quarta-feira, 18 de março de 2015

Entombed A.D: Uma Noite para Ficar na História (08/03/15 – Embaixada do Rock)


No último dia 08 de março, além de comemorarmos o dia internacional da mulher, era dia também de celebrar o Death Metal. A cidade de São Leopoldo recebeu uma lenda da vertente mais pesada do Metal, os suecos do Entombed, o que há pouco tempo atrás ninguém imaginaria que aconteceria, pois a banda desmantelou-se e parecia que não voltaria à atividade, mas Lars-Göran Petrov que é a alma da banda resolveu retornar, mas passando a se chamar Entombed A.D, devido a disputas judiciais com o guitarrista Alex Hellid em 2014.

Após algumas tempestades enfim lançaram o álbum “Back to the Front” e para a alegria de todos os fãs vieram divulgar o novo trabalho no Brasil, acompanhados da banda mineira KroW rodaram pelo Brasil e América do Sul despejando destruição por onde passavam. Agora vou contar como foi o show de São Leopoldo.

O local escolhido para o show foi a Embaixada do Rock, casa relativamente pequena para um show internacional, mas já acostumada a receber o público undergroud, haviam no local do evento menos de 200 pessoas, mas como a casa não é muito grande a sensação era que tinham 500 e o calor fez essa sensação aumentar, nem com ar condicionado a temperatura ficou agradável, mas o público presente sabia que o sacrifício valeria a pena, pois logo veriam no palco uma grande lenda.

DyingBreed
A Primeira banda a se apresentar foi a  DyingBreed de São Leopoldo. Mostraram o motivo de estarem a cada dia crescendo mais e ganhando respeito na cena nacional, a banda é relativamente nova, mas seus músicos já estão na estrada há muitos anos, e representaram o RS muito bem, fazendo um show brutal e que agradou muito os presentes. O Death Metal no RS está muito vivo e vai muito bem obrigado.

KroW
KroW de Uberaba – MG foi à segunda banda da noite, apesar do som muito alto para o tamanho da casa, os mineiros fizeram um show maravilhoso, a banda tem muita qualidade, e representou muito bem Minas Gerais, ainda quero ver um show deles com som e qualidade merecida, pois realmente fez muita diferença na apresentação deles.

Era a hora mais esperada da noite, os suecos subiram ao palco e os fãs gritavam pelo Entombed, e eles atenderam logo de cara tocando “Pandemic Rage” do último trabalho. O show seguiu com muita brutalidade, muito calor e muito ranho? Sim muito ranho, Lars Petrov por varias vezes pegava de sua própria boca pedaços de meleca e mostrava para o público, algo nojento, mas como era uma lenda fazendo não vamos levar isso tão a serio né?!


“I for an Eye” e ”Revel in Flesh” dos tempos mais antigos fez a galera se despedaçar na roda, “Second to None” também representou o álbum novo, mas o que fez os headbengers pirar mesmo foi às músicas mais antigas, ”The Underminer” apareceu também no setlist, mas não animou tanto os bangers que estavam querendo os clássicos e eles vieram, “Living Dead”, por exemplo, foi a música mais apreciada da noite, mas “Stranger Aeons” e “Chaos Breed” foram pontos fortes também. Além de “Left Hand Path” e “Wolverine Blues” eles tocaram “Night of the Vampire”, cover do conterrâneo deles Roky Erickson, eu particularmente gostei muito desta versão, mas alguns fãs pareciam não entender muito que estava acontecendo.

A Embaixada do Rock nunca mais será a mesma depois dessa noite, apesar do calor, as bandas no palco fizeram tudo valer a pena. A simpatia dos membros do Entombed A.D foi algo absurdamente surpreendente, com muita humildade mostraram para todos que o Death Metal é um só e não importa a língua que você fala ou os país que você vive, no fim todos falam uma única língua que é o Metal Extremo.


E sim é de se surpreender que uma banda lendária destas haja com humildade, pois muitas vezes vemos bandas undergrounds do nosso próprio estado fazerem pose de rockstars e acharem que são os reais do mundo.

Parabéns a Makbo por trazer mais uma lenda ao nosso estado e por acreditar em nossa cena.


Cobertura por: Marlon Mitnel
Fotos: Diogo Nunes
Revisão/edição: Renato Sanson

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