quinta-feira, 31 de março de 2011

Clássicos Brasil: “Bio Violence” (Drowned) - Os Verdadeiros Herdeiros de “Roots”



Lançado em 1996, o álbum “Roots” do Sepultura abala as estruturas do Metal mundial, sendo que nem mesmos os próprios membros sabiam do estrago que estavam causando. Pois bem, o que veio depois na história do Sepultura todo mundo já sabe, o importante agora é saber agora o que houve depois na cena.

Muitos foram aqueles que tentaram roubar o titulo de sucessor dessa obra: tivemos o Soulfly nos seus primeiros CDs, que na minha opinião são álbuns descartáveis de New Metal vindo melhorar a partir do “Dark Ages” (2005), temos também o Ektomorf, mas vamos combinar que batidas brasileiras sendo feita por caras da Hungria soa muito estranho, por mais que os irmão Zoltán Farkas (vocal/guitarra) e Csaba Sarkas (baixo) sejam bastante talentosos.

Entretanto, as influências brasileiras no Metal são sempre bem vindas e quando elas encontram o Metal extremo, a coisa fica ainda melhor. É exatamente isso que os mineiros do Drowned fizeram no seu álbum “Bio Violence” (2006) que, por uma coincidência que só os deuses do Metal explicam, foi gravado uma década após o “Roots” (1996).

A banda é uma das mais respeitadas da cena brasileira no exterior

A temática do “Bio-Violence” enfoca em suas letras os conflitos e guerras atuais, a degradação ambiental, o Brasil e seus problemas, passando pela ingerência e o imperialismo das grandes nações. Embora seja árida a realidade vislumbrada pela banda, a intenção do Drowned é alertar e levar as pessoas a refletirem. Ainda há tempo para que seja construído um futuro menos sombrio.

Esse, tecnicamente, é um álbum bastante polêmico para os fãs mais antigos, isso porque, mesmo sem deixar de lado sua agressividade de álbuns como “Back From Hell” (2002, EP), ele acrescenta elementos novos como vocais limpos e passagens que lembram trabalhos de bandas como Machine Head e Trivium, por isso mesmo assustou os mais conservadores. Porém, é exatamente isso que torna o álbum tão legal: o fato dele ser extremamente diversificado e principalmente energético.

Sendo assim, é quase um sacrilégio citar algumas faixas, mas nos enche os olhos, ou melhor dizendo, os ouvidos, porradas como: “New Rome Arise”, ‘’Bio Violence’’, “The Fossil Target” (podia muito bem estar em um CD do Trivium, já que a mesma tem uma pegada de Thrash moderno, mas ao contrário da banda americana, o Drowned não reduz a agressividade), “Genesis of Chaos” mostra um lado mais melódico, com uma linha de refrão com vocal limpo, “Hypnosis Against the Tribes” é Death Metal puro e as influências brasileiras mais presentes do que nunca, sendo que no final há uma citação a música do programa A Voz do Brasil, que fecha o álbum lhe causando uma sensação de orgulho do Metal nacional.

Resumindo, faça um favor para vocês mesmo e entre no site dos caras que lá tem todos os álbuns pelo preço em média de 10 reais, ou seja, não tem desculpas para não ouvir essa grande obra do Metal nacional.


Texto: Harley

Revisão do Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação e Sérgio Vilhena (ao vivo)


Ficha Técnica

Banda: Drowned

Álbum: Bio Violence

Ano: 2006

País: Brasil

Tipo: Thrash Metal

A formação do álbum conta com:

Fernando Lima - vocal

Kerley Ribeiro - guitarra

Marcos Amorim - guitarra

Wesley Ribeiro - baixo

Beto Loureiro – bateria


Tracklist

1. New Rome Arises
2. Bio-Violence
3. The Fossil Target
4. Genesis Of Chaos
5. Dead Sunshine For A Better World
6. People Born To Hate People
7. Eyes Bent For Own Navel
8. Drown The Revolution
9. The Friendly Oppressor
10. Hypnosis Against


Visite o Myspace da banda

http://www.myspace.com/drownedmetal

Veja o site oficial

http://www.drowned.com.br/

Veja Vídeos oficiais do álbum:

“New Rome Arises” http://www.youtube.com/watch?v=hqCpWzk05Gk

“Bio Violence” http://www.youtube.com/watch?v=qmX2dNefwg0&feature=related

terça-feira, 29 de março de 2011

Countrycore: A Fórmula do Matanza Já Não Surpreende


Nos últimos anos, a banda do Rio de Janeiro Matanza, causou furor no Rock brasileiro underground ao lançar grandes trabalhos que uniam, sem exageros, Rock & Roll e Country (este, sobretudo, nas letras e harmonias), sendo denominados como uma banda de Countrycore (!).

Com instrumental básico (caminhando pelo Rock clássico, passando pelo Punk) e letras que falam de mulheres, bebidas (muitas) e violência gratuita, a banda liderada por Jimmy London (vocal) foi bem aceita pelo público, inclusive de fora do “mundo pesado”, com Jimmy indo trabalhar na MTV.

O ponto forte da banda: show ao vivo!

A expectativa era alta para um novo disco da banda, já que o último disco, o espetacular “A Arte do Insulto” (2006) saiu há cerca de 5 anos.

A banda acaba de lançar “Odiosa Natureza Humana” (2011) e, embora ainda seja cedo para saber como o trabalho marcará a carreira da banda, a verdade é que, para muitas pessoas, o álbum decepcionou.

Faço parte desse grupo, também. Mesmo não sendo um fã da banda, muitas de suas músicas embalaram algumas experiências que lembrarei por toda a vida, e ouvir o novo trabalho da banda chegou a ser uma tarefa pouco prazerosa.

O vocalista Jimmy London é a principal "figura" da banda

A sonoridade e os temas ainda se mantêm. Ora, então o que houve se tudo continuou o mesmo? Justamente isso: tudo está tão igual que nada surpreende e tudo que se repete acaba se tornando algo tedioso, sem graça (poucas bandas se dão ao luxo de não inovarem e ainda apresentarem qualidade).

Talvez pelo título do álbum, o mesmo também acaba ficando “sério” nas letras, faltando aquele humor negro que vimos nos outros discos (a única mudança, para pior), além de refrões e letras grudentas.

Algumas exceções são “Remédios Demais” e “Em Respeito ao Vício”, que já conquistam nos primeiros segundos (como a banda conseguira fazer antes). A primeira, talvez até por isso, se tornou a música de trabalho do álbum (veja o video clipe abaixo).

Se você curte a banda, vale a pena ouvir “Odiosa Natureza Humana”, pois, embora seja o pior disco da discografia da banda (com exceção do álbum de covers do Johnny Cash), ainda trabalha com essa proposta interessante que coloca o Matanza como uma das principais bandas do Rock nacional atual.

Mas, se você ainda não conhece a banda, passe longe deste disco. Vá para os demais trabalhos e, após um tempo, tente curtir este novo CD, quem sabe tenha uma impressão melhor que a minha.

Stay on the Road


Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Matanza

Álbum: Odiosa Natureza Humana

Ano: 2011

País: Brasil

Tipo: Countrycore


Formação

Jimmy London (Vocal)
China (Baixo)
Jonas (Bateria)
Donida
(Guitarra e Composição)
Maurício Nogueira
(Guitarra ao vivo)


Tracklist

1. Remédios Demais
2. Em Respeito ao Vício

3. Ela Não Me Perdoou
4. Escárnio

5. Tudo Errado
6. Saco Cheio e Mau-Humor
7. Odiosa Natureza Humana
8. Carvão, Enxofre e Salitre

9. Amigo Nenhum
10. Conforme Disseram as Vozes
11. Melhor Sem Você

12. A Menor Paciência
13. O Bebum Acabado


Veja o Myspace da banda

http://br.myspace.com/matanzacountrycore

Assista o vídeo clipe oficial de “Remédios Demais”

http://www.youtube.com/watch?v=3fAij9SCQJs

domingo, 27 de março de 2011

Entrevista: Aquiles Priester – O Melhor e Ainda Buscando o Topo



Aquiles Priester: Melhor baterista de Heavy Metal por 10 anos consecutivos no Brasil

Há pessoas e pessoas na cena metálica mundial e nacional. Uma das figuras mais significativas, mundialmente falando, é Aquiles Prister, baterista do Hangar, que passou a ser conhecido mundialmente ao ingressar no Angra, ficando no posto por vários anos, gravando três discos de estúdio, um DVD/DC ao vivo, além de singles e afins.

Tudo isso acontecendo enquanto mantinha sua “criança” viva, a banda Hangar, que também buscava construir seu caminho. Com a experiência adquirida em tocar ao redor do mundo, assim como ao desenvolvimento de maiores habilidades, Aquiles tem vivido um dos melhores momentos da sua carreira, agora com dedicação exclusiva ao Hangar.


A banda, que começou a retomar o ritmo de lançamentos e turnês a partir do incrível “The Reason of Your Conviction” (2007), passou por mudanças, essas todas positivas, com chegada de novo vocalista (Humberto Sobrinho, vocalista também da Glory Opera), lançamento do mais recente álbum “Infallible” (2009), além de possuir agora estrutura própria (carregada pelo Infallibus), possibilitando tocar em locais “retirados”, como o interior de alguns estados, com a estrutura respeitável que a banda merece, além do sucesso de seu DVD “The Infallible Reason of My Freak Drumming” (2010) e da sua autobiografia que está sendo muito bem aceita por críticos e fãs.
Em uma conversa com Aquiles “Polvo” Priester, um dos melhores bateristas do mundo, falamos sobre o Hangar, sua autobiografia (o livro “De Fã a Ídolo”) e seus planos futuros, deixando uma dúvida interminável: seria ele o novo baterista do Dream Theater? Confira a exclusiva abaixo com o Aquiles e tire suas próprias conclusões.
Road to Metal – Aquiles, primeiramente nos fale qual a importância desta autobiografia em sua vida?
Aquiles Priester: É uma forma das pessoas conhecerem o Aquiles no sentido mais amplo da palavra. É uma forma de registrar a minha trajetória musical e mostrar um pouco do Aquiles ser humano comum.

Aquiles com um de seus kits, sonho de todo baterista
RtM – Com o lançamento de “De Fã a Ídolo” muitas pessoas acabaram seguindo seus sonhos devido a tamanha influência que seu livro fez nas vidas dessas pessoas, sejam elas Metalheads ou não. O que você acha desta grande influência?
Aquiles: Fico muito feliz em saber que de alguma forma minha história de vida tem influenciado outras pessoas. Em minha opinião, todo mundo tem sua história de vida e tenho uma enorme gratidão pelas pessoas que dizem que se identificaram com a minha. Ser músico no Brasil é um grande desafio.

Capa do livro em que Aquiles conta sua história de vida digna de exemplo a ser seguido
RtM– Após a saída de Mike Portnoy do Dream Theater, muito foi especulado que você seria o substituto na banda, até onde isto é verdade? Você chegou a fazer testes para substituir Portnoy? Ou você é o novo baterista do Dream Theater?
Aquiles: Isso é uma grande alegria para mim... Saber que as pessoas ficaram especulando sobre esse assunto nos quatro cantos do mundo... Tem algo muito especial acontecendo na minha vida nesse momento, estou me preparando para tocar no maior e mais cobiçado festival de bateria do mundo, o Modern Drummer USA. Desde a década de noventa que sonho tocar nesse festival. Tocar nesse evento é o ponto mais alto de qualquer baterista do mundo.

RtM – O Hangar está em um grande momento na sua trajetória, fazendo grandes divulgações de “Infallible” (último álbum da banda, lançado em 2009) e muitos pocket shows. O Hangar pretende fazer uma turnê fora do país? Ou neste momento divulgar somente no Brasil?
Aquiles: Já perdemos a conta de quantos convites recebemos para ir tocar fora do Brasil pagando quase o impagável para tocar com outras bandas... No momento não apareceu nada realmente decente para a gente embarcar literalmente numa empreitada como essa, mas quando aparecer a opção ideal, não hesitaremos.

A banda Hangar ao lado de seu ônibus próprio: Infallibus
RtM – Vocês são a primeira banda de Heavy Metal do Brasil a ter um ônibus próprio (o “Infallibus”). O que você esta achando desta nova experiência de viajar todo o Brasil de ônibus próprio levando o show de vocês para qualquer lugar?
Aquiles: É sensacional poder proporcionar aos Fãs um grande espetáculo, seja acústico, plugado ou até mesmo um workshop! Independente da distância a ser percorrida, vale a pena pela satisfação que temos ao ver o resultado desse trabalho todo.

RtM – Quais os planos para o Hangar neste ano de 2011?
Aquiles: Vamos seguir o ano todo divulgando o Infallible. Acabamos de lançar uma nova versão desse disco que tem um DVD como bônus, que tem o clip e making of de “Dreaming of Black Waves”, making of Infallible, entrevistas e as primeiras imagens da The Infallible Tour.

O baterista quando no Angra, na turnê de "Temple of Shadows" (2004)
RtM – Aquiles muito obrigado por esta entrevista. Fica o espaço final para você.
Aquiles: Agradeço muito a todas as pessoas que tem nos acompanhado ao longo da nossa tour e mal vejo a hora de poder revelar todas as novidades que estão para acontecer...

Entrevista: Renato Sanson
Introdução da entrevista: Eduardo “EddieHead” Cadore e Renato Sanson

Fotos: Divulgação

Visite os endereços abaixo para conhecer mais o trabalho de Aquiles Priester
Site Oficial do Hangar: www.hangar.mus.br
Myspace Oficial do Hangar: http://www.myspace.com/officialhangar
Assista alguns vídeos interessantes

Pain of Salvation e Symphony X: Duplo Show Para a Capital Gaúcha


Porto Alegre/RS já mostrou que tem produtoras interessadas em trazer grandes eventos para os gaúchos, tornando a capital uma das principais cidades do Brasil para a realização de shows de médio e grande porte.

Isso se deve a cena local, às produtoras (destacamos a Abstratti) que se colocam desejosas de realizar eventos memoráveis, bem como o deslocamento de pessoas de todo o estado para a querida Porto Alegre a fim de acompanhar seus artistas preferidos.

Não é de hoje que temos inúmeros shows por lá. Porém, 2011 está mostrando que teremos grandes apresentações logo no primeiro semestre, assim como alguns já confirmados para meses mais perto do fim do ano.

Symphony X volta a Porto Alegre/RS após 3 anos com nova turnê

Um dos grandes shows esperados será das atrações internacionais Pain of Salvation e Symphony X, que sobem ao palco do Bar Opiniã juntas dia 07 de junho, proporcionando aos fãs dois shows na mesma noite e com dois grandes nomes do Metal mundial.

O Symphony X é uma banda de Prog Metal norte-americana, considerada por muitos tão interessante ou ainda mais que Dream Theater, por exemplo. A banda estará divulgando seu último trabalho, “Iconoclast” (2011), um dos álbuns mais esperados do ano (lançamento em junho) e que marca a volta de material inédito do grupo em quatro anos (o último “Paradise Lost” saiu em 2007), além de ser o primeiro trabalho pela renomada Nuclear Blast.

A banda traz o renomado e multiprojetos (Avantasia, Allen & Lande, Star One, entre outros) Russel Allen nos vocais e o guitarrista e fundador do grupo Mike Romeo (um dos melhores do mundo). É a segunda vez do grupo em Porto Alegre, já que em 2008 realizou show na capital.

Pain of Salvation é um dos nomes mais "Cult" da cena atual

Já o Pain of Salvation vem da Suécia, promovendo seu trabalho mais recente, o aclamado e original “Road Salt One” (2010). Liderado e representado pela singular figura do vocalista e guitarrista Daniael Gildenlöw, a banda volta à Porto Alegre, sendo que em 2005 já se apresentara pelo Brasil tendo como banda companheira o Evergrey.

Agora, repete a dose da experiência excursionando com o Symphony X, numa noite que promete ser histórica, tanto para os fãs, quando para a cidade de Porto Alegre.


Stay on the Road

Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação


Confira as informações sobre o show abaixo:


PAIN OF SALVATION & SYMPHONY X
Terça, dia 7 de junho

Cronograma:
20h abertura da casa
21h Pain of Salvation
23h Symphony X

Local:
Opinião - José do Patrocínio, 834

Ingressos:
1º lote R$80 PROMOCIONAIS
2º lote R$100
3º lote R$120
na hora R$140

Pontos de Venda:
A Place - Rua Voluntários da Pátria 294/150
Back in Black - Shopping Total / 2º andar
Zeppelin - Rua Marechal Floriano, 185 – loja 209
Ticket Brasil - www.ticketbrasil.com.br em até 12x no cartão.
Início das vendas: quarta-feira, 16 de março

sábado, 26 de março de 2011

Relentless Reckless Forever: Children of Bodom Voltando ao Topo aos Poucos

Banda volta com novo álbum em 2011

Meados da década de 90, o Death Metal melódico balança o undeground tendo In Flames, Soilwork, Dark Tranquility e Children of Bodom lançando álbuns que auxiliam na consolidação do estilo. No caso das “crianças de Bodom”, uma trinca de discos poderosos viria marcar sua carreira (do “Hatebreeder” até o “Hate Crew Death Row”), sendo que, logo após outros dois lançamentos, mostravam que aparentemente a fórmula vinha se desgastando, o que aumentou ainda mais a perspectiva do novo trabalho.

Nas primeiras audições é impossível não ficar feliz com esse novo trabalho, já que faixas como “Not My Funeral”, e a faixa titulo tem ótimas pegadas do Death Metal (menos melódicos), o que na minha opinião é muito bom.

Children of Bodom pode ser considerado um dos maiores nomes do Death Metal "Melódico"

Em si, todo o CD impressiona, mas é a dupla Laiho (vocal e guitarra) e Werner (guitarra) que roubam a cena: como que esse cara pode tocar e cantar tanto e tudo ao mesmo tempo (monstruoso, para dizer o mínimo); Werner vem se tornando um dos melhores do mundo, seja no Children of Bodom seja como participação especial, como no álbum do Kotipelto (Stratovarius), ele sempre se mostra técnico e realmente rápido. Ouça faixas como “Shovel knockout” e “Ugly”.

A faixa premiada para virar single e já ganhou vídeo clipe “Was It Worth It?”,foi chamada em algumas entrevistas por Laiho de festiva!?

Alex Laiho (Vocal e Guitarra) é o líder da banda e figura de renome na cena metálica!

O único porém fica na estrutura ou na produção do álbum, que lá pela faixa 6 se torna um pouco repetitivo, sendo que, ao meu ver, falta uma faixa com refrões marcantes, como “Bodom After Midnight” ou “Bodom Beach Terror”. Contudo, isso não é uma falha, mas numa banda com tanta qualidade como a nossa seção Discografia Comentada comprovou, nós, fãs, sempre esperamos mais (comentem ai, Bangers).

Mesmo não sendo um novo clássico, vale comemorar que o Children of Bodom esta vivo, então, cuidado com esse massacre finlândes.

Texto: Harley

Revisão do Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Children of Bodom

Álbum: Relentless Reckless Forever

Ano: 2011

País: Finlândia

Tipo: Death Metal Melódico


Formação

Alexi Laiho (Vocal e Guitarra)

Henkka T. Blacksmith (Baixo)

Jaska Raatikainen (Bateria

Janne Wirman (Teclado)

Roope Wirman (Guitarra)

Tracklist

01. Not My Funeral
02. Shovel Knockout
03. Roundtrip to Hell and Back
04. Pussyfoot Miss Suicide
05. Relentless Reckless Forever
06. Ugly
07. Cry of the Nihilist
08. Was It Worth It?
09. Northpole Throwdown

Assista o vídeo clipe oficial de “Was It Worth It?”

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dois Gigantes do Heavy Metal em Turnês Paralelas no Brasil


Se algo assim acontecesse nos anos 80, muitas pessoas pensariam se tratar e alguma brincadeira: “Como? Iron Maiden e Ozzy Osbourne fazendo vários shows aqui na mesma época?”.

Pois é, acontece que o Brasil se tornou um dos locais mais visitados pelas principais bandas do estilo, agora não se limitando apenas ao eixo Rio-São Paulo, mas desbravando outras regiões, como o Sul e o Nordeste.

Iron Maiden e o mascote Eddie levam seu show para seis cidades brasileiras

Para os fãs do Iron Maiden, não é novidade que a banda idolatre o país (e a recíproca é verdadeira) e que, nas últimas turnês, tem realizado vários shows nas principais capitais do nosso Brasil.

Para essa turnê que inicia dia 26 de março em São Paulo/SP (show no Morumbi, com a abertura do Cavalera Conspiracy), a banda se apresentará pela primeira vez em Belém, no Pará, algo que motivou até comentários do vocalista Bruce Dickinson (leia na íntegra, abaixo).

A exemplo da turnê Somewhere Back in Time 2009, em que a Donzela nos brindou com seis datas brasileiras, a The Final Frontier World Tour aterriza (literalmente, com seu Ed Force One) novamente com seis datas, que você confere abaixo.


Detalhe do palco da turnê que chega ao Brasil agora! Foto do show de estreia da tour na Rússia

O Road to Metal acompanhará dois desses shows (São Paulo e Curitiba), com resenhas que você confere aqui em abril.

As expectativas entre os fãs são as mais altas possíveis. Os Maidenmaníacos, que sabem tudo sobre a banda, esperam ansiosos por uma turnê histórica, que vem promover o 15° disco da banda (“The Final Frontier”, lançado ano passado) e, mantendo-se o set list, priorizará a fase da última formação (com três guitarristas), com clássicos dos álbuns “Brave New World” (2000) e “Dance of Death” (2003), além das novas canções e dos clássicos absolutos como “The Trooper”, “Fear of the Dark” e “The Number of the Beast”.

Já Ozzy Osbourne, considerado um dos responsáveis pela criação do Heavy Metal quando fazia parte do lendário grupo Black Sabbath, realiza sua grande turnê em terras brasileiras.


Vocalista com a bandeira brasileira em um dos shows de 2008

Sua última passagem por aqui fora em 2008, realizando shows apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, deixando fãs de todo o Brasil na espera de um retorno com maior número de datas.

Finalmente, o ano de 2011 marca a vinda do Madmen com seis datas, incluindo regiões jamais visitadas pelo vocalista, como Centro e Sul o país (confira as datas abaixo).

O vocalista divulga seu mais novo e aclamado álbum “Scream” (2010), mostrando seu novo guitarrista Gus G (também da banda Firewind) e prometendo um show mais forte e clássico, já que as canções do novo álbum tentaram ir ao encontro dos grandes clássicos do vocalista nos anos 90.

Curiosamente, tanto a Donzela de Ferro quanto Ozzy estarão realizando seus shows paralelamente no país.


Ozzy e Gus G: primeira vez da dupla junta no Brasil

O Iron Maiden chegou ontem (24/03) ao Brasil, iniciando dois dias depois sua rota de shows. Já Ozzy Osbourne chega um pouco mais tarde, dia 30/03, quando toca pela primeira vez em Porto Alegre/RS (o Road to Metal também estará lá conferindo esse histórico show).

Será que haverá algum encontro entre os dois gigantes? Com certeza não. Enquanto Ozzy toca em Porto Alegre, o Iron Maiden se apresenta pela segunda vez em Brasília/DF; e quando o Madmen se apresenta em Brasília/DF (05/04), o Iron Maiden toca em Curitiba/PR (última passagem foi em 2008).

Para quem não sabe, as duas bandas foram protagonistas de episódios lamentáveis em 2005, com a participação decisiva de Sharon Osbourne, esposa de Ozzy, que teria, supostamente, contratado pessoas para jogar ovos podres no Iron Maiden em pleno palco, além de ter cortado a energia elétrica inúmeras vezes em um show, tudo isso como “retaliação” aos comentários de Bruce Dickinson de que o festival Ozzfest (criado e capitaneado pelo vocalista sabbático) deveria se chamar “Maidenfest”, devido ao sucesso dos shows da banda.

Obviamente, isso serviu como mais uma história que se tornará clássica e que revive a tensão e rivalidade entre os fãs. Agora, com shows mais ou menos no mesmo período, muitos fãs tiveram que optar entre um ou outro artista, pesando, claro, o amor “maior” por uma das bandas.

Fica a aposta então: qual desses dois gigantes levará mais fãs aos estádios, ginásios e arenas desse Brasil? Eu já fiz a minha, você arrisca a sua? (comente aqui)


Texto: EddieHead

Fotos: Divulgaçã. Montagem mano.digge, Iron Maiden Brasil


Oportunidade dos fãs brasileiros de verem seus ídolos históricos

Bruce Dickinson, sobre a nova turnê na América Latina, com destaque ao Brasil:

"É sempre ótimo voltar à America Latina onde nossos fãs estão entre os mais apaixonados do planeta! Os fãs brasileiros são um exemplo perfeito dessa paixão e sempre sentimos uma enorme responsabilidade ao tocar ao vivo no Brasil, porque temos a obrigação de dar o nosso melhor, merecer a lealdade de todos esses fãs. É especialmente excitante nesta turnê – graças ao nosso "tapete mágico" ED Force One - a possibilidade de estar em lugares onde nunca estivemos. Estamos muito ansiosos por tocar em Belém pela primeira vez, queremos ver se os fãs são tão especiais como os do resto do Brasil. E, claro, será extremamente excitante se apresentar no Estádio do Morumbi em São Paulo, em uma noite que promete ser muito especial! Para essa nova turnê, nós temos um palco completamente novo, como muitas novidades e um set list que trará musicas de nosso último álbum, The Final Frontier, além de músicas familiares de outros álbuns que temos certeza que os fãs querem ouvir e.... claro, um novo e espetacular Eddie!"

Vídeo com mensagem de Ozzy aos fãs de Brasília

http://whiplash.net/materias/news_853/126606-ozzyosbourne.html

Datas dos shows de Ozzy Osbourne

30/03 - Porto Alegre (Gigantinho)

02/04 – São Paulo/SP (Arena Anhembi)

05/04 – Brasília/DF (Setor SRPN (Ginásio de Esportes Nilson Nelson, Asa Norte)

07/04 – Rio de Janeiro/RJ (Citibank Hall)

09/04 – Belo Horizonte/MG (Ginásio do Mineirinho)

Saiba todas as informações sobre os shows de Ozzy Osbourne no Brasil

http://whiplash.net/materias/news_857/119314-ozzyosbourne.html

Datas dos shows do Iron Maiden

26/03 – São Paulo/SP (Morumbi)

27/03 – Rio de Janeiro/RJ (HSBC Arena)

30/03 – Brasília/DF (Estacionamento do Estádio Mané Garrincha)

01/04 – Belém/PA (Parque de Exposições (Cidade Folia)

03/04 – Recife/PE (Centro de Convenções de Pernambuco)

Saiba todas as informações sobre os shows do Iron Maiden no Brasil

quinta-feira, 24 de março de 2011

Korpiklaani e Ukon Wacka: a Maestria e Diversão do Folk Metal

Banda é um dos principais nomes do Folk Metal mundial

O Folk é uma subdivisão relativamente nova do Heavy Metal, sendo suas origens datadas da década de 90 com bandas fundamentais como o Skyclad e Cruachan. Com o passar dos anos, o estilo foi acumulando seguidores e mais bandas essenciais, como os brasileiros do Tuatha de Danann, os suecos do Eluveitie e os compatriotas do Turisas e Korpiklaani.

Formado no ano de 2003 pelo vocalista e guitarrista Jonne Järvelä, a banda se chamava Shaman (mudando o nome por causa da banda do André Matos), escolhendo o nome atual que significa “clã da floresta”, em finlandês.

Jonne Järvelä, líder da banda e uma das figuras mais curisosas do Folk Metal

Atualmente, essa é uma das bandas mais ativas do cenário, não deixando nenhum ano passar em branco, seja com shows , gravações de CDs e DVD . Rolava muita expectativa e criou-se mesmo um pouco de pressão acerca desse novo álbum, pois o trabalho anterior, o “Karkero” de 2009, mostrava uma veia mais dark, muito menos alegre (o curioso é que o nome “Karkero”, em finlandês, quer dizer festa). Assim, vinha a dúvida de qual caminho a banda iria seguir.

Pois bem, veio “Ukon Wacka” (2011) e a primeira impressão é que os caras ouviram seus fãs, já que esse álbum é festivo até o talo, um pouco menos experimental, o que pode vir atrair novos fãs, apesar de o acordeom estar como sempre presente.

A temática é a mesma de sempre: festas e bebidas. Na real, uma singela homenagem ao Deus Ukko (aquele que aparece na capa de todos os lançamentos) tudo muito simples e simpático, sendo que a única dificuldade é cantar junto, já que todas as letras estão em finlandês.

Destaques para todas as faixas, porém “Tequila” (com sua homenagem ao Brasil no seu clipe oficial), “Ukon Wacka” (dando uma acalmada para os momentos de ressaca) e “Vaarinpolkka” (faixa instrumental que é impossível não sair pulando por ai), e para finalizar, “Iron Fist”! Sim, um cover do grande Lemmy (Kilmister, do Mötorhead) criando um Motorfolk ou Folkhead, onde saem as guitarras e entram os violinos e acordeões, e ficou muito bom.

Em suma bangers, nada de novo, mas muito divertido e gruda na memória como todo bom CD de Folk Metal

Texto: Harley

Revisão: EddieHead

Fotos: divulgação

Formação

Jonne Järvelä (Vocal e Guitarra)
Kalle "Cane" Savijärvi (Guitarra)
Jarkko Aaltonen (Baixo)
Jaakko "Hittavainen" Lemmetty (Violino e Teclados)
Juho "JuhoKusti" Kauppinen (Acordeão)
Matti "Matson" Johansson (Bateria)

Tracklist

1.Louhen Yhdeksäs Poika
2. Päät Pois Tai Hirteen
3. Tuoppi Oltta
4. Lonkkaluut
5. Tequila
6. Ukon Wacka
7. Korvesta Liha
8. Koivu Ja Tähti
9. Vaarinpolkka
10. Surma
11. Iron Fist (Motörhead cover)

Clipe da música tequila:

http://www.youtube.com/watch?v=wzEahz7pa7k

Sirenia: Ainda Esperando Por Um Grande Álbum


É uma pena vermos músicos renomados, que conquistaram muitas coisas no passado, que não conseguem desenvolver-se tanto ou ainda mais que nos seus trabalhos anteriores.


Neste caso, falo de Morten Veland, guitarrista que fez história como um dos principais nomes do Gothic Metal na liderança da banda Tristania (que, infelizmente, jamais se encontrou após sua saída).


No destaque, a bela vocalista Aylin e, ao fundo, Morten Veland


Quando deixou o grupo em 2001, montou a Sirenia, banda que deveria ser uma nova revelação do Gothic em anos. Entretanto, o que aconteceu foi que, mesmo lançando alguns bons discos e conseguido fãs pelo mundo, o grupo não consegue compor um trabalho genial, como o fora “Beyond the Veil” (1999) do Tristania, por exemplo.


Obviamente que não se espera uma cópia da antiga banda (algo sem sentido), mas o que acontece é que, mesmo que tenha passado uma década desde sua criação, a cada álbum, a Sirenia traz altas expectativas que não são correspondidas.


Talvez a única exceção seja o álbum de estréia, “At Sixes and Sevens” (2001). Porém, muitas mudanças na formação se seguiram o que, de alguma forma, afetou e muito o som da banda, não alcançando as expectativas que o nome de Morten cria, ficando este como único integrante da formação original da banda.


Isso acontece novamente com “The Enigma of Life” (2011), quinto trabalho da banda norueguesa, lançado em janeiro de 2011.


A vocalista espanhola Ailyn apresenta um vocal que chega a irritar muitas vezes, mesmo que tenha “concorrido” com 499 candidatas ao posto na banda. Há falta de ousadia nos teclados de Morten (o cara toca todos os instrumentos) que empaca em clichês puro, não sendo nada inovador, nem mesmo tentando.


O que salva o álbum de um fracasso é, claro, alguns riffs e “coros” criados por Morten Veland. O guitarrista ainda arrisca alguns vocais guturais, e em músicas como “Fallen Angel”, acrescentou corais que são o ponto alto da música, algo semelhante ao que fizera no seu projeto Mortemia (resenha aqui).


Outra coisa é o comprimento do álbum. São 14 faixas (contando com os bônus) que aposto que serão poucas as pessoas que irão ouvir todas mais de uma vez. Talvez um álbum com menor número de faixa não atenuasse tanto a falta de ousadia de Morten.


Até aqui, parece que apenas há aspectos negativos em “The Enigma of Life”. Mas não. Temos bons momentos, estes capitaneados especialmente pelos vocais de Veland e canções legais como “All My Dreams”, “This Darkness” (tentando colocar mais peso em meio dos chatos teclados) e “A Seaside Serenade” (novamente os corais são de arrepiar e salvam a canção).


Sirenia: potencial para grandes álbuns, mas...

Nunca fui um grande admirador da banda, sendo que desde o primeiro álbum esperava muito mais. A verdade é que se o Sirenia estivesse menos interessada em soar comercial e acessível, e Morten compusesse um trabalho como quando estava no Tristania e agora no Mortemia, teríamos, pelo menos, álbuns mais interessantes.


Mas este trabalho é indicado aos fãs de Metal Sinfônico e Gothic Metal que não querem nada mais que o mesmo de sempre. Aos cansados dessa proposta, passe longe.


Stay on the Road



Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação, Tess



Ficha Técnica



Banda: Sirenia

Álbum: The Enigma of Life

Ano: 2011

País: Noruega

Tipo: Metal Sinfônico/Gothic Metal

Formação


Morten Veland (Guitarra, Baixo, Teclados, Vocal e Vocais de Fundo)

Ailyn (Pilar Giménez García) (Vocal)

Michael S. Krumins (Guitarra e vocais de fundo)
Jonathan A. Perez (Bateria)




Tracklist


01. The End of it All

02. Fallen Angel
03. All my Dreams
04. This Darkness
05. The Twilight In Your Eyes
06. Winter Land
07. A Seaside Serenade
08. Darkened Days to Come
09. Coming Down
10. This Lonely Lake
11. Fading Star
12. The Enigma of Life
13. Oscura Realidad (Bonus Track)
14. The Enigma of Life (acoustic version)



Assista o video official de “The end of It All”


http://www.youtube.com/watch?v=egxU458ZFuI