quarta-feira, 4 de julho de 2012

Resenha de Shows: Matanza e Motorocker Agitam Porto Alegre/RS



Dia 17 de junho de 2012 tinha tudo para ser um calmo domingo na capital gaúcha Porto Alegre. E foi! Para os que ficaram em casa, é claro. 

Aos que decidiram e puderam estar no Opinião nessa noite, presenciaram o poder do mais puro Country Rock do país. A banda ZeroDoze fez o aquecimento, que na realidade já foi bem perto do “pegar fogo”! 

Após a ZeroDoze, entrou em cena o  Country Rock Gaúcho da Balde de Sangue Country Bar. A banda da vizinha Viamão trouxe a pancadaria musical regada de muita bebida, confusões e tiroteios. Uma preparação do que estava por vir. Colocaram a turma pra bater cabeça com a “Hell Bus”, “Cangaceiro do Kansas”, “Estrada Pro Inferno” e outras. 

A banda local Zerodoze esquentou o público para as apresentações de fora


Feitas as devidas considerações musicais, o brinde final para o “gran finale” seria ao som da Motorocker. Os curitibanos que surgiram em 1993 com a proposta de ser uma banda tributo ao AC/DC, mas em pouco tempo adquiriram identidade própria.  O refrão de “Igreja Universal do Reino do Rock” foi cantado em uníssono, nessa mesma ideia, seguiram a “Blues do Satanás”, “Rock na Veia”, “Aonde você vai eu não vou” entre muitos outros sucessos. Músicas bem elaboradas, enérgicas e com uma pegada muito Heavy Rock, não deixaram de ser notadas. 

Por várias vezes o vocal, Marcelus, apossava-se devidamente do braço da guitarra do Luciano pico, e disparava “Powerfull” solos! Uma noite histórica, pois pela primeira vez a Motorocker e o Matanza se apresentam na mesma noite e no mesmo palco, haja coração pra tanto rock!

Abrilhantando os minutos finais que precedem a entrada do Matanza ao palco, é anunciada a presença no palco do Marcello Caminha (Compositor e Músico nativista) que executou o Hino do Rio Grande do Sul, e vestindo a camiseta do Matanza, foi acompanhado em alto e bom som por todos os presentes no recinto. Eis que é presenciada a mágica que a música exerce sobre nós, em um show de Heavy/Punk/Country Rock todos aplaudiram extasiadamente um cantor de música folclórica nativista.  

Jimmy London, o dócil e gentil carrancudo do Rock brasileiro
É chegado o momento maior, a adrenalina sobe a níveis imensuráveis com o apagar das luzes: Jonas (bateria) sobe ao palco e toma seu posto, em seguida entra o China (baixo) e na sequencia o Maurício Nogueira (Guitarra). Vale lembrar que o Maurício excursiona com a banda em representação ao Donida (guitarrista de estúdio e compositor), mas com certeza está inserido e faz parte da banda. 

Todos a postos e sendo ovacionados aos gritos, é começado um prelúdio de anúncio ao caos necessário. O prelúdio funciona como um chamado ao frontman, Jimmy London que é recebido no palco com uma onda calorosa de gritos estrondosos, que faz o chão tremer. Eis que o dócil e gentil carrancudo presenteia de saída os fãs com “Chamado do Bar”, um vocativo ao vício facilmente atendido. 

Matanza retornará para novo show em dezembro

Ainda na sequência da divulgação do mais recente trabalho “Odiosa Natureza Humana”, os cariocas deverão vir mais seguidamente a Porto Alegre devido ao empresariamento gaúcho pela Pisca Produtora. Álbum esse bem representado no show pelas “Remédio demais”, “Ela não me perdoou” e, talvez, a mais pesada da apresentação, “Carvão, Enxofre e Salitre” que arrancou algum “Stage Dive”. “Ressaca sem Fim” há de ter deixados muitos sem fôlego no refrão, “Eu Não Gosto de Ninguém” impulsionou as “rodas punks” junto à grade. Mas a tríade “Pé Na Porta e Soco Na Cara”, “Clube dos Canalhas” e “Bom é Quando faz Mal” foram as que realmente mais explodiram o ambiente, fazendo-se notar a “popularidade” (no bom sentido, é claro) do Matanza. 

O equilíbrio da banda no palco e o entrosamento dos integrantes mostram quão sólido e maduro é o trabalho que eles vem desenvolvendo pelos anos que passam. Jimmy London conta algumas histórias imaginárias para agigantar a chegada de cada música no palco, e por vezes ele vai longe demais e arranca gargalhadas em massa. 

Com a finalização ao som de “Estamos todos Bêbados” e de alma lavada, o sorriso no rosto retrata o sentimento de dever cumprido. Após alguns minutos Jimmy e China receberam alguns fãs pela saída lateral do Bar Opinião para as tradicionais fotos. Assim fechamos mais uma noitada de muito Country Rock Bebidas, Stage dive’s, emoção e euforia. Resta-nos contar os dias no calendário, porque dia 02 de dezembro vem mais Matanza em Porto Alegre.

Texto: Uillian Vargas 
Fotos: Uillian Vargas, Letícia Antunes
Revisão/edição: Eduardo Cadore

Agradecimentos: Agradecemos aos amigos que nos ajudaram a encontrar fotos e alguém que resenhasse os shows, em especial ao Uillian que nos cedeu esse material exclusivo na parceria e amizade, assim como a Letícia que nos brindou com a foto da banda Zerodoze. Ficamos devendo fotos dos outros shows, haverão novas oportunidades.

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