sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Immoral Hazard: Brutalidade e Qualidade Vinda da Grécia

Banda grega estreia com pé direito e é boa pedida para fãs de Pantera

É sempre bom poder pegar um material novo, para conhecer um trabalho, principalmente quando ele vem de um país que não exporta muitas bandas. A Grécia não tem a tradição de apresentar muitas bandas de música extrema ao mundo, porém as que nos mostra, fazem valer o pequeno número vindo da ilha ao sul da Europa. Rotting Christ e Suicidal Angels talvez sejam os maiores nomes, sendo o primeiro já com território marcado e o segundo ainda mostrando porque veio.

Mas uma banda em si vem chamando atenção por lá. O Immoral Hazard apresenta ao mundo seu debut “Convulsion” (2014) com uma boa junção de Thrash Metal com pitadas de Metalcore e groove, no melhor estilo Pantera. A banda foi formada em 2009, e no ano seguinte soltou a demo “A Minor Innovation” (2010). Formada por Teo nos vocais, Angelos na guitarra, Tolis na bateria e Alex no baixo, o grupo vem buscando seu lugar ao sol, demonstrando coragem e muita ousadia em seu primeiro disco.

Apesar de um bom trabalho, ainda falta personalidade ao grupo, que virá com seu amadurecimento

O álbum já começa em uma porrada bem Thrash Metal, com um belo riff da característica levada, com as clássicas parradas do estilo, levando os thrashers a uma boa batida de pescoço. É uma das melhores do disco e “Pitch Black” mostra logo de início para o que a banda veio.

“Reborn” já começa com um riff mais cavalgado e um vocal mais poderoso, lembrando muito o saudoso Phil Anselmo (Pantera), com vários mudanças ao longo da música. “Self Enemy” segue a mesma linha com alguns momentos de Metalcore e variações mais modernas, com bastante groove, principalmente nos riffs de Angelos, o que mais uma vez é apresentado em “Vulture Dance”, com uma levada bem cadenciada.

“Mentors” acelera o ritmo e é uma boa pedrada no meio da testa. Já começa com uma ótima levada de pedal duplo e acelerada junto com o baixo de Alex. Lembra muito o grande Dimebag Darrell (Pantera), pela levada de guitarra que apresenta e os vocais de Phil Anselmo pós “Vulgar Display of Power” (1992), quando a banda criava os princípios do Metalcore. 

“Dead End Trails” talvez seja a música que foge um pouco à proposta da banda até aqui. Optaram por uma música mais lenta, com uma vocalização com efeitos e mais moderna, beirando muito o Metalcore com pequenas doses de até Doom Metal. Por ser uma das músicas mais longas do disco, acaba se tornando um pouco maçante da metade em diante. O que não a torna uma música ruim é o belo solo, digamos que bem inspirado. Em “Eternal Exile” a banda retorna a proposta anterior, com momentos mais rápidos e um vocal bem poderoso de Teo.

Nas músicas “Alcowhore” e “Haven” a presença do baixo de Alex é bem marcante, porém são duas música entre os mesmo níveis da demais, em alguns momentos até arriscando uns blast beats bem encaixados na penúltima música do player. Na última música, “Last Nerve”, com uma introdução desproporcional ao andamento da música, Teo já começa com um vocal poderoso, urrando com toda sua força, fazendo surgir aquele ódio presente no coração de qualquer um. Novamente, momentos Thrash Metal com parte de Metalcore intercalam todo o processo. Porém aqui, a proposta ficou bem encaixada, apresentando um boa música para encerrar o disco.

A banda começa com o pé direito, com poucos momentos de recaída, o que com certeza irá adquirir experiência durante a jornada no meio da música pesada. Acredito que a banda precisa criar uma identidade mais específica sem deixar de lado seus principais objetivos, porque o que a gente vê aqui é músicos empenhados, com sangue nos olhos e muita vontade de fazer prosperar sua música. É mais uma banda para acompanhar a careira e esperar os próximos álbuns para ver o amadurecimento, que com certeza será de grande valia e deve aparecer com o nascer dos discos. Som moderno, sem frescura, para fãs de Pantera!

Texto: André Sauer
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Immoral Hazard
Album: Convulsion
País: Grécia
Ano: 2014
Selo: Independente
Estilo: Thrash Metal/Groove/Metalcore

Formação
Teo (Vocal)
Angelos (Guitarra)
Tolis (Bateria)
Alex (Baixo)




Tracklist:
1. Pitch Black
2. Reborn
3. Self Enemy
4. Vultures Dance
5. Mentors
6. Dead End Trails
7. Eternal Exile
8. Alcowhore
9. Haven
10.Last Nerve

Ouça "Pitch Black"


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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Lethal Fear: Afiado Como Lâmina


2º disco da banda de Amparo/SP

Sabe aquele disco que você ouve uma, duas e na terceira vez sabe que não é apenas mais um dos muitos que você tem ouvido nos últimos tempos? Esta foi minha impressão já em poucas audições ao colocar rodar “Y2Black?”, álbum da banda Lethal Fear, que saiu em 2013 pela Ms Metal Records (distribuição Voice Music). Em 2012 a banda já havia liberado o disco para download.

Apesar do nome da banda sugerir uma sonoridade bem pesada, a proposta caminha pelos campos do Heavy Metal tradicional, trazendo até alguns elementos do Thrash e também do Power Metal, este último ajudado pela voz de Rodrigo Bortoletto, que em várias passagens lembra Andre Matos (ex-Angra, Viper, Shaman).

Apesar de apostar num Heavy Metal mais clássico, a proposta do grupo traz personalidade própria

São 10 faixas, incluindo uma versão perfeita de “Blood Red Skies” (Judas Priest) que abrilhanta ainda mais o disco (na demo “Mephisto” de 2004 a banda já havia registrado outra do Judas: "Beyond the Realms of Death"). 

Dentro de sua proposta, a Lethal Fear já cativa na primeira “Final Act”, com velocidade (cadenciando mais adiante) e talento.

Momentos mais arrastados e melódicos surgem em “Time (Out of My Grasp)”, assim como o peso reina em “Fallen Pieces” (até contando com vocais agressivos de Renato Napty), num trabalho de riffs muito legais de Vinicius Sampaio e Nelson Valadas; destaco também a instrumental “Killing Fields” (bastante madura); “Long Awaited Farewell”, com bastante groove e pegada; ainda cito por justiça “Path of Consequences (Mephisto Part II)”, a faixa mais longa da banda no álbum, com vários andamentos, refrão marcante e a qualidade que já lhe cativou nas faixas anteriores.

O único “porém” fica para o encarte. Apesar de ser bem original e isso ter suas vantagens (traz uma história em desenho oriental relacionada à parte lírica), não traz as letras das canções, o que, para quem quer acompanhar curtindo o som, faz falta. Mas, de modo geral, a arte é muito bem feita e original, o que compensa a falta das letras.

Numa cena brasileira muito rica, com ótimas bandas surgindo sempre, é indispensável que, independente da proposta sonora, os grupos que buscam um algo mais, um diferencial, e a Letha Fear parece conseguir isso em “Y2Black?”, mas  não pode parar aqui. Que este seja o primeiro grande passo para uma jornada de sucesso. Fico na torcida.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Lethal Fear
Álbum: Y2Black?
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Heavy Metal
Selo: Ms Metal Records


Formação
Rodrigo Bortoletto (Vocal) 
Vinicius Sampaio (Guitarra)
Nelson Valadas (Guitarra)
Gustavo de Lucio (Baixo) 
Cassio Pacetta (Bateria)




Tracklist
01. Final Act  
02. Burning Wings  
03. Time (Out of my Grasp)  
04. Blade of the Immortal  
05. Fallen Pieces  
06. Killing Fields
07. Long Awaited Fareweel  
08. Nightmare 2K9  
09. Path of Consequences (Mephisto Part II)  
10. Blood Red Skies (Judas Priest)

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Epitaph: A Nova Onda do Heavy Metal Brasileiro

Banda gaúcha possui um dos disco que pode ser considerado um clássico

Como é difícil encontrar bandas de Heavy Metal que realmente faça um trabalho que remeta os anos dourados, aí esta uma banda que não decepciona os amantes do Heavy Metal Clássico. Com uma pegada muito interessante Epitaph nos traz seu trabalho “Getting Down To Business” (2009).

A primeira impressão que a banda nos passa é suas influências musicais, deixando muito nítido suas pegadas bem Judas Priest e em “Night Rider” a música já começa com um motor de moto borbulhando em nossos ouvidos, um riff muito bom, e o que é muito interessante, tem um pegada própria, mesmo soando clássico não se associa a banda nenhuma. 

“Witing Your Death” mostra muita rapidez e ao mesmo tempo peso, trazido pelo mestre César “Five” em uma bateria sensacional, completamente preenchida pela sua cozinha de pratos inspirada.

Grupo surgiu em 2000, na capital gaúcha Porto Alegre

O álbum ganha certa calma com muita cadência e peso em “Emergency Room”. Que voz sensacional! Os riff são mais agudos, mas o peso se dá mais por conta de um baixo muito grave, o baixista Alexandre sabe muito bem o que está fazendo com as quatro cordas, já nas seis o papo não muda, essa música nos traz um dos melhores solos que eu  ouvi, com muita melodia desempenhados por Marlon Steindorf e Marcelo Fernandez, é uma ótima pedida, o mesmo acontece em “Red, White and Blue”, cadência e muito peso.

A pegada extraordinária da banda volta em “Happy End” com certeza pra mim a melhor música do álbum, muito potente, letra pegajosa, guitarras e bateria incansáveis, tenho que repetir, que vocal extraordinário, Joe F. Louder nos traz o que há de melhor e escondido dentro de suas cordas vocais, uma música excepcional o refrão ficou em minha cabeça por semanas realmente pegajosa, super-recomendo esse som.

Em “Metal Wings” a banda faz uma balada totalmente metalizada, com riffs simplesmente jogados em cima da levada que a bateria proporciona e a leveza trazida por Joe nos vocais é muito bem misturada e seu resultado é extraordinário.

Com “Wrong Choice” a banda volta ao Heavy Metal mais rápido, também com uma cozinha de riffs que não deixam a desejar, mas o mais interessante é o baixo mais grave que proporciona um peso incrível, musica que merece ser ouvida.

O mais impressionante é a mudança que essa banda faz no meio das musicas e que passa despercebido se não for prestado a atenção, em “Death Bell” a banda mostra isso, consegue fazer essa mescla de ritmos sem sair de sua linha, essa música conta com participação especial de Gustavo Demarchi (Apocalypse).

Este poderoso álbum fecha da mais poderosa maneira possível, com “The Creature” e “Remote Control” eles trazem grande maestria no se fala em Heavy Metal tradicional.

A única coisa que posso afirmar, é que se essa banda continuar nos passos largos que vem andando, logo não estaremos falando apenas do CD da banda, pois eles tem tudo pra atingir um patamar maior, esse CD é muito recomendado a quem ama Heavy Metal feito com o coração, pois a tempos não ouvia um CD de Heavy Metal tradicional tão bom quanto este.

Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Epitaph
Álbum: Getting Down To Business
Ano: 2009
País: Brasil
Tipo: Heavy Metal

Integrantes:
Joe F. Louder (Vocal)
Marlon Steindorf (Guitarra)
Alexandre Prokopiuk (Baixo)
Marcelo Fernandez (Guitarra)
César “Five” (Bateria)



Tracklist
1 – Night Rider
2 – Wating Your Death
3 – Emergy Room
4 – Red White and Blue
6 – Metal Wings
7 – Wrong Choice
8 – Death Bell
9 – The Creature
10 – Remote Control

Assista ao vídeo clipe de "Happy End"


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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Origem Tattoo Fest: Som Pesado, Cerveja e Muito Calor


E o dia 11/01 (sábado) marcou o inicio oficial de 2014 para os headbangers, pois tivemos o "Origem Tattoo Festival" em São Leopoldo/RS na Embaixada do Rock, onde era comemorado os três anos do Origem Tattoo Studio.

Além do Open Bar que tínhamos, também tivemos as bandas Vultures, Atropina e BlacK TootH GriN (Pantera cover), uma noite no mínimo destrutiva.

O que chamou atenção foi o número de pessoas presentes, a casa estava lotada, e ainda tinha mais uma imensa fila do lado de fora, pela casa estar com sua capacidade máxima (250 pessoas), o pessoal que estava na fila tinha que esperar alguns saírem para poder entrar.

Claro que isso para o festival e para as bandas foi ótimo, porém há de se ressaltar que a casa não suporta tantas pessoas, atingindo sua capacidade máxima, o calor era demasiado, sendo que respirar lá dentro estava difícil, sem contar o aperto que ficou, transformando a tarefa de chegar ao bar quase impossível.

Vultures
A primeira banda a subir no palco foi o Vultures, que apresentou seu HC/Crossover sem frescuras, a apresentação da banda ainda marcava a gravação de seu novo videoclipe para música "Salvem os Animais".

Com um set curto, mas eficaz, o Vultures fez uma apresentação enérgica e empolgante, fazendo várias rodas se abrirem no meio da apresentação.

Em seguida era hora dos deathbangers da Atropina, que após longos oito anos fora dos palcos, retornam com força total. E o que vimos foi uma banda coesa e potente, destilando seu Death Metal com pitadas de old school, massacrando pescoços e com rodas e mais rodas, fazendo os bangers presentes se de gladiarem.

Atropina
Então era hora de Nelson Casagrande (Distraught) no baixo, Everton Acosta (Distraught) na guitarra, Dio (Distraught e In Torment) na batera e Tiaraju (Torvo) assumindo a frente da “wrecking ball” chamada Black Tooth Grin. Para os desavisados de plantão, a banda leva o nome da bebida, cuja receita o senhor Dimebag Darrell Abbott (1966 – 2004) nos deixou de presente.

Noitada tranquila e calma, para quem está acostumado a dormir abraçado em uma ogiva nuclear de cinco mil megatons, é claro. Logo após a execução da introdução musical, que preparou o clima todo especial para o início do espetáculo, a Black Tooth Grin puxou o pino da granada com a "Suicide Note Pt.2". Faltou Embaixada do Rock pra tanto Metal Head e calor humano, a casa estava lotada e toda festa emana muita energia quando todos entram no clima. 

Na sequência veio a "A New Level" do álbum "Vulgar Display Of Power", deste momento em diante, a locomotiva já havia perdido o controle da velocidade e direção. Então pra tentar frear, o negócio era tentar fazer com que todos sentissem muita sede... de bebida, de Metal e de Pantera. A sede de Pantera e de Metal, a banda estava dando conta.

Black Tooth Grin
Para matar a sede de cerveja, era só chegar até o bar, já que a Embaixada junto com a Origem Tattoo e o Storm Festival, estavam promovendo um "Open Bar". Do álbum aniversariante em 2014, vem a "5 Minutes Alone" e "Becoming". Como o "Far Beyond Driven" comemora 20 anos nesse ano, Tiaraju manifestou, em nome do grupo, a vontade de realizar um show e tocar o álbum na integra, aguardemos novidades. Na pausa da música o batera Dio pegou o microfone emprestado e chama a galera para o brinde:

 - "O nome dessa festa é OPEN BAR, por acaso? Então todo mundo deve estar com um copo na mão, seca logo essa porra e atira ele vazio no palco pra gente saber que vocês estão bebendo!" - obviamente os copos eram de plástico.

Seu pedido é uma ordem, mestre, e muito bem aceito pela galera, claro. Sem muitas delongas o riff mais conhecido do Dimebag, entregou nos primeiros segundos que se tratava da "Walk".

Tributo ao Pantera formado por grandes nomes da cena gaúcha
Retornando ao álbum "Far Beyond Driven", chegou a "I'm Broken" carregada, pesada e cheia de lembranças de uma época e de uma banda idolatrada por todos naquela noite, mais do que em qualquer ocasião. "The Great Southern Trendkill" do disco homônimo deu uma agitada no climão que a "I’m Broken" tinha criado, e a destruição de pescoço voltou com força. Justamente quando a turma pensou que teria tempo pra dar uma relaxada e ir até o bar pegar mais cerveja, a Balck Tooth dispara o trio matador: "Revolution Is My Name", "Cowboys From Hell" e "Strenght Beyond Strenght". 

Só para constar, acho a capa do "Reinventing The Steel" muito emblemática e simbólica, talvez pelo fato de ligar a imagem chocante de alguém em chamas e o fato de ter sido o último álbum de estúdio da banda, outro detalhe é que se trata de um trabalho que narra um pouco da situação do Pantera (até a época). A banda tem, oficialmente, apenas um trabalho compilado ao vivo (fora os Ep’s), o "Official Live: 101 Proof." E desse disco veio "Domination/Hollow". A capa do álbum lembra o rótulo do Whisky Jack Daniel’s, e na capa consta teor alcoólico de 101% (damn hell!). 


O setlist foi aniquilador desde o princípio até o final. Foram quase três horas de muito Pantera e as músicas foram executadas todas ao seu tempo. Era visível o compromisso da banda com a perfeição das execuções, em algum momento o som não ajudou muito e o calor era excessivo, mas, meu amigo, era o "Panterão" explodindo pelas caixas de som. Arrisco a dizer que as caixas sobreviveram heroicamente frente à tamanha destruição, houve comentários de que faltou cerveja, não sabemos ao certo se procede, mas caso sim, então a missão foi executada com sucesso: homenagear o Pantera exterminando com o estoque de cerveja do local (seja qual for a quantidade).

Para encerrar a apresentação, a Black Tooth tocou a "Mouth For War" e na sequência dois vulcões em erupção: "This Love" (onde o vocalista Tiaraju chamou varias garotas em cima do palco) e "Fucking Hostile". Uma noitada e tanto, a atividade de palco se encerrou eram avançadas 05h00 da manhã. Cansados e doloridos? Sim, cansado de levar o copo até a boca e com dor no cotovelo de tanto dobra-lo pra erguer o copo! 


Nem precisa ficar cabisbaixo por ter perdido a noitada (se é que perdeu). Basta acompanhar a banda pelo facebook oficial. Novas datas já foram reveladas e vêm novidades no setlist das próximas vezes. Mais uma vez parabéns São Leo, parabéns à Embaixada do Rock e sucesso para a Black Tooth Grin, Origem Tattoo e Storm Festival.


Bandas de abertura: Renato Sanson
Banda principal: Uillian Vargas
Revisão: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Uillian Vargas

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Primal Fear: Mostrando Como Se Faz Power Metal Alemão em 2014


10º álbum da banda alemã transpira Power Metal

Muitos grupos lendários do Power Metal alemão, sobretudo nomes gigantes como Helloween e Gamma Ray, há muito não ofertam discos como no auge dos anos 80 e 90, a maioria passando um pouco despercebidos, sempre sendo comparados com os clássicos.

Com o Primal Fear, que é uma cria do Gamma Ray (visto que foi formado quando seu vocalista Ralf Shceepers deixou a banda na segunda parte dos anos 90), não foi diferente. Com grandes lançamentos ao longo dos anos 90 e 2000, tiveram alguns trabalhos mais recentes que ousaram soar muito pesados, agressivos, enfim, um pouco descaracterizados do Power Metal tão caro, que é aquele germânico, rápido, com passagens melódicas e refrões grudentos.


Após discos com pegada mais pesada, banda de Ralf Scheepers relembra álbuns da década passada

Com o lançamento de “Delivering the Black” (2014) que aconteceu agora dia 24, parece que a banda volta a respirar o Power Metal nos moldes de alguns de seus álbuns clássicos, como “Nuclear Fire” (2001) e “Black Sun” (2002), claro, salvo às devidas proporções, pois devemos considerar as mudanças de formação e o momento pouco inspirado do Power Metal europeu, de modo geral, além da maturidade natural de todo ser que envelhece.

Ainda é cedo afirmar, mas ao ouvir este novo trabalho, fico com a impressão de que poderá ser encaixado como o melhor lançamentos desde “Devil's Ground” (2004), apesar dos últimos discos terem sido uma porrada muito bem feita, pelos motivos que comentei no parágrafo anterior, perderam em personalidade.

Ao abrir com “King For a Day”, você já sente nos riffs de Magnus Karlsson e Alexander Beyrodt bem básicos, mas inspirados, com a palheta incendiada, assim como os bumbos duplos e rápidos de Randy Black, que dispensa apresentações. Uma das melhores faixas de abertura da carreira da banda e, o melhor, soando Power Metal!

O vídeo clipe promocional de "When Death Comes Knocking" pode ser visto abaixo

Momentos inspirados seguem em faixas como “Rebel Facton”, em show de Scheepers com seus agudos infernais (aqueles mesmos que quase o colocaram a ser frontman do Judas Priest quando Rob Halford deixou a banda); “Alive & On Fire” parece ser sobra da fase da banda no início dos anos 2000; “Never Pray For Justice” é outra que mostra o espírito Power mais vivo que nunca. 

Matt Sinner (baixo), como sempre, é secundário (mas assina a produção), não emprestando sua voz nem sua influência mais Hard Rock ao álbum, o que é uma pena, haja vista seu trabalho interessantíssimo no Sinner.

É claro que a banda não nega sua fase mais atual e nem poderia, pois expandiu sua sonoridade a outros ouvidos com os trabalhos mais recentes, que tem uma pegada mais sinfônica, em alguns momentos, e quase Thrash em outros. E na linha da primeira, “When Death Comes Knocking” vem ser a música de divulgação do álbum (escolha equivocada, pois não representa adequadamente o álbum), uma composição interessante, de grande melodia e refrão grudento. Na linha da proposta mais pesada, temos a faixa-título (recheada de solos inspirados) e “Road to Asylum”, disparada a mais pesada do álbum.

Há, claro, o momento balada, que às vezes acaba soando forçado e, infelizmente, foi o caso de  “Born With A Broken Heart”, que, apesar de causar uma quebra interessante na velocidade do disco, é pouco relevante separado. Aqui, novamente, participa mais uma vocalista feminina, desta vez empresta a voz é ninguém menos que Liv Kristine (Leave’s Eyes, ex-Theatre of Tragedy). Música fraca, mas que não compromete o disco.

Primal Fear começa saindo na frente neste ano, certamente com o melhor álbum de Power Metal de 2014, por ora. É claro que o ano mal começou, mas, diante da saturação da cena europeia, e com alguns nomes bastante instáveis, arrisco dizer que lembraremos, lá em dezembro, de “Delivering the Black”. Agora é curtir.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Primal Fear
Álbum: Delivering the Black
Ano: 2014 
País: Alemanha
Tipo: Power Metal
Gravadora: Frontier Records

Formação
Ralf Scheepers (Vocal)
Matt Sinner (Baixo)
Magnus Karlsson (Guitarra)
Alexander Beyrodt (Guitarra)
Randy Black (Bateria)





Tracklist
01. King For A Day
02. Rebel Faction
03. When Death Comes Knocking
04. Alive & On Fire
05. Delivering The Black
06. Road To Asylum
07. One Night In December
08. Never Pray For Justice
09. Born With A Broken Heart
10. Innocent Man *
11. Inseminoid
12. Man Without Shadow *
13. When Death Comes Knocking (Single Edit) *
*Presentes na versão Deluxe

Assista “When Death Comes Knocking”


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domingo, 26 de janeiro de 2014

Entrevista: Projeto "Tá no Sangue! A História do Rock Pesado Gaúcho"



Desde 2009, o grupo que está compilando, garimpando informações e material de forma a contar e reconstituir a trajetória do Rock Pesado Gaúcho (onde poderemos conferir o início de bandas como Krisiun, Panic, Defalla e tantas outras, além de verdadeiras pérolas a serem descobertas), formado a partir da iniciativa de Luís Augusto Aguiar, vem trabalhando arduamente, com a ajuda de vários amigos, colaboradores e simpatizantes, a fim de, em breve, ter realizado plenamente o projeto, que já foi batizado inclusive, recebendo o nome de "Tá no Sangue! A História do Rock Pesado Gaúcho", que além do lançamento do livro, prevê um festival e outras ideias.

Panic
A exemplo também de documentários como "50 Anos do Rock Brasileiro" e "Heavy Metal Brasil", que vêm sendo produzidos há algum tempo, o "Tá no Sangue!" também se somará a esses projetos que serão de grande valor à nação rocker em geral, e com certeza será um belo material, não somente para o público do sul do país, tanto para quem viveu a época, como para novas gerações, sejam de músicos, fãs, simpatizantes, e até mesmo pessoas não tão ligadas a música pesada, pois o trabalho trará um retrato e histórias de uma época que ainda não tínhamos o acesso à informação tão facilitado, uma época de luta, histórias engraçadas, algumas até um pouco tristes, saudosismo, conquistas...

Confira abaixo o papo com o Luís Aguiar, e saiba mais a respeito deste maravilhoso projeto!

Maicon (C/Camiseta do Krisiun) e Luís: Entrevista com Roberto (ao centro), do Astaroth

RtM: Como surgiu a ideia do projeto e há quanto tempo você vem trabalhando nele?

Luis: O início foi na metade de 2009. Da minha parte, surgiu após eu ter lido alguns livros e matérias que falavam sobre a história do rock gaúcho e nacional, e nestas publicações pouco era mencionado o rock pesado* gaúcho, que possui uma história riquíssima, com muitas pessoas que dedicaram, e muitas que ainda dedicam boa parte da sua vida em prol deste estilo de música, e que acabaram adotando como estilo de vida inclusive.

Neste mesmo ano(2009) ao procurar parceiros para desenvolver o Projeto, achei através da internet o Maicon Leite, que também tinha a ideia de escrever um livro sobre o mesmo assunto. A Cida Goulart e o jornalista Douglas Torraca foram convidados a entrar no Projeto algum tempo depois.

*Usamos o termo rock pesado pois não queremos abordar somente o Heavy Metal e as suas subdivisões, mas também Hard Rock, Rock Progressivo e Punk/Hardcore.
 
Coletânea histórica, lançada em 1984
RtM: Como vocês organizaram a busca pelas informações e material para compor o livro? E que tipo de material vocês buscaram além das entrevistas?

Luis: Em um primeiro momento começamos a fazer contato com muitas pessoas ligadas à cena, para identificarmos quem seriam as pessoas “chave” que poderiam contribuir conosco, aquelas que fizeram as coisas acontecer na cena. Automaticamente algumas pessoas, por indicação, nos levaram a fazermos contato com outras mais. 

As redes sociais da internet foram e estão sendo fundamentais neste processo. Após esta primeira etapa de descobrirmos quem seriam estas pessoas para entrevistarmos, iniciamos o processo de pesquisa de material em livros, revistas especializadas e na internet, que nos levou a fazermos contato com mais gente ainda, formando uma grande rede de contatos e divulgadores de informações.

Leviaethan
RtM: Vocês buscaram também informações e material no interior do Estado? Provavelmente também devem ter descoberto muitas pérolas perdidas no tempo.

Luis: Nós sabemos da importância que o interior do estado tem na cena de Rock Pesado Gaúcho, com bandas e eventos realmente importantíssimos, principalmente no que tange ao underground. Há rockers abnegados espalhados por todo o estado, e não só nas grandes cidades. Graças à internet conseguimos chegar até várias pessoas do interior do estado e que muito tem colaborado conosco. Gostaríamos de ter viajado mais para podermos entrar em contato direto com estas e mais pessoas, mas mesmo assim pessoas que moram em 21 cidades gaúchas foram entrevistadas ou responderam o nosso questionário, além de pessoas que hoje moram em outros estados e países.  Muitas “pérolas” que muitos nem imaginam que tenha acontecido no interior do estado...
 
Demo-tapes eram o meio de divulgação das novas bandas, são itens guardados como tesouros hoje

RtM: E a montagem e organização do material compilado, como será montado o livro? Falem um pouco sobre esse processo.

Luis: Pretendemos contar a história da forma mais cronológica possível, dos primórdios lá no final dos anos 60 até os dias atuais, com muitas fotos, cartazes de shows, flyers, etc.  Em breve iniciaremos o processo de coleta deste material, e gostaríamos de aproveitar este espaço para  solicitar aos leitores do Road do Metal que queiram contribuir com material, que façam contato conosco através do e-mail projetolivrors@gmail.com ou através do nosso Grupo e Página no Facebook. Sabemos que há muitos “baús com relíquias” a serem abertos.

RtM: Vocês chegaram a fazer quantas entrevistas?

Luis: As entrevistas estão encerradas. Entre entrevistas presenciais, através do Skype, do “falecido” MSN e por e-mail foram 136 entrevistas com a participação de 172 pessoas, entre elas músicos, fãs, radialistas, jornalistas, empresários que possuem lojas de artigos ligados ao rock e produtores de eventos.

Ivan, do Astaroh: A banda foi a responsável pelo primeiro LP de Heavy Metal no RS
RtM: Durante esse período de pesquisa vocês tiveram alguma resistência, alguém se negou a participar ou dar entrevista?

Luis: Infelizmente, tivemos sim. E para alguns tivemos que ter uma persistência um pouco maior até convencermos estas pessoas da importância da participação delas em algo que envolve não só a sua história particular, mas algo muito maior. Mas respeitamos a decisão de quem não quis colaborar.

RtM: Dentre todo esse processo, devem ter ocorrido fatos inusitados, e até surpreendentes, você poderiam contar alguma, ou algumas passagens, desse período de verdadeiro garimpo?

Luis: Os fatos mais inusitados ocorreram durante as entrevistas presenciais em bares e outros locais públicos. Teve entrevista que rolou até pagode no ambiente, com uns tiozinhos que já chegaram bebuns no bar e transformaram aquela música numa sessão de tortura aos nossos ouvidos. Essa entrevista da metade em diante ficou prejudicada, mas conseguimos terminá-la.  

Teve outra entrevista que rolou em outro bar que à medida que a entrevista ia transcorrendo a música ambiente ia aumentando de volume e na mesma proporção as pessoas em volta falavam mais alto. Em suma, alguns músicos da banda entrevistada saíram roucos e integrantes da nossa equipe não ouviram praticamente nada do que foi dito.

Além das demos, os releases, cartazes, zines e flyers eram formas de divulgação, distribuídas de mãos e mão, correios, nos shows...
RtM: E em que fase está o livro? Vocês já possuem uma previsão para lançamento e o que vocês programam para isso? Lembro que existia a ideia de um show, reunindo algumas dessas bandas e músicos que fizeram e fazem parte dessa história do som pesado Gaúcho.

Luis: Estamos concluindo as transcrições das entrevistas. O “esqueleto” dos capítulos do livro já estão praticamente prontos, selecionaremos as informações mais relevantes das entrevistas para encaixarmos nos capítulos. 

Inicialmente pretendíamos lançar somente o livro, mas com o passar do tempo essa ideia se transformou em um Projeto, que envolve além do livro um festival com 12 bandas significativas da cena de Rock Pesado Gaúcho. O Projeto foi inscrito no Ministério da Cultura (MINC), e em 2013 obtemos a aprovação pelo MINC nos autorizando a captar recursos através da Lei Rouanet.

Eduardo e Carlos Garcia, do Road, reunidos com parte dos colaboradores do projeto
RtM: Também pude contribuir com algumas transcrições de entrevistas, e posso dizer que é um material incrível, realmente documentos e depoimentos históricos, onde aprendi e descobri muita coisa da história do Rock aqui do sul. Vocês pensam em uma maneira de disponibilizar essas entrevistas na íntegra futuramente?

Luis: Possuímos um vasto material em forma de entrevistas e depoimentos, infelizmente nem tudo conseguirá entrar no livro. Acreditamos que este Projeto renderá muitos outros frutos no futuro, e gostaríamos muito que isto seja apenas um começo para algo muito maior e que engrandecerá a cena do Rock Pesado Gaúcho.  

RtM: Outra coisa que achei muito interessante, foi quanto aos depoimentos dos entrevistados falando sobre os shows históricos, seja de bandas nacionais ou internacionais, que aconteceram aqui no RS, shows como o do Inox, ou do Quiet Riot em 85, quer dizer, coisas que, devido à dificuldade que era de obter a informação na época, a gente nem ficava sabendo que ia acontecer. Hoje, com a internet, fica muito mais fácil.

Luis: Nos tempos pré internet realmente as informações dependiam de chamadas em rádios ou publicações no jornal, e muita coisa mais underground rolava na base da divulgação via cartazes colados pelos próprios músicos nos muros das cidades, entrega de flyers mão a mão, ou na base da divulgação do boca a boca mesmo.  

Demo-tape da Megalon, de Taquara-RS

Hoje em dia, com poucos cliques, se tem acesso a informações de eventos que ocorrerão meses depois.  Só para exemplificar algo específico de uma época... quantas pessoas teriam ido ao show do Viper em Porto Alegre, quando estiveram aqui pela primeira vez (anos 90), se soubessem que o André Matos já não estava mais na banda? Muitos ficaram sabendo no momento que a banda entrou no placo. Se ocorresse hoje em dia, com a internet, com certeza esta informação já estaria sendo divulgada com antecedência.

RtM: Também chama a atenção a bagagem de muitos dos músicos e pessoas que fizeram parte dessa história, muitos moraram ou moram ainda no exterior, traziam ou recebiam material e informação de lá, desde LPs até equipamentos, enriquecendo a cena, lembrando que naquela época a informação não andava tão rápido como nos dias de hoje.

Luis: Lá nos longínquos anos 60/70 e até no começo dos 80, a forma de se ter acesso a material importado (discos e equipamentos principalmente) na grande maioria das vezes passavam por ter algum amigo que trouxesse este material do exterior, ou ser amigo de um comissário de bordo ou piloto de alguma empresa aérea da época, visto que muito material não saía em versão nacional, principalmente os discos de rock pesado, revistas e informações chagavam aqui já com notícias defasadas.  Instrumentos musicais importados então eram motivo de veneração por outros músicos e pelos fãs. Uma época mágica, porém de muitas dificuldades, batalha e conquistas. 



RtM: E o apoio e financiamento para lançamento do material?

Luis: Com o Projeto aprovado pelo MINC, estamos agora na batalha por patrocinadores, para que possamos viabilizar o livro sendo distribuído, sem custo para os leitores, e para que aconteça o festival, a ser realizado em um amplo lugar público, sem a cobrança de ingresso, tornando um fato atrativo aos patrocinadores que poderão expor a sua marca para milhares de expectadores no festival, além do site exclusivo do Projeto, e também nas redes sociais. Caso o presente leitor queira ou conheça alguém que possa ou queira patrocinar o Projeto, entre em contato conosco.

Luís, em mais uma entrevista
RtM: Finalizando, deixo o espaço para a sua mensagem final, e os parabéns pela grande iniciativa, que com certeza enriqueceu os seus conhecimentos e vai enriquecer o de muitos leitores assim que o livro for lançado. Com certeza será um documento histórico.

Luis: Gostaríamos de agradecer a todos que tem nos ajudado durante este tempo, quer seja com as entrevistas, fazendo transcrições, nos passando informações, postando material nas redes sociais, nos incentivando e além da Road To Metal pela oportunidade de estarmos divulgando o nosso Projeto.

A história que estamos querendo contar é de pessoas como nós, que de alguma forma se doaram em prol de algo que realmente gostam. Vários que  transformaram um hobby em profissão, que acreditaram e acreditam que o Rock Pesado agregou e agrega algo muito importante em suas vidas e na vida de quem também gosta deste tipo de som, e isto  torna de alguma maneira a vida destas pessoas melhor. E, se de alguma forma pudermos encher de orgulho estas pessoas por tudo o que fizeram, seja qual o tamanho da sua contribuição, e principalmente mostrar à nova geração a responsabilidade que eles têm em manter e dar continuidade a isto tudo, incentivando a cena e produzindo material de qualidade, poderemos dizer que teremos cumprido o nosso objetivo.
United Forces!!!

Luis Augusto Aguiar.


Entrevista/edição: Carlos Garcia
Fotos: Arquivo Projeto (fotos enviadas pelas bandas, fãs e colaboradores)

Contato: projetolivrors@gmail.com


















sábado, 25 de janeiro de 2014

Melhores de 2013: Você Votou e Escolheu o Melhor Disco do Ano!



Final de ano sempre pipocam nos sites, revistas e afins, as famigeradas listas dos melhores do ano pelos redatores Brasil (e mundo) afora (e a cada ano as listas ficam maiores, tantas são as categorias).

Neste ano de 2013, pensamos em não ir por esse caminho e sim deixar que vocês, amigos internautas, escolhessem os melhores discos. Porém, ao invés de colocar uma lista imensa ou abrir apenas para quem quisesse enviar email, selecionamos, 10 sugestões de discos internacionais e 10 nacionais, lançados em 2013 e que, de alguma forma, nos cativou, a maioria inclusive com matérias aqui no site. Além disso, deixamos espaço para que você pudesse escolher algum trabalho que não foi contemplado na lista prévia.

Foram poucos dias de votação (a coisa não pode se estender, temos que olhar para o presente e o futuro também!), mas um número incrível de votos. Somando os fotos na enquete do site, mais os e-mails que recebemos, foram cerca de mil pessoas que deram sua opinião sobre o melhor disco de 2013. E, sem delongas, eis os resultados.

Melhor Álbum Nacional de 2013

“The End of Time” (Hevilan) – 270 (36% do total de votos)

Leia resenha do álbum clicando aqui.


2º Colocado
“Silent Revenge” (Hibria) - 145 (19% do total de votos)

Leia resenha clicando aqui.


3º Colocado
“Honor” (Panzer) - 97 (13% do total de votos)




Melhor Álbum Internacional de 2013

“13” (Black Sabbath) - 69 (56% do total de votos)

Leia resenha aqui.


2º Colocado
“Dream Theater” (Dream Theater)  -   16 (13% do total de votos)



3º Colocado
“Aftershock” (Motörhead) - 8 (6% do total de votos)

Leia resenha aqui.




Análise dos Melhores Discos de 2013

Como esperado, era inegável que o disco que marcou a volta de Ozzy Osbourne em estúdio com o Black Sabbath sairia vencedor, com esmagadora diferença para o 2º e 3º colocados, como se pode conferir.

Obviamente, faltaram vários ótimos lançamentos, como “Cirurgical Steel”, do Carcass (recebemos vários “puxões de orelha” por isso), o que talvez tenha prejudicado para os poucos votos na categoria internacional.

Do lado nacional, por outro lado, cobrimos os principais e mais relevantes lançamentos do ano (claro que uns ficaram de fora e alguns nomes foram lembrados pelos fãs via email, como o disco do King of Bones, “We Are the Law”).

“The End of Time” foi a estreia com disco completo da Hevilan, que não poupou esforços em ofertar um trabalho de grande talento, qualidade e trazendo Aquiles Priester (Hangar, ex-Angra) na bateria e, apesar de apenas gravar o trabalho, ajudou e muito no resultado final e, inegável dizer, foi também uma ótima forma de marketing. E deu certo!

A banda Hevilan, cujo álbum foi disparado considerado o melhor de 2013 na categoria “Álbum Nacional”, será entrevistada com exclusividade num bate-papo bastante completo em breve. Fique ligado!

Agradecemos a todos que votaram e pedimos que sigam conosco neste ano de 2014, pois muitas novidades surgirão, além das nossas famosas promoções, sempre com coisas de qualidade para vocês!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Saxon: Clássicos Re-energizados em Versões Acústicas e Orquestrais


As lendas do Metal inglês lançaram em novembro o álbum "Unplugged & Strung Up" (2013), contendo versões re-arranjadas de vários clássicos de sua carreira, não faltam canções grandiosas para escolher, e eu já imaginava, por exemplo, "Crusader", numa versão orquestral, imaginava que um dia eles iriam fazer algo assim, era inevitável, e isso aconteceu no CD bônus da edição especial do álbum "Sacrifice", e o resultado final ficou muito bom. Por conta disso, acredito, agora, a banda re-edita algumas daquelas versões e acrescentando outras faixas, inclusive regravações e versões acústicas.

Discos de versões acústicas e orquestradas já encheram o saco? Não quando o material é bem feito, honesto e não um simples caça-níquel, já que o Saxon se mantém relevante e lançando bons discos de inéditas periodicamente.


A banda comentou que que essa versões "re-energizadas e re-arranjadas" trazem uma nova dimensão às músicas, e, realmente, ficaram muito boas, até emocionantes, valendo a aquisição do álbum, tanto para quem tem, como para quem não conferiu as versões que saíra no citado CD bônus do "Sacrifice".

Confira, por exemplo, "Crusader" (Fucking Awesome!!!!Foi a primeira coisa que me veio na cabeça, hehehe), "Red Star Falling" e "Broken Heroes" (que é uma das minhas preferidas, apesar de ser de uma fase que eles estavam com um lado mais "comercial", mas essa música é um hino), onde os novos arranjos corroboram os comentários da banda a respeito da "re-energização" das músicas.


Agora, "The Eagle Has Landed", ficou impressionante! (confira o lyric video abaixo, lançado dia 16/01/2014), ficou ainda mais épica, densa e pesada, com os arranjos orquestrais a deixando tão grandiosa quanto a original, dando uma nova dimensão à música. Imagine um show completo com orquestra?


Nas versões acústicas, destaque para "Frozen Rainbow" (do primeiro álbum), abrilhantada com belas texturas, arranjos de violão de doze cordas inclusive, deixando-a ainda mais bela e atual (vídeo oficial abaixo).


Temos ainda regravações e re-mixes de músicas como "Stallions of the Highway" e "Rock the Nations", entre outras, todas bem gravadas e produzidas, sendo que o álbum, e sua versão digipack ainda conta com um CD bônus, "Heavy Metal Thunder", com mais um apanhado de clássicos. Resumindo, um pacote indicado aos fãs e, essa edição dupla, muito mais ainda a quem quer conhecer mais a banda, novas gerações, já que o lançamento se mostra um belo apanhado (para os mais novos, recomendo depois, buscar também os clássicos, como "Power & the Glory", "Wheels of Steel", "Strong Atrm of the Law"). Com certeza, vale a aquisição, agora, tomara que eles façam alguns shows com essas versões e lancem em DVD!

Texto/Edição: Carlos Garcia
Revisão: Motorcycle Man

Ficha Técnica
Banda: Saxon
Álbum: Unplugged & Strun Up
Ano: 2013
Estilo: Heavy Metal
País: Inglaterra
Selo/Gravadora: UDR Music




Track-List

Unplugged and Strung Up:
01. Stallions of the Highway (remix)
02. Crusader (orchestral version)
03. Battle Cry
04. The Eagle Has Landed (orchestral version)
05. Red Star Falling (orchestral version)
06. Broken Heroes (orchestral version)
07. Call to Arms (orchestral version)
08. Militia Guard
09. Forever Free (re-recorded version)
10. Just Let Me Rock (re-recorded version)
11. Frozen Rainbow (acoustic version)
12. Iron Wheels (live acoustic version)
13. Requiem (acoustic version)
14. Coming Home (acoustic version)
Heavy Metal Thunder:
01. Heavy Metal Thunder
02. Strong Arm of the Law
03. Power & the Glory
04. And the Bands Played On
05. Crusader
06. Dallas 1pm
07. Princess of the Night
08. Wheels of Steel
09. 747 (Strangers In The Night)
10. Motorcycle Man
11. Never Surrender
12. Denim & Leather
13.
Backs to the Wall