domingo, 18 de maio de 2014

Entrevista: Still Alive - Superando Adversidades em Nome do Heavy Metal

Seguindo com seus objetivos traçados na cena Metal, os cariocas do Still Alive seguem forte na divulgação de seu primeiro disco, o enigmático “Kyo”, que apresenta letras inteligentes aliadas a uma sonoridade melódica e variada.

Mas nem tudo são flores, problemas na formação surgiram e até mesmo pouca oportunidade de tocar devido a produtores que pensam somente no dinheiro. Então batemos um papo bem descontraído com o vocalista Walter Campos, que nos conta sobre essas adversidades e do momento atual do grupo.

Confira agora mesmo:




Road to Metal: Um ponto que chama atenção em “Kyo” é o tema lírico do mesmo, poderia nos falar mais a respeito e como surgiu tal inspiração?

Walter Campos: Tanto o nome da banda como o nome do álbum e o termo KYO, estão ligados a um ciclo, à idéia de imortal e continuidade. Nós quisemos atrelar tudo da banda neste mesmo conceito. E então o Felipe, nosso baixista, nos deu a idéia de fazermos um cd conceitual, baseado no filme “A Fonte da Vida”, que trata exatamente sobre esse tema, da imortalidade, como uma busca obsessiva do protagonista.

Pescamos idéias e mensagens do filme e esse foi o ponto de partida de nossas letras. Claro que essas idéias e mensagens pegas no filme foram algo muito pessoal do que compreendemos do filme, e de como temos essa visão da vida, da morte, da busca do homem por seus objetivos.

Você vai encontrar também uma história em nosso disco, mas não a mesma história do filme. E certas letras nossas além de mexerem muito com esse tema, remetem a várias outras idéias, aplicadas ao cotidiano, questões pessoais, que as pessoas podem ter as mais diversas interpretações. Então em seu resultado final, ficou bem interessante!


RtM: Vocês trabalharam com Edu Falaschi na produção do álbum, que também trouxe Marcelo Moreira para gravação das baterias. Como vocês chegaram a eles? O resultado final foi o esperado?

WC: Bem, chegamos a eles através de nosso amigo e que trabalhava como nosso assessor de imprensa. Na época que o contatamos e planejávamos começar “Kyo”, a nossa formação estava incompleta, faltava um baterista competente e técnico. Então, o próprio Edu nos deu a idéia e nos trouxe o Marcelo Moreira, um monstro!

Com certeza o resultado esperado não só foi o que esperávamos, como superou as expectativas, tanto das gravações do Moreira, quanto do Edu como produtor. Eles são pessoas super fáceis de lhe dar, são muito solícitos e se entenderam muito bem com a banda desde o início.

O Edu em especial, com quem tivemos maior contato, é uma figura! Super profissional, excelente produtor, cheio de idéias, com muito pique e energia, e claro, uma pessoa super carismática e muito engraçada. Além de saírem muitas idéias, saíam sempre muitas risadas. E foi nesse clima que fomos conduzindo a pré-produção e as gravações.

Confira nossa resenha quando do lançamento do álbum clicando aqui!

RtM: Atualmente o Still Alive continua sem baterista?

WC: Atualmente o Still está com um baterista, mas nem sei se o devo chamar de baterista. Está mais para um tremendo animal, um destruidor de baterias e tímpanos nas baquetas (risos). O cara toca demais, além de ser uma ótima pessoa e de cara já se deu bem com a banda inteira. Aliás, comparando com a formação da gravação de “Kyo”, também mudamos de tecladista, também um excelente músico que está contribuindo e muito!

Tivemos muita sorte de, depois de muito tempo em busca, acharmos esses dois caras que além de músicos de primeira, se tornaram ótimos amigos. Então agora sim, o Still está com uma formação muito forte!


RtM: Vocês praticam um Power Metal com fortes influências progressivas, o que diferencia o Still Alive de muitas bandas do gênero. Como foi o processo de composição de “Kyo”?

WC: Bem, muitos pedaços de composições, que futuramente se tornariam músicas do “Kyo”, já tinham sido compostas, riffs de guitarra e melodias, pelo Gil, nosso guitarrista e principal compositor. Tínhamos um grande acervo de riffs criados. E o Gil e Felipe sempre tiveram muita influência do Rock/Metal Progressivo. O que é mais interessante na banda é a mistura de influencias. Vai desde o Metal anos 80, até Thrash Metal e o Prog, já antes dito. Diante dessa mistura ainda trabalhamos com versos e refrões bastante melodiosos, uma fórmula nossa que acabou dando muito certo.

E por ultimo eu e Felipe, entramos com as letras, agora já atreladas ao conceito que estabelecemos para o álbum.


RtM: Estamos chegando a metade de 2014, como está a agenda para shows? Existem shows marcados ou a oportunidade de excursionar pelo país para a divulgação do “Kyo”?

WC: Fizemos alguns shows, sim, em 2013, mas ainda achamos que não mostramos e divulgamos “Kyo” como gostaríamos, realmente.

Todos que puderam assistir aos shows gostaram bastante e sempre perguntam sobre os próximos. E tem vários fãs do Brasil inteiro que tem contato com a banda e estão doidos para que toquemos em suas respectivas cidades. A grande questão é ter um evento de qualidade, com produtores realmente profissionais e interessados na cena, não somente interessados no lucro.

A maioria dos produtores com quem esbarrei, infelizmente, são dessa segunda categoria, o que ajuda a enfraquecer o cenário para as bandas que tentam se manter e aquelas que estão começando.

Surgindo oportunidade com pessoas que realmente queiram trabalhar e levem a sério, com certeza iremos. Nós temos um imenso amor por aquilo que fizemos e queremos propagar nossas músicas para todos que ainda não nos conhecem e brindar aos fãs que sempre nos apóiam e que esperam um show de qualidade em suas cidades.


RtM: O que os fãs podem esperar da gravação do videoclipe de “Dream Hunter”? Já existe uma previsão para o lançamento?

WC: Por enquanto, estamos em fase de negociação com a equipe que vai produzir o clipe. Mas assim como a música, queremos também surpreender.




RtM: Já estão trabalhando nas composições do novo CD? Poderiam nos contar algo sobre ele?

WC: Começamos sim a trabalhar no sucessor de “Kyo”. E as idéias estão fervilhando! Só posso adiantar que algo mais pesado está por vir. Mas os refrões grudentos e melodias cativantes sempre estarão presentes. Vocês que ouviram “Kyo” ficaram com dor nos pescoços, preparem-se para o novo álbum. Mas cuidado com o torcicolo, claro (risos), vai ser impossível não agitar.

Revisão/edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Acesse e conheça mais a banda:

Um comentário:

Helenita disse...

Eu tive o privilégio de estar presente em um show da Still Alive aqui em São Paulo,simplesmente fantástico.

E para minha felicidade pude estreitar os laços de amizade com a banda e hoje tenho a honra de presidir o seu Fã Clube oficial,o Paradise Still Alive, nome dado em função da sensação que Kyo me transmitiu.

Estar envolvida na divulgação da Still Alive,é algo extremamente prazeroso, o Brasil precisa e merece músicos de qualidade.

Obrigada Lu Alves, Uillian Vargas, Renato Gimli Sanson e toda equipe da Road to Metal pelo apoio.