sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Resenha de Show - Decimator, Finally Doomsday e Toxic Holocaust: A União do Underground


Na quarta feira, dia 08/10, a Embaixada do Rock em São Leopoldo, foi sede de uma noite de celebração ao underground. Um excelente público compareceu ao show que teve como principal característica a união entre a cena Punk e Metal da região. Com um pouco de atraso, o evento teve como bandas de aberturas o Thrash Metal da Decimator e o Grindcore da máquina de destruição chamada Finally Doomsday.

Abrindo os trabalhos, a Decimator, formada por Paulo Hendler (vocal e guitarra), Rodrigo Weiler (guitarra), Patrícia Bressiani (baixo) e Alceu Martins (bateria), chegou contagiando o público que ainda estava chegando ao local, com seu Thrash vigoroso. Com 15 anos de estrada, e dois CDs lançados (Kiling Tendency – 2007 e Bloodstained -2010), o grupo mostrou que nossa cena não deve nada ás lá de fora. Uma banda coesa, focada e bem humorada em cima do palco, deu início as rodas que se abririam durante o resto da noite. Destaque para a boa comunicação do vocalista Paulo Hendler. 


Decimator
Um show uniforme do inicio ao fim com um set bem escolhido para o pouco tempo ao qual a banda dispunha. Pra quem não teve oportunidade ainda de assistir a banda, há vídeos no YouTube desta apresentação com as músicas Vivisection, Alien Spring e Pushing. Merecem destaque o trabalho das guitarras e também para a cozinha da banda onde a performance de Patrícia e Alceu merecem méritos. Sem dúvida alguma, a Decimator é uma das grandes bandas do Metal Gaúcho!

Após um breve intervalo, sobe ao palco a Finally Doomsday. Um massacre sonoro, no melhor sentido da palavra! A banda formada por Sebastian Carsin (guitarra e vocal), Rafael Giovanoli (guitarra), Felipe Nienow (baixo) e Márcio Jameson Kerber (bateria) trouxe ao palco da Embaixada toda a podreira e agressividade do Grindcore em músicas como Raven’s Circle, Subhuman Conditions, Post Nuclear Armaggedom e no cover do grande Napalm Death, From Enslavement to Obliteration. Destaque para a comunicação do vocalista Sebastian Carsin que volta e meia soltava pérolas como: “Vamos se mexer galera, isso aqui não é show do Dream Theather...” Como se fosse possível ficar parado perante a porradaria perpetrada pela banda. Em certo momento, o batera Márcio Jameson destacou a união do público naquela noite, ressaltando que: “aquela era a vibe tanto da banda quanto do próprio Toxic Holocaust, pois não vale de nada ficar Punk contra Metal, thrasher contra hard rocker se no fim o governo acaba nos f...”  Sábias palavras! 


Finally Doomsday 
A banda ainda chamou ao palco uma das grandes figuras do Metal gaúcho, Maicon Leite, pra executar um dos maiores clássicos do Ratos de Porão: Vida Animal! E com o perdão do trocadilho, ficou animal! Na minha opinião, sem sombras de dúvidas, o melhor show da noite!

Após mais um intervalo (um pouco mais demorado, diga-se), eis que surgem Joel Grind (guitarra e vocal), Philty Gnaast (baixo) e Nikki Rage (bateria) pra colocar a máquina Thrash TOXIC HOLOCAUST em funcionamento. Entrando com o jogo ganho, e abrindo com uma música do seu mais recente trabalho, Awaken the Serpent, a banda mostrou logo de cara que o entrosamento faz a diferença. In the Name of Science, Reaper’s Grave e Death Brings Death deram seqüência ao show, fazendo com que a galera abrisse rodas e mais rodas. Destaque para o baterista Nikki, com uma pegada digna dos grandes bateristas de Thrash. Já o baixista Philty, apesar de bom músico, se mostrou um tanto “poser”, se é que ainda pode-se usar essa palavra.


Toxic Holocaust
Enquanto Joel Grind se comunicava e interagia com o público, o baixista por vezes se mostrou indiferente à histeria de alguns fãs, chegando ao ponto de em certo momento, acontecer um incidente envolvendo alguém da platéia e o baixista. Fato esse que causou um problema técnico no equipamento, o que fez com que Joel tirasse da cartola o riff the Balls to the Wall do Accept... Não é preciso dizer que a galera foi ao delírio... Problema resolvido e o show teve seqüência com War is Hell, 666, Gravelord e Acid Fuzz foram mais alguns dos destaques do bom show executado pelo grupo. O final com a “clássica” Nuke the Cross já emendou com Metal Attack e Bitch, encerrando o show. Após o término, a banda ficou um tempo tirando fotos com a galera.



Um bom show. Mas que a meu ver, não foi o melhor da noite...

Fica o registro do empenho da galera em comparecer ao evento, pois mesmo sendo em uma quarta feira, a presença de público foi excelente, mostrando que o underground segue vivo e forte! Parabéns ao pessoal do Storm Festival, á Makbo e também a Embaixada do Rock pelo organização do evento.


Cobertura por: Sergiomar Menezes
Fotos: Sergiomar Menezes/Valter Borba
Edição/revisão: Renato Sanson 

Nenhum comentário: