sexta-feira, 28 de junho de 2013

Children Of Bodom: Reencontrando-se Novamente


Certamente o maior nome do Melodic Death Metal, o Children Of Bodom acaba de lançar seu oitavo álbum de estudio, intitulado de "Halo Of Blood" (2013). Se os finlandeses perderam um pouco a mão desde "Are You Dead Yet?" (2005), lançando apenas álbuns medianos, em "Halo Of Blood" a coisa muda, pois a banda se mostra revigorada e cheia de feeling.

Se os fãs estavam com saudades daquele CoB cheio de melodias, riffs navalhados e com seu clima "obscuro", podem respirar aliviados, pois o grupo mostra em seu novo álbum todas as características que levaram seu nome ao topo do estilo.

A produção do disco ficou a cargo do renomado músico e produtor Peter Tägtgren (Hipocrisy), mostrando realmente ser um mestre das produções, deixando o som do CoB polido, agressivo e ainda mais obscuro e pesado, fazendo as músicas transbordarem nas caixas de som, feitas para serem ouvidas no talo.


Falar da sonoridade em si é chover no molhado, pois quando a banda decide caminhar pela trilha que realmente manja, é um show a parte, e faixas como "Waste Of Skin", "Halo Of Blood", "Bodom Blue Moon (The Second Coming)" e "Dead Man's Hand On You", mostram o poder de fogo do grupo, que esbanja técnica e bom gosto, e não teria como não ressaltar o "showman" e líder Alexi Laiho, riffmaker nato, além de disparar melodias e solos altamente técnicos, se mostrando um dos melhores guitarristas da atualidade.


Se você é fã do grupo não irá se decepcionar, pelo contrário, encontrará um CoB revigorado e se reencontrando novamente, mas se você ainda não conhece a banda ou simplesmente não emplacou nos seus ouvidos, ouça "Halo Of Blood" com atenção, pois certamente ganhara um espaço em sua coleção. Altamente recomendado!


Texto: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Children Of Bodom
Ano: 2013
País: Finlândia
Tipo: Melodic Death Metal

Formação
Alexi Laiho (Vocal/Guitarra Solo)
Roope Latvala (Guitarra Base/Backing Vocal)
Jaska Raatikainen (Bateria)
Henkka Seppälä (Baixo/Backing Vocal)
Janne Wirman (Teclado)




Tracklist
01 Waste Of Skin
02 Halo Of Blood
03 Scream For Silence 
04 Transference
05 Bodom Blue Moon (The Second Coming)
06 The Days Are Numbered
07 Dead Man's Hand On You 
08 Damage Beyond Repair
09 All Twisted 
10 One Bottle and Knee Deep 


Acesse e conheça mais a banda

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Venus Attack: Qualidade, Criatividade e Diversidade


A banda gaúcha Venus Attack, na estrada desde 2009, é formada por músicos experientes e competentes, que somam em seus currículos trabalhos em diversas áreas e estilos musicais, e souberam aplicar muito bem essa experiência adquirida através dos anos, juntando a suas inspirações e influências, e, como a banda mesmo explica em entrevista recente para o Road, banhando tudo no Heavy Metal e Rock Pesado em geral, que é a sua base, resultando no ótimo debut "Venus Attack 1".

Há um bom tempo a banda vem se dedicando na composição deste trabalho, sempre tendo em mente a proposta inicial, de procurar uma identidade própria, não forçando a se encaixar em um rótulo, o que significaria limitar-se artisticamente. Certo que algumas bandas confundem "diversidade", com "atirar em todas as direções", e, felizmente, com a VA isto não ocorre.

André, Daniel, Mike e Renato: A invasão já começou!
A dedicação e a forma de trabalhar, pois não se deram um prazo para lançar o primeiro trabalho (o baixista Daniel contou que chegou a gravar sua partes 4 vezes, sempre buscando melhorar a ideia inicial), a fim de ir amadurecendo a sonoridade da banda, buscando uma uniformidade e uma identidade, produziu excelentes resultados, que podem ser conferidos por todos, agora que o álbum está pronto e disponível.

Composto por 9 faixas (mais uma música escondida), "Venus Attack 1" mostra bastante das várias inspirações dos músicos no seu decorrer, onde encontramos uma sonoridade tendo como pilar o Rock Pesado/Metal, sendo moderno e criativo,  podendo facilmente ser identificados elementos de Jazz/Fusion, Modern Hard Rock e até Rock Alternativo e Pop, porém, de forma alguma, essa fusão de influências resulta em algo complexo e chato, ou numa sonoridade feita para outros músicos ouvirem, pois o álbum é cativante e dinâmico, com melodias e refrãos grudentos.


"Looking For The Meaning", que abre o álbum, e já era conhecida do público, mostra de cara a competência e , parodiando o Tite, "filósofo" e técnico de futebol  gaúcho, a "inventividade" da banda, com um som pesado e moderno, num clima tenso, com variações bem dinâmicas (com direito a uma citação ao Slayer ali pela metade);

"Hear Me Pray", começa bem introspectiva, seguindo a linha da letra (temos que destacar também o belo trabalho nas letras), com melodias cativantes e um refrão bem marcante; 

"Broken Conscience", começa com um riff arrastado e pesado, variando depois para uma parte mais melodiosa, e um solo igualmente melodioso e inspirado de André, além de grande interpretação de Mike;

"Stray Bullet", é uma faixa enérgica, com um riff cativante, uma faixa bem Metal, daquelas próprias para abrir, ou fechar um show,  lembrando-me aquelas tradicionais faixas de "abertura" do Dio, como "We Rock" ou "Stand Up And Shout". O álbum fecha com a interessante "Epilogue", uma peça de piano e voz, muito bem interpretada, emendando com a "hidden track", uma cover de uma banda dos anos 80, que não é de Metal, a qual ficou bem legal, pra você saber qual é, vai ter que ouvir o disco! 



Concluindo, com essas faixas que citei, você já pode ter uma noção desse dinamismo do álbum, da criatividade e competência dos músicos, e que a identidade que a banda buscou desde seu início, tomou forma em "Venus Attack 1", e tende a evoluir cada vez mais, pois com certeza eles não vão parar por aqui, a invasão apenas começou! 


Texto/edição: Carlos Garcia

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Nova Proposta de Timo Tolkki Tenta Reacender a Velha Chama



Depois de dois projetos pós-Stratovarius fracassados (devido a seu problema de temperamento e outras coisas mais), o guitarrista Timo Tolkki, que havia “se aposentado” após o Symfonia (com uma declaração bastante depressiva), a Frontiers Records resolveu investir no talento do guitarrista que, outrora, fora responsável por muitos dos grandes clássicos do Power Metal (ou Metal Melódico) com seus colegas finlandeses.

Dessa proposta, nasceu o projeto Avalon, que também leva seu nome e teve o lançamento do primeiro de 3 discos (será que este vingará?), sendo que este “The Land of New Hope” conta a parte final da história (?!) e saiu no mês de maio, sendo bastante ofuscado por outros lançamentos do gênero.

"Dupla" com Elize Ryd rendeu um trabalho de qualidade a Tolkki

O disco simples, traz grandes nomes da cena e figuras carimabadas de outros projetos semelhantes, como Michael Kiske (ex-Helloween, Unisonic) e Russel Allen (Symphony X, Adrenaline Mbob), ambos fazendo parte do cast do Avantasia. Aliás, é inegável a comparação de Avalon com Avantasia. Porém, a gravadora e Timo acertaram em não querer ousar, afinal, parece que Tolkki ainda precisa “voltar a engatinhar” como grande músico que é e o primeiro passo para que volte a se tornar uma referência foi dado com este disco.

Isso tudo porque aqui você encontrará exatamente aquilo que, tanto o nome quanto os músicos, dão a entender, ou seja, Power Metal enérgico, com alguns elementos mais Pop (olha o Avantasia aí de novo), além de teclados e climas sinfônicos nada inovadores, mas bem feitos.

Tolkki pretende lançar mais dois discos (fechando a trilogia). Será que desta vez vai?

Porém, a estrela maior do disco é a bela e talentosa Elize Ryd (Amaranthe), que canta em várias das faixas e, cá entre nós, mostra que é mais uma impressionante vocalista da cena Metal mundial, inclusive alcançando, com sua banda, patamares fora da música pesada, já que apresenta uma voz mais acessível. E isso fica provado em canções como “Enshrined in My Memory” (a faixa mais comercial e que até destoa do álbum, mas é bem interessante e é o single do disco), "A World Without Us" (com um “quê” de Hard Rock e que será lançada em breve como novo single) e "Shine", faixa em que divide os vocais com Sharon den Adel (Within Temptation), que é uma novidade nesse tipo de projeto e que deveria ser mais “aproveitada” no disco, pois tem história e uma voz inconfundível.

O grande destaque, em termos de música, é "In the Name of the Rose", que apesar de ganhar o status de balada, mostra toda a potencialidade dos vocais de Russel Allen e Rob Rock (ex-Axel Rudi Pell), outra novidade dentre as poucas trazidas pelo projeto. O cara detona também em faixas como "We Will Find a Way" (ao lado do vocalista do Sonata Arctica Tony Kakko, que passa apagado no disco). "I’ll Sing You Home" traz novamente Elize e ela simplesmente emociona com seu talento.

Desculpem os marmanjos, mas esta estrela brilhou mais
Vale citar que o instrumental também está bem servido ao trazer nomes como Derek Sherinian (que fez história com o Dream Theater e hoje toca no BCC) e Jens Johansson (ex-colega de Timo no Stratovarius) dividindo os teclados, assim como a figura carimbada Alex Holwarth (Rhapsody of Fire) na bateria.

Altamente indicado para quem quer mais do mesmo, porém com qualidade, reacendendo a velha chama do Power Metal dos anos 90/2000, sem esquecer algumas pitadas modernas e contando com ótimos músicos em suas fileiras. Avalon tem tudo para ser a Fênix na história de Tolkki, basta que ele não dê chiliques e saiba trabalhar de verdade.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Timo Tolkki’s Avalon
Ano: 2013
País: Finlândia
Tipo: Metal Opera/Power Metal/Metal Sinfônico
Gravadora: Frontiers Records

Formação
Timo Tolkki (ex-Stratovarius, ex-Revolution Renaissance, ex-Symfonia) (Guitarras, Baixo) (também produziu)
Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire) (Bateria)
Jens Johansson (Stratovarius) (Teclados)
Derek Sherinian (ex-Dream Theater, Black Country Communion) (Teclados)




Tracklist e vocalistas
1. Avalanche Anthem (Russell Allen, Rob Rock, Elize Ryd)
2. A World Without Us (Elize Ryd, Russell Allen, Rob Rock)
3. Enshrined in My Memory (Elize Ryd)
4. In the Name of the Rose (Elize Ryd, Russell Allen, Rob Rock)
5. We Will Find a Way (Rob Rock, Tony Kakko)
6. Shine (Elize Ryd, Sharon den Adel)
7. The Magic of the Night (Rob Rock)
8. To the Edge of the Earth (Rob Rock)
9. I’ll Sing You Home (Elize Ryd)
10. The Land of New Hope (Michael Kiske)

Assista ao video single “Enshrined in My Memory”


Leia material sobre o video clipe clicando aqui.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Euridanus: Nova Formação e Álbum de Estreia


Na estrada desde 2005, a banda porto alegrense de Heavy Hetal ERIDANUS está de cara nova e gravando seu álbum de estreia, cuja capa você confere acima (e que capa!), sendo a formação atual a seguinte:

- Thiago Lauer – vocal
- Roger Feilstrecker – guitarra
- Deivid Morais – guitarra
- Andi Castro – baixo
- Rafael Reis - bateria


O álbum, intitulado "HellTherapy", está sendo gravado no Estúdio Nitro, com produção de Roger Fingle (Blood Tears, Seduced by Suicide) e tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. Sobre esta nova fase Roger Feilstrecker, guitarrista e fundador da banda, comenta: "Neste álbum a Eridanus mostra seu som totalmente reformulado, do extremo peso de guitarras a todo volume, às baladas que grudam nos ouvidos, unindo todas as melhores escolas do Heavy Metal e Hard Rock."


Em breve mais novidades, fiquem de olho nos canais oficiais da banda, que também está com seu site em construção, onde disponibilizará muito material aos fãs.

Edição/Textos adicionais: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Texto/fonte: Metal Brasil

Acesse os canais oficiais da banda:


sábado, 22 de junho de 2013

Khaos Inside: Inflamando Pescoços



Uma boa safra de grupos fazendo um Death Metal “melódico”, com forte influência da escola sueca, e aliado a vários elementos do Metalcore tem surgido no Brasil, para a sorte de nossos ouvidos e azar dos nossos pescoços.

A Khaos Inside faz coro nessa questão, afinal, o álbum “No Place For Love” (2013), recentemente lançado e que sucede o bem recebido EP de 2010, caiu nas graças deste redator. Tanto que o trabalho dessa galera do Rio de Janeiro figurou como Play da Semana há alguns dias.

Composto de 13 faixas, incluindo ali a introdução com muitos elementos eletrônicos (que certamente assustará quem gosta de algo mais “tradicional”), o álbum mostra uma banda ainda buscando identidade própria, claro, já que são nítidas influências da já citada escola europeia, bem como elementos de bandas Metalcore norte-americanas. Mas antes que se tome isto como uma crítica negativa, a verdade é que a Khaos Inside preparou um prato cheio para os amantes e ambos os gêneros.

Com "No Place For Love", banda se apresenta como uma boa promessa do Metal nacional

Com bons riffs de Loga Rodriguez e Victor Dallas, o grupo capricha no peso e em timbres de guitarra interessantíssimos. Os vocais guturais de Shane Stone são eficientes, com muita força, algo notável em se tratando de um país em que muitos confundem “vocal gutural” com verdadeiras gritarias sem sentido. O baterista Renan Cruz é eficiente e nada acomodado ao longo do álbum, com grandes momentos em que monstra habilidade e técnica e o tecladista Igor Barcellos que, de forma impecável, encaixa sons na medida certa dando o clima do álbum. Quanto ao baixo, não há informação disponível sobre quem gravou o mesmo.

Única ressalva são alguns vocais “limpos” que ora soam bem deslocados e quebram um pouco o ritmo, mas nada que comprometa o bom resultado final, o que pode ainda ser um atrativo a mais aos amantes do estilo.

Não bastasse a qualidade dos músicos, “No Place For Love” recebeu uma ótima produção de Marcelo Oliveira, além de uma capa sensacional (lembro que, quando a vi pela primeira vez, me chamou muita atenção) a cargo de Raphael Efez.

Sem mais delongas, Khaos Inside oferta um trabalho conciso, ainda emanando influências visíveis, mas que faz essa rapaziada destacar-se como mais uma ótima promessa do som pesado nacional. É aguardar e ver.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Island Press

Ficha Técnica
Banda: Khaos Inside
Álbum: No Place For Love
Ano: 2013 
Tipo: Death Metal Melódico/Metalcore
País: Brasil
Selo: Independente

Formação
Shane Stone (Vocal)
Loga Rodriguez (Guitarra)
Victor Dallas (Guitarra)
Renan Cruz (Bateria)
Igor Barcellos (Teclados)



Tracklist
01. A Loveless Place
02. Ghost Of You
03. Emptiness Consuming My Soul
04. Paradise Gone
05. Of Hopes And Agonies
06. Waves Washing Dreams Away
07. Sweet Despair
08. No Place For Love
09. Shelter
10. Hollow Recognition
11. In the Eyes Of Another
12. Monolith Of Disdain
13. You Don’t See


Acesse e conheça mais sobre a banda

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Heaven & Earth: Música Orgânica, Inspirada e Com a Alma dos 70's



"Dig" é o terceiro álbum do Heaven & Earth, que em seus álbuns anteriores era, praticamente, um projeto solo do guitarrista Stuart Smith, porém, a partir de 2012, o guitarrista realmente resolveu tornar o H&E uma banda propriamente dita, com membros fixos e para cair na estrada.

Com um time altamente competente, formado pelo vocalista Joe Retta, que possui aquele feeling de grandes vocalistas como Paul Rodgers, Coverdale e Bob Catley; Chuck Wrigth, que Stuart cita como grande parceiro de composição, baixista que tocou com Alice Cooper, Slash, Ted Nugent, Greg Allman, Gene Simmons, só para citar alguns. Completam o time o baterista Richie Onori e o tecladista Arlan Schierbaum.

Disposto a evocar aquele espírito que os ícones do Classic Rock trouxeram para a música, o E&H se inspira em bandas como Deep Purple, Rainbow (aliás, Blackmore é o grande mentor de Stuart Smith, e isto pode-se perceber claramente no seu trabalho), Free e Bad Company, com uma roupagem atual, apresentando elementos de Blues, Hard, Progressivo, criando músicas fortes, memoráveis e inspiradas.


Com o apoio da gravadora Quarto Valley, cujo proprietário deu todas as condições para a banda produzir um material da melhor qualidade possível, sem pressão de tempo para terminar e dando as condições financeiras necessárias, algo até raro! Mas o cara sabia o que tinha nas mãos. A produção do álbum durou cerca de 14 meses, e o resultado é um trabalho cheio de destaques e com um nível muito alto, realmente, não tem música mediana neste disco.
Começando pela belíssima capa, onde aparece um tipo de escavação, com uma guitarra gigantesca sendo retirada do chão.


Quando rola a faixa de abertura, você já sente que o que a banda promete no site e o que podemos ler nos releases, ela entrega! "Victorious" já chega para ganhar o ouvinte. Épica e intensa, com melodias orientais (aliás, originalmente essa música foi batizada de 'Arabian') e grande trabalho de Arlan no Hammond, a faixa tem uma veia bem Rainbow, lembrando a clássica "Stargazer"; "No Money No Love", é mais direta, soando bem "Purple", quem sabe até pelos Hammonds bem presentes;

"I Dont' Know What Love Is", inspirada balada, com grande interpretação vocal, belas melodias e refrão pegajoso. Perceba aí, que são 3 faixas diferentes entre si, deixando o álbum muito dinâmico, mostrando essas inspirações e elementos que a banda cita, trazendo a alma dos icônicos ídolos setentistas, porém soando atual, com composições empolgantes e repletas de arranjos de bom gosto.

"Man & Machine", que traz Richie Sambora como convidado, onde ele utiliza o talk box (recurso que utilizou bastante no Bon Jovi, como em músicas como "It's My Life" e "Livin' on a Prayer"), é enérgica, me lembrando bastante o Whitesnake; "House of Blues", é um Blues pesado, destacando mais uma vez o hammond, bastante presente, até porque é um elemento imprescindível para a música que o H&E se propõe a fazer e se inspira. Destaque também aos vocais e os solos de guitarra e teclado, deixando a música ainda com mais cara de clássico.


Alto nível, sendo complicado não falar de todas as faixas, e vamos lá! "Back in Anger" é forte, novamente lembrando Rainbow, seguida pela mais que excelente  "Waiting For The End of the World", com belíssimas linhas do teclado, dando um ar épico/sinfônico, e nesta faixa Joe lembra bastante o grande Bob Catley;

"Sexual Insanity", com suas mudanças e surpresas; "Rock & Roll Does", que Stuart Smith conta no site da banda, que queria uma música no estilo da "Long Live Rock & Roll" (Rainbow), surgindo assim essa composição, que fala do Rock & Roll como salvação; "A Day Like Today", emocionante, numa levada de música clássica, lembrando o trabalho do mentor de Stuart Smith, R. Blackmore, no seu "Blackmore's Night"; "Good Times", vem numa veia bem Zeppelin, principalmente pelos vocais, violões acústicos e pela levada folk; Fechando, temos "Live As One", mais uma emocionante baladona, cheia de climas e lindas melodias, abrilhantadas por corais femininos, num estilo gospel. Discaço!!! Sem mais!

É muito bom ouvir um trabalho deste quilate, ainda mais com artistas fazendo música com essas influências, esse espírito dos clássicos. Grandes músicos, fazendo música de qualidade e com alma, chegando até a serem brilhantes em vários momentos, mostrando que tem que ter o talento e o feeling, que não basta fazer um som "vintage", vestir-se como na época, como muitas bandas que tem tentado produzir música inspirada nos clássicos, sendo até aclamadas por público e pela mídia, mas que fazem um som "industrializado" e frio.

Texto/edição: Carlos Garcia


Ficha Técnica
Banda: Heaven & Earth
Álbum: DIG
Ano: 2013
Pais: EUA
Tipo: Classic Rock
Selo: Quarto Valley Records



Tracklist
01.Victorious
02. No Money, No Love
03. I Don't Know What Love Is
04. Man & Machine
05. House of Blues
06. Back in Anger
07. Waiting for the End of The World
08. Sexual Insanity
09. Rock & Roll Does
10. A Day Like Today
11. Good Times
12. Live as One

Acesse os canais oficiais da banda:




quarta-feira, 19 de junho de 2013

Blood Tears: Split CD Disponibilizado Para Download




- O BLOOD TEARS, projeto Doom Metal formado por Earth (Seduced by Suicide), disponibilizou para download um split-CD com a banda Hermit Age. De acordo com o músico este lançamento em conjunto é apenas o primeiro a ser apresentado este ano.

Sobre a parceria, Earth comentou: "Apesar de fazermos músicas muito diferentes, o Diego e eu temos muito em comum. Isso inclui nosso trabalho (ambos temos um estúdio de gravação) e algumas fortes influências musicais como Type O Negative. “Gothic Dream” e “Sinnocence” foram lançados praticamente na mesma época e passamos por desafios e soluções similares na divulgação, e mesmo antes disso costumávamos nos ajudar mutuamente trocando informações sobre música e áudio no sentido de crescermos juntos. Tudo isso mesmo morando em cidades diferentes. Acredito que sequer nos vimos pessoalmente mais que três vezes. 


Nos últimos anos eu gravei várias músicas inéditas do Blood Tears e Seduced by Suicide apenas para mim e sabia que o Diego fazia o mesmo, pois ele já havia me passado algumas músicas. Assim, considerando nossa afinidade e o fato de eu realmente ser muito fã do Hermit Age, decidi convidá-lo para lançarmos estas músicas juntos e aos poucos, até porque nosso público também é muito similar."

O CD conta com as faixas "My Dearest Scar" (Blood Tears) e "Spread The Sin" (Hermit Age) e pode ser baixado em www.blood-tears.com
Acesse, baixe e compartilhe!



Edição: Carlos Garcia
Fonte: Metal Brasil


Links relacionados:

O multi-bandas Earth

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dark Tranquillity: Peso e Agressividade em Plena Harmonia


E os pioneiros do Melodic Death Metal chegam em 2013 com seu 13° álbum de estúdio, intitulado  "Construct", trazendo sua sonoridade característica, porém sempre evoluindo e surpreendendo o ouvinte de forma positiva.

É notável a evolução do Dark Tranquillity com o passar dos anos, sempre adicionando novos elementos em seu som, e "Construct" vem nessa linha de evolução, o álbum soa mais cadenciado, mas não menos inspirado e variado, passagens melódicas e grudentas, com seus teclados bem postado e com vociferações rasgadas que mesclam com vocal limpo, alem da cozinha técnica e correta.

A produção do disco mantem o padrão dos lançamentos anteriores, ficando a cargo do experiente Jens Bogren (Opeth, Katatonia, Soilwork, Daylight Dies, God Forbid, entre outros), que deixou a mesma cristalina e bem dosada, com todos instrumentos bem audíveis, além do peso adicional que tornou o álbum soturno, por suas partes mais arrastadas.


O álbum abre com "For Broken Words", onde podemos perceber todos os elementos que a banda coloca em seu som, além das quebra de tempo que variam entre o melódico e partes mais agressivas, com um andamento rápido, mas que dosa bem com a cadência.

"The Science of Noise" mantem o mesmo nível, com uma pegada fantástica, além dos riffs muito bem colocados; "Uniformity" (primeiro clipe do álbum - clique aqui), mostra o lado mais soturno da banda, apesar de pesada e agressiva, o lado mais "melancólico" predomina, um refrão grudento, além de passagens de vocal limpo que ficaram excelentes.


"What Only You Know" mostra o casamento perfeito de melodia e agressividade, sem contar as quebras de tempo e as variações vocais de Mikael Stanne roubam a cena literalmente.

Um álbum coeso, variado e melódico, mas sem esquecer a agressividade, se mantendo em evolução constante, é isso que podemos definir "Construct", um dos melhores álbuns de 2013.



Texto e edição: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Dark Tranquillity 
Álbum: Construct
Ano: 2013
Pais: Suécia
Tipo: Melodic Death Metal 

Formação
Mikael Stanne (Vocal)
Martin Henriksson (Baixo/Guitarra)
Niklas Sundin (Guitarra)
Anders Jivarp (Bateria)
Martin Brändström (Teclados)




Tracklist
01 For Broken Words
02 The Science of Noise
03 Uniformity
04 The Silence in Between
05 Apathetic
06 What Only You Know
07 Endtime Hearts
08 State of Trust
09 Weight of the End
10 None Becoming  


Acesse e conheça mais a banda

Assista ao vídeo clipe de "Uniformity"


domingo, 16 de junho de 2013

Hate Handles: Adiantando Novo Trabalho, Banda Disponibiliza Três Faixas


A banda gaúcha de Death/Thrash Metal HATE HANDLES disponibilizou três músicas do álbum "Die In Hands of Believers", que está sendo gravado no Estúdio Nitro, com produção da Hate Handles e Roger Fingle (Blood Tears, Seduced by Suicide).

Sobre o disco, o guitarrista Maicon Dorigatti comentou: "Musicalmente estas 3 músicas são uma amostra que trazem todos os pontos rítmicos e melódicos que abordamos. Ideologicamente apresentam nossos ideais que vão contra a repressão religiosa e política. O trabalho fala por si mesmo, mas enfatizamos que cada riff foi concebido com o intuito de passar uma energia, inquietação, ou transformação em cada ouvinte! Cada compasso foi longamente pensado e estruturado para soar com toda agressividade e musicalidade que a Hate Handles tem a oferecer e agregar ao cenário metal."



Para conferir as faixas "Keep The Disease", "Deceived" e "Bring You Back", acesse a página da HATE HANDLES no SoundCloud em http://soundcloud.com/hate-handles

Edição: Carlos Garcia
Fonte: Metal Brasil



Links relacionados:




sexta-feira, 14 de junho de 2013

Fueled By Thrash: Está Chegando a Hora!



Dia 16 de junho, neste próximo domingo, o Violator comemorará seus 11 anos de história com um evento que para muitos headbangers brasilienses promete ser o melhor do ano. Lançando o novo trabalho de estúdio, “Scenarios of Brutality”, ao seu lado estará a banda californiana Fueled By Fire (lançando também seu novo material, “Trapped In Perdition”) e as brasilienses Pesticide, Nocturned e Subterror (recém chegados da sua tour pela Europa).

O Road To Metal estará lá fazendo a cobertura completa desta verdadeira festa thrasher.

Para mais informações, acesse a página do evento no Facebook clicando aqui.

Texto: Nanda Luiza
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Cartaz: Divulgação

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Hatriot: Thrash Metal em Família


Steve "Zetro" Souza é uma lenda. Não teria como começar essas linhas sem mencionar isso, um dos maiores vocalistas de Thrash Metal da história, retorna à cena com sua mais nova banda Hatriot, que vem para mostrar que o velhinho continua em forma, fazendo as viúvas do Exodus federem.

Para sua nova empreitada Steve recrutou seus filhos Cody (baixo) e Nick Souza (bateria), além dos experientes guitarristas Kosta Varvatakis e Miguel Esparza, para apresentar um dos discos mais violentos de 2013, e é essa sensação que "Heroes of Origin" passa quando apertamos o play.

A produção do disco está impecável, Juan Urteaga fez um excelente trabalho, dando peso e agressividade na medida certa, além de deixar tudo cristalino e limpo. A parte gráfica é muito bem feita, um trabalho simples, porém completo, méritos do artista Mark DeVito.


A sonoridade em si é aquele Thrash Metal voraz e violento que estamos acostumados a ouvir na voz de "Zetro" e faixas como "Suicide Run", "Weapons of Class Destruction", "The Violent Times of My Dark Passenger" e "And Your Children to Be Damned" mostrarão a você uma ponta do iceberg, com riffs trabalhados e cortantes, cozinha técnica e violenta e linhas vocais mais do que insanas e cativantes de Steve, sem contar os refrões que são de cantar juntos com o punho erguido.


Thrash Metal feito por quem entende do assunto, fazendo a alegria geral dos thrashers, em um dos melhores e mais violentos discos de Thrash lançado em 2013. Altamente recomendado!


Texto: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica
Banda: Hatriot 
Álbum: Heroes of Origin
Ano: 2013
Pais: EUA 
Tipo: Thrash Metal


Formação: 
Steve "Zetro" Souza (Vocal)
Kosta Varvatakis (Guitarra)
Miguel Esparza (Guitarra)
Cody Souza (Baixo)
Nick Souza (Bateria)



Tracklist:
01 Suicide Run
02 Weapons of Class Destruction
03 Murder American Style
04 Blood Stained Wings
05 The Violent Times of My Dark Passenger
06 Globicidal
07 And Your Children to Be Damned
08 The Mechanics of Annihilation
09 Shadows of the Buried
10 Heroes of Origin


Acesse e conheça mais a banda:

terça-feira, 11 de junho de 2013

Entrevista: WildeStarr - Sinônimo de Metal Poderoso, Melódico e Moderno


A história do WildeStarr, podemos dizer que começou em 2003, quando Dave Starr, experiente baixista original do Vicious Rumors, gravava o baixo para o CD "In An Outrage", do Chastain, sendo que a engenheira de som era a vocalista e tecladista London Wilde, e durante esses trabalhos, os dois conversaram sobre a possibilidade de montarem uma banda, um desejo de Dave, que não sentia-se totalmente realizado como músico em sua passagem pelo VR.

Em 2005, livre do álcool, Dave começou a se dedicar seriamente à guitarra, tendo uma evolução rápida, e então começou a criar as primeiras músicas do WildeStarr, em seguida, com a ajuda de London, estava com 10 músicas prontas para um primeiro álbum.

Em 2007, a dupla lançou o single "Generation Next", e em 2009, o debut "Arrival". Recebendo uma boa receptividade e resenhas positivas, principalmente em terras japonesas. Em 2012, contando já com o baterista, vocalista e multi-instrumentista, Josh Foster,  lançam o segundo álbum, "A Tell Tale Heart", baseado na poesia de Edgar Allan Poe, recebendo ainda mais elogios e tendo uma distribuição maior e melhor, o que vem possibilitando a banda a abrir mais fronteiras com seu Metal repleto de riffs poderosos, grandes melodias e vocais soberbos.

Conversamos com Dave Starr, que nos falou um pouco mais sobre a banda, sobre como se tornou também um ótimo guitarrista, os tempos de Vicious Rumors e muito mais!
(Interview's English Version HERE)



RTM: Dave, para os leitores e fãs de metal, especialmente aqui no Brasil, os quais ainda não estão familiarizados com o WildeStarr ainda, você poderia fazer uma breve apresentação da banda, e falar sobre o que eles podem esperar em termos de sonoridade?

Dave Starr: Obrigado Carlos, é uma honra estar aqui com vocês! WildeStarr é  poder, melodia e agressividade ... em todas as combinações certas!! O Judas Priest clássico vem à mente, com um toque de modernidade.

RtM: Você disse que ao longo dos anos como baixista em Vicious Rumors, sentia que faltava alguma coisa, principalmente porque suas idéias não são muito alavancadas. Se você tivesse mais espaço para suas idéias, e também poderia contribuir como guitarrista em VR poderia se sentir realizado musicalmente, ou apenas com o WildeStarr você pode se sentir totalmente livre e realizado?

DS: Vicious Rumors foi uma grande banda, e eu estou muito orgulhoso de ter sido parte da minha carreira. Eu não tinha muitas de minhas idéias musicais aproveitadas, e isso era frustrante às vezes. Algumas das minhas ideias eram melhores do que as músicas que entravam nos álbuns, mas, era a maneira que as coisas eram. Marcos, Carl, e Geoff tornaram-se os compositores dominantes, e isso me colocou de lado. Na maior parte, eu acho que eles fizeram um ótimo trabalho. 


Obviamente, no WildeStarr ... Eu não tenho os problemas que tive com VR. Em nosso CD, eu toco todas as guitarras,o baixo e escrevo todas as músicas. É muito mais gratificante agora. WildeStarr é a melhor música, a melhor banda que eu já fiz parte!

RtM: E como foi a transição de baixo para a guitarra? Praticou muito, procurou fazer aulas?

DS: Eu nunca fui um guitarrista sério até 8 anos atrás, aos meus 44 anos, que é quando eu parei de beber e a minha vida mudou, e comecei a minha nova carreira como guitarrista! Não foi fácil no começo, mas eu trabalhei muito duro, e fiquei muito bom, muito rápido. Eu nunca tive quaisquer lições. Quando gravamos o CD "Arival", eu só tinha tocado guitarra por alguns anos. Eu choquei muita gente, pois soa como se eu tocasse há 20 anos.


RtM: E quais são as suas principais inspirações como guitarrista e compositor? London cita a "Santíssima Trindade", que são Halford, Geoff Tate e Dio (creio que a versão para "Neon Knights" de "A Tale Heart Tell ' foi idéia dela!). E qual é a sua santíssima trindade da guitarra?

DS: Na verdade, "Neon Knights" foi idéia minha, mas isso realmente não importa. Eu vim com a idéia, e London adorou. Nós nunca pensamos muito sobre isso, pareceu tão certo para nós, e eu acho que a música ficou ótima! 

Santíssima Trindade na guitarra?... essa é uma boa pergunta! Glen Tipton, KK Downing, e Gary Moore. Claro, existem muitos outros que me influenciaram ao longo dos anos como Ace Frehley, Michael Schenker, todos os caras do Thin Lizzy, etc...

RtM: E o processo de composição no WildeStarr? Conte-nos um pouco como  funciona.

DS: Em primeiro lugar, crio a música na guitarra. Normalmente, eu sento no sofá da sala e assisto TV (futebol ou filmes), enquanto eu toco guitarra. É assim que eu escrevo nossas músicas! Quando eu tiver uma boa ideia nas mãos, eu mostro para a London. Ela grava uma faixa básica de guitarra para que ela possa trabalhar nas letras e melodias. Eu não participo muito das letras, London faz quase tudo. 

Eu escrevi as letras e melodia para a parte do refrão em "Immortal" do novo CD,  assim funciona para mim. Eu escrevi algumas coisas para o "Arrival", mas eu diria que London faz cerca de 95% das letras e melodias. Uma vez que temos um formato básico da canção, mostramos ao Josh (Foster, que também é vocalista, baixista, guitarrista e engenheiro de som, formando um trio poderoso e talentoso com Dave e London) e ele vai trabalhar nas partes de bateria. A partir daí, começamos o processo de gravação. Normalmente, eu começo com as guitarras base e, em seguida, baixo, guitarras, etc


RtM: Basicamente London escreve as letras e melodias e você cria a música.

DS: Como eu disse anteriormente, London faz quase toda a parte lírica no WildeStarr. Ela faz um ótimo trabalho! Eu venho com algumas coisas aqui e ali, mas na maior parte ... eu fico com a guitarra e baixo e deixo as letras para ela.

RTM: Conte-nos sobre a criação e produção do debut "Arrival", onde você acabou gravando todas as guitarras e baixos, e também podemos dizer que foi o início de uma nova era para você, pois além de estar trabalhando em algo seu, também já estava livre de seus problemas com certas substâncias que prejudicavam sua saúde.

DS: Eu parei de beber em 2005, que é quando eu me dediquei a sério na guitarra. Eu fiquei muito bom ... muito rápido! Não era a minha intenção de tocar todas as guitarras e baixo, mas, essa é a maneira que aconteceu. Eu estou feliz que fiz dessa maneira, e quanto ao novo CD também. Eu tenho padrões muito altos, e não é fácil para mim encontrar outros músicos que tenham a mesma visão e foco que eu tenho. 

Eu testei outras pessoas, mas por uma razão ou outra, nunca funcionou. É um monte de trabalho para um cara fazer, tocar as partes de três músicos diferentes ... mas no longo prazo, tem funcionado melhor para mim e para a banda. Eu não preciso confiar em alguém que poderá me decepcionar. Eu tenho enorme de orgulho do que fazemos, e é muito bom fazer toda essa música incrível com apenas London, Josh e eu.


RtM: "Arrival" foi bem recebido, mas agora com "A Tale Heart Tell," o WildeStarr vem chamando mais atenção e conquistando mais fãs. O resultado até agora cumpriu as suas expectativas? O que você esperado futuro e quais projetos a curto prazo para a banda?

DS: Com o "Arrival", nós não tínhamos um contrato com uma gravadora, e nós fizemos a nossa própria distribuição, e tinha uma rede de pequenas empresas que distribuiam o CD em todo o mundo. Era um inferno de um monte de trabalho, mas também aprendi muito com essa experiência. Agora, com o novo CD .... Temos ofertas de gravação, distribuição, e as coisas são muito melhores. Claro que nada é perfeito, mas no geral as gravadoras têm feito um bom trabalho para nós com "A Tell Tale Heart". Agora, nós estamos escrevendo músicas para o próximo CD (o 3º).
  
RtM: E sobre a bela capa de "A  Tell Tale Heart", conte-nos sobre o conceito dela e quem o criou.

DS: London veio com a ideia. Ela combinou vários elementos de dor e beleza. Ela fez todo o nosso trabalho de arte para o CD, e também dirige nossos vídeos, faz as fotos da banda! Ela é uma senhora ocupada! E ainda encontra tempo para ser uma cantora incrível!


RtM: Em "A Tale Heart Tell", senti que as influências de Judas Priest e Queensrÿche estão mais evidentes, especialmente pela voz de London. No entanto, sobre as músicas do WildeStarr, eu diria que a força são riffs marcantes, músicas poderosas, assim como o clássico Judas Priest, e também os climas das músicas, que me lembram de álbuns clássicos do Queensryche. As melodias de teclado também, são bem colocadas, contribuindo com a melodia. Você acredita que, neste álbum você pode conseguir o que estava procurando em termos de identidade para WildeStarr?

DS: Eu acho que o novo CD foi um passo em frente para nós, apesar de que "Arrival" foi, e é, um grande CD. Em "A Tell Tale Heart", eu acho que amadurecemos como banda e como compositores. Judas Priest é definitivamente a maior influência sobre nós, e é a única banda que London e eu concordamos. Nós dois amamos PRIEST! Dito isto, eu não acho que nós realmente soamos como eles, mas você pode ouvir a influência com certeza.

RtM: Para shows ao vivo, quem mais vai estar no palco com você e London? E como está a agenda do WildeStarr, vocês estão recebendo muitos convites pra shows?


DS: Neste momento, não estamos em turnê ou tocando ao vivo. Gostaria de sair em tour, em algum momento, mas apenas se a situação for ideal para London e eu, e gostaria de voltar para o Japão e Europa, e lugares que eu nunca fui , como a América do Sul.


RTM: E Dave, e ao longo dos anos, juntamente com o Laaz Rockit e Vicious Rumors, Chastain e outros o que você pode nos dizer sobre essa experiência adquirida com essas bandas?

DS: Laaz Rockit, não era uma grande banda. Mas, que é onde eu tive meu começo de verdade, tocando grandes shows e fazendo um pouco de turismo, gravando, etc ...Fizemos um EP de 3 músicas, mas saiu realmente terrível. Eu estive na banda por 18 meses. 

Vicious Rumors foi um grande passo, eu estive na banda por quase 12 anos. Fizemos muitos ótimos CDs e tours, vídeos, etc... Foi uma jornada incrível a maior parte do tempo. Nós viajamos por todo o mundo várias vezes. A banda nunca chegou a ser tão grande como deveria, mas é assim que as coisas são.

Quanto ao Chastain, eu realmente estava na banda como músico contratado, tocando baixo no último CD que saiu em 2004. Foi um prazer trabalhar com David Chastain, ele é realmente um grande cara.


RtM: E o cenário metal brasileiro? Eu sei que você tem , inclusive planos de que Mario Pastore cante um dueto com London.

DS: Eu conheci Mario através do nosso selo japonês, Hydrant Music. Eu ouvi algumas de suas músicas, e realmente gostei muito. Entrei em contato com ele e nos tornamos grandes amigos ao longo do último ano. O plano é que Mario cante um dueto com London no próximo CD do WildeStarr. Ele também me pediu para que eu toque guitarra no próximo CD do PASTORE. Esta foi uma grande honra para mim! Agora, eu tenho trabalhado em algumas  ideias para o Mario ouvir. Eu acho que haverá coisas boas no futuro, tanto para WildeStarr como para o PASTORE!

RtM: Dave, obrigado pela sua atenção, deixo estas linhas finais para você enviar uma mensagem para os fãs!

DS: Obrigado a todos os nossos amigos no Brasil, nós amamos vocês! Espero que possamos em breve ir tocar para vocês!

Por: Carlos Garcia

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