quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Infestatio: Thrash Metal Agressivo Sem Soar "Retro"


Que estamos infestados de bandas "Retro-Thrash" já não é novidade, mas sempre é bom encontrar grupos que mesmo não apresentando coisas novas ou inovadoras, fogem desse lado "retro", e conseguem manter a agressividade e rispidez do bom e velho Thrash Metal.

Vindos da cidade de Jundiaí/SP, o Infestatio acaba de lançar seu primeiro EP, o furioso "F.Y.A.", que vem calcado na escola alemã e também com boas pitadas da escola brasileira do estilo. Riffs potentes e cortantes, cozinha bruta e pesada e vocais agressivos, dão o tom da brutalidade encontrada, sem contar aquela empolgação de ouvir o trabalho e quase perder a cabeça, pois o headbanging aqui é inevitável.


A produção do EP está crua, mas bem feita, tudo soa audível e bem postado, méritos do guitarrista/vocal Rafão, que produziu "F.Y.A." contando com a ajuda de Rogério S. na mixagem e do Wink Estúdio na masterização. A arte do trabalho é simples, mas eficiente, feita pelo Zombie Tatoo, que soube aliar a arte com o som do grupo.

O EP abre com "Shadowless", que vem mais cadenciada e vai crescendo ao seu desenrolar, com destaque aos riffs que ecoa das guitarras; já em "F.Y.A." temos uma faceta mais brutal e enérgica, fazendo seu pescoço sair do lugar; "The Shark" mostra uma grande variação rítmica, com boas mudanças e com vocalizações insanas.

Uma boa estreia, que agradará em muitos os fãs do estilo.

Texto: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Infestatio
EP: F.Y.A.
Ano: 2013
País: Brasil
Estilo: Thrash Metal
Assessoria: Metal Media


Formação: 
Rafael "Rafão" Neves (Guitarra/Vocal)
Reginaldo "Regi" Iobbi (Guitarra)
Diego "Negão" Necromancer (Baixo)
André "Fanta" (Bateria)



Tracklist:
01 Shadowless
02 F.Y.A.
03 The Shark
04 War is the Answer
05 Bleed the Lies

Acesse e conheça mais a banda:

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Clássicos: Battleaxe - A Banda Que Não Teve Sorte!


Não é difícil encontrar boas bandas e bons álbuns quando se fala em New Wave of British Heavy Metal, mas essa é com certeza uma das mais importantes bandas do gênero, seu nome é Battleaxe, formada no inicio dos anos 80 sob o nome de Warrior, mas foi na cidade de Newcastle que logo mudaram seu nome para o atual.

Após alguns shows pela cidade, gravaram uma demo nomeada "Burn This Town", chamando muita a atenção da Roadrunner Records, cujo resultado foi um dos maiores e mais espetaculares álbuns de Heavy Metal da história. "Burn This Town" foi lançado em 1983, com riffs pegajosos, baterias desconcertantes e vocais marcantes, isso fazia o Battleaxe despontar como a maior banda oitentista de todos os tempos, destaque para os clássicos "Burn This Town", "Ready To Deliver", "Dirty Rocker" e "Running Out Of Time".

O sucesso não pararia por aí, em 1984 é lançado um dos maiores petardos da história da NWOBHM, o excelente "Power From The Universe", um álbum perfeito, tudo em sintonia e se encaixando perfeitamente, sem nenhuma parte negativa. "Power From The Universe" acompanharia a melhor música deles até hoje, "Chopper Attack".


As coisas só podiam melhorar, e em 1984 foram a banda de apoio do Saxon para o show no Hammersmith Odeon e em todo Reino Unido na turnê do álbum "Crusaders", também tocaram ao lado de Twisted Sister e Anvil em uma Turnê nos EUA. Alguns grandes empresários de uma gravadora chamada Atlantic Records se interessaram no trabalho do Battleaxe, e após o show no Hammersmith eles queriam que a banda se apresentasse para eles, então uma bomba cai em meio a essa que seria a maior grupo de Heavy Metal britânico: o guitarrista Steve Hardy, por motivos desconhecidos, saiu do Battleaxe e perdeu aquela que seria o topo mais alto conquistado até o momento. O Battleaxe se desestabilizou e só voltou a ter uma formação com o espírito da antiga dois anos depois.

Brian e Dave, ainda da formação original, estabilizaram as coisas entre 1985 e 1987, quando o guitarrista Mick Percy e o baterista Paul AT Kinson se juntaram a eles, ainda conseguiram gravar uma compilação chamada "Welcome To The Metal Zone - Chopper Attack". Já no fim dos anos 80 e inicio dos anos 90 a banda fez muitos shows locais, e até gravaram algumas músicas novas, mas com a infestação Grunge o clima do Rock local tinha mudado, e as coisas ficaram difíceis para o Battleaxe no Reino Unido. 

O guitarrista Mick seguiu a cena do Rock local, o baterista Paul se juntou aos integrantes da banda de Folk Skyclad, Dave e Brian tinham seu próprios projetos pessoais que duraria para os próximos 10 anos. Então, em 2007, Dave e Paul se juntaram e começaram a discutir aquilo que seria o futuro do Battleaxe, fazendo assim com que ela voltasse à ativa, por incrível que pareça, Paul e Brian estavam trabalhando em relançamentos de sucessos do fim dos anos 80.

Passado meses árduo de trabalho, Dave e Paul conseguiram convencer os ex-integrantes Brian e Mick a voltarem a gravar, então a banda se reuniu para registrar o vídeo de "Chopper Attack" do álbum "Power From The Universe", lançado em 1983. A resposta desse vídeo não pudera ser outra, público do mundo inteiro começou a entrar em contato, e o Battleaxe voltava ao underground novamente, começando do zero.


Então em dezembro de 2007 o Battleaxe pensa em fazer um vídeo com uma canção intitulada de "The Self Destruction Machine", que novamente da errado devido as condições financeiras, a ideia então foi tentar a gravação de um novo álbum que seria intitulado de "Heavy Metal Sanctuary", mas antes da gravação o grupo foi convidado a tocar no festival Headbangers Open Air na Alemanha, que incontestavelmente foi um dos seus melhores shows, encorajando-os a gravarem o novo disco.

Em 2011 deram inicio as gravações de "Heavy Metal Sanctuary", e depois de muitos desentendimentos e atraso de um ano a banda entrou no estúdio para finalizar e mixar. O tempo começaria a apertar e o dinheiro diminuir novamente, mas o álbum seria finalizado no final de 2012 com ajuda do produtor Fred.

Então "Heavy Metal Sanctuary" é lançado, e como de costume um ótimo álbum novamente, sem deixar as veias oitentistas que ficam na cabeça facilmente, e certamente a música de mais respaldo foi a própria que intitulou o álbum, mas a banda continuaria no underground mesmo com um bom lançamento. O Battleaxe não despontaria no sucesso novamente.

Em 2013 as coisas melhorariam, um bate-papo entre Dave King e uma grande gravadora, a SPV Steamhammer Records, fez com que em julho de 2013 Dave assinasse um contrato de distribuição de dois álbuns, o "Heavy Metal Sanctuary" e um quarto disco que está marcado para 2014.




Battleaxe: Tempos de Glória

Apesar de pouco conhecida, o Battleaxe é uma das bandas mais importantes da história do New Wave of British Heavy Metal, por começar no fim dos anos 70 e início dos anos 80, além de abrirem espaço para outras bandas despontassem na cena local.
          
O álbum que já começa destruidor, com riffs marcantes e solos desconcertantes, consolida o Battleaxe como uma das principais bandas da NWOBHM, com a sonoridade crua de "Burn This Town" mostram o melhor do gênero lançado em 1980, esse álbum está entre os 10 melhores do Heavy Metal britânico.

A sua primeira faixa, "Ready to Deliver", mostra tudo que este clássico tem a oferecer, música impecável onde tudo se encaixou perfeitamente;  já "Her Mama Told Her" mostra a cara da NWOBHM.

Essa mereceria um texto só para ela, a terceira faixa e um dos melhores singles do grupo, "Burn This Town" é um petardo, uma composição que foge de todos os padrões questionáveis, um dos maiores clássicos até hoje do Heavy Metal mundial, ousaria dizer que é um dos hinos da New Wave Of British Heavy Metal, linha vocal única, com linhas de baixo extremamente audíveis e solos que lembram muito aqueles anos 70 maravilhosos, que foram levados para a década seguinte.


O Rock’n Roll anos 70 não é esquecida na faixa "Dirty Rocker", uma aula de bom e velho Heavy Metal, que na sequência traz uma ótima demonstração de Heavy Metal tradicional com a faixa "Overdrive", tudo muito bem executado. 

As veias do Hard Rock são muito bem demonstradas logo em seguida, com a "Running of Out Time" lembrando muito os clássicos de Kiss e AC/DC; e quando todos pensam que a energia acabou depois de tantos infartos, o Battleaxe volta com todo seu Speed com a música que intitula o nome da banda "Battleaxe", a condução da bateria parece que nunca vai acabar, alem com riffs poderosíssimos, sendo considerada por muitos um clássico do Speed Metal.

"Star Maker" faz você parar para ouvir e ver de onde muitas bandas famosas de Heavy Metal do anos 80 tiraram suas inspirações, as guitarras têm um lance atmosférico, o baixo não para um segundo, vocais sem muita frescura e puxando um resquício mesmo que pouco do Punk.


"Thor – Thunder Angel": seu nome já diz tudo "Thor – O Anjo do Trovão", sua letra seria algo épico, com um tema forte, esta faixa traz toda a personalidade da banda, e seu conhecimento mitológico; e pra fechar com chave de ouro "Hands Off", a minha preferida, Heavy Metal de extrema categoria, com um final surpreendente.

Nossa! Finalmente chegando "nos finalmente", uma banda pouco conhecida, mas que com certeza foi um dos maiores pilares para que novos grupos dessa "onda" pudessem chegar e desempenhar seu papel.


Revisão/edição: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Battleaxe
Cidade: United Kingdom
Álbum: Burn This Town
Ano: 1983
Gênero: New Wave Of British Heavy Metal
Gravadora: Roadrunner Records

Formação:
Dave King (Vocal)
Steve Hardy (Guitarra)
Bri Smith (Baixo)
Ian Thompson (Bateria)



Tracklist:
01 Ready To Deliver
02 Her Mama Told Her
03 Burn This Town
04 Dirty Rocker
05 Overdrive
06 Running Out Of Time
07 Battleaxe
08 Star Maker
09 Thor-Thunder Angel
10 Hands Off

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Clip Oficial "Chopper Attack"



"Heavy Metal Sanctuary":


"Burn This Town" (Ao vivo no Headbangers Open Air)



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Immolation: Fiéis à Brutalidade



Este começo de década está sendo no mínimo massacrante para os deathbangers, afinal de contas a maioria dos grandes nomes em atividade do gênero lançaram álbuns consistentes, vide Cannibal Corpse, Deicide, Dying Fetus, Suffocation, e agora mais recentemente o Immolation ataca com seu nono trabalho e prepare-se, pois seu pescoço vai quebrar.

Mesmo sendo uma banda que nunca atingiu o, digamos, maisntream, esses americanos vieram sempre calcando seu nome na escola do mais Brutal Death Metal e indo na mesma linha do Cattle Decapitation na temática de letras mais engajadas e sem abrir mão da brutalidade.



O que mais me assombrou (positivamente, é claro) é o entrosamento de toda a banda, os duelos de guitarra entre Robert Vigna e Bill Taylor são no mínimo empolgantes, além da cozinha pesadíssima e os urros de Ross Dolan, o cara tá simplesmente possuído, só pode.

Curiosamente o álbum abre com a música que dá nome ao trabalho, uma verdadeira pancadaria que já prepara o ouvinte para o que está por vir: blast beats na cara, guitarras no talo e Death Metal, sim, simples assim e muito bom.


Nessa mesma linha, tome a trinca “Border To Order", "Keep The Silence" e "God Complex", para quem não é fã do estilo vai acabar desistindo do CD rapidinho, mas quem tem orgulho e adoração pelo Metal da morte estará bangueando fácil.

Porém, é na segunda parte do CD que o Immolation mostra o porque esse álbum será um marco na sua carreira, pois os caras tiveram a manha de colocar um pouco de cadência no som, mas sem perder nada de sua brutalidade habitual (vide o Krisiun no “Great Execution”). Ouça a perfeição de sons como "Indocrinate" e "The Great Sleep", além da obra prima “All That Awaits Us" que encerra o trabalho como começou, com sangue nos olhos.

Mais um trabalho de uma banda que não abre mão do estilo que pratica, o nosso tão adorado Death Metal. Não indicado para ouvidos sensíveis.

Texto: Harley
Revisão: San Carlitos
Fotos: Divulgação



Ficha técnica
Banda:  Immolation
Álbum: Kingdom Of Conspiracy
Ano: 2013
Pais: EUA
Estilo: Death Metal



Formação:
Ross Dolan (Vocal/Baixo)
Robert Vigna (Guitarra)
Bill Taylor (Guitarra)
Steve Shalaty (Bateria)

Track list:
1. Kingdom Of Conspiracy
2. Bound To Order
3. Keep The Silence
4. God Complex
5. Echoes Of Despair
6. Indoctrinate
7. The Great Sleep
8. A Spectacle of Lies
9. Serving Divinity
10. All That Awaits Us

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Forkill: Respirando o Thrash Bay Area


Algo que não podemos negar é que os Thrashers do Forkill entregam o que prometem, ou seja, Thrash fortemente inspirado na cena dos anos 80 e mais precisamente a histórica Bay Area. 

Com um arsenal de riffs talhados para estraçalhar pescoços, o grupo, oriundo do Rio de Janeiro, desde sua formação em 2010 vem rapidamente abrindo seu espaço, e já tem em mãos este excelente debut, que começou a ser produzido ano passado. O trabalho foi produzido por Robertinho de Recife, e também mixado e masterizado no RR Studio, de propriedade do lendário guitarrista, resultando numa sonoridade excelente, uma produção de nível internacional. Os instrumentos e os vocais soam claros e a produção soube capturar a pegada da banda.

Seguindo o alto nível, o trabalho gráfico, criado por Marcos Ava, primeiro batera da banda, em conjunto com o guitarrista Ronnie, também é muito bem feito, em papel especial, formato digipack, fotos profissionais e encarte, também em papel especial, bem completo, com as letras e que desdobrando-o, temos o desenho da capa em tamanho de um LP, bem oitentista, e resgata aquela coisa legal que os lançamentos daquela época, em vinil, proporcionavam, que era poder observar a capa com todos os detalhes.


Pra deixar tudo ainda com mais clima oitentista, a última faixa é um trecho da "Metal Mania", música título do disco homônimo de Robertinho de Recife, quando este se enveredou mais a fundo no Hard e Metal, trazendo ainda participação de Roosevelt Bala , André Chamon (Stress) e Marcelo Ezequiel.

Até agora não falei das músicas, mas, como você deve ter percebido pelo que citei da ligação do trabalho com o Thrash Bay Area e a cena dos anos 80, e que falei que os caras entregam o que prometem, pode se preparar para riffs e mais riffs, vocais agressivos e pegada animal. Nas faixas (são 10, contando a "Metal Mania" mais as 3 "intros") o Forkill despeja suas influências, e "Breathing Hate", que surge, após a intro "Frequency of Fear", já começa com um riff que diz tudo, e alternando partes rápidas e mais cadenciadas, impossível não associar aos primeiros grandes álbuns do Exodus e Metallica, por exemplo. "Vendetta" mantém o nível alto, também com as quebradeiras características, trocas de andamento e riffs marcantes.

O destaque vai para o álbum todo, uma bela e poderosa estreia, com tudo feito certo, realmente a banda acerta o alvo! É muito bom ver bandas novas na cena apostando e acreditando em seu potencial, mostrando que, além do talento, é preciso investimento e trabalho sério para galgar seu espaço. Welcome to the pit!!!!

Texto/Edição: Carlos Garcia
Revisão: The Roadie
Fotos: Divulgação



Ficha Técnica:
Banda: Forkill
Álbum: Breathing Hate
Ano: 2013
País: Brasil
Estilo: Thrash Metal
Selo: Independente
Produção: Robertinho de Recife

Formação:
Joe F. Neto (Vocal e Guitarra)
Ronnie Giehl (Guitarras)
Gus NS (Baixo)
Marc Costa (Bateria)


Track List:
1. Frequency of Fear
2. Breathing Hate
3. Vendetta
4. Call to the War
5. War Dance
6. No Rules
7. The Joker
8. Brainwashed
9. Radio

10. Metal Mania (Cover – Robertinho de Recife – Participação de Roosevelt “Bala”, do Stress)

domingo, 27 de outubro de 2013

Resenha de Shows: Na Mira do Rock Confirma o Sucesso Esperado

Festival trouxe, dentre as atrações, a Motorocker (Curitiba/PR)

A mais nova edição do Na Mira do Rock Festival, ocorrida dia 19/10 em Frederico Westphalen/RS, marcou 9 anos ininterruptos deste tradicional festival do interior do Rio Grande do Sul.

Luiz Carlos (Fuga), há 9 anos lutando pela música pesada em Frederico Westphalen/RS
Capitaneado pelo Fuga, contando com uma equipe de colaboradores, a Ecco Eventos recebeu uma série de ótimos shows, abrangendo desde o Rock & Roll clássico ao Metal Sinfônico.

Foram 5 bandas (seriam seis, mas a Encéfalo cancelou de última hora por motivos internos da banda), diante de um público aquém do esperado, o que foi o único ponto decepcionante, já que ali se apresentariam ótimas bandas do underground, a noite foi brilhante para as bandas e o público presente.

Áudio Etílico, banda local campeã da Seletiva que garantiu vaga para o 9º Na Mira do Rock

Por volta das 21:30 sobe ao palco a banda local Áudio etílico, vencedora da Seletiva sempre realizada antes do festival para a escolha de uma representante regional. O grupo apostou em vários covers (Rollings Stones, Cream, The Black Crowes, The Doors, dentre outros), sofrendo um pouco pela ausência de boa parte do público que ainda se dirigia ao evento. Mesmo assim, percebeu-se a segurança na proposta de um Rock Clássico, abrindo espaço para divulgar seu primeiro álbum, em composições próprias como “Tenho Usado”, “Por Favor, Seu Moço” e “Fogo no Colchão”, sempre competentes e buscando interação com os presentes, onde muitos parecem acompanhar a banda há tempos.

O organizador e apresentador Fuga (batizado Luiz Carlos), participa, em todos os intervalos para trocas de bandas, subindo ao palco, interagindo com o público e fazendo a galera sentir-se cada vez mais emc asa, além de sortear vários prêmios, incluindo CDs que este redator levou em nome do Road to Metal.

Save Our Souls (POA/RS) trouxe a única representante feminina, a vocalista/tecladista Melisa Ironn

Com um público maior, chegava a vez da Save Our Souls, de Porto Alegre/RS, apresentar-se pela primeira vez na cidade, levando seu Prog Metal Sinfônico para o palco, onde, além de divulgarem o EP “Find the Way”, também apresentaram composições do vindouro debut completo, “Soul Domination”.

Andrêss Fontanela (SOS)
A expectativa era grande de alguns presentes, já que a proposta da banda com vocais femininos da talentosa Melisa Ironn (que também é responsável pelos teclados), seu histórico de abertura de grandes nomes do Metal mundial, como Nightwish e Kamelot, levaram o público a concentrar-se à frente do palco para desfrutar do som da banda que é completada por Jackson Harvelle (baixo), Andrêss Fontanella (bateria) e Marlon Lago (guitarra).

Jackson (SOS)
É notável a evolução do grupo a cada apresentação. Tive a oportunidade de assisti-los anos atrás e fiquei muito feliz em perceber que o grupo melhorou bastante, seja na confiança, seja na postura de palco, que agora está mais enérgica, dentro, é claro, do que o estilo musical permite.

O grupo optou por não executar covers, atitude louvável que, mesmo com muitas pessoas não conhecendo seu som, conseguiu que todos gritassem, sobretudo nas partes mais pesadas e rápidas. A impecável execução de músicas como "All The Lost Souls”, “Find The Way”, além das novas “Soul Domination”, “The Sound of Heart” (linda canção) e "The Judgement Day”, fecharam a aprsentação da Save Our Souls, que saiu satisfeita com o público e estrutura.

Aliás, não dá para deixar de mencionar a escolha da Ecco Eventos, um local limpo e bem organizado, além do atendimento de primeira e, o principal, ótima estrutura de som e luzes, à altura da tradição do festival.

Bravery Branded (Torres/POA) foi a responsável por levantar a bandeira do Heavy Metal tradicional

Schlengmann (Bravery Branded)
Após a saída da SOS, outra esperada e inédita atração foi a responsável por levar o Heavy Metal tradicional para o Na Mira. Falo da Bravery Branded, grupo que possui integrantes de Torres, Porto Alegre e Santa Catarina, que viajaram mais de 700 KMs para se apresentar, como o grupo fez questão de dizer no palco.

Munari (Bravery Branded)

Não querendo ser injusto com as bandas que já haviam tocado, mas é inevitável que, àquela altura (e com muita cerveja na cabeça, hehe), o quinteto levou o público à loucura, executando ao longo do set muitas faixas próprias, puro Heavy Metal oitentista, mas também os clássicos “Eletric Eye” (Judas priest), “Aces High” (Iron Maiden)  e “Ace of Spade” (Motörhead). Mas, diferentemente do que acontece com muitas bandas, que colcoam no set clássicos por receio da aceitação das músicas próprias, a Bravery Branded manteve o mesmo padrão de qualidade, energia e entusiasmo durante todas as músicas e o público respondeu à altura, da primeira à última faixa. Vale destacar o figurino dos músicos, muito Metal, fazendo jus ao som que tocam (e muito bem, volto a afirmar).

Cartel da Cevada retorna com seu Blues/Rock/Heavy e repete o sucesso

Mais um pequeno intervalo, Fuga distribuindo mais brindes, e tudo pronto para a Cartel da Cevada, de Porto Alegre/RS, voltar a apresentar-se na cidade, já que na edição de 2011 o grupo debutou no Na Mira e retornou neste ano à pedidos do público, que caiu nas graças da banda que executou músicas variadas da sua carreira, incluindo o novo single “Lembranças de Melancia” (muitas doses, haha), além de canções esperadas pelo público, como “O Diabo é da Fronteira” e “A Puta Mais Feia”, com regular participação do Diabo pilchado, personagem de Santto Nerva e que é um show a parte, inclusive quando “despeja” com funil cerveja na boca da galera da frente do palco.

O Diabo é da fronteira!

A festa foi imensa, com o Rock & Roll da banda energizando o público que, àquela altura, fazia coro às músicas da galera da capital.

Motorocker faz show histórico e público volta para casa cheio de hematomas!

Com o término do show da Cartel da Cevada, o público se preparava para a principal atração da noite, os curitibanos do Motorocker, que prometiam um show recheado de clássicos da banda e do Rock e o que vimos foi exatamente isso, com o grupo capitaneada pelo vocalista Marcelus entrar detonando, de cara, “Igreja Universal do Reino do Rock”, maior clássico desta que é, certamente, uma das melhores bandas de Rock & Roll nacional.


Com o público enlouquecido, a banda, numa presença de palco espetacular, realmente divertindo-se com o show, emendou várias músicas de seus únicos dois lançamentos, os álbuns “Igreja Universal do Reino do Rock” (2006) e “Rock na Veia” (2010), com canções como “Acelera e Freia” (um dos grandes hits do grupo), “Vamo Vamo”, “Brasil”, “Zanon”, assim como as clássicas “Blues do Satanás” (com direito a participação do Diabo pilchado, do Cartel), “Salve a Malária” e “Tocando o Horror”, além de momentos mais grooveados, como em “Bem Estar” (quando várias garotas do público subiram ao palco dançar a música) e “Homem Livre”, outro single do álbum de 2010. Além disso, a banda também divulgava seu novo single, “Estação das Almas”.

Luciano Pico levantou a galera com sua postura de palco e grandes riffs

Obviamente, com um set de cerca de duas horas, houve espaço para a festa seguir solta com interpretações fiéis de clássicos do AC/DC (afinal, a banda é reconhecida pelos australianos como principal tributo brasileiro), com o guitarrista Luciano Pico encarnando, literalmente, Angus Young, para delírio dos presentes. Além do óbvio, a banda também executou “Balls to the Walls”, do Accept, que casou perfeitamente com a proposta do festival, que é levar ao público o melhor do Rock ao Metal.

Vocalista Marcelus, show a parte em interação com o público. Atrás, Indio Véio.

Após o show, a banda ainda ficou disponível para fotos e o que restou foram ótimas memórias do evento, hematomas e pescoços doloridos, mas a satisfação estampada no rosto de todos e a certeza de que, sim, o Na Mira do Rock é o melhor festival do interior do Rio Grande do Sul e assim sempre será. Azar de quem perdeu.

Stay on the Road

Texto/edição/fotos: Eduardo Cadore

CONFIRA MAIS FOTOS NO PERFIL OFICIAL ROAD TO METAL AQUI!

Agradecimentos: Primeiramente, ao Fuga, pela parceria de sempre, aos seus colegas de equipe (muito legais), aos amigos da cidade e região (Paty Cordeiro, Thaís Piovesan, Eduarda , Carlos, Winck, etc...) pela parceria, seja durante os shows, ou no domingo (curar ressaca) na belíssima Frederico Westphalen! Valeu!

"Senta aí, seu Satã, pega uma ceva e conte o que você faz"

sábado, 26 de outubro de 2013

Carcass: Cirurgicamente Perfeito!

Lendária banda inglesa retorna após 17 anos sem material inédito

No longínquo ano de 1996, para ser mais preciso, no dia 10 de junho daquele ano, se encerrava as atividades de uma das maiores bandas de Death Metal de todos os tempos, pioneira do Grindcore/Splatter, marcada na história com o álbum “Swansong” (1996).

Nova formação mantém a usual qualidade
Ah! como fazia falta o Carcass! Os longos 17 anos sem um gravação oficial fazia o maior fã perder as esperanças em ainda um dia poder ver Jeff Walker (baixo/vocal) e Bill Steer (guitarra) compondo qualquer tipo de barulho, e indo mais além, o que iria vir depois de todo esse tempo. Cabe aqui uma pergunta: será que vale a pena esperar todo esse tempo por um disco novo? Nesse caso, acredito que sim, porque temos em "Surgical Steel" (2013) uma obra-prima no mesmo nível de “Heartwork” (1993), época ainda que contava com o talento de Michael Amott (Arch Enemy), talvez a maior influência pela evolução da banda.

Estamos aqui frente a um dos melhores discos de Metal extremo em anos, e não é exagero em relatar isso. A qualidade e maturidade atingida pela banda é de espantar qualquer cinquentão nesse meio. A bolacha começa com “1985”, uma introdução de pouco mais de 1 minuto, que só aumenta o suspense para que a pancadaria comece logo, ali com o ouvido preso ao som. Enfim, chega “Thrasher’s Abattoir”. E que música, meu camarada! Que porrada, que guitarra e que solo! Falta argumentos para descrever tamanha qualidade, assim como será do início ao fim. Pegada Death Metal nunca deixada de lado pela banda, com pitadas do bom e velho Thrash Metal. Triste não chegar nem sequer aos 2 minutos, porque deveriam ser mais que o dobro.
Em seguida, “Cadaver Pouch Conveyor System”. Simplesmente cativante. Aqui a banda apresenta seu peso mesclado com a melodia marcante de antigamente, podendo, eu diria, se encaixar perfeitamente em álbuns dos anos 90. A faixa ainda conta com a honra da participação de Ken Owen, primeiro baterista do grupo.

“A Congealed Clot  of Blood” e “The Master Butcher’s Apron” já seguem uma linha mais melódica, segurando o freio, o que nos remete muito ao “Heartwork”. “Noncompliance to ASTM F899-12 Standard” já começa com o pé no acelerador, despejando blast beat. Furiosa, sendo uma das mais compridas do álbum, conta com um solo inspirado de senhor Steer. A bateria de Daniel Wilding é certeira, acerta precisamente cada virada e segurada no ritmo, unindo-se perfeitamente com o baixo preciso de Walker. Uma das melhores!

“The Granulating Dark Satanic Mills” retoma o ritma mais cadenciado, possuindo um bom solo e uma levada muito interessante. É hora de dar uma respirada, porque depois dessa não tem descanso. É aí que vem “Unfit for Human Consumption”, com um riff de abertura fenomenal, daqueles que ficam horas zumbindo no ouvido. Vocal empolgante de Jeff, o que faz parecer que esse álbum saiu em menos de um ano depois do “Heartwork”, e a bateria novamente mostrando porque veio. Assim, mantendo o ritmo no mesmo nível, “316 L Grade Surgical Steel”, o que acontece em todo o álbum, homogêneo em qualidade.

Banda voltou ao Brasil em abril deste ano

“Captive Bolt Pistol” é a mais conhecida do pacote, vista que já havia sido apresentada em single antes do lançamento do álbum. Não há muito o que falar aqui, pois foi a que abriu o apetite para os fãs da banda. E é chegada a vez da grandiosa e marcante “Mount of Execution”. Desde a primeira vez que ouvi o álbum por completo, já ficou no topo da lista. Sua introdução acústica dá um clima que há tempos não se ouvia. E que clima se cria aqui, digno de clássicos, digno de Carcass! Junte os álbuns “Necroticism: Descanting the Insalubrious” (1991), “Heartwork”, “Swansong” e mais o que se viu até aqui no “Surgical Steel”, e você terá uma das músicas mais completas de toda a carreira do Carcass. Alternando em momentos cadenciados e outros porradeiros, temos a música mais longa do álbum e em nenhum momento cansativa ou enjoativa. Clássico absoluto, sem exageros.

Cabe aqui lembrar a grande competência por traz da mixagem da banda do sempre renomado Andy Sneap e toda sua experiência, e de Ben Ash na guitarra. E, claro, a simples e brilhante capa, que não foge em nada do habitual.

"Surgical Steel" só tem recebido elogios e é um dos principais lançamentos de 2013

Ouça sem parar, várias vezes ao dia e na semana. Indispensável para qualquer fã da trupe de Steer e Walker, e para você que não conhece a banda, é uma ótima pedida, porém não deixe de ouvir a discografia inteira dessa honrosa banda, que infelizmente nos presenteia apenas com seu sexto álbum de estúdio. Nada abaixo de uma nota 10, entre os meus TOP3 do ano. Aprecie sem moderação!

Texto: André Sauer
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Carcass
Álbum: Surgical Steel
Ano: 2013
País: Inglaterra
Tipo: Death Metal/Grindcore Splatter

Formação: 
Jeff Walker (Baixo/Vocal)
Bill Steer (Guitarra/Vocal)
Daniel Wilding (Bateria)
Ben Ash (Guitarra) (participa ao vivo)


Tracklist:
1. 1985 (Instrumental)
2. Thrasher s Abbatoir
3. Cadaver Pouch Conveyor System
4. A Congealed Clot of Blood
5. The Master Butcher s Apron
6. Noncompliance to ASTM F 899-12 Standard
7. The Granulating Dark Satanic Mills
8. Unfit for Human Consumption
9. 316 L Grade Surgical Steel
10. Captive Bolt Pistol
11. Mount of Execution

Acesse e conheça a banda

Ouça "Captive Bolt Pistol"

Confira o teaser oficial do álbum

Vision Divine: Em 2012, Obra-Prima é Lançada!

"Destination Set to Nowhere" marcando a carreira da banda desde 2012

Embora lançado ano passado, não poderíamos deixar de registrar e indicar aos nossos amigos leitores o belíssimo trabalho dos italianos do Vision Divine que, com “Destination Set to Nowhere”, voltaram ao patamar de um dos principais nomes do Power/Symphonic Metal, sobretudo com o retorno mais que concretizado de Fabio Lione (Rhapsody of Fire, Hollow Haze), que já gravara o álbum antecessor de extrema qualidade.

O líder Olaf Thorsen
A verdade é que o grupo foi capaz de, ao longo das suas 11 faixas do primeiro CD (o segundo traz uma compilação e uma bela versão para “Gutter Ballet”, do Savatage), criar uma verdadeira obra-prima, não apenas para os headbangers que querem velocidade e riffs, mas até para quem pouco habituado está em ouvir Heavy Metal.

Isso tudo porque o grupo trouxe grandes melodias, letras cativantes, refrões que facilmente chamam atenção, além do trabalho sempre primoroso do guitarrista e líder Olaf Thorsen, que é um dos melhores compositores deste gênero de Metal europeu.

A qualidade é tanta, que minha vontade é citar todas as faixas, mas não quero ser chato com você, amigo leitor, então, destaco como minhas favoritas as belíssimas “The Ark” (perfeita melodia), “Beyond the Sun and Far Away” (show espetacular de Lione), “Message to Home” (de emocionar!) e a música de trabalho (confira vídeo clipe abaixo), “Mermaids From their Moons”, que mostra todo o poderio que se encontra no álbum.

Turnê do álbum alcançou a América Latina. Na foto, Lione detonando em Buenos Aires (2013)

A banda, como um todo, está impecável, nada menos do que tal nome merece. Infelizmente, Vision Divine ainda não passa de uma banda mediana em termos de público, apesar da imensa qualidade que, a cada disco, parece superar. Definitivamente, um dos discos que mais ouço e que mais gosto dentre milhares que já ouvi. Quem conhece, sabe do que estou falando. Quem não ouviu ainda, aproveita a oportunidade e corre atrás desta pérola!

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação e Ernesto Salvador Pisano (Lione ao vivo)

Ficha Técnica:
Banda: Vision Divine
Álbum: Destination Set to Nowhere
Ano: 2012
País: Itália
Tipo: Power/Symphonic Metal
Distribuição: Hellion (Nacional)


Formação:
Fabio Lione (Vocal)
Olaf Thorsen (Guitarra) 
Federico Puleri (Guitarra)
Alessio Lucatti (Teclados)
Andrea Torricini (Baixo)
Alessandro Bissa (Bateria)



Tracklist
1. S i Fosse Foco
2. The Dream Maker
3. Beyond the Sun and Far Away
4. The Ark 
5. Mermaids from Their Moons
6. The Lighthouse
7. Message to Home
8. The House of the Angels
9. The Sin Is You
10. Here We Die
11. Destination Set to Nowhere

Acesse e conheça mais sobre a banda:

Assista ao vídeo clipe oficial “Mermaids From Their Moons”


Veja a banda executando “Message to Home” ao vivo no Peru

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Insanecide: Groove e Peso Contra a Insanidade do Dia a Dia!


Oriunda de Volta Redonda-RJ, mais uma jovem promessa, o trio Insanecide, vem batalhando seu espaço com muita seriedade e competência, apresentando um trabalho que vem despertando a atenção. Peso e groove, sem descuidar da melodia, são as palavras de ordem. Com elementos do Thrash mais contemporâneo e traços do grande Pantera, o Insanecide mostra potencial para logo conseguir seu lugar na concorrida e difícil cena atual.

Recentemente, a banda disponibilizou na web seu primeiro EP, "Counter", com quatro músicas, e na semana passada também lançou o clip para a faixa "The Rift". O EP foi produzido e gravado pela Pandario, assim como o o vídeo.

Confira abaixo, no final da matéria, os links para ouvir o EP e também conferir o vídeo, mas antes, saiba um pouco mais do Insanecide na conversa que tivemos com o guitarrista e vocalista Olliver Moura:

RtM: "Insanecide" é um nome bem interessante e forte. Nos fale qual o significado!
Olliver: Sobre a filosofia do nome: A "Insanecida" extermina a insanidade, onde insanidade representa a força motriz de toda a estupidez que temos que lidar dia após dia, como burocracia, governo, rotina e qualquer coisa que limita a nós mesmos de sermos verdadeiramente produtivos.

RtM: Semana passada vocês lançara o vídeo para a faixa "The Rift", que faz parte do EP " Counter". Fale um pouco sobre ela.
Olliver: 'The Rift' é uma faixa forte suficiente para ser a introdução de 'Counter' e dinâmica o suficiente para ser o primeiro webclip da Insanecide. Para os interessados, "The Rift" pode ser traduzido como "a fenda", e fala sobre rivalidade em meios familiares, como a eterna competitividade entre dois irmãos.
"Though we aren't foe, though we know, deep below we've been since (then) lashing out in anger"


RtM: Assim como muitas bandas vê fazendo, vocês disponibilizaram o EP na web. Onde o pessoal que quer conhecer o som da banda, pode ouvi-lo?
Olliver: No insanecide.bandcamp.com tem as músicas e o link pra download do EP, e no arquivo do mesmo vem um booklet em pdf com as letras.

RtM: Já de cara pude sentir influências de Pantera no som de vocês.
Olliver: Sobre influências foi na mosca, Pantera é a principal, e também algumas bandas de stoner rock como Red Fang e Puddle of Mudd, a ideia é manter o som pesado e "groovado" e nunca abrir mão de trabalhar bastante as melodias vocais.

RtM: A faixa "Step Aside" também recebeu um lyric vídeo e recebeu bons elogios!
Olliver: "Step Aside" é a música identidade da Insanecide, pois sua letra reflete o que nós acreditamos como banda.

Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos:Divulgação




Ouça AQUI o EP
Ou AQUI

Assista aqui o webclip para "The Rift"

O Insanecide é:
Olliver Moura - Vocals & Guitar
Lucas Dias - Vocals & Bass
Danny Moura - Drums

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Motörhead: Lemmy Está Mais Vivo do que Nunca!

21º álbum de estúdio não decepciona

Foi meio que difícil definir em palavras este mais novo registro inédito do Motörhead, "Aftershock" (2013), pelo fato da discografia rica que a banda possui e por ser o meu primeiro review de banda internacional aqui no Road To Metal, dá uma sensação de que está com um ‘nó’ na cabeça em saber por onde começar (risos). Mas em se tratando de uma grande banda que é o Motörhead, sempre vale o sacrifício do escritor em poder passar alguns singelos comentários deste lançamento, que não pode ser deixado de mãos vazias para os aqui presentes.

Da esq. p/dir.: Phil Campbell, Lemmy Kilmister e Mikkey Dee

Um dos lançamentos de mais destaque neste mês de outubro, Lemmy Kilmister (vocal/baixo), Phil Campbell (guitarra) e Mikkey Dee (bateria) preenchem mais uma sequência de paulada com bastante dose de Rock N' Roll sem deixar a peteca cair, mantendo praticamente a essência dos álbuns anteriores ("Kiss Of Death" - 2006, "Motorizer" - 2008 e "The World Is Yours" - 2011), que foram de rasgar os elogios.

Depois de um susto com o cancelamento da turnê e da suposta aposentadoria do Lemmy, neste 22º disco da carreira, Lemmy e sua trupe sintetiza bem a fase áurea que a banda teve nos anos 70 e anos 80, que com certeza devem ter pegado discos como "Overkill" (1979), "Ace Of Spades" (1980), "Iron Fist" (1982), "Another Perfect Day" (1983), "Orgasmatron" (1986) e "Rock N' Roll" (1987), com a sonoridade bem atual e típica da banda. 

Todas as músicas soam perfeitas e não há uma que possa falar que é ruim, mas cito "Heartbreaker", "Coup De Grace" e "End Of Time" (pauladas); "Do You Believe" (rockão direto), "Crying Shame", "Queen Of The Damned" (a que mais representa de tudo que eu disse no parágrafo acima) e "Dust And Glass" (a balada do disco). A "Going To Mexico" é a minha preferida, agora só resta tirar a conclusão se a nossa é melhor que a dos mexicanos? [N.E.: um dos clássicos da banda se chama “Going to Brazil”].

Mais um possível candidato do meu Top 10 do ano! Um trabalho que mostra que Lemmy está mais vivo do que nunca! 

Going To Lemmy!

Revisão/edição: Eduardo Cardore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Motörhead
Álbum: Aftershock
Ano: 2013
País: Inglaterra
Tipo: Heavy Metal
Gravadora: Motörhead Music – Importado

Formação:
Lemmy Kilmister (vocal/baixo)
Phil Campbell (guitarra) 
Mikkey Dee (bateria) 


Tracklist:
1. Heartbreaker 
2. Coup de Grace 
3. Lost Woman Blues 
4. End of Time
5. Do You Believe 
6. Death Machine 
7. Dust and Glass 
8. Going to Mexico
9. Silence When You Speak To Me 
10. Crying Shame 
11. Queen of the Damned 
12. Knife 
13. Keep Your Powder Dry 
14. Paralyzed 

Assista ao vídeo clipe oficial de "Heartbreaker"


Acesse e saiba mais sobre a banda