terça-feira, 3 de janeiro de 2012

“Unto the Locust” - Nasce Um Clássico do Thrash Metal Moderno

Machine Head lançou um dos melhores discos de 2011 com grande apoio de fãs e mídia


Desde que saiu do Vio-lence e fundou a sua própria banda (isso no ano de 1992), Robb Flynn sempre teve no seu Machine Head uma sucessão de altos e baixos. Se o começo com álbum “Burn My Eyes” (1994) foi destruidor levando a banda a ser considerada os sucessores do Pantera, os álbuns seguintes foram ladeira abaixo, sendo que as influências de Alternametal auxiliava muito a expulsar os fãs mais tradicionais.

A banda poderia ser condenada ao ostracismo, porém “Through The Ashes of Empires” de 2004 foi uma volta sadia às raízes, indicando que a banda tinha aprendido com os erros do passado e a partir dali sua discografia iria ser finalmente consistente, prova disso veio com o irretocável “The Blackening” (2007).
Robb Flynn agita muito nos shows da banda, esbanjando agressividade

Contudo, 4 anos se passaram e é muito gratificante pode dizer que estamos frente a um álbum que será elevado ao posto de clássico em curto período de tempo, pois o que se encontra em “Unto the Locust” (2011) são influências do Metal tradicional, do Thrash e até mesmo do progressivo (todas as músicas aqui passam dos seis minutos), tudo isso associada à agressividade que já é característica da banda.

A maturidade vigente nas músicas se apresenta também nas composições. Aqui é inegável apontar que a dupla Robb Flynn (vocal e guitarra) e Phil Demmel (guitarra) voltou a funcionar, impossível não lembrar em algumas passagens de clássicos da época do Vio-lence como “Eternal Nightmare” (1988).


Machine Head fez sua primeira turnê no Brasil em outubro de 2011 (Road to Metal conferiu de perto)

“I Am Hell” pode até enganar porque começa com uma passagem mais climática, cantada em latim, mas rapidamente um riff invade o som e a pancadaria começa. A musica é dividida em 3 partes e nenhuma delas se torna cansativa, o mesmo raciocínio vale para a ultima faixa do CD, “Who We Are”, que tem como intro um coral de crianças, mas como já foi dito, é rápido e legal destacar que nessa faixa Flynn canta mais agressivo, fechando o trabalho da mesma maneira que começou: destruidor.

Não poderia fechar essa resenha sem salientar duas músicas em especial: “Locust” que foi escolhida como primeiro single e apresenta um duelo de guitarras que deixariam Adam Smith e Dave Murray (Iron Maiden) orgulhosos tamanha a sincronia e peso dessa composição, e “Darkness Within” que possui um andamento que pode até mesmo ser chamado de balada, mas não espere aquele som insosso pois aqui a banda transmite uma grande carga de emoções e impossível não se impressionar com essa faixa. Na real, impossível é não se impressionar com o CD inteiro.

Finalmente, Machine Head conseguiu marcar seu nome na história do Metal e lançar um CD marcante para todos os fãs de música pesada em um ano com tantos bons lançamentos, “Unto The Locust” é merecedor do título de clássico com folga.

 

Texto: Luiz Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação

 

Ficha técnica

Banda: Machine Head
Álbum: Unto The Locust
Ano: 2011
País: EUA
Tipo: Thrash Metal

Formação
Robb Flynn (Vocal e Guitarra)
Phil Demmel (Guitarra e Vocais de Apoio)
Adam Duce (Baixo)
Dave McClain (Bateria)



Tracklist

1. 'I Am Hell (Sonata In C#)'/'Sangre Sani (I)'/'I Am Hell (II)'/'Ashes To The Sky (III)'
2. 'Be Still And Know
3. Locust
4. This Is The End
5.Darkness Within
6.Pearls Before The Swine
7. Who We Are.

Acesse e conheça mais sobre a banda

Assista o vídeo oficial de “Locust”


Um comentário:

grim disse...

fuckin' great