sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Red in White: Banda Catarinense Lança Vídeo Clipe




Com um nome de Red in White, só podemos esperar um som com muita energia, com um pé no Heavy Metal oitentista e outro no Hard Rock atual. 

Essa é a ideia que temos ao assistir “Wildness Within”, vídeo clipe que a banda de Florianópolis/SC disponibilizou e traz uma pequena prévia do que será o álbum de mesmo título que será lançado dia 2 de março de 2013.

Confira o vídeo clipe abaixo e fique de olho no Road to Metal para mais informações sobre a banda, além do Facebook e site oficial do grupo. 

Texto e edição: Eduardo Cadore
Foto: Divulgação

Assista "Wildness Within"

Yekun: Diversidade Metálica



Psicodélico, Metal Tradicional, com pitadas de Stoner Metal, algo do Thrash oitentista, com algumas passagens de Viking Metal: ficou curioso? Então ouça o Web EP "Inside My Headache" da banda paulista Yekun, que mistura muito bem estes elementos, mostrando muito feeling e energia nas composições.

Seja pela gravação crua e límpida ou pelas composições arrastadas porem muito bem feitas e diversificadas, que temos este emaranhado sonoro, com momentos mais ríspidos e outros mais atmosféricos com aquele "Q" psicodélico. 

São apenas três faixas, mas que grudam em sua mente, e logo de cara "Around", que abre o álbum, mostra bem essa diversificação, com momentos mais cadenciados, aliado a riffs simples, mas diversificados, remetendo em alguns momentos o Viking Metal praticado pelo Amon Amarth.


Já em "Inside My Headache" preza pela cozinha mais trabalhada, mas não menos pesada e arrastada, com boas variações e um clima empolgante, que faz você pogar sem perceber. Para fechar os trabalhos, temos a soturna "Psi Etica (Immolated)", continuando na mesma linha cadenciada, porém com riffs potentes, aliado a um lado mais climático, com um excelente solo de guitarra.

O Yekun não inova, porém apresenta algo diferente, mostrando lidar muito bem com as vertentes metálicas, sabendo mesclar de forma muito inteligente os estilos e agregando um toque pessoal em cada composição.

Confira sem medo, "Inside My Headache" está disponível para download gratuito (baixe aqui), e conheça o mundo diversificado e psicodélico desta banda que dará muito o que falar na cena.


Texto e edição: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica
Banda: Yekun
Álbum: Inside My Headache (Web EP)
Ano: 2012
Estilo: Heavy/Stoner Metal/Thrash Metal/Viking

Assessoria: Metal Media

Formação:
JP Carvalho (Vocal)
Dio (Guitarra)
Gerson Camera (Baixo) 
Vlad (Bateria)




Tracklist
01 Around
02 Inside My Headache
03 Psi Etica (Immolated)


Acesse e conheça mais a banda

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

KISS: 13 Anos de Espera e Mais um Show Memorável na Capital Gaúcha!


"You Want The Best, You Got The Best! The Hottest Band in the World: KISS!". Essa frase poderia parecer um tanto pretensiosa, mas o tempo e os fãs acabaram por confirmar e dificilmente alguém discordaria hoje, que a famosa frase de abertura dos shows dessa verdadeira lenda, pois pode-se contar nos dedos da mão quantos grupos são capazes de levar ao público um espetáculo tão completo.

A última passagem da banda por terras gaúchas foi em 1999, no Jóquei Clube em Porto Alegre, arrastando cerca de 20 mil fãs, sendo que na época a banda estava na tour de divulgação do "Psycho Circus" (1998), contando com telões com efeitos em 3D, além da formação original com Peter Criss e Ace Frehley e abertura dos alemães do Rammstein, proporcionando um espetáculo memorável, então os fãs do RS aguardavam com ansiedade um retorno.

Pois bem, após confirmado os shows da banda no Brasil, passando por Porto Alegre dia 14/11/12, foi-se criando grande expectativa, e notava-se a empolgação do público, que chegou a tomar um susto devido a troca do local do show, inicialmente marcado para o estádio do São José (popular Zequinha), ao ar livre, favorecendo o tipo de espetáculo da banda, foi alterado para um local fechado, o Ginásio do Gigantinho, também com capacidade menor de público. Muitos temiam por um show menor e desfalcado da grande maioria dos efeitos de palco, tirando parte do brilho do espetáculo.

A produtora publicou nota garantindo que a equipe da banda aprovou o local e que não haveria qualquer decréscimo no show. Porém a produtora não contava que com a mudança de local, poderia prejudicar alguns bangers em especifico, como as pessoas portadoras de necessidades especiais, como o nosso redator Renato Sanson, que é cadeirante.

Todos sabem que o Gigantinho não tem a minima acessibilidade, sendo que quando foi anunciado o show no Zequinha, teria a área especial para pessoas com deficiência, mas transferindo ao Gigantinho isto seria nulo. Ainda na chegada nos deparamos com mais um problema, mesmo credenciado para cobrir o evento, nosso colega Renato foi barrado para ficar na tal "área de imprensa", por ser cadeirante.

Vale ressaltar que, na verdade, a área de imprensa não pode ser utilizada pelo pessoal credenciado, pois a produtora deixou apenas o fotógrafo deles com acesso a área, sendo que quem estava credenciado teria que ficar na pista VIP (outra palhaçada que inventaram), sendo que a mesma estava lotada, e estava quase impossível se locomover, ou até mesmo respirar, principalmente para quem ficou mais à frente.

Com todos esses problemas, a área destinada as pessoas com deficiência  era no minimo ridícula, pois era um palanque no fundo do Gigantinho, onde você não tinha acesso, tinha que ser posto lá em cima, sem poder descer, pois o tal local, não era adaptado, mas vale ressaltar a ajuda dos bombeiros que estavam no local fazendo a segurança, pois fizeram a gentileza de colocar nosso Roader Renato nas cadeiras laterais, onde conseguiu pelo menos ver o show. Com tantas adversidades e amadorismos, infelizmente este é o tal país da Copa, que ainda não consegue ter o mínimo de acessibilidade para as pessoas.

Chegado o grande dia, centenas de fãs de todas as idades, muitos apresentando pinturas com as tradicionais máscaras do grupo, alguns chegaram a ter queimaduras do sol, devido a ansiedade de conseguir o melhor lugar possível, chegando muito cedo e sem a devida proteção.

Após um atraso quanto ao horário previsto para a apresentação e alguma confusão na entrada do público e na entrada do pessoal credenciado para cobrir o evento (mostrando mais alguns problemas, que, como os demais, não ficaram bem explicados, parecendo que a produtora não estava preparada para um evento desse porte, mas, felizmente, nada de muito grave ocorreu), entramos no ginásio por volta das 19:30h, já notando que o palco não estava completo, principalmente a plataforma que o Paul canta "Love Gun", quando é transportado por cima do público, mas essa já desconfiávamos, devido ao espaço no gigantinho.

Com muito atraso e poucas explicações, já passado da hora prevista para o início do show principal, pouco mais das 21hs, o Rosa Tattooada sobe ao palco para fazer o show de abertura, enquanto eles não entravam no palco, o público se distraiu vaiando a produção e assistindo os técnicos do Kiss ainda arrumando alguns detalhes, inclusive com alguns pendurados numa altura bem razoável!


Os gaúchos do Rosa Tattooada mostraram a nova formação e desfilaram seu competente Hard Rock, servindo para aplacar um pouco a revolta e o cansaço da espera. Bem recebidos pelo público, na maioria, lógico, gaúchos, mas tinha gente de vários estados, aproveitou o fator local, agitando a galera com canções conhecidas, como seu principal "hit" "O Inferno Via Ter Que Esperar", a qual o vocalista Jacques Maciel pediu um presente para o público, já que a banda estava completando 24 anos de estrada (teve uma galera que fez algumas piadinhas maldosas!), solicitando a todos que cantassem com ele a música, no que foi atendido com muita empolgação, deixando a banda emocionada.


Fim da abertura e mais espera, vindo a informação da produção que devido a parte do equipamento da banda ter ficado retida no Paraguai, o show iria atrasar mais um pouco!! Mais uma vez muitas vaias e ficamos a assistir o vai-e-vém dos técnicos, descendo as estruturas para ajustes, inclusive montando a plataforma usada na abertura. Cansado, o público já chiava, mas a espera e a fadiga valeriam a pena.


Aos primeiros acordes de "Rock and Roll" do Zeppelin nos alto-falantes, já sabíamos que a hora estava finalmente chegando. A movimentação atrás do pano que cobria o palco já agitou o público, e logo em seguida, todos berraram com todas as forças (que pareciam reestabelecidas) a famosa frase: "You want the best...", o pano desce e diante do incrível novo palco, todos já ficam em êxtase, e, como se fosse possível, o alvoroço foi ainda maior quando os quatro mascarados surgiram! Gene Simmons, Paul Stanley e Tommy  Thayer descendo do alto, aos primeiros acordes de "Detroit Rock City", em uma plataforma, como se fosse uma nave espacial, ou algo do tipo, e Eric Singer, na plataforma da bateria, tudo recheado com muitas luzes e explosões!!! 


Realmente impressionante o espetáculo proporcionado, era visível a empolgação e a alegria nos rostos dos presentes, alguns vendo a banda pela primeira vez, e, vale ressaltar, pessoas de todas as idades, inclusive crianças.

Sem tempo para entender se o que estava acontecendo era real, "Shout it Out Loud" é também cantada a plenos pulmões pelo público, enquanto, ao mesmo tempo, tentava observar tudo que ocorria no palco, pois os caras, destacando, claro, Paul Stanley e Gene Simmons, esbanjam carisma, correndo pelo palco, Tommy está muito bem e Eric a toda hora fazia malabarismos com as baquetas, e, somado a isso, o palco fantástico, com um telão gigantesco ao centro, e várias telas menores ao fundo, além claro, dos efeitos pirotécnicos e luzes incríveis. É um espetáculo sonoro e visual sem igual no Rock And Roll!


Paul Stanley estava bastante rouco, porém, com toda sua experiência tirou isto de letra, em nada prejudicando sua performance, já que em muitos momentos o público cantava por ele, assim como o entrosamento do grupo, que sempre dava aquela ajuda nos backing vocals nas horas certas. Aliás, falando em entrosamento, é incrível também a coordenação dos movimentos ensaiados entre os membros, inclusive a equipe responsável pelos efeitos, pois juntamente com alguns movimentos dos músicos, vários efeitos eram acionados. 


Após a terceira música, "Calling Dr Love", é hora de tocar pela primeira vez para o público brasileiro uma das novas, o primeiro single do álbum "Monster" (2012), "Hell or Halleluja" é bem recebida, sendo cantada por muitos presentes. "Wall of Sound", mais uma das novas, também agradou, sempre com os telões mostrando imagens relacionadas a música que está sendo tocada, além de imagens do público presente, que a esta altura era só sorrisos, sendo que os mais felizardos que estavam mais a frente, puderam pegar palhetas jogadas pelos músicos, as quais serão um belo souvenir desta grande noite.


"Hotter Than Hell" foi um dos grandes destaques, com todos novamente cantando junto com a banda, e os efeitos foram impressionantes, com os telões e telas mostrando chamas, e também chamas verdadeiras que eram expelidas, com o calor batendo nos nossos rostos, inclusive até o pessoal da arquibancada disse que sentiu o vapor, deixando o clima literalmente "Hotter Than Hell"!!!

"I Love It Loud", como era de se esperar, foi cantada a plenos pulmões também. Uma dos grande hits da banda, do álbum "Creatures of the Night", que trouxe a tour da banda pela primeira vez ao Brasil, em 1983, que a plataforma da batera era em forma de tanque de guerra! "Outta This World", mais uma das novidades, seguindo um estilo bem Kiss clássico também, serviu para Tommy fazer o tradicional solo, seguido dos efeitos com a guitarra soltando fogos do headstock, quando somente o guitarrista e Eric ficaram no palco, e este, por sua vez, também pegou uma bazuca, para delírio da platéia, efetuando disparo de fogos!



Depois era a vez de mais um dos momentos já tradicionais, "God of Thunder", com a famosa encenação de Gene, que cospe "sangue" e iluminado por luzes esverdeadas, proporciona um espetáculo visual que assusta muito mais que vários grupos de Black Metal (opinião compartilhada por muitas pessoas!).

Mesmo que a parte em que ele é içado à estrutura tenha sido suprimida, com certeza foi memorável para quem viu ao vivo pela primeira vez e, mesmo para quem já viu, é sempre impressionante como ele encarna o personagem!


"Psycho Circus", muito ovacionada, é o último dos clássicos criados pela banda e já se torna obrigatória nos set-lists; "War Machine", que a banda dedicou ao seu "exército", que já era pesada, ficou ainda mais, tocada com afinação mais baixa; "Love Gun" trouxe o gigantinho à baixo, sendo outro dos pontos mais altos, e é daquelas músicas que o refrão teimam em grudar horas na cabeça, aliás, o Kiss é especialista nisso, pena que também não teve o voo de Paul por cima do público, onde ele vai parar em uma plataforma no meio da pista (não sabemos direito se foi por causa das condições do Ginásio, como espaço e altura, ou pelo atraso da liberação dos equipamentos na fronteira);

Em seguida, Paul Stanley aparece solitário no palco, e começa a dedilhar "Stairway to Heaven", brincadeira que ele já vem fazendo há um bom tempo, em seguida perguntando se o público quer ouvir uma música do Kiss. Começa então a tocar a intro de "Black Diamond", que é cantada em uníssono, e o "Starchild" então pede para que repitam com ele o trecho novamente! Emocionante! Ou seja, outro momento que todos esperam, mas que é sempre emocionante, ainda mais estando ali, participando.

Quando a música chega em sua parte mais bombástica, na parte cantada por Eric, onde a plataforma de bateria é elevada sob muitas luzes, explosões e fumaça, o público parecia que iria invadir o palco! Realmente, os caras sabem dar espetáculo, não canso de repetir, e as luzes, os efeitos e os telões desse novo palco estão realmente incríveis!


Pausa para um fôlego e chega o encore final, começando com "Lick it Up", talvez o maior hit da fase "desmascarada" e onde adotaram aquele visual bem Glam, tendo ainda uma citação ao The Who durante a música, com a banda tocando um trecho de "Won't Get Fooled Again". Sem tempo de respirar, "I Was Made For Lovin' You", cuja versão atual é menos "disco" e mais Hard, fez todo mundo cantar, como era de se esperar, e a apoteose final, com "Rock and Roll All Nite", foi algo realmente inesquecível, uma mistura de emoções, pois, apesar da alegria e fascinação por aquele momento, com cerca de dez mil vozes cantando junto, luzes e explosões, chuva de papel picado, sabíamos que estava chegando o final.


Em  meio a muita fumaça, papel picado, explosões e luzes, Paul ameaça quebrar a Gibson Explorer que empunhava, a cada movimento do "Starchild", girando a guitarra como se fosse despedaçá-la, era detonada uma explosão em perfeita sintonia, até que Paul finalmente parte o instrumento golpeando-a no chão, para delírio da plateia. Após a banda se despedir, agradecer e deixar o palco ovacionada, demorou um tempo até todos acreditarem que realmente tinha acabado, pois ninguém queria sair dali, até que nos conformamos e saímos, tendo ao fundo, no telão, a frase: "Brazil, KISS Loves You", todos felizes de ter participado dessa festa inesquecível e memorável que só o Kiss é capaz de proporcionar, e minimizando e até esquecendo alguns deslizes da produção, que, com certeza, não devem se repetir em outros eventos. (Veja abaixo vídeo feito pelo Road Team em meio a festa do final)



Agradecemos a Hits e Débora Tessler
Fotos: Edu Defferrari, Ton Müller e Road to Metal Team
Texto: Carlos Garcia e Renato Sanson

Acesse aqui a fantástica galeria de fotos feitas por Ton Müller.

Set List

Detroit Rock City
Shout It Out Loud
Calling Dr. Love
Hell Or Hallelujah
Wall of Sound
Hotter Than Hell
I Love It Loud
Outta This World
(Solo de guitarra e bateria - Tommy e Eric)
God of Thunder
Psycho Circus
War Machine
Love Gun
Black Diamond

Encore:
Lick It Up
I Was Made For Lovin' You
Rock and Roll All Nite




segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pride Of Lions: Empolgante e Moderno Melodic Rock, Altamente Indicado a Fãs de Survivor, Journey e Foreigner!


Journey, Toto, Survivor, Foreigner, são nomes que lhe dizem algo ? Então provavelmente Melodic Rock e  AOR é sua praia (ou, simplesmente curte a boa música), e já deve ter ouvido Pride Of Lions, banda do guitarrista Jim Peterik (Ides of March e Survivor, além de co-escrever o clássico Eye of the Tiger, também é co-autor e colaborador de muitos artistas como Lynyrd Skynyrd, Joe Lynn Turner, Sammy Hagar, Beach Boys...), na qual a voz de Toby Hitchcock foi revelada ao grande público.

"Immortal" é o quarto álbum de estúdio da banda encabeçada pela dupla, novamente lançado pela Frontiers, gravadora italiana que hoje é a meca do Hard/AOR/Melodic Rock, e já era aguardado com ansiedade, pois o último álbum, "Roaring of Dreams", é de 2007,  mas a espera foi recompensada, pois essa pausa um tanto longa (pelo menos para o Pride Of Lions, pois Peterik continuou envolvido em vários projetos e Toby lançou seu solo este ano) parece ter inspirado a dupla Peterik e Hitchcock ainda mais.


Peterik assina praticamente 100% das composições, enquanto que Toby já é uma afirmação, com sua voz poderosa e marcante, herdeiro legítimo dos grandes intérpretes daquela época de ouro nos ano 80, tem um desempenho impecável no álbum. Felizes do fãs, que este ano já tiveram o lançamento do álbum solo do vocalista, também lançado pelo selo Italiano Frontiers.

Cumprindo o que prometeu quando criou o Pride of Lions em 2003, o álbum traz o melhor daquele AOR/Melodic Rock "oitentista", mas com uma sonoridade moderna e atual, com grandes vocais, os teclados muito bem colocados, sempre imprescindíveis neste estilo, e melodias irresistíveis.

A faixa de abertura, "Immortal", é um hit imediato e excelente cartão de visitas, com melodias límpidas e marcantes, ponte perfeita e refrão daqueles que grudam na hora, além de um grande trabalho vocal, com Peterik dividindo várias partes com Toby, aliás, quando este abre a boca ganha a cena, pois realmente é incrível a voz deste cara! Se julgar alguém pela aparência e olhar uma imagem do Toby confesso que é difícil imaginar que aquele cara com visual simples, praticamente com nada que indique ser um músico de AOR ou Hard Rock, e seja dono de uma inacreditável voz!


Continuando com as faixas do álbum, "Delusional", que também foi escolhida para ser o clip, tem todos os elementos prometidos por Jim desde o início da banda, nos remetendo ao Melodic Rock dos anos 80. Uma empolgante semi-balada, destacando a voz madura e competente de Jim, belas melodias e mais um refrão perfeito, com show de Toby, mostrando a extensão de sua bela voz; "Tie Down the Wind", com um andamento mid-tempo, também possui melodias sensacionais, com mais um show de Toby, um vocalista que canta com a alma e o coração, fechando uma trinca de abertura de alto nível! Veja bem, na terceira faixa os caras já ganharam o jogo!!


Desnecessário comentar faixa por faixa, o que temos é um álbum de qualidade alta, com Peterik mostrando mais uma vez que é um grande compositor e criador de hits, criando melodias e refrãos marcantes e de extremo bom gosto. "Vital Signs", pra citar mais um exemplo, e que tem uma curiosidade sobre ela, pois era para ter sido a faixa título do álbum homônimo do Survivor, lançado em 1984, porém não estava totalmente pronta, e somente 25 anos depois, aqui está ela, e é mais uma daquelas músicas que possuem aquela aura estilo clássicos do AOR ou, como também era chamado, "Rock de Arena", tão popular nos anos 80, que nos deu clássicos como a citada "Eye of the Tiger", "Love Ain't no Strangers", "If Looks Could Kill" e outros hinos (Relembre, ou conheça, aqui neste link). Pode parecer exagero, mas o Pride of Lions traz muito dessa mágica de volta, e Peterik se mostra bem mais inspirado que outros remanescentes daquela cena, como Journey, que lançou um álbum um tanto morno.


Dentre canções bombásticas, grandes baladas, ótimas melodias e refrãos, o Pride of Lions mostra mais uma vez ao que veio, esbanjando classe e melodias incríveis, tudo valorizado pela excelente produção e a grande interpretação vocal desta "descoberta" de Peterik, chamado Toby Hitchcok. Fica difícil parar de ouvir um álbum como este!

Texto e edição: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: Pride of Lions
Álbum: Immortal
Ano: 2012
Selo/gravadora: Frontiers
Estilo: AOR/Melodic Rock
Site Oficial

Formação:
Toby Hitchcock: Vocais
Jim Peterik: Guitarra e vocais




Tracklist:
01 – Immortal
02 – Delusional
03 – Tie Down The Wind
04 – Shine On
05 – Everything That Money Can’t Buy
06 – Coin Of The Realm
07 – Sending My Love
08 – Vital Signs
09 – If It Doesn’t Kill Me
10 – Are You The Same Girl
11 – Ask Me Yesterday




sábado, 24 de novembro de 2012

Devon: Revelando-se Um Bom Nome do Power Metal Nacional

Promessa da cena Heavy/Power Metal nacional


Com pouco mais de 4 anos de trajetória, desde os tempos em Campo Belo (Minas Gerais/Brasil), chegando até São Paulo capital, a Devon lançou em 2012 o álbum “Unreal” (2012), marcando a estreia do grupo que tem tudo para agradar fãs do gênero Power/Heavy Metal.

Banda de Minas Gerais, hoje tem São Paulo como lar, lança em 2012 seu debut álbum
Isso porque o quinteto é bastante profissional, não poupando esforços em oferecer material de alta qualidade. A arte gráfica (feita por Carlos Fides da Artside), por exemplo, está entre as mais belas que vi este ano, com uma capa perfeita, encarte com as letras, em material de luxo, além da qualidade sonora arranjada e assinada por Thiago Bianchi e que tem mostrado seu bom trabalho como produtor. Aliás, Bianchi também participou da composição do álbum e foi quem apresentou o atual vocalista da banda, o que faz a Devon ser uma perfeita pedida aos admiradores do Shaman, sua atual banda, por exemplo.

Tendo no quinteto o vocalista Alex Gardini, os guitarristas Rafael Greco e Breno Viana, o baixista Rafael DM (que também toca na Panzer), o baterista Gabriel Trianni, que já tocou com as bandas Tempestt e Wizards, além da participação especial de James Freitas nos teclados, a Devon tem em suas mãos um ótimo cartão de visitas, já que “Unreal” do início ao fim.

Músicas como “Streets Ain’t the Same”, que abre o álbum com muita velocidade (após a clássica intro de alguns segundos), passando por “Turning”, que segue o ritmo rápido, muito Power Metal (agradando aos fãs de bandas nacionais do gênero), para chegar no hino Heavy Metal “Call The Brothers” (que te prende na primeira audição).
Em se tratando de um disco predominantemente Power, coube o espaço para baladas, composições mais cadenciadas e lentas, primando pela beleza harmônica, como as belas “Forgetting You” e “Innocence Degrees”, que mostram um show de Alex, que, como todo vocalista do gênero, em alguns momentos do álbum soa repetitivo, mas que aqui brilha demais, com certeza muita influência de Bianchi, já que nos lembra as atuais baladas da banda Shaman.

“Unreal”, não à toa, desde seu lançamento, tem arrancado altos elogios tanto da crítica especializada, como dos fãs do Power Metal, gênero esse em decadência, que tem passado por uma reciclagem, caminhando por outros gêneros, algo que encontramos nesta banda, que, melhorando alguns pontos aqui e ali (mesmo não sendo uma cópia, ainda precisa definir e investir em passagens mais ousadas e inovadoras).


Prato cheio para quem quer ouvir um disco que, se não inova, está de bom tamanho para uma estreia, já que grandes músicos, produção e composição, a Devon já tem. Ouça sem medo.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Devon
Álbum: Unreal
Ano: 2012 
País: Brasil
Tipo: Power/Heavy Metal
Distribuição: Voice Music
Assessoria: MS Metal Press


Formação
Alex Gardini (Vocal)
Breno Viana (Guitarra)
Rafael Greco (Guitarra)
Rafael DM (Baixo)
Gabriel Trianni (Bateria)
James Freitas (Teclados)



Tracklist
1. Crash of Reality 
2. Streets Ain´t the Same 
3. Turning
4. Call the Brothers 
5. The Sunset Rider 
6. Forgetting You 
7. The Sentence 
8. Running Out of Luck 
9. Face Myself 
10. On the Road 
11. Innocence Degrees 

Acesse e conheça mais sobre a banda

Brutalidade Gratuita

Disco de estreia "Mundo Destruído" agrada quem quer pancadaria sonora


Um disco para se curtir de olhos fechados, ou para não querer ouvir de novo. Essa é a impressão que “Mundo Destruído” (2011), da banda brasileira de Gama/DF Bruto.

A verdade é que os caras já tem anos de experiência e sabem, certamente, fazer um som pesado, que caminha entre o Tharsh/Death Metal e o Hardcore, com muitos riffs ora rápidos, ora arrastados, além da bateria monstra, que quebra tudo.


Banda é um dos nomes do underground do centro do Brasil

Méritos para Kbça (!?) (vocal), Rodrigo e Leo (guitarras), Henrique (baixo) e Sávio Américo (bateria) que lançaram o disco de forma independente, contendo canções desde a época de seu surgimento, em 2004. 

Um instrumental bastante empolgante, com a banda mostrando algumas quebras de ritmos, que não torna a audição cansativa, pois sempre tem algo novo no próximo verso.

Entretanto, duas ressalvas para coisas que, de alguma forma, tiram um pouco do brilho desse lançamento. Primeiro, a qualidade da gravação, que está muito abafada. Entendemos que o underground não poupa ninguém e as bandas tem que se virar com o que tem, mas, se compararmos com a maioria das bandas que lançam material próprio, vemos que este disco da Bruto poderia ter saído com maior qualidade, já que a arte é bem interessante. 

Outra ressalva, é para músicas como “Vai Se Fuder” e “PQP Que Porra é Essa!”. Tá certo que a quebradeira corre solta, nos moldes do que muitas bandas de Thrash/Death fazem por aí, mas, um título que realmente não atrai (o que não precisa ser necessariamente ruim). Agora, se você gosta de brutalidade gratuita e está nem aí para as letras, pode conferir sem medo. Vale dar uma passada nos ouvidos “Mundo Destruído” (veja o clipe abaixo), “Igrejas” (a melhor do álbum), “Obscuro” e “Cidade Adormecida”.

Texto e edição: Eduardo Cadore 
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Bruto
Álbum: Mundo Destruído
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Hardcore/Thrash Metal
Selo: Independente
Assessoria: Island Press

Formação
Kbça (Vocal)
Rodrigo (Guitarra)
Léo (Guitarra)
Henrique (Baixo)
Sávio Américo (Bateria)



Tracklist
01. Intro
02. Mundo Destruído
03. Igrejas
04. Paraíso Quitado
05. Vai se Fuder
06. Obscuro
07. Porrada
08. Ilustração
09. Cidade Adormecida
10. PQP Que Porra é Essa!
11. Brutality (faixa bônus)

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Assista "Mundo Destruído"

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

JackDevil: Enérgico, Poderoso e Instigante

Direto de São Luís/Maranhão, o JackDevil mostra que não está para brincadeira


Após este "revival" que o Thrash Metal teve com o surgimento de novas bandas e a volta de gigantes adormecidos, o estilo se mostra cada vez mais forte, mostrando sua influência sobre as bandas que surgem pelos quatro cantos do mundo. Em meio a essas diversas bandas, temos os maranhenses do JackDevil, que mesclam em sua sonoridade o Speed e o NWOBHM, deixando seu Thrash mais enérgico e característico.

O JackDevil surgiu em 2010, e após o lançamento do 1° EP "Road To Hell" e as comuns mudanças de formação, eis que em 2012 lançam o EP "Under the Metal Command", e ai, meus amigos, é onde o bicho pega, após apertar o play será uma viagem sem volta ao mundo JackDevil, pois o que você vai ouvir é uma "sacolada" de riffs, paradas mortais, cozinha esmagadora e vocalizações no minimo instigantes.

Empolgante, enérgico e cheio de feeling

Se duvida do que estou dizendo, então vamos fazer assim: a banda disponibilizou para download gratuito seu EP (baixe aqui), vai lá, faça o download e volte para continuar lendo a matéria, claro, somente se você conseguir parar de ouvir, pois o material é viciante, com apenas cinco faixas consegue prender sua atenção em cada detalhe, seja nos riffs navalhados ou nos solos precisos com aquele "Q" anos 80 de cair o queixo, como em "Thrash Or Die" e "Violent Invasion".

Já a faixa que dá nome ao EP (que virou o 1° vídeo clipe) dispensa qualquer comentário (o que são essas guitarras?!). E o começo já diz tudo com com André (vocal/guitarra) berrando "Metaaaal Comaaaand!", aí você já tem uma ideia do que vai encontrar, com riffs mais NWOBHM, uma faixa enérgica que com certeza deve abrir muitas rodas em seus shows, sem contar o refrão que é para cantar com o punho erguido no ar.

Dizer que a banda é um dos destaques de 2012, não seria nenhum exagero

Vale destacar a gravação do EP, que foi feita pela própria banda, que está muito coesa e cristalina, não comprometendo em nada o material, instrumentos muito bem dosados e com uma excelente timbragem. 

Para finalizar temos ainda as destruidoras "Road To Hell" e "The Chaos Never Stops", que mantém o alto nível do lançamento, com muita energia e feeling, sem contar a variedade de riffs certeiros que André e Ricardo apresentam.

Dizer que o JackDevil é uma das bandas destaques de 2012 não seria nenhum exagero, mostrando uma competência absurda, além da qualidade de suas composições, fazendo até mesmo o thrasher mais exigente dar o braço a torcer. Guardem este nome, com certeza o JackDevil sera uma das grandes bandas nacionais do estilo.


Texto e edição: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: JackDevil
Álbum: Under the Metal Command
Ano: 2012 
País: Brasil
Tipo: Thrash/Heavy Metal
Assessoria: War Gods Press



Veja  clipe de "Under the Metal Command"



Formação
André Nadler (Vocal e Guitarra)
Ricardo Andrade (Guitarra)
Filipe Stress (Bateria)
Renatão (Baixo)



Tracklist
01 Thrash Or Die
02 Violent Invasion
03 Under the Metal Command
04 Road To Hell
05 The Chaos Never Stops


Acesse e conheça mais a banda
Myspace


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pela Primeira Vez Juntos na Capital Gaúcha: Krisiun, Malevolent Creation & Vital Remains (Realização: Tumba Productions - Coordenação: Branco Produções)

Krisiun, um dos ícones do Death Metal mundial, retorna a Porto Alegre/RS com a turnê Sounds Of Extreme

Dando continuidade a tour européia "Sounds Of Extreme", teremos pela primeira vez juntos em Porto Alegre/RS três gigantes do Death Metal mundial. Estou falando de Krisiun, Malevolent Creation e Vital Remains, que irão dividir o palco no dia 13/12 no bar Opinião.

Enquanto o Krisiun retorna a capital gaúcha dando continuidade na divulgação de seu mais novo álbum "The Great Execution" (confira resenha aqui), teremos a presença dos monstros do Malevolent Creation, que estão promovendo o seu ultimo álbum de estúdio "Individuous Dominium" que foi lançado em 2010, apesar de não terem lançado nada novo desde então, este álbum é o 2° lançamento a contar com a volta do vocalista original Bret Hoffmann, que gravou os três primeiros álbuns da banda, além de ser um dos fundadores.

Com a volta de  Bret Hoffmann, o Malevolent Creation retorna ao seu característico Death Metal técnico e agressivo

Já os americanos do Vital Remains, mesmo não lançando algo inédito desde 2007, quando lançaram o matador "Icones Of Evil", é um dos shows de Metal extremo mais aguardados pelos bangers gaúchos, que tem tudo para ser no minimo avassalador.

Vital Remains, um dos shows mais aguardados pelos bangers gaúchos: Brutal Death Metal técnico e violento, um dos grandes nomes do estilo

Uma chance única de presenciar três ícones do Metal extremo mundial no mesmo palco, se eu fosse você não perderia está oportunidade, ainda mais que o Road to Metal está com uma promoção exclusiva, sorteando um par de ingressos para este show! Acesse aqui e confira como participar da nossa promoção, corre logo, pois o dia do Apocalipse está chegando!


Texto e edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Realização: Tumba Productions
Coordenação: Branco Produções

Dia: 13 de dezembro
Horário: 21h
Onde: Opinião (José do Patrocínio, 834 – Porto Alegre )
Ingressos: R$35 (antecipados) e R$40 (no local)

Pontos de Venda: 
Lojas A Place -  Rua Voluntários da Pátria, 294, loja 150 CENTRO SHOPPING
Zeppelin - Galeria Luza, Rua Marechal Floriano, 185 - loja 209 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Resenha de Show: III Profana Aliança Nacional - São Paulo (20/10/2012)

3º edição do festival reúne grande snomes do underground nacional


Fomos gentilmente recebidos nesse evento que já está na sua terceira edição, sentindo-me extremamente bem atendida pelo organizador Flávio da Horda Torqverem e deixo de antemão os agradecimentos.

Começamos a “saga” com a chegada na Fofinho. Com o cast dessa terceira edição estava matadora, estava ansiosa para conferir pessoalmente cada uma das bandas. Acompanhe com expectativa.

Com atraso grande que creio ter sido por conta do público (vindo de vários estados) para entrar no show começa a banda de abertura Eminent Shadows (DF). Fiquei boquiaberta com a qualidade do Death Metal executado brilhantemente pelo grupo divulgando seu último trabalho “In the Fog of the Night... We Burn This Kingdom” (2011). Nem parecia a banda de abertura, sinceramente estávamos diante de um entrosamento e musicalidades fora de sério.

Terminado o show de abertura, pude conferir mais de perto na parte inferior do local (o palco fica localizado na parte de cima) dos materiais à venda e bati um papo informal com alguns expositores como o Chris da Criminal Records e constatei um fato interessante: estamos tendo uma qualidade muito grande de material nacional (CDs, LPs, camisetas, DVDs, fitas K7 e etc.) à disposição. Fiquei sem saber o que adquirir devido à quantia de expositores. Mas vale ressaltar que hoje em dia graças ao esforço de vários guerreiros estamos tendo muito mais facilidade para termos acesso aos materiais.

Público prestigiando desde a primeira banda

No palco entra em poucos minutos, após problemas nos teclados, a banda Eternal Sacrifice (BA) com seu Black Metal furioso. Naberius (vocal) trouxe com seus urros e gutural o público da casa mais próximo do palco para conferir sua apresentação teatral. Show completamente bem estruturado e nota-se que as quase duas décadas de estrada fizeram muito bem para a banda. Procurem conferir a discografia da banda e comprovem por si mesmos.

E quando começou a terceira banda tive o sentimento de estar abrindo o sétimo portal para o inferno... Entra no palco a banda Mythological Cold Towers (SP), veterana banda que iniciou suas atividades em 1994.

Já estabelecida dentro do underground e mesmo sentindo nitidamente uma mudança no estilo musical da mesma (ouçam “Sphere of Nebaddon”, álbum de 1996 e comprovem por si mesmos) notei com bons olhos o refinamento das músicas do álbum “Immemorial” (2011).

Em muitos momentos a camada densa me lembrou Paradise Lost e My Dying Bride. O Show foi basicamente calcado no “Immemorial”. Aprovado! Instrumental fantástico.

Lendário grupo Baiano Headhunter D.C. divulgou seu novo álbum 

Agora entrando novamente na fúria subi ao palco para acompanhar na íntegra e mais de perto o show de uma das lendas do Metal extremo nacional: Headhunter D.C. (BA).

Com vinte cinco anos de estrada e álbuns sensacionais como “Born... Suffer... Die”  (1991), “...And the Sky Turns to Black...(The Dark Ages Has Come)” (2000); os “caçadores de cabeças” entram no palco ao som da intro cavernosa “Funeral March” e já emendam com “Dawn of Heresy”. O caos estava instalado e muitas cabeças balançavam na velocidade máxima... Baloff (vocal) deu uma aula de simpatia e postura mostrando o porquê da banda hoje com seu novo álbum lançado (“In The Unholy Mourning”, deste ano) continuar sendo referência de qualidade no Metal extremo brasileiro.

O show, infelizmente, devido ao horário avançado não pode ser tão extenso, mas os petardos executados como “God Spreading Cancer” e “And The Sky Turns to Black” foram ovacionados e cantados em uníssono por todos os presentes mostrando que a banda caminha sim mais do que nunca para figurar como “essencial” (isso se já não é) quando o termo Death Metal brasileiro for citado por algum banger do Brasil (ou fora dele). 

O encerramento veio com o já proclamado hino do novo álbum “Hail the Metal of Death”. Nessa hora tive a certeza que saíram do palco com a missão cumprida.

Headhunter D.C. 
A única ressalva da noite ficou pelo fato de não só eu, como muitos colegas de imprensa, terem ido embora devido ao horário da apresentação da última banda, Patria (RS); mas pelos comentários que obtive de amigos e amigas presentes no show, a banda fez um set coeso e trouxe amostras de ódio e misantropia com hinos presentes nos seus álbuns já lançados “Hynms of Victory and Death” (2009),  “Sovereign Misantropy” (2010) e “Liturgia Haeresis” (2011).

De modo geral, estou satisfeita com o andor do festival e espero poder acompanhar mais de perto a grande e profana celebração do caótico underground brasileiro.

Hail the Metal of Death!

Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Road to Metal

Bandas:
Headhunter D.C. (BA)
Mythological Cold Towers (SP)
Eternal Sacrifice (BA)
Eminent Shadow (DF)
Patria (RS)