quinta-feira, 30 de maio de 2013

Slayer Anuncia Retorno de Paul Bostaph

Lendário baterista que já passou por grandes bandas do Thrash Metal retorna ao Slayer

Um dos maiores nomes do Metal mundial e bastante em evidência devido às recentes mudanças na formação e pela morte de integrante, o Slayer,  acaba de anunciar, através de seu Facebook oficial, que Paul Bostaph assumirá as baquetas da banda como músico integral, retornando ao posto que estava sendo provisoriamente ocupado por Jon Dette.

Segundo a nota, "Bostaph vai estar por trás do kit de bateria a partir de 4 de junho, quando o Slayer começa a primeira etapa de sua turnê internacional 2013 em Varsóvia, Polônia. Gary Holt vai continuar a ocupar o lugar de guitarrista Jeff Hanneman", recentemente falecido.

Bostaph foi baterista do Slayer de 1992 até 2001 e gravou os álbuns "Divine Intervention" (1994), "Diabolus in Musica" (1998) e "God Hates Us All" (2001) com a banda e também integrou grandes nomes do Thrash Metal como Testament, Exodus e Forbidden!

Antigo Slayer com Bostaph na formação. Agora, seu retorno a banda (e segue Gary Holt na guita de Jeff)

Segue comentários dos integrantes:
"Paul é um grande baterista e um bom amigo, e estamos muito felizes que ele decidiu se juntar à banda", disse Tom Araya. "Ainda estamos muito sensíveis à perda de Jeff, mas nós não queremos decepcionar nossos fãs europeus, e nós precisamos começar a avançar... tendo Paul de volta na banda faz muito mais fácil."


"Estou muito animado para voltar a reunir com o Slayer," acrescentou Bostaph. "Passamos dez anos muito intensos de nossas vidas juntos, tinha um monte de diversão, fizemos um monte de boa música, então para mim, isso é como voltar para casa."

Paul e seu kit: pronto para a quebradeira

A repercussão tem sido enorme e o nome de Dave Lombardo sempre parece ser o favorito dos fãs. E você, satisfeito com a notícia?

Fique por dentro do nosso site e fanpage no Facebook para mais novidades. E lembre-se: a banda vem como suporte aos shows do Iron Maiden em setembro no Brasil! Fique ligado!

Veja a nota oficial no site da banda clicando aqui.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fonte: Facebook
Fotos: Divulgação

Veja Bostaph em ação

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Vandroya: Confira Clipe Oficial e Ainda os Bastidores da Gravação nas Palavras de Daísa Munhoz


Seguindo mais uma etapa da divulgação do seu elogiado primeiro trabalho, "One", a Vandroya lançou recentemente seu primeiro vídeo oficial, produzido pela MondoCão Filmes e dirigido por Paulo Verdu Júnior. A música escolhida foi a balada "Why Should We Say Goodbye", que é, praticamente, um "hit" da banda, sendo uma excelente escolha, por ser uma faixa com melodias e refrãos marcantes, e que tem aquela qualidade de "grudar" na mente de imediato.

O vídeo é bem feito e criativo, e, mesmo com orçamento limitado e pouco tempo para gravação, o resultado final ficou muito bacana, já estando no youtube há alguns dias. Vale destacar que Daísa se saiu muito bem, demonstrando bastante naturalidade, afinal, a experiência como "frontwoman" que vem adquirindo, certamente ajudou bastante.

Para saber como foi a experiência do primeiro vídeo oficial, conversamos com a vocalista Daísa Munhoz para nos contar um pouco mais sobre essa oportunidade de gravar o primeiro clipe da banda, os bastidores da gravação e o seu dia de atriz! Confira abaixo o que nossa Metal Godess nos contou:


"Quando começamos a procurar produtoras para fazer o clipe, fomos apresentados ao Junior, da MondoCão Filmes. Marcamos uma única reunião e já saímos de lá com o story board praticamente pronto, pois já tínhamos uma ideia do que queríamos, e o Junior complementou essas ideias com outras mais incríveis ainda, e tudo dentro do nosso orçamento, que era bem pequeno, diga-se de passagem."

"Seriam três locações e tentaríamos fazer isso tudo em único dia, portanto elas teriam que ser próximas: e eram, mas mesmo assim foi uma loucura total, um corre-corre por São Bernardo do Campo e Santo André. Fechamos uma equipe pequena (e muito eficiente) de 4 pessoas da produtora, mais a Gabriela Silva, maquiadora e cabeleireira que nos acompanhou em todas as locações."

"As primeiras cenas que gravamos, logo de manhãzinha, foram as do “quartinho rabiscado”. Eu achei que eu fosse dar muito trabalho com minhas crises de riso e vergonha, mas na segunda tomada eu já estava à vontade e fazendo tudo por instinto, me concentrando na letra da música e entrando naquele universo desesperador de fim de relacionamento, e foi tudo muito rápido. "

"Em seguida corremos para o galpão onde gravamos as cenas com a banda. As gravações dessas cenas foram rápidas e os meninos foram incríveis: não precisamos repetir nenhuma tomada, saiu tudo de primeira. 


Depois da loucura pra desmontar todo o set, ainda faltava a cena da piscina, que foi simples, sem frescura e igualmente rápida, mas isso por conta do frio imenso que eu estava sentindo. Foi sofrido! Quando terminamos, o cansaço era imenso, mas a alegria e satisfação de ter gravado nosso primeiro clipe invadiu nossos corpos! Voltamos para São Paulo tagarelas e terminamos a noite bebendo cerveja e dando trabalho para os vizinhos do Otávio (Nuñez)."

Texto: Carlos "Caco" Garcia
Fotos: Divulgação

Acesse aqui o canal oficial da banda no youtube e assista ao clipe (Check Here the Video). Abaixo, o teaser.



Now it's time,
I feel that it can't be the end
How could we just live without our love?
Saying goodbye,
it's not the thing I want yet
And don't have those moments anymore

Remember All the words you said to me
That couldn't be a lie

When you try to say the truth
I am standing here for you
Dreaming of a nearly past,
trying to be and do the best
While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?


Tell me now,
how can I just live without
The life that we had dreamed once before
Save me now,
my heart is tired of fight it out
Stop this pain and close this dammed hole

Remember All the words you'd heard from me
Coz' it you can't deny

When you try to say the truth
I am standing here for you
Dreaming of a nearly past,
trying to be and do the best
While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?

I must be just dreaming
You said you loved me so believe me
There's a light that I've met in you and
it's the only way to save me
When you are so distant
I cannot stand my own existance
There's a flame that still burns here inside my heart

This nightmare won't free me
Oh baby, don't you dare to live me
Coz' you're inside my heart



When you try to say the truth
I am standing here for you
Dreaming of a nearly past,
trying to be and do the best
While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?

While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?
Why should we say goodbye?






Get ONE at:
http://www.innerwound.com (Europe and North America)
http://www.spiritual-beast.com (Asia)
http://www.voicemusic.com.br (Latin America)
http://www.vandroya.com (Brazil)

Vandroya é:

Daísa Munhoz (Vocal)
Marco Lambert (Guitarra)
Rodolfo Pagotto (Guitarra)
Giovanni Perlati (Baixo)
Otávio Nuñez (Bateria)

Acesse e conheça mais sobre a banda
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domingo, 26 de maio de 2013

Entrevista: Symbolica – Apostando na Experiência Para Conquistar Espaço como Ícone do Metal Nacional



O ano de 2012 trouxe como uma das grandes revelações da cena nacional a banda oriunda de Urussanga Santa Catarina, Symbolica que, sem medir esforços, já saiu lançando seu disco de estreia, sendo muito bem recebido tanto pela imprensa quanto pelos fãs de Heavy Metal forte, dosando melodia e agressividade, em uma produção de dar inveja e com talentos experientes.

Também pudera, reunir no mesmo grupo os guitarristas Zeka Junior e Diego Bittencourt, além do baixista Lucas Pavei, do aclamado baterista Marcelo Moreira (Almah) e do vocalista mundialmente conhecido Gus Monsanto (Adagio, Revolution Renaissance) só podia render um álbum de alto nível, “Precession” (2012), e shows enérgicos aumentando a legião de fãs.

Num verdadeiro e descontraído bate-papo, tivemos o prazer de conhecer mais sobre a Symbolica através de seus fundadores Zeka e Diego, além do sempre solícito vocalista Gus Monsanto. Confira abaixo!


Road to Metal: O Symbolica é composto por músicos bastante experientes da cena Metal, tendo passagens por diversas bandas, como Enforcer, Adagio, Burning In Hell, Alcoholic Trendkill e Revolution Renaissence. De um modo geral, enquanto compunha o “Precession”, a banda sentiu algum tipo de influência dessas bandas? Até que ponto a experiência contribui ou não para uma nova etapa, como um novo disco de uma nova banda?  

Zeka Jr - Bom, quando iniciamos o trabalho de pré produção do "Precession" estávamos trabalhando com riffs, liks, trechos e passagens harmônicas e melódicas que havíamos sido criados ainda como Enforcer, porém houve bastante criação durante as prés mas ainda pensando em quem assumiria os vocais, quando os planos foram mudando e resolvemos mexer em algumas peças para formar o SYMBOLICA.  

Cena do primeiro vídeo clipe oficial da banda "Enjoy the Ride"

Diego BittencourtÉ sempre difícil começar algo do marco zero. Ainda mais que nossa proposta inicial era fazer algo diferente do que fazíamos em nossa banda anterior, o Enforcer. As nossas influências, minha e do Zeka, são um pouco diferente das bandas citadas. Sem contar que tínhamos muito material antigo onde re-adaptamos pro que acabou se tornando o disco Precession.  

Gus Monsanto - O Symbolica é um trabalho totalmente diferente de todas as bandas das quais eu participei até hoje. É a mais pesada de todas e ao mesmo tempo em que eu fatalmente leve minha bagagem onde quer que eu vá, é um trabalho único, em que me coloco de maneira diferente de tudo o que eu fiz anteriormente.   

Road to Metal: Diego Bittencourt e Zeka Jr. já tocavam juntos na banda Enforcer, mas como ocorreu o contato com Lucas (Alcoholic Trendkill), Marcelo Moreira (atual Almah) e Gus Monsanto (ex-Adagio, Revolution Renaissance)? Sobre Gus, fato de ser um vocalista com uma consolidada carreira internacional não os deixou receosos de receber o rótulo de projeto e não uma banda em si? 

Zeka Jr. - O primeiro a ser contactado foi o Gus, através do Diego, quando gravamos a Around Us que supostamente seria um single, para posteriormente lançar o full album. Depois desta gravada em meados de 2011, Everaldo, nosso antigo baterista, decidiu pular fora do projeto, pouco antes da saída do baixista Rodrigo Zilli, então eu e Diego entramos em acordo de convidar Marcelo Moreira para gravar as baterias e posteriormente o Lucas que já era nosso conhecido e amigo daqui da região. 

DiegoEstávamos numa situação desconfortável, sem vocalista. Me lembro de sentarmos e colocarmos sugestões de possíveis cantores num papel. Me lembrei de um disco do Adagio que tinha em casa, o Dominate e mostrei ao Zeka. Busquei por outros trabalhos do Gus e a ideia de ter a voz dele no disco foi ficando cada vez mais forte, tomando forma. Foi então que fiz o contato com ele e mostrei algumas demos. Tudo foi jogo rápido, em questão de dias ele já estava na nossa cidade pra gravar o que seria uma espécie de “test-drive” pra sua voz no Symbolica, e deu certo! (risos)  

Gus - Topei o test-drive, (risos). Receoso, por ser muito diferente do que eu havia feito antes, mas de peito aberto... Finalmente, foi uma combinação muito acertada, tanto musicalmente como num âmbito pessoal.  

Banda segue em divulgação de seu álbum de estreia com shows regulares

Road to Metal: Lendo algumas entrevistas de vocês descobrimos que Moreira gravou tudo em três dias. Isso é um absurdo (risos). O fato dele ter um trabalho sólido como baterista do Almah é mais um benefício do que um “atrapalho” para a banda (em termos de agenda, experiência em estúdio e afins)?  

Zeka Jr. - O Moreira é um músico muito experiente e profissional, e não iria colocar seu nome em um trabalho que não fosse somar para a bela carreira que ele tem. A escolha dele deve-se ao fato deste dois aspectos, já que ele já havia rodado SC anteriormente com Burning In Hell e produzindo alguns workshops. Eu acompanhei as gravações das baterias em SP e te digo que na verdade o trabalho foi gravado em 1 dia e meio (risos), ficando a outra metade do primeiro dia para timbrarmos a batera. O cara é f…!   

Diego – Vejo isso como fator positivo, Moreira é um músico de longa data, com muita experiência. O fato dele tocar no Almah apesar de correr o risco de “confronto” de datas continua como sendo positivo devido ao fato da imagem que ele possui no cenário do metal nacional.  

Gus- Moreira é, além de uma referência no país, em se tratando de bateria heavy metal, um super compositor e um cara MUITO engraçado. Acabei de assistir ao último clipe do Almah e rachei de rir com o Moreira, porque a vibe dele tá transparente ali!  

Álbum debut lançado em 2012 e aclamado internacionalmente (resenha aqui).

Road to Metal: "Precession" foi lançado ano passado. De lá para cá, como anda a aceitação do público e da imprensa mundial? Percebe-se que a banda tem investido na divulgação, como os vídeos clipes, shows mais ou menos regulares, promoções de merchandising, etc. Como esse investimento financeiro, afetivo e de tempo influi a aceitação do álbum?  

Zeka Jr. - Sim, estamos divulgando bem o material, tanto aqui como lá fora, já enviei material para muitos países através de pedidos feitos pelos nossos contatos, quanto para distribuição principalmente nos EUA até o momento, e agora em abril eu e Moreira estivemos fazendo um trabalho de divulgação na MusikMesse, uma das maiores feiras mundiais de instrumentos, produção, gravação e afins, em Frankfurt na Alemanha e o feedback tem sido bem promissor para o próximo ano. É um investimento feito com dedicação onde logicamente espera-se frutos.  

Diego – Apesar do lançamento da banda ter sido algo que podemos tratar como “grande” em suas proporções, acho que o maior retorno vem com o tempo. Começamos com o pé direito, mas temos muito caminho a trilhar. A carreira do Symbolica em pouco mais de um ano já teve conquistas importantes.  

Gus - Foi um super primeiro passo. Estamos ansiosos pelo prosseguimento da jornada.  

Road to Metal: Ao ouvir “Precession”, é fácil ficar impressionado com a pegada moderna, mas sem abrir mão do Heavy Metal puro, um equilíbrio muito difícil de ser conquistado. Quais bandas mais atuais chegam a ser uma influência para o Symbolica? 

Zeka Jr. - Posso dizer que de minha parte quanto ao som que conseguimos com "Precession" , talvez Nevermore, os discos solo do Labrie, Allen and Lande, porém ali tem riffs arquivados de boa data (risos).

Diego – Por mais que eu escute do rock n roll clássico ao black metal, é difícil apontar nomes. No quesito instrumental eu concordo com o Zeka quanto ao Nevermore e o trabalho solo do LaBrie e adicionaria Evergrey e Testament.  

Gus - Acho que o Symbolica é uma banda de Heavy Metal. Antenada, atual, mas com um sabor clássico ao mesmo tempo. Faz sentido??? (risos).



Road to Metal: Uma das curiosidades dos fãs sobre bandas com membros de várias origens é de como é a logística de shows do grupo. Falando nisso, temos a banda como oriunda de Santa Catarina, mas conta com o baterista Marcelo Moreira que é gaúcho (mas está morando em Florianópolis/SC), com o vocalista Gus Monsanto (que vive no Rio de Janeiro), por exemplo. Como fica a logística para a realização de shows? Vocês ensaiam regularmente, ou se preparam pouco antes de alguma apresentação?  

Zeka Jr. - Sim a banda é oriunda de Urussanga/SC, mas o único de Urussanga sou eu, o Diego mora próximo em Criciúma e o Lucas próximo também em Morro da Fumaça, Moreira é perto, mas quanto a isso não é nada complicado quando se trata de 5 músicos com muuuitos anos rodados na área, mas devido ao fator do Gus ser o que está mais afastado, normalmente nos reunimos para ensaios poucos dias antes dos shows e fazemos uma geral.  

Gus Monsanto (vocal)
Road to Metal: E ainda falando de "Precession", como membros responsáveis pela maior parte das composições, gostaríamos que nos contassem um pouco sobre os temas abordados no álbum. Temos, por exemplo, a bela capa do disco, que traz elementos egípcios, relacionados ao espaço e à tecnologia. Contem-nos mais sobre o conceito ou conceitos do disco.  

Zeka Jr. - Poderíamos aqui escrever um livro sobre o que gira no contexto do CD, mas tentando resumir, a capa e o encarte foi desenhado pela Luciana Lebel uma grande artista do RJ, com temas que enviei buscando uma conotação da influência e contato com outras civilizações desde o início da humanidade, bem como de levantar a poeira para o que vem acontecendo no mundo há muitos séculos, um final de era, buscando alertar sobre isso tudo, sobre o que a fé cega sem contestar, e mostrar que as respostas estão dentro de cada um sem seguir religião alguma, com o apoio da ciência e sim descobrir sua potencialidade como Humano hominal em busca do cyborg, do homem máquina e da potencialidade do Humu Futurus. E Innuendo fechou perfeitamente com o contexto do CD. 

O baterista Marcelo Moreira
Diego – Invertemos a questão lírica no Symbolica. Antigamente eu quem escrevia a maior parte das letras. Nesse disco devo ter escrito apenas uma sozinho e umas outras três em parceria. Acho a proposta lírica que o Zeka apresentou muito forte e ele tem total conhecimento no assunto.  

Gus - Até escrevi algumas coisas com o Zeka, mas foi meramente colocar cerejas no bolo que ele já havia começado a fazer muito bem.  

Road to Metal: O álbum “Precession” possui uma temática muito interessante envolvendo a devastação da humanidade o domínio das máquinas em um mundo de caos. Como vocês chegaram nesse conceito e a sonoridade se adaptou à temática e por isso tem elementos mais modernos ou na realidade os arranjos já estavam prontos e o conceito veio depois?  

Zeka Jr. -  O conceito do álbum já estava girando neste tema, porém alguns trechos das letras foram feitos durante as prés e a grande maioria foi trabalhado 2 meses antes da gravação do álbum.  

Road to Metal: Em recente entrevista para a Roadie Crew, Zeka falou do desejo em realizar uma turnê europeia com alguma outra banda. Há algum plano alinhavado? Se pudessem escolher, qual banda que gostariam de excursionar juntos?  

Zeka Jr. - Estamos estudando algumas propostas e avaliando os custos dos investimentos para essa tour, mas dizer quais bandas gostaríamos de excursionar é bem difícil (risos) pois há grandes nomes no mercado do Metal atualmente, o que for para acontecer vai acontecer ;)  



Road to Metal: Agradecemos pela ótima entrevista. Este espaço final está livre para mensagens de vocês.  

Zeka Jr. - Gostaria de agradecer ao pessoal da road to Metal que tem sempre apoiado nosso trabalho, aos fans que compraram o CD, curtiram as mídias e foram aos shows e aqueles que ainda não tiveram essa oportunidade solicitem ao promoter mais próximo de vocês para entrar em contato com o SYMBOLICA, para que possamos fazer um metal aí para vocês. Stay Heavy \m/ 

Diego – Muito legal fazer esse bate-papo e compartilhar algumas curiosidades sobre o Symbolica, obrigado a todos! 

Gus - Tudo de bom e obrigado por estarem conosco!

Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: divulgação

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Avantasia: Mudando os Convidados, Mas Mantendo a Fórmula


6º álbum do projeto de Tobias Sammet aposta na mais recente fórmula com sucesso

Depois do megalomaníaco projeto de lançar dois álbuns simultâneos em 2010 (os ótimos “The Wicked Symphony” e “Angel of Babylon”) e se afastar cada vez mais do Power Metal clássico desenvolvido no início dos anos 2000, o projeto de Tobias Sammet (vocal e baixo) chega ao seu 6º álbum em 2013, com a principal característica de apresentar a presença de nomes inéditos e a ausência de figuras carimbadas do Avantasia.

Gravado e produzido pelo guitarrista Sascha Paeth em 2012, mas lançado apenas em abril deste ano, envolto em muito mistério e alarido através da divulgação de cada novo convidado especial que estaria no álbum, “The Mystery of Time” parece ter decepcionado uma parcela do público. O motivo, segundo muitos, foi o fato de Sammet não ter cumprido a promessa de um álbum assemelhado com os clássicos “The Metal Opera I” e “II” (o tema do enredo, complexo, parece ser a única coisa que remete aos citados discos). Além disso, figuras tradicionais como Jorn Lande, Andre Matos e Kai Hansen não deram as caras (ou melhor, as vozes) no álbum.

Kullick e Sammet anos atrás
Por outro lado, Sammet pôs em prática seu antigo desejo de ter grandes outros nomes da cena Hard Rock, como o guitarrista Bruce Kullick (ex-Kiss), que toca em duas faixas. Aliás, Sammet chegou a cantar em uma música do disco solo de Bruce. Além dele, outra aclamada figura a debutar no projeto foi Eric Martin, lendário vocalista do Mr. Big, que empresta seu talento a bela “What’s Left of Me” (balada muito superior a fraca “Sleepwalking”). Também nos brinda com sua voz Joe Lynn Turner (ex-Rainbow, ex-Deep Purple) em nada menos que 4 faixas das 10 do álbum, em um trabalho encorpado e digno de se tirar o chapéu.

Mas uma das participações mais comemoradas e destacadas é, certamente, Biff Byford (Saxon). O velho frontman empresta sua experiência em três das melhroes faixas do disco, a saber, “Black Orchid” (bastante sinfônica), "Savior in the Clockwork" (uma das faixas épicas do álbum e mais cumpridas: mais de 10 minutos) e a faixa-título. Em todas, Byford mostra porque é um dos melhores vocalistas (e mais injustiçados também) da chamada NWOBHM.

Cena de "Sleepwalking", single e, de longe, a pior faixa do álbum

Mas não pensem que Tobias esqueceu velhos companheiros, que trabalharam já em outras grandes canções da banda. Cito o meu favorito, Bob Catley (Magnum) que, embora uma presença mais modesta neste trabalho, foi o responsável pelo momento mais belo do álbum, em “The Mystery of Time” (não vou descrever, ouça e confira). Além dele, Cloudy Yang, que debutara em uma ótima canção no álbum anterior, agora aparece na mais fraca do álbum e, não por acaso, single “Sleepwalking”. De longe, pior música promocional do projeto e que nem o talento de Tobias para criar músicas românticas, nem a bela voz de Yang, salvaram (assista abaixo).

Tobias e Byford no estúdio
Só para fazer jus, cito também a significativa participação de Arjen Lcassen (Ayreon, Star One) e sua guitarra e Oliver Hartmann que desta vez não solta o gogó (um dos meus vocalistas preferidos da banda), mas contribui com ótimas guitarras em  "Where Clock Hands Freeze" e "Dweller in a Dream". Nestas duas citadas, quem domina os vocais é o sempre presente e indispensável Michael Kiske (Unisonic, ex-Helloween), quem Tobias não ousa deixar de fora, afinal, uma das mais belas vozes de todos os tempos do Heavy Metal.

A primeira canção não single a ser divulgada deu ares de que um grande álbum viria (o que realmente aconteceu, afinal). Falo de “Invoke the Machine” que traz a estreia do vocalista Ronnie Atkins (Pretty Maids) no projeto, numa das melhores e mais Power Metal canção do disco. Vale por metade do disco!
Tobias e Bob Catley

“The Mystery of Time” foi, dos últimos 4 discos, aquele que mais me agradou já na primeira audição, embora, ao ir amadurecendo a audição ao longo dos dias, você começa a perceber que, apesar de usar a mesma fórmula do sucesso de discos como “The Scarecrow”, ainda é cedo para que este álbum marque história na carreira do Avantasia. Mas uma coisa é inegável: há uma nítida evolução e a clara mensagem de que Tobias encontrou a sonoridade ideal para manter o seu projeto no topo das chamadas Metal Opera em todo o mundo.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Avantasia
Álbum: The Mystery of Time
Ano: 2013 
País: Alemanha



Formação fixa
Tobias Sammet (Vocal e Baixo)
Sascha Paeth (Guitarra)
Miro (Teclados)
Russell Gilbrook (Bateria)

Guitarristas convidados
Bruce Kulick (Faixas 3, 6, 10)
Oliver Hartmann (Faixas 4, 7)
Arjen Anthony Lucassen (Faixa 2)

Vocalistas convidados
Joe Lynn Turner (Faixas 1, 2, 6, 10)
Michael Kiske (Faixas 4, 6, 9)
Biff Byford (Faixas 3, 6, 10)
Ronnie Atkins (Faixa 7)
Eric Martin (Faixa 8)
Bob Catley (Faixa 10)
Cloudy Yang (Faixa 5)

Tracklist
01 - Spectres
02 - The Watchmakers' Dream
03 - Black Orchid
04 - Where Clock Hands Freeze
05 - Sleepwalking
06 - Savior in the Clockwork
07 - Invoke the Machine
08 - What's Left Of Me
09 - Dweller in a Dream
10 - The Great Mystery

Acesse e conheça mais sobre o projeto

Assista ao vídeo clipe oficial de “Sleepwalking”


Veja o lyric vídeo para “Invoke the Machine”


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dynahead: Desafiador, Perturbador e Impressionante

Lançado 3º álbum de um dos maiores nomes da cena do Distrito Federal


Dynahead, na minha visão de fã, é uma das bandas mais promissoras que o Metal nacional apresentou nos últimos tempos, foi assim quando ouvi “Antigen” (2008) e tive a certeza absoluta que “Yourniverse” (2011) era um trabalho de evolução, porém nada se compara a sensação de ouvir “Chordata I” (2013), pelo qual arrisco a dizer que se esse álbum não levar o grupo ao status que merece o Metal nacional é realmente injusto.

Caio Duarte, a mente pensante por trás do monstro Dynahead

Para quem ainda não conhece, vale dizer que o grande diferencial do Dynahead é a quebra de barreiras, ou seja, os caras transitam por um leque de influências de uma maneira tão profissional que até mesmo assusta o ouvinte mais distraído: do Jazz ao samba, mas sempre lembrando que aqui é uma banda de Metal, então ao lado de harmonias progressivas o som cai para um esporrento Death Metal (lembrando Opeth antigo, isto é, a fase boa). “Abiogenesis”, é a prova disso, abrindo os trabalhos com uma pseudo balada que logo dá espaço para um bate cabeça visceral. Logo depois temos “Bred Patterns” com doses cavalares de peso e “Collective Skin” do Thrash Metal ao Jazz e só estamos nas 3 primeiras faixas.

“Echoes of the Waves” me levou a seguinte afirmação: existem vocalistas no Metal nacional que merecem destaque, mas o senhor Caio Duarte é um monstro, nem parece que o mesmo vocalista que urra na faixa anterior poderia cantar em um duo de piano e voz, além de ter segurado a bronca para o batera (na época Deth Santos) e feito a produção do CD, assim como responsável foi pelas guitarras maravilhosas da obra.


Ouça alto e muitas vezes e descubra detalhes implícitos como “Hallowed Engine” e seus flertes com o samba e a quebradeira de “Foster”. É interessante até ver como a ordem das musicas faz sentido, deixando o ouvinte preso ate o final da audição.

Não poderia deixar de citar a parte temática do álbum onde a origem da vida e seus conceitos biológicos e religiosos são colocados em debate, uma temática forte e muito bem explorada. Enquanto aguardamos a parte dois dessa obra o jeito é curtir esse que é um dos trabalhos mais significativo do Metal nacional em anos.

Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Dynahead
Álbum: Chordata I,
Ano: 2013
Pais: Brasil
Tipo: Prog Metal

Formação
Caio Duarte (Vocal, Bateria, Teclado)
Diego Teixeira (Baixo)
Diogo Mafra (Guitarra)
Pablo Vilela (Guitarra)
Jorge Macarrão (Percussão) (Convidado)



Tracklist
01. Abiogenesis
02. Bred Patterns
03. Collective Skin
04. Dawn Mirrored in Me
05. Echoes of the Waves
06. Foster
07. Growing in Veins
08. Hallowed Engine
09. Inevitable

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Confira algumas músicas do CD nos vídeos abaixo




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Fueled By Fire: Liberadas Capa e Tracklist do Novo Álbum

Grupo californiano apresenta novidades

A banda californiana Fueled By Fire divulgou nessa segunda-feira (20) a track list e a capa de seu novo trabalho, “Trapped In Perdition".

A banda foi formada em 2002 e conta com a seguinte line-up: Carlos Gutierrez (bateria), Rick Rangel (vocal/guitarra), Anthony Vasquez (baixo) e Chris Monroy (guitarra). Gravaram sua primeira demo, intitulada “Life…Death…and FBF” em abril de 2004, com a proposta de tocar um Thrash Metal "explosivo", com uma veia oitentista, baseado nos demônios da velocidade: Slayer, Overkill, Testament, entre outros.

O novo álbum da Fueled By Fire, "Trapped In Perdition", será lançado na Europa em 26 de julho e na América do Norte em 06 de agosto pela NoiseArt Records. Adquira-o pela Pré-venda clicando aqui.
Grupo se apresenta em junho no Brasil pela primeira vez

A banda fará sua primeira turnê na América do Sul em junho, passando por várias capitais brasileiras, incluindo Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Curitiba (PR), entre outras.



Tracklist:
1. Catastrophe
2. Suffering Entities
3. Forsaken Deity
4. Profane Path
5. Defaced Mortality
6. Rotten Creation
7. Pharmaceutical Extermination
8. Symbolic Slaying
9. Obliteration
10. Abeyant Future (Outro)
11. Depiction of Demise (Bonustrack)

Texto: Nanda Luiza
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

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terça-feira, 21 de maio de 2013

Mad Old Lady: Simplicidade em Formato de Música

Álbum "Viking Soul" merece toda atenção do público da boa música


O músico Eduardo Fagundes não poderia ter feito melhor escolha ao deixar sua antiga banda para montar um novo grupo com uma proposta calcada menos no peso, mais focado na melodia. E foi nessa tentativa de sucesso de criar um som diferenciado que surgiu a Mad Old Lady e seu debut álbum “Viking Soul” (2012).

Com uma formação contando com três vocalistas (além de Eduardo, também cantam Marcelo de Paula e Flávia Tunchel), que já é algo que chama a atenção, mais o baterista Guga Bento, o baixista Gabi Moraes, os guitarristas Tiago Moura e Vitor e o tecladista Rafael Agostino, a Mad Old Lady impressiona quem aprecia um bom Heavy/Hard, com vários elementos de Folk Rock e Rock Progressivo (ouça “Someone” e se arrepie).

Composições simples e belas povoam disco de estreia

São apenas 10 faixas, composições do líder Eduardo, que ofertam ao ouvinte muita melodia, letras simples, mas que calam na alma. Aliás, simplicidade parece ser a palavra-chave do álbum que, apesar de ter sido gravado em um dos melhores estúdios do Brasil (Mosh, em São Paulo/SP) e ter sido produzido na Bélgica (estúdio I.P.C.), o grupo fez questão de deixar a sonoridade muito orgânica, de fácil assimilação, sem precisar apelar para clichês radiofônicos.

“Glances in the Dark” começa com tudo, bastante ritmo, clima de alto astral, seguida de “King”, que mostra já as primeiras melodias com passagens acústicas e um show dos vocais que fazem um verdadeiro coral e dão um clima macio a canção.

O casamento perfeito entre o Hard Rock e o Rock Clássico você encontra em “Power of Warrior” (conta Eduardo que a canção fora composta aos 18 anos, quando ouvia muito Black Sabbath), assim como “Prison” traz uma das melodias mais grudentas do álbum, com sutis presenças de gaita, violino, piano, ótima para ser cantada ao vivo.

Outras canções como “Too Blind to See” e “Mad Train” trazem mais peso, mas sem esquecer o clima setentista que ronda a banda, sempre nos remetendo ora ao povo nórdico ao qual é dado o nome do álbum, ora ao próprio Rock & Roll de bandas como Lynyrd Skynyrd e Creedence.

Espirito Viking presente no álbum
A gaita de boca e o violão vão arrepiar você em “My Heart”, uma das mais belas canções que ouvi nos últimos meses e que, ao lado de “Far Away”, fazem uma dupla sensacional. Aliás, esta última virou minha preferida já na primeira audição e não sai da minha cabeça (muito emocionante e me identifiquei rápido com a bela e triste letra). “Viking Soul” fecha o disco com grande clima de despedida, obrigando-o a dar play novamente na bolacha sem medo e com a certeza de que Mad Old Lady é um grupo diferenciado nesse oceano de bandas nacionais de qualidade. Fique de olho e peça o seu álbum gratuito através do Facebook da banda (veja abaixo).

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Mad Old Lady
Álbum: Viking Soul
Ano: 2012 
País: Brasil
Tipo: Classic Rock/Hard Rock/Folk Rock/Progressive Rock

Formação
Eduardo Fagundes (Vocal)
Marcelo de Paula (Vocal)
Flávia Tunchel (Vocal)
Guga Bento (Bateria)
Gabi Moraes (Baixo)
Tiago Moura (Guitarra)
Vitor (Guitarra)
Rafael Agostino (Teclados)



Tracklist
01 – Glances in the Dark
02 – King
03 – Power of Warrior
04 – Prison
05 – Too Blind to See
06 – Mad Train
07 – My Heart
08 – Someone
09 – Far Away
10 – Viking Soul

Acesse e conheça mais sobre a banda

Assista a banda ao vivo

Tocando "Viking Soul"

Vídeo clipe de "Power of Warrior"



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Hibria: Um dos Grandes Nomes do Metal Nacional Lança Vídeo Clipe Inédito



Um dos grandes nomes do Metal nacional, a banda Hibria, acaba de lançar seu mais novo vídeo clipe, para música "Silence Will Make You Suffer" que pertence ao seu 4° trabalho de estúdio, ainda sem título, mas que será lançado no Japão no dia 26 de junho e no Brasil via Voice Music no dia 13 de julho.

O clipe foi dirigido por Luís Mário Fontoura, onde captou a energia da banda, como se estivéssemos vendo ao vivo, além do clima em preto e branco que caiu muito bem para música. Uma composição forte, que em alguns momentos beiram o Thrash Metal, além das belas melodias que acompanham a banda. Também é possível notar um ar mais moderno, mas que em nenhum momento desfavorece o grupo.

Enquanto o álbum não sai, já podemos ter uma amostra do que esperar clicando AQUI e com certeza será mais um trabalho de alto nível.


Texto: Renato Sanson
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Metal Media

Acesse e conheça mais a banda

Clássicos: Blue Öyster Cult - 35 anos de "Something Enchanted Evening"


O Blue Öyster Cult, formado no final dos anos 60, em Long Island (EUA), foi um grupo que, segundo Albert Bouchard (baterista), antes de ser criado, já possuía seu conceito pronto, tendo criado em torno de si uma aura misteriosa, seja devido a sua música, o nome de batismo, o misterioso símbolo da cruz com um ponto de interrogação invertido (na alquimia seria o símbolo dos metais pesados, mas existem outras histórias a respeito), criado pelo excêntrico desenhista Bill Gawlik, e outras histórias que permeiam a biografia da banda. O certo é que essa aura e esses mistérios em muito ajudaram a carreira do BÖC.

Contratados pela Columbia Records, segundo reza a lenda, porque a gravadora procurava uma banda que tivesse um impacto no mercado, a exemplo dos concorrentes, como a Warner, que tinha o Black Sabbath em seu cast, e a London, que tinha os Stones.

Com um começo tímido, aos poucos a banda foi ganhando público, e veio o grande sucesso comercial, a música "(Dont' Fear) The Reaper", de "Agents of Fortune" (1976), o quarto disco do BÖC, sucessor da chamada trilogia preto e branco, formada pelos 3 primeiros álbuns, que possuem as capas, logicamente, totalmente em p&b.

A formação clássica nos anos 70
E em 1978, é lançado o maior sucesso de vendas até hoje da banda, o ao vivo "Something Enchanted Evening", que não era o primeiro "live", que foi "On Your Fett On Your Knees" (1975).

Primeiramente, era para ser um álbum duplo, mas devido aos resultados abaixo do esperado das vendas de "Spectres" (1977), acabou saindo na versão simples, e, mais tarde, relançado com vários bônus.

Até o fato de, no final ter saído em versão simples, ficando mais curto, é um ponto a favor, pois deixa o ouvinte com aquele gostinho de quero mais.

Contendo sete faixas, sendo duas delas covers, "Something Enchanted..." é um álbum que possui uma energia fantástica, sendo seguramente um dos melhores "Live" da história. Já conhecida muito mais pelas apresentações ao vivo, explosivas e com efeitos de lasers, inclusive o famoso efeito que lançava lasers dos pulsos de Eric Bloom, que rendeu até algum falatória na imprensa, dizendo que podia ser prejudicial aos olhos de quem estava nos shows.



Em "Something Enchanted...", a banda era formada por Donald "Buck Dharma" (guitarra e vocal), Eric Bloom (guitarra e vocal), Allen Lanier (teclados), Albert Bouchard (Bateria) e Joe Bouchard (baixo e vocal). A formação mais clássica do BÖC, que já tinha nas costas mais de 200 shows, com um entrosamento perfeito, captados nessas faixas, compiladas de diversos shows da banda pelos EUA e Inglaterra.

A capa, que traz o "ceifador" cavalgando, em um corcel negro, que traz o símbolo da banda, em um cenário lunar, ilustração feita pelo artista T.R. Shorr. Uma bela e misteriosa arte, embalagem mais do que perfeita para um álbum marcante na carreira da banda, ou seja, a bolacha tinha todos os requisitos para ser um clássico.

Nesta época a banda também excursionou com vários gigantes dos anos 70, como os shows ao lado do Rush e Kiss.


"SEE", abre com "R.U. Ready To Rock", um rockaço enérgico e já pegando o ouvinte, lhe transportando literalmente pra dentro do show, perfeita abertura, pelo seu refrão pegajoso; "E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence)", do álbum "Agents of Fortune", tem uma sonoridade Rock & Roll/Progressivo, tendo do meio pro fim um belo "duelo" instrumental; "Astronomy", que ganhou uma cover do Metallica, inclusive, traz aquela característica misteriosa que o BÖC sempre carregou, sabendo-se também da fascinação por ficção científica, principalmente por Eric Bloom, climática e melódica, vai aos poucos crescendo. Épica, é a palavra para defini-lá! Verdadeiro clássico. 


"Kick Out the Jams", cover do MC5, vem também cheia de energia, uma excelente versão executada pelo BÖC! Quebra tudo! Destaque para as guitarras alucinadas! "Godzilla", mais um hit do BÖC, cujo riff, Donald "Buck Dharma" diz ter criado em um quarto de Hotel, e fala que "O que poderia ser mais pesado que Godzilla?" esclarecendo a inspiração para o peso da canção. Vale lembrar que a banda usava um "Godzilla" nos shows, com olhos vermelhos e que soltava fumaça, sendo provavelmente um dos maiores efeitos de palco que usaram;


O maior hit do BÖC vem em seguida, "(Dont' Fear) The Reaper", também do "Agents of Fortune", mais do que idolatrada através dos anos, é só aquele riff inicial começar para que o público venha ao delírio. Mais um épico. A faixa foi alvo de polêmicas, com acusações de que fazia apologia ao suicídio, com o uso dos personagens centrais da letra, Romeu e Julieta, com Buck explicando que a música tem dois conceitos, o primeiro de que um romance poderoso pode levar a morte física e o outro de que a morte é algo inevitável, e que devemos enfrentá-la sem medo, tendo confiança na continuidade do espírito. A versão contida no álbum, provavelmente seja a versão definitiva da música. Perfeita.


Fechando, mais um cover, uma maravilhosa versão de "We Gotta Get Out Of This Place", do "The Animals", uma canção icônica, imensamente popular entre as forças armadas os EUA durante a guerra do Vietnã. Grande versão, fechando com chave de ouro este clássico que não pode faltar na coleção de nenhum amante do Classic Rock/Metal, que este ano vai completar 35 aninhos de idade, um dos belos exemplos de que música boa não envelhece!


Texto e edição: Carlos Garcia
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

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