disco caótico, barulhento, ou uma real obra-prima. E, com o Symphony X, só podemos esperar superação a cada disco. Definitivamente, melhor disco de 2011 até o momento.


Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Symphony X

Álbum: Iconoclast

Ano: 2011

País EUA

Tipo: Prog Metal


Formação

Russel Allen (Vocal)

Mike Romeo (Guitarra)

Michael Pinnella (Teclados)

Michael Leopold (Baixo)

Jason Rullo (Bateria)



Tracklist

CD 1

01. Iconoclast

02. The End of Innocence

03. Dehumanized

04. Bastards of the Machine

05. Heretic

06. Children of a Faceless God

07. When All Is Lost

CD 2

01. Electric Messiah

02. Prometheus (I Am Alive)

03. Light Up the Night

04. The Lords of Chaos

05. Reign In Madness

Acesse:

Site Oficial

Myspace

Veja “The End of Innocence” ao vivo

E “Dehumanized”

Leia entrevista exclusiva com Russel Allen aqui

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Entrevista: Andragonia – Eminente no Metal Progressivo Brasileiro

Banda paulista tem se destacado no cenário nacional

Um dos grupos que mais tem se destacado desde 2010 é a Andragonia, banda de São Paulo, que tem apostado numa sonoridade de alta qualidade, investindo muito em ótimas composições, técnica e divulgação.

Com conquistas na bagagem, como ser eleita uma das grandes revelações de 2010, a banda foi formada pelo trio de produtores Thiago Larentes (guitarra), Yuri Boyadjian (baixo) e Daniel de Sá (bateria), que já trabalharam com bandas pouco bem vistas pelo público Metal (como Cine e Hori), mostrando que são habilidosos também fora dos palco.

Completando o time, o professor Ricardo DeStefano nos vocais e Cauê Leitão (guitar) na outra guitarra, a Andragonia cai firme na divulgação de eu primeiro disco, o elogiado “Secrets in the Mirror” (2010), contando com ótima divulgação através de vídeo clipes oficias e muito bem produzidos.

Técnica, alto profissionalismo e músicas que realmente empolgam fazem da banda um dos principais nomes dessa nova safra de grupos que buscam “reinventar” o Metal Progressivo, mesmo mantendo as características básicas.

Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com Ricardo, Cauê e Yuri que, muito solícitos, falaram sobre o começo da banda (não é apenas um projeto de produtores), o debut album, o sucesso de seus vídeos oficiais e, claro, o desejo de tocar em todo o Brasil (produtores, atacar!).


Road to Metal: Para começarmos, a origem da banda não deixa de ser singular. Como surgiu a idéia de produtores musicais formarem uma banda? Como foram os primeiros ensaios?

Yuri: No começo do Andragonia o único produtor musical era o Daniel. Eu o Thiago tínhamos empregos “regulares”, trabalhávamos em empresas. Então até mesmo por conta dos compromissos profissionais tínhamos um horário de ensaio bem apertado. Ensaiávamos durante a semana, à noite, só quando tinha um show ou alguém tinha alguma musica nova.

RtM: “Secrets in the Mirror” é um lançamento de muita consistência e um grande trabalho no cenário nacional. Sendo assim, quais objetivos vocês tinham com esse lançamento e como a banda reagiu à recepção tão calorosa do público e mídias especializadas?

Ricardo: Muito obrigado pelos elogios! Na verdade, desde a minha entrada na banda, nós já estávamos trabalhando na composição das faixas que faltavam para fecharmos o cd e, desde então, nós já sabíamos que tínhamos um bom material nas mãos. Restava finaliza-lo da melhor maneira possível, por isso mesmo, nós não aceleramos o processo de composição, e acabou levando na demora da finalização e lançamento do mesmo. Quando o disco foi lançado, mesmo cientes do potencial do nosso trabalho, estávamos muito ansiosos pela receptividade. A cada resenha, a cada elogio, a cada comentário, mesmo contentes, fomos cada vez mais nos surpreendendo com as notas, até porque, a cada comentário, as pessoas sempre nos apresentam considerações e comentários muito distintos uns dos outros.


Capa do primeiro disco da banda, lançado em 2010

RtM: É visível que tanto nas letras como na arte gráfica que a banda se esmera com muito profissionalismo. Quais são os simbolismos presentes na capa de “Secrets in the Mirror” e como foi o processo de criação dela?

Ricardo: De forma bem geral, quisemos colocar na capa elementos que resumissem o caos que é a narrativa do cd. Mais do que uma capa bonita, nós quisemos uma capa que chamasse a atenção e que refletisse mesmo a sensação de você estar vivendo em uma situação de profundo desequilíbrio e confusão mental.

RtM: Mantendo a escalada de sucesso, vocês logo gravaram um vídeo-clipe e esse mesmo veio a veicular tanto no Youtube quanto em canais da grande mídia como a MTV. Na opinião de vocês ainda é vantajoso para uma banda gravar vídeos clipes?

Ricardo: Vale muito a pena! Atualmente, a internet passou a ser o maior canal de divulgação de uma banda e, além da música, divulgar a imagem também é muito importante! No nosso caso, o Youtube nos ajudou demais! Até então, nós ainda não tínhamos conseguido entrar na MTV e divulgamos o vídeo de todas as formas possíveis na internet. Ou seja, conseguimos nos divulgar e trabalhar independente da MTV que, graças a deus, apareceu e ajudou a nos alavancar mais ainda.

RtM: Falando em vídeos, a Andragonia lançou dois para promover o disco. Contem-nos sobre o processo de criação e gravação dos vídeos para “Undead” e “Silent Screams”.

Yuri: O clipe da Undead foi algo bem despretensioso. Fizemos sem nenhuma grande aspiração e não tínhamos idéia de que poderíamos estar na MTV poucos meses depois. Gravamos vários takes em duas horas, pois tínhamos que devolver o teatro, então corremos contra o tempo naquele dia. O Plínio, da Pier 66, fez um excelente trabalho de edição e ficamos muito contentes. Já no clipe da Silent Screams fomos mais criteriosos. Vendo que o clipe da Undead teve uma boa aceitação, resolvemos até mesmo fazer uma “radio edit” da música pra tornar o formato mais viável. Contamos ainda com a participação do nosso amigo Toni Laet como protagonista e foi bem interessante ter um ator no clipe. Pretendemos continuar trabalhando com clipes, pois graças à acessibilidade que todos têm à internet hoje em dia, é uma boa forma de divulgar e consolidar o nome da banda.

RtM: Mas a banda também gravou um vídeo-tributo. Trata-se de uma versão pesada, claro, para o clássico “Johhny B. Goode”, de Chuck Berry. Provavelmente é uma das músicas mais regravadas, tanto que bandas como Motorhead e Judas Priest fizeram tributo ao Berry com essa canção. Mas a versão da Andragonia ficou uma releitura muito interessante. Vocês gravaram até um vídeo para ela. Nos contem de quem e como surgiu essa ideia e se pretendem regravar mais clássicos nesses moldes.

Cauê: Foi bem legal fazer essa releitura desse clássico! Procuramos tocar com a nossa pegada e dar a cara do Andragonia. A principio, gravamos para participar de uma comemoração de 85 anos do Chuck Berry, onde ia rolar um concurso e premiações. Depois, gostamos do que fizemos e aproveitamos a música, e sempre temos tocado ela nos shows onde a galera sempre responde bem. Quem sabe, mais pra frente, a gente pode fazer outras releituras de clássicos como esse, gostamos muito dessa idéia de pegar a música e interpretá-la do nosso jeito.

Cena do descontraído vídeo em homenagem à Chuck Berry

RtM: O som Andragonia pode ser considerado como Prog Metal? Porém, ao longo das faixas podemos ver influências distintas de outros elementos como Heavy e Thrash sendo assim quais são as principais influências da banda?

Ricardo: Bom, essa pergunta é curiosa mesmo. Nós mesmos temos a idéia de que somos uma banda de Prog Metal, mas temos muitos elementos que nos diferem um pouco do Prog Metal propriamente dito. Temos influências das mais diversas, tanto como grupo, como individualmente. Em linhas gerais, podemos pegar bandas como Iron, Metallica, Judas Priest, Rush, Megadeath, Journey, Gotthard, Symphony X, Freak Kitchen, Nickelback, Dream Theater, Ark, Helloween, entre muita coisa, mas muita coisa mesmo.

RtM: Uma das grandes surpresas ao ouvir esse trabalho de estréia é a participação do Bj do Tempestt. Como foi esse contato entre vocês? E quais outras bandas vocês apontariam como destaque na cena nacional?

Ricardo: O BJ é um grande amigo meu! Durante as gravações do álbum, nós conversamos a respeito de uma participação e chegamos a idéia de convidá-lo, que para nossa felicidade, ele topou na hora!
Foi uma experiência maravilhosa, não só em termos de resultado, mas como aprendizado mesmo! Foi uma grande honra poder contar com seu talento em nosso trabalho! Quanto a outra pergunta, temos muitas bandas de destaque na cena, como Shadowside, Deventter, Auras, Santarém, Hybria, Planeshift, Doxo, Caravellus, e Tempestt.

RtM: Vocês já tiveram a experiência de fazer apresentações acústicas que, com certeza, exigem certas adaptações e mudanças. Quais são as principais diferenças comparadas a um show regular? E falando em shows, como vocês definem o Andragonia ao vivo?

Ricardo: Nós nos divertimos muito trabalhando nesse formato acústico, justamente pelo que foi comentado que é essa adaptação e várias mudanças nos arranjos das músicas. Quando começamos a trabalhar nesse formato, nós não economizamos idéias mesmo! Interessante isso porque algumas músicas ficaram parecidas com as originais, enquanto outras praticamente se transformaram em novas músicas, criando uma atmosfera bem interessante para esse tipo de apresentação. Já, quando tocamos ao vivo, nós soamos mais pesados e mais agressivos do que em estúdio. Acredito que a veia mais visceral da banda contribua muito para isso, porque a nossa energia é muito forte ao vivo.

[Nota do Redator: a banda chegou a abrir nesse formato a apresentação de Anneke van Giersbergen (ex-The Gathering) & Danny Cavanagh (Anathema) na cidade de Campinas/SP].

RtM: Como foi abrir o show do Symphony X, afinal, os caras são grandes no Prog Metal mundial, e deu tempo de trocar algumas idéias?

Cauê: Foi uma experiência incrível dividir o palco com uma banda do porte do Symphony X! Gostamos muito do som deles! Em particular, o Michael Romeo é uma grande influência, então foi muito legal! Trocamos algumas idéias com eles, não muita por causa da correria do show, mais saímos de lá com a sensação de dever comprido e muito felizes pela aceitação da galera que vibrou e gritou bastante durante o show!

Banda no Via Funchal (São Paulo, Brasil) na abertura para Symphony X

RtM: Ano passado foi um ano importante para a banda. Além da gravação do primeiro disco, a Andragonia foi escolhida pelos leitores da Roadie Crew, maior revista especializada do Brasil, como uma das melhores bandas nacionais daquele ano (8º posição), revelação nacional (5º posição), além de 8º posição com melhor disco nacional e 10º como melhor show. Qual a importância disso para a banda, já que os fãs os colocaram como um dos grandes nomes do Metal brasileiro?

Cauê: Cada membro da banda já tem uma estrada na música de bastante tempo. As vezes, as pessoas podem achar que, logo com o primeiro disco, agente conseguir tudo isso pode ser meio rápido, mais não. Estamos na música há alguns anos e estamos muito felizes por tudo que aconteceu! Continuamos trabalhando duro e lutando pra conseguir cada vez mais espaço, mesmo com pouco apoio, porque uma banda de som autoral e ainda tocando um estilo como esse, pra conseguir alguma coisa tem que ser guerreira e amar muito o que faz e é o que fazemos e procuramos transmitir! Agradeço por toda a força dos fãs e podem ter certeza que o Andragonia vai lutar e buscar cada vez mais!


RtM: Quais são os próximos passos da banda agora em 2011? Teremos uma chance de ver o Andragonia no sul do país?

Ricardo: A nossa intenção é levar e tocar o “Secrets” em todos os cantos do país. A cena do Sul do país é forte, e todas as bandas que já tocaram aí comentaram. Estamos aguardando e esperando por contatos do Sul sim! Vai ser um enorme prazer tocar no Sul!

RtM: Obrigado pela entrevista. Para nós é um prazer poder falar com bandas de qualidade e que possuem um futuro de sucesso. Para acabarmos, a banda pode deixar algum recado para os leitores do Road to Metal?

Ricardo: Eu que agradeço pelo espaço e pela entrevista! Para os leitores do Road To Metal: Continuem apoiando e prestigiando as bandas nacionais. Muito obrigado a todos os fãs que tem nos apoiado!

Cauê: Galera, eu só tenho a agradecer a força de vocês! Isso nos anima, e nos da força pra continuarmos. O Andragonia está sempre lançando coisas novas, fiquem ligados! E, nesse ano, tem muita coisa para acontecer.Valeu!

Yuri: Obrigado ao Road to Metal e seus leitores por nos prestigiar! O Brasil tem muitas bandas novas no meio do metal que merecem atenção pela sua qualidade e por sua vontade de levar uma nova proposta musical ao publico. Abram os olhos! Os maiores responsáveis pela cena são vocês!


Entrevista: Harley

Introdução/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação

Acesse e conheça mais sobre a banda

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Leia nossa resenha de “Secrets in the Mirror”

quarta-feira, 20 de julho de 2011

É Melhor Terminar com Honra do que Envergonhar o Passado

Após mudanças na formação, Devian resolve descansar...


Com uma das primeiras rupturas do Marduk onde saíram Legion (vocais) e Emil Dragutinovic (bateria), foi confirmado que um dream team do Death Black Metal sueco estava para se unir, sendo que foi recrutado para o time os músicos Carl Stjärnlöv (baixo), Tomas Nilsson e Joinus (guitarras).

Time pronto, estava na hora de batizar a nova horda que, primeiramente, iria ser Rebel Angels, mas logo foi substituído por Elizium até chegar no termo perfeito: Devian, que soa muito mais do mal (rs).

Sua sonoridade pode ser considerada como uma continuação dos trabalhos do Marduk na sua fase “World Funeral” (disco de 2003), ou seja, blasfêmias, muito peso, mas com um incrível senso de melodia que era explorada na medida certa, trabalho tão expressivo que foi fácil conseguir um contrato com a Century Media.

Com isso é lançado o primeiro petardo “Ninewinged Serpent” (2007) que é um ótimo cartão de visitas. É um verdadeiro massacre com destaques para faixas como “Heresy”, “Suffer the Fools” ou a homônima do CD, que mostram que essa era uma formação que vinha para ficar.

Mas é com “God To The Illfated” que o golpe de misericórdia é dado. Em um álbum que é um dos melhores do ano de 2008, sem duvida, e se alguém acreditava que o Devian tinha sorte de principiante nesse trabalho os caras se superaram. As melodias estão mais fortes, porém a agressividade não ficou em segundo plano, coisa muito difícil de se alcançar, principalmente para bandas suecas.

Vale lembrar que é deste álbum a música “Assailant”, que tem um dos clipes mais polêmicos do Death Metal mundial, onde Legion foi capturado por membros da Igreja e depois de ser torturado recruta seus amigos de banda e parte para vingança e daí... sai de perto!

Banda contava com ex-integrantes do Marduk, incluindo Legion (foto), um dos maiores vocalistas do gênero

Nada poderia parar o avanço dessa horda a não ser eles mesmos, pois o primeiro a largar tudo foi Legion, em 2009, depois de uma turnê com o Unleashed e no meio das gravações de um terceiro trabalho.

Com a saída do vocal, a gravadora dispensa os caras e Joinus acaba se afastando do grupo também, alegando que não curtia mais tocar Death Metal (?). Curiosamente, hoje o cara tem uma banda que apresenta uma pegada mais rock clássico, mas não abandonando suas adorações ao chifrudo.

A banda até tentou continuar na ativa, mas o som que estava se moldando era muito aquém do que o nome Devian representa (ta lá no Myspace para quem quiser conferir) sendo que os vocais limpos tomavam a frente lembrando muito o Death Metal melódico de Gottemburgo.

Assim, em uma sabia decisão, Emil (Dragutinovic, bateria), Tomas (Nilsson, guitarra) e Carl (Stjärnlöv, baixo) decidiram terminar com o Devian, para sempre...

Os caras ultimamente se dedicam a outros trabalhos como o Rupture (Emil) e o Diabolical (Carl), mas é claro que a lacuna do Devian não vai ser fechada, e para os fãs de Metal extremo esse vai ser sempre um grande trabalho do Legion e toda sua Horda.


Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Devian

Álbum: God To The Illfated

Ano: 2008

País: Suécia

Tipo: Death/Black Metal


Formação

Erik "Legion" Hagstedt (Vocal)
Jonas "Joinus" Mattson (Guitarra)
Tomas Nilsson (Guitarra)
Emil Dragutinovic (Bateria)
Carl Stjärnlöv (Baixo)



Tracklist

01 - Mask of Virtue
02 - Assailant
03 - The Unspoken
04 - Saintbleeder
05 - I'm the Pariah
06 - God to The Illfated
07 - Summerdeath
08 - South of Halo
09 - Awaiting Doom
10 - When the Vultures Have Left

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Site Oficial

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O polêmico “Assailant”

“Scarred”

terça-feira, 19 de julho de 2011

Shows: Symfonia Apresentando-se no Brasil com Suporte de Bandas Gaúchas

Nova banda de André Matos e Timo Tolkki tocam no Brasil pela primeira vez

Uma das formações de maior renome do Power Metal mundial, Symfonia, virá ao Brasil para uma série de shows entre o fim de julho e início de agosto (confira as datas abaixo).

A banda é formada por ninguém menos que André Matos (brasileiro, ex-vocalista de bandas como Viper, Angra e Shaman), Timo Tolkki (guitarrista, ex-membro do Stratovarius e Revolution Rennaissance), Jari Kainulainen (baixista, ex-Stratovarius), Alex Landenburg (baterista, ex-At Vance, Annihilator, Stratovarius) e Mikko Härkin (ex-tecladista do Sonata Artica). A banda tinha como baterista original Uli Kusch (ex-baterista do Helloween, Gamma Ray e Masterplan), que chegou a gravar o disco e realizou alguns shows, mas deixou a banda devido a um sério problema em uma das suas mãos.

Divulgando seu álbum de estreia “In Paradisum” (2011), disco que divide opiniões entre os que o consideram um grande álbum e aqueles que esperavam mais de um time desses. A verdade é que o quinteto está tendo muito sucesso na divulgação desse trabalho, mostrando que com suporte e talento, o Power Metal clássico sobrevive.

Falando em suporte, a vinda do grupo ao Brasil contará, nos cinco dos seis shows agendados, com as bandas gaúchas Tierramystica e Vênus Attack.

Tierramystica encerra sua turnê de 2 anos com grande sucesso de público e crítica

Tierramystica dispensa apresentações, afinal, o grupo foi a banda revelação de 2010 com seu incrível disco “A New Horizon”, cuja sonoridade casa o Power Metal com a música andina/latina.

Essa não será a primeira grande turnê do grupo como openning act. Já excursionaram com nomes como Epica, Hangar, Soulspell, Tarja Turunen (ex-Nightwish) e até mesmo Scorpions (última turnê da banda).

O septeto gaúcho finalizará a turnê de divulgação desse trabalho com 4 datas abrindo para o Symfonia em São Paulo/SP, Teresina/PI, São Luis/MA e Rio de Janeiro/RJ. Definitivamente, mais uma chance do público brasileiro de outros estados conferirem o grande show do Tierramystica.


Venus Attack prepara o lançamento de seu primeiro CD este ano

Já em Porto Alegre, quem fica responsável por aquecer a galera é a Venus Attack, nova banda de Mike Polchowicz, primeiro vocalista a gravar com a banda Hangar, tendo saído em 2004.

Esse é o segunda grande chance da banda mostrar seu trabalho para o conterrâneos gaúchos. Em dezembro passado, no show de estreia, abriram a apresentação de ninguém menos que Glenn Hughes (ex-Deep Purple, Trapeze, Black Sabbath, atual Black Country Communion). Agora, irão dar suporte ao Symfonia, num show bastante aguardado pelos fãs do gênero.

Ficaremos na expectativa pelas apresentações das bandas, sobretudo a estreia do Symfonia na América do Sul.


Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Datas no Brasil

30/07 Brasilia Porão do Rock Festival
31/07 Porto Alegre/RS - Bar Opiniao
02/08 São Paulo/SP - Citibank Hall
05/08 Teresina/PI
06/08 Sao Luis/MA
07/08 Rio de Janeiro/RJ - Fundição Progresso



Saiba mais sobre Symfonia

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Tierramystica


Leia resenha de "In Paradisum" aqui

Entrevistas com Venus Attack e Tierramystica