quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dark Tower: Álbum à Altura de Gigantes do Metal Extremo

Com um álbum caprichado da arte às composições, grupo carioca se destaca no cenário pesado nacional

Quem me conhece sabe que não sou grande adepto de Metal extremo, mas também sabem que dou o braço a torcer quando a proposta é feita com seriedade e, acima de tudo, a qualidade que qualquer ouvido merece receber.

Fiquei bastante satisfeito com “...Of Chaos and Ascension” (2013) da banda do Rio de Janeiro Dark Tower. O trabalho liderado por Flávio Gonçalves (vocais) e Rodolfo Ferreira (bateria e vocais limpos) denota ótimo bom gosto em composições de extremo peso, mas com melodias bem colocadas, numa produção do próprio grupo e que não fica devendo a nenhum grande lançamento.

É um pouco limitante rotular o grupo como Black Metal Sinfônico, mas talvez sirva para dar uma ideia. Mas não espere aquele Black pomposo e que abandona o peso quando quer soar mais melódico. Neste disco, ao longo das suas 11 faixas, exaltado são o peso e as ótimas letras.

E quando falo que não há espaço para melodias pomposas, quero dizer que desde o Headbanger mais exigente em termos de peso e até aquele mais voltado ao Metal mais melódico, provavelmente irá gostar de faixas como “Dawn of Darkned Time”, “Murder of Anne”, “Vengeful Warrior” (que traz elementos que aproximam a música ao Folk Metal, sendo um dos destaques do disco) e “Rise the Dark Tower”, que não deixa sobrar pescoços.

A competência em “...Of Chaos and Ascension” também são méritos dos convidados  Romulo e Murilo Pirozzi, guitarras e baixo, respectivamente e na parte gráfica, a exemplo da sonoridade, o grupo caprichou numa versão digipak de luxo (que saiu pela Eternal Hatred Records), com encarte completo (fotos e letras), que fazem valer cada centavo do investimento, e uma capa (via Obsidian Design) que te faz querer colocar rodar o disco logo. Muito legal ver que é uma constante a preocupação dos novos grupos em ofertar um material de qualidade para quem compra.

Dark Tower vai à vertente de ótimos lançamentos brazucas, reforçando aquela máxima já batida (mas que ainda não é aceita por muitos): nós temos um dos melhores arsenais pesados do mundo!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Dark Tower
Álbum: ...Of Chaos and Ascension
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Black Metal
Selo: Eternal Hatred Records


Formação e Convidados
Flávio Gonçalves (Vocal)
Rodolfo Ferreira (Bateria e Vocal Limpo)
Rômulo Pirozzi (Guitarra)
Murilo Pirozzi (Baixo)


Tracklist:
01 - Prediction
02 - Dawn of Darkened Times
03 - The Mightiest Being
04 - Into the Void
05 - Retaliation
06 - Murder of Anne
07 - Lord ov the Vastlands
08 - Vengeful Warrior
09 - Human Like Fire
10 - Rise of the Dark Tower
11 - Of Chaos and Ascension

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terça-feira, 29 de abril de 2014

Lacuna Coil: Vídeo Clipe Divulga Hit do Álbum “Broken Crown Halo”

Na divulgação do novo álbum, banda italiana lança vídeo clipe inédito

Um dos grandes nomes que vêm a mente quando pensamos no Metal feito na Itália é Lacuna Coil, afinal, os caras desde o fim dos anos 90 levantaram a bandeira daquele país mundo afora com seu Gothic/Modern Metal.

Banda mudou de formação em janeiro
Com os sinais da idade já aparecendo na muito bela (e ainda mais talentosa) Cristina Scabbia, o sexteto lançou hoje um novo vídeo clipe, retirado do seu mais recente disco, “Broken Crown Halo”, chamado “I Forgive (But I Won't Forget Your Name)”. O novo álbum foi lançado pela gigante Century Media no fim de março, inicio de abril, e trata-se do 7º trabalho dos italianos.

Depois de dois meses da divulgação da faixa de abertura do álbum, "Nothing Stands in Our Way", que saiu em formato de lyric video, e depois de "Die & Rise" também sair nesse formato, estava na hora de um vídeo clipe oficial do novo álbum.

Assista clicando aqui!

No clipe (cuja música já havia saído como single), a banda aparece tocando e, claro, Scabbia interpreta a protagonista num ambiente bastante interessante, casando bem com a temática da canção e a proposta do grupo, numa das melhores faixas do disco, sendo evidente que o grupo mantém as características de trazer um som com alguns elementos do Metal Industrial, mas com forte pegada Gothic. 

Andrea Ferro (vocal) mostra uma evolução natural, mas dificilmente passará a agradar quem não gosta muito do vocalista, mas particularmente neste álbum, incluindo aqui no vídeo clipe, ele mostra seu valor.

A banda está em turnê pelos EUA, onde o álbum alcançou a 27º posição na Billboard 200

Confira o vídeo clipe abaixo e aguarde nossa matéria sobre o álbum. Para não perder nenhuma novidade, curta nossa fanpage (clique aqui) no Facebook e siga no Twitter @roadtometal.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Foto: Divulgação

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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Judas Priest: Música Inédita e Capa do Novo Álbum "Redeemer of Souls"

Com nova formação e sob o fantasma da aposentadoria, banda divulga faixa inédita

Após 6 anos desde o lançamento do último álbum de estúdio (“Nostradamus”), a lendária banda inglesa Judas Priest divulgou hoje o áudio da faixa-título do vindouro álbum, denominada “Redeemer of Souls”.

O novo álbum, que marcará a estreia de Richie Faulkner em estúdio (e o primeiro de toda a carreira da banda sem K.K Downing), será lançado em 14 e 15 de julho, no Reino Unido e Estados Unidos, respectivamente.

Começando com riffs característicos de Glenn Tipton e sua nova dupla, a bateria de Scott Travis começando com uma virada que já é sua assinatura (semrpe com Ian Hill no baixo à tira colo), dão inicio a essa grande faixa que tem colocado, desde a manhã do dia de hoje (28), muitos headbangers a voar cabelo (aqueles que têm, claro).

17º álbum de estúdio de uma das carreiras mais sólidas do Metal de todos os tempos

Já de começo fica evidente bastante semelhança com a atual fase (ótima, diga-se de passagem) da carreira solo de Rob Halford, até porque seu vocal vai nesse sentido, especialmente no refrão, que sendo de fácil assimilação, tem tudo para marcar a canção como uma das fortes candidatas a hit do disco que conterá 18 (?!) faixas. 

Agora, chega de papo, curta aí a inédita canção do Judas Priest. Mas damos um conselho: limpe o quarto, pois você não vai ficar parado!



Fique ligado aqui para mais novidades sobre a banda. Curta nossa fanpage no Facebook (aqui) e fique por dentro das News do mundo Metal!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Acesse no site oficial aqui

domingo, 27 de abril de 2014

Resenha de Shows: Noturnall – Gravação do DVD em Alto Estilo (São Paulo/SP, 29/03/14)

Em show beneficente, a nova super banda Noturnall gravou DVD 

Foi uma noite bem sucedida para o Noturnall no Carioca Club (São Paulo/SP). Casa cheia de headbangers que aderiram à causa beneficente, doando alimentos para a Casa Hope, entidade que apóia crianças com câncer. Thiago Bianchi (vocal) dizia estar feliz de realizar este evento, comentando para o público que recentemente travou uma batalha contra o câncer, e que prometeu para si mesmo que se saísse dessa faria um evento para ajudar esta causa nobre. 

E após uma breve apresentação de boas vindas à gravação do DVD com direito a agradecimentos a seus patrocinadores, começou a massa sonora, com “No Turn At All” (uma das músicas de trabalho do álbum de estreia lançado em 2013) seguida da porrada “Saint Trigger”, com a bateria de Aquiles Priester destruidora como sempre, acrescentando toques de brasilidade e progressivos em suas batidas, e riffs pesados de Leo Mancini. Thiago está explorando cada vez mais sua voz fenomenal (seus vocais rasgados me impressionaram muito).

Público presente e participativo na grande noite

Na sequência veio “Inferno Veil”, uma música que não está no álbum de estréia por ser composição do Shaman, mas que empolgou a galera. Vale mencionar a cozinha fodidamente eficiente com Fernando Quesada, no baixo, que estava visivelmente feliz com a reação da galera, agitando sem parar. Também vale destacar o momento mosh pit com a galera se separando pros cantos e depois vindo sob o comando de Thiago Bianchi.

E continua a porrada na orelha com “Zombies”, “Master of Deception” e “Hate”, todas do álbum “Noturnall”. Junior Carelli chama atenção por sua configuração um tanto curiosa, utilizando um pequeno teclado suspenso por correntes além de seus outros teclados.

Provavelmente a maior estrela a banda, o baterista Aquiles Priester merece destaque

Na seqüência segue Aquiles Priester mandando ver com seu Octopus solo. Logo após, é executada a bela balada “Last Wish” com um convidado surpresa, o jovem e talentoso  violoncelista Luiz Fernando Venturelli de apenas 13 anos. Luiz segue tocando no primeiro cover da noite, “Symphony Of Destruction” (Megadeth) empolgando a galera. 

O vocalista Tiago Bianchi amplia o alcance da sua voz em passagens pesadas da nova banda

Em seguida há uma pequena pausa, e na sequência vem o solo de Leo Mancini, seguida de uma encenação com dois homens usando máscaras do grupo Anonimous, cada um segurando a bandeira do Brasil exaltando as manifestações brasileiras contra o aumento das passagens de transportes coletivos entre outras que ocorreram no ano passado, mostrando vídeos das manifestações, e após com a bandeira do Brasil no fundo, Leo começou a tocar o hino brasileiro, momento patriótico em que todos bangers cantaram o hino em voz alta e até o fim.

Em seguida, seguiram “Fake Healers” e a calma “Sugar Pill”, e então chegou a hora da empolgante participação de Russel Allen (Symphony X, Adrenaline Mob) em três músicas: “Nocturnal Human Side” (que havia sido divulgada como novo single do Shaman, mas acabou se tornando o primeiro clipe da nova banda), o magnífico cover “Stand Up And Shout” do Dio, e pra fechar o show a clássica “War Pigs” do Black Sabbath.

Texto e Fotos: Juliana Novo
Assessoria: Som do Darma
Todos os direitos reservados à Road to Metal (texto e fotos desta publicação).

Agradecimentos: a equipe Road to Metal agradece à nossa amiga e colaboradora Juliana Novo pelo empenho na cobertura do evento, à equipe Som do Darma (Eliton Tomasi e Susi) pelo convite e total suporte para comparecermos nesse evento. 

Set list
1. No Turn At All
2. St. Trigger
3. Inferno Veil (Shaman)
4. Zombies
5. Master of Deception
6. Hate
7. Solo bateria Aquiles
8. Last Wish
9. Symphony of Destruction (Megadeth)
10. Hino nacional brasileiro
11. Fake Healers
12. Sugar Pill
13. Nocturnall Human Side
14. Stand Up and Shout (Dio)
15. War Pigs (Black Sabbath)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Resenha de Show: Hypocrisy - Poderia Ter Sido Melhor


23/04/2014 o dia que Porto Alegre/RS recebia pela primeira vez uma das lendas do Death Metal mundial, a lenda Hypocrisy desembarcava para deleite dos fãs da música extrema.

Dando continuidade a “End of Disclosure South American tour 2014”, a capital gaúcha só recebeu este grande evento devido o cancelamento de um dos shows da turnê, mais precisamente em Belo Horizonte, que fez com que a produtora local pegasse a data, e bravamente organizasse o show em tão pouco tempo.

O local escolhido para o evento foi o estranho Bull Pub na zona norte da capital. O local em si é agradável, porém não tem estrutura para receber um evento de tal porte, sem contar a questão acessibilidade, que realmente não tinha.


Com um bom público presente, era hora de o Hypocrisy entrar em cena e um pouco após as 21h a intro ecoa nos PA’s e lentamente a banda vai subindo ao palco, levando os presentes a loucura, e “End of Disclosure” abre os portais do inferno, porém era notável a má qualidade do áudio, o que incomodou e muito o líder Peter Tägtgren.

Logo ao final da primeira música, Peter reclama bastante do som, se demonstrando extremamente irritado. Seguindo a destruição alheia “Valley Of The Damned” e “Fractured Millennium” deixam os bangers extasiados, com todos acompanhando aos plenos pulmões.

Vale ressaltar a presença monstruosa de Peter e sua precisão técnica ao tocar e cantar, e sempre interagindo com os presentes, mostrando muita simpatia.


“The Eye” e “Buried” entram em cena e mostram o porquê do Hypocrisy ser uma das melhores bandas de Death Metal do mundo, mostrando técnica, precisão e feeling, sem contar que o material novo se entrelaça perfeitamente com os clássicos.

O que posso dizer que foi decepcionante, foi a pouca empolgação de Horgh na bateria, para os que conhecem seu trabalho e já viram vídeos ao vivo do mesmo com o Immortal e Hypocrisy, sabem que ele é muito mais do que vimos, sendo visível seu desanimo.

Ao meio aos problemas no som (no qual continuou ruim até o final, com Peter reclamando em muitos momentos), “Elastic Inverted Visions” vem para quebrar pescoços em geral, e dando a tona final do show “The Final Chapter”, “Roswell 47” e “Eraser”, transformando a casa em um caldeirão, tamanha interação e alegria dos bangers.


Porém o que parecia um “final fake” não era, e o show se encerrou ali, gerando certo descontentamento de muitos fãs, pois muitos clássicos ficaram de fora.

Certamente um bom show, mas com os pesares do som que prejudicou em partes a apresentação.

Texto/edição/fotos: Renato Sanson

Setlist: 
01 End of Disclosure
02 Valley Of The Damned
03 Fractured Millennium
04 Killing Art
05 The Eye
06 Buried
07 Fire in the Sky
08 Elastic Inverted Visions
09 44 Double Zero
10 The Final Chapter
11Roswell 47
12 Eraser

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Uriah Heep: Muita Energia, Novos Lançamentos e Shows no Brasil


Os veteranos do Uriah Heep, liderados pelo lendário guitarrista e fundador Mick Box, já estão com o novo álbum pronto, com data marcada para lançamento no dia 09 de junho, novamente pelo selo italiano Frontiers. "Outsider" é o vigésimo quarto álbum da banda e foi produzido por Mike Paxman (Asia, Status Quo), que também já produziu outros trabalhos recentes do Heep.

No press release, Mick Box disse que tem muito orgulho do passado da banda, mas que precisam continuar produzindo material relevante, e que "Outsider" é um verdadeiro álbum do Heep, que mostra que eles continuam com a mesma paixão e energia pela música.


O álbum também marca a estreia do baixista Davey Rimmer, que foi efetivado após o falecimento de Trevor Bolder no ano passado. Mick lembra que o próprio Trevor aprovou Rimmer para o posto, pois todos tinham fé na recuperação do baixista, que no final, infelizmente, perdeu a batalha para o câncer e nada mais natural que Dave Rimmer continuasse com eles.

Além de Trevor, o Heep também sofreu a baixa do baterista Lee Kerslake, que aposentou-se por problemas de saúde, sendo substituído por Russel Gilbrook, em 2007, alterando uma formação que foi a mais estável do grupo (Mick Box, Bernie Shaw, Lee Kerslake, Phil Lanzon e Trevor Bolder), durando desde a metade dos anos 80, até, exatamente a aposentadoria de Kerslake.

O Heep, ainda com Kerslake e Bolder 
A banda inglesa, formada em 1969, primeiramente sob o nome de "Spice", já está em tour, e passará pelo América do Sul, tendo datas já confirmadas no Brasil, destacando também a confirmação para apresentar-se no Sweden Rock, em junho.

Além do novo álbum, o Uriah Heep gravou em março show no Koko, em Londres, que será lançado e DVD.

Novo DVD a caminho
Ficamos no aguardo agora do lançamento do álbum, que, claro, teremos resenha aqui no Road, dos shows aqui no Brasil e de conferir algumas das novas músicas, e claro, clássicos como "The Wizard", "July Morning", "Easy Livin'" e "Lady in Black".

Confira abaixo o set list de "Outsider".

Speed Of Sound
One Minute
The Law
The Outsider
Rock The Foundation
Is Anybody Gonna Help Me?
Looking At You
Can't Take That Away
Jesse
Kiss The Rainbow
Say Goodbye



Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação






terça-feira, 22 de abril de 2014

1º “EN” Carna Rock Metal Fest: Festival Nasce Promissor No Interior do Rio Grande do Sul


No dia 07 de março de 2014 foi dado, quem sabe, um dos pontapés mais importantes na história do Metal no Rio Grande do Sul, a criação de um festival de verão aqui no estado. Voltado para um lado totalmente underground, boa estrutura e organização, o festival foi tomado por pessoas amantes do estilo, bandas de excelente qualidade, mostrando novamente que bandas não precisam ser necessariamente renomadas para serem ótimas.
Conferimos os 3 dias do festival, e abaixo você confere um resumo de tudo que rolou.


Primeiro Dia:
 Na sexta-feira, bandas da região tomaram conta dos palcos, mostrando que o peso e a brutalidade não tem fronteiras. O festival começou com a banda de Black Metal "Australes Tenebris", um Black Metal ríspido que nos levou a uma viagem pela Noruega nos tempos antigos, detalhe na idade dos músicos da banda: um "guri" de 15, um de 17 e um de 20 anos e mesmo assim fazendo um som profissional.


 A segunda banda a subir no palco foi a banda de Stoner Metal “Mamute Mutante”, bem desenvolta, mas infelizmente prejudicada por falhas no equipamento do guitarrista,  mesmo assim não deixaram se abater e fizeram um som incrível.

 Em seguida subiu aos palcos a banda Erechinense de Death Metal “Morthur”, banda sensacional, com temáticas fortíssimas e músicos excelentes, riffs fortes e um vocal poderoso, um forte “up” para o festival.

Em seguida subiu ao palco a banda de Groove Thrash Metal "Forgotten Fire", banda nova mas com um grande futuro, um baterista que é muito bom, vocal ensurdecedor, uma grande banda..


O Black Metal volta em altíssima categoria com a lendária banda “Abate Macabro”, de Bento Gonçalves, uma mistura incrível de riffs demolidores e uma bateria que mais parece uma metralhadora tocada por Aécio Valenti. Fechando a sexta-feira sobe ao palco a banda “Rupttura”, uma excelente banda com um vocal feminino muito promissor, duas linhas de guitarras pesadíssimas e influências do Metal Brasileiro.

Segundo Dia:
 O sábado já começa com a mais alta categoria, sobe ao palco a “Southern Warfront”, uma banda de War Black Metal, e tenho que falar, que crescente que teve essa banda, e aqui fala uma pessoa que conhece toda a trajetória dessa banda, a banda realmente se encaixou e ouso afirmar inclusive que estão fazendo um som de nível europeu.

 Depois disso é só demolição, com a banda de Canoas “Horror Chamber”. O negócio pegou fogo! Que Death Metal de altíssima categoria, guitarras bem encaixadas um baixo destruidor, vocais fortíssimos. Peso e brutalidade resume essa banda.


 O Splatter toma conta do festival, na sua “tourne” do CD “Pathologic Porn Gore Splatter”, a banda dispensa comentários, sendo do mesmo baterista da banda “Abate Macabro” não preciso nem falar, foi “sangue e pus” jorrando pra todo lugar. Em sequência sobe ao palco a lendária banda de Goregrind “Necrocéfalo”,  sim aquela mesmo do inicio dos anos 90, quando eu vi isso ao vivo fiquei pasmo, há anos não via um Goregrind tão bem tocado, com muita influência do “Punk”. A banda fez um som incrivel, e mostrou o porque merece muito respeito ao longo desses anos.


 O festival deixa de lado o Splatter e dá lugar ao Speed/Heavy Metal, “Battalion” sobe ao palco e faz uma apresentação impecável, com casa cheia foi impossível não se empolgar com o som desses caras, aqui quem vos escreve é um real fã há anos dessa banda, foi um show interplanetário!! Destaque para o momento em que eles tocaram “Evitando el Ablande” do Grupo Hermetica da Argentina, só uma palavra descreve o que foi aquilo, ANIMAL!


 O Groove Thrash Metal volta e com uma pegada muito poderosa, “Southern Hellbound” nos traz o que há de melhor no estilo, com uma linha muito levada para o Pantera, desta vez a pegada foi diferente, sem o vocalista, que não pode comparecer, a banda fez um “power trio” pesado como é o estilo e poderoso como é a banda. O sábado é finalizado com a banda de Death Metal de Itajaí “Assassination”, sabe aquele Death Metal que todo mundo gosta, aquele desempenhado no fim dos anos 80 e inicio dos anos 90? Pois é, é exatamente esse som que a banda passa, ainda apesar de ser nova não erro algum e um baterista que já tinha visto tocar em “outros carnavais” toca muito, mas a banda inteira está de parabéns uma banda de muito futuro.



Terceiro Dia
 O domingão começa mais “light”, o festival dá espaço para bandas de Rock n’ Roll e da cidade, a primeira banda a subir no palco é a banda “Mexe comigo e deu”, banda desempenhando um som responsa, muitos ‘Raimundos” das antigas, ótima banda. Depois o festival dá lugar a banda “Cavaleiros Rock”, mesclando Rock e Heavy Metal a banda toca desde The Doors até Ozzy Osbourne, ainda peca um pouco no vocal que ao mesmo tempo é um ótimo tecladista, mas são coisas que se ajeitam com o tempo.


 “Tozzo e Banda” chega e quebra tudo no palco, como sempre, considerado uma “lenda” em Erechim, quatro músicas bastaram para fazer explodir o sangue dos Roqueiros presentes. “Melissa Rocker” chegou representando Getúlio Vargas, uma garota com uma voz muito interessante, músicos competentes, não deixou a desejar em nada.


 “Thailed Sheer” me chamou a atenção por apostar muito em musicas próprias, nas quais eu adoro e realmente paro pra ver e ouvir, bem desempenhada apesar do baterista ter sofrido um acidente de moto na noite anterior. Pra fechar o evento com chave de ouro, sobe ao palco a banda de Southern Rock “The MaverickZ”,  ótima banda, ótimo baterista, guitarristas de excelente categoria, fechou o 1º “EN” Carna Rock Metal Fest de uma forma “monstra” e sábia. 


O saldo foi positivo, deu espaço para muita gente que batalha no Underground e precisa levar seu som para mais pessoas, e festivais como esse, são mais que bem-vindos pelo público e bandas do interior do estado, carentes de eventos e de espaço, mas temos que lembrar que, tanto bandas, organizadores e eventos necessitam do apoio maciço dos Bangers e fãs de Rock, para que as iniciativas não morram e possam crescer. O" En Carna", já nasce promissor e com jeito de que pode fazer história.

Por: Patrick Rafael
Revisão/textos adicionais: Carlos Garcia
Fotos: Organização do Festival 

Veja mais fotos aqui








Climatic Terra: Crescendo Absurdamente em Novo Álbum

Grupo argentino se tornando uma das novas potências do Metal do país
Se muitas bandas abandonaram os vocais masculinos em troca de vocalistas mulheres (na maioria das vezes sexy), especialmente com vocais guturais, há nomes, como o Climatic Terra, que optaram pelo inverso.

E a evidente evolução não é mérito apenas do novo vocalista James Wright, mas de todo o quinteto argentino que lançou “Entity” (2013), sucessor do aclamado álbum underground “Earth Pollution” (2011), que rendeu passagem da banda pelo Brasil (este redator teve oportunidade de assistir a antiga formação ao vivo).

Novo vocalista James Wright estreia em alto estilo

No álbum de estreia, a banda trazia uma claríssima influência (beirando quase o plágio) do Arch Enemy, o que não acontece tanto no novo trabalho, apesar de aqui e acolá surgirem nítidas influências, que agradarão aos fãs da banda sueca, como as faixas “Traffic” e “My Sanity”.

Temática envolve a destruição do ecossistema
A proposta do grupo flerta com o Thrash Metal, trazendo vários elementos do Death Metal e momentos de melodia, formando um som forte, rápido, pesado e cheio de ótimos momentos. Grandes são os méritos da dupla de guitarristas Ezequiel Catalano e Federico Rodriguez, que em seus riffs me lembram mestres do Death Metal melódico como Niklas Sundin (Dark Tranquility), Michael Amott (Arch Enemy) e Jesper Strömblad (ex-In Flames).

Com peso de sobra tirado do baixo de Leonardo Baéz e da bateria insana de Hernan Martiarena, você certamente se impressionará com a violência de músicas como “We Are Not Dead”, “Na Unforgiving God” e “To Be Heard”, que usufruem da ótima produção geral do álbum, feita pela própria banda, que também acerta nas letras, saindo do clichê e retratando a degradação ambiental e o “way of life” do mundo atual.

“Entity” é um largo passo se comparado ao seu antecessor e, justiça sendo feita, será um importante arsenal metálico que a Climatic Terra tem para levar seu nome para o mundo. No Brasil já conquistou grandes fãs. Cabe a você ouvir a banda e juntar-se a eles.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação e Claroescuro
Assessoria: Metal Media

Ficha Técnica
Banda: Climatic Terra
Álbum: Entity
Ano: 2013 
País: Argentina
Tipo: Death/Thrash Metal
Selo: Independente

Formação
James Wright (Vocal)
Ezequiel Catalano (Guitarra)
Federico Rodriguez (Guitarra)
Leonardo Báez (Baixo)
Hernan Martiarena (Bateria)

Tracklist
01 - Indignation
02 - An Unforgiving God
03 - Traffic 
04 - To Be Heard
05 - What Could Have Been
06 - My Sanity  
07 - The Socialist
08 - Blood Walkway
09 - We Are Not Dead
10 - No Forgiveness
11 - End of Darkness

Assista ao vídeo clipe oficial de “The Socialist”

Ouça a faixa "Indignation"

Acesse e conheça mais sobre a banda
Youtube

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Gamma Ray: Os Reis do Power Metal!


Como diz o ditado popular: “É como vinho: quanto mais velho, melhor fica”. E isso se encaixa perfeitamente aos alemães do Gamma Ray, que lançaram neste ano o excelente “Empire of the Undead” (2014). Álbum este que marca a estréia do baterista Michael Ehré (já que Daniel Zimmermann anunciou sua saída em 2012 após quinze anos de banda), e que mostra um Gamma Ray mais do que revitalizado, soando como sempre foi abrasivo, melódico e imponente.

É inegável que os alemães têm uma das discografias mais solidas da história do Heavy Metal, porém desde “Majesty” (2005) a banda vinha se distanciando de suas características, lançando álbuns mais agressivos e pesados, não que isso seja ruim, pois o peso sempre foi presente nas composições, mas algo fazia falta, seja nas melodias grudentas ou nos andamentos mais alegres.

Sucessor de "To the Metal" (2012) agradará novos e antigos fãs

E em “Empire of the Undead” o Gamma Ray resgata a sonoridade praticada em seus clássicos, com melodias cativantes, andamentos rápidos e cadenciados e aquele clima épico de encher os ouvidos.

A produção sonora do mesmo dispensa comentários, sempre bem equilibrada e com belos timbres, e, claro, o peso necessário que diferencia o Gamma Ray das demais bandas de Power Metal.

Musicalmente Kai Hansen & Cia não decepcionam, já na abertura com “Avalon” podemos ver o que nos espera, um andamento mais cadenciado, mas com um clima épico fantástico, e com Kai mostrando que sua voz continua a mesma.

Novo dico marca a estreia em estúdio do novo batera Michael Ehré (primeiro da esq.p/dir.)

“Hellbent” certamente é a mais agressiva do disco, com destaque às guitarras de Hansen e Henjo; “Pale Rider” e “Born to Fly” soam mais modernas, com andamento simples, mas ambas com belos refrões e melodias.

“Master of Confusion” soa melódica e cativante, seja pelo refrão grudento ou pelas melodias que entoa. Outro destaque fica para faixa título do disco, onde a velocidade toma conta, lembrando seus momentos no Helloween (fase “Walls of Jericho”).

Mais uma vez o Gamma Ray mostra seu poder e que está muito longe de perderem seu reinado como melhor banda de Power Metal do mundo!

Texto/edição: Renato Sanson
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Gamma Ray
Álbum: Empire of the Undead
Ano: 2014
Estilo: Power Metal

Formação:
Kai Hansen (Vocal/Guitarra)
Henjo Richter (Guitarra)
Dirk Schlächter (Baixo)
Michael Ehré (Bateria)



Tracklist:
01 Avalon
02 Hellbent
03 Pale Rider
04 Born to Fly
05 Master of Confusion
06 Empire of the Undead
07 Time for Deliverance
08 Demonseed
09 Seven
10 I Will Return

Ouça "Avalon"

Assista ao lyric video de "Hellbent"

Ouça a faixa-título

Acesse e conheça mais a banda:

domingo, 20 de abril de 2014

Bigelf: A Incrível Máquina Sonora do Tempo Está de Volta

Quarto álbum marca mudanças na formação e voos maiores

A banda norte-americana Bigelf nunca teve muita aceitação aqui no Brasil, o que começou a mudar com a vinda dos caras como convidados para abertura dos shows do Dream Theater por aqui em 2011, já que eram grandes amigos de Mike Portnoy e este, por sua vez, um grande fã do grupo do excêntrico Damon Fox (vocal, guitarra e teclados).

O que ninguém esperava era que, após a saída de Portina das baquetas do DT, o cara viesse um dia gravar um álbum com o Bigelf. E esse dia chegou, com o lançamento de “Into the Maelstrom” (2014), disco que marcou a volta da banda, já que logo após a turnê norte-americana (depois da passagem por aqui), Damon anunciou que estava fora da banda.

Banda de Damon Fox retorna com melhor disco da carreira

Com mudanças na formação (também estreia no álbum o guitarrista Luis Maldonado) e a participação de Portnoy, muitas expectativas foram criadas entre os fãs, afinal de contas, como manter a proposta sonora de um Rock/Heavy progressivo e psicodélico que rendeu ótimos discos, como “Money Maxhine” (2000) e “Cheat the Gallows” (2008), mas sem soar mais do mesmo?

Embora conheça a banda há poucos anos, posso afirmar que o Bigelf acertou em cheio neste que tem tudo para ser o melhor álbum da carreira. Ousadia, momentos de grande inspiração, ápices orgásticos, melodias grudentas e belas, a mistura de piano com Rock clássico, letras inteligentes e um tanto doidas, fazem de “Into the Maelstrom” um dos melhores discos do Rock de 2014.

Portnoy assumiu as baquetas na gravação
Damon Fox segue sendo aquela figura seminal da cena atual do Rock, parece que tirado diretamente dos anos 70, com uma genialidade rara hoje em dia. Músicas como “Incredible Time Machine”, que abre o disco (e é a melhor do álbum), “Alien Frequency” (também sensacional, com teclados fenomenais), “Mr. Harry McQuhae” tenta ser a balada do disco, bastante variada e com ótimo clima, “Control Freak” traz passagens acústicas e uma bela interpretação de Damon.

De modo geral, a participação de Portnoy não inovou a bateria da banda, respeitando bastante a proposta criada anteriormente, mas aqui e acolá se notam algumas assinaturas do ex-Dream Theater, o que enche positivamente os ouvidos de seus fãs (eis um aqui).

Bigelf volta com tudo, num trabalho nada datado, pois apesar da enorme influência progressiva/psicodélica dos anos 70, soa adequado a atual fase do Rock em geral, com efeitos aliados aos instrumentos bastante orgânicos. É para ouvir e viajar sem medo.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Bigelf
Álbum: Into the Maelstrom
Ano: 2014 
Tipo: Heavy Rock Progressivo/Psicodélico
País: EUA
Selo: InsideOut Music

Formação
Damon Fox (Vocal, Guitarra e Teclados)
Luis Maldonado (Guitarra)
Duffy Snowhill (Baixo)
Mike Portnoy (Bateria)

Tracklist
01. Incredible Time Machine
02. Hypersleep
03. Already Gone
04. Alien Frequency
05. The Professor & The Madman
06. Mr. Harry McQuhae
07. Vertigod
08. Control Freak
09. High
10. Edge of Oblivion
11. Theater of Dreams
12. ITM: I. Destination Unknown / II. Harbinger Of Death / III. Memories
13. Control Freak (Freak Remix)
14. Control Freak (Remix)
15. Alien Frequency (Remix)

Assista ao lyric video de "Control Freak"

Ouça "Edge of Oblivion"

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