sábado, 25 de abril de 2015

Monsters Tour: Está Chegando a Hora do Show Histórico em Porto Alegre



Os Monstros estão chegando, e vão colocar tudo abaixo aqui no Rio Grande do Sul, dia 30 de Abril no Estádio do Zequinha. Ozzy, Judas Priest e Motörhead (a abertura será a cargo dos gaúchos da Zerodoze) reunirá fãs de diversas localidades e idades, coisas que só o Rock e o Metal são capazes de proporcionar, algo que passa de pai para filho, música que atravessa e resiste ao tempo, passa de geração em geração, e certamente teremos novamente muitas famílias inteiras ali presenciando o que pode ser um dos últimos shows dos seus ídolos, algo que ficará guardado na memória de todos que lá estarão.

Além disso, da característica de reunir fãs de várias gerações, os fãs de Metal e Rock Pesado são apontados em diversos estudos de sociologia como os que menos discriminam, que são um público mais esclarecido e com grau de exigência maior, além de sempre dar exemplo de civilidade e companheirismo nos shows e festivais.  


Véspera do feriado do dia do trabalhador, a data favorecerá muitos fãs do interior e de outros estados, que se mobilizam porque, além do show histórico reunindo três dos maiores ícones do Metal e Rock Pesado, há essa probabilidade de que talvez seja a derradeira chance de vermos esses "Monstros" por aqui, pois a idade já avança, e eles já diminuíram a carga de shows, priorizando grandes eventos e festivais, e deixando de lado tours mais extensas. A maior apreensão certamente é quanto a saúde de Lemmy Kilmister, líder e fundador do Motörhead, que obrigou a banda a diminuir o ritmo e também tendo de cancelar shows. Leia entrevista com Lemmy para a Full Metal Jackie AQUI

Destaquei uma das frases do baixista/vocalista:  “Após dois anos sem fumar, voltei. Mas agora é só um maço por semana, antes eram dois por dia. Eu Coca-Cola faz uns dois anos, pois acho que elas são malignas. Dez colheres de açúcar em uma lata, e sou diabético.  Tomo vodka com suco de laranja agora, é menos prejudicial”.


Os três nomes já passaram por Porto Alegre. O Judas Priest, liderado por Rob Halford, tocou na Capital em 2005 e 2008. Em 2001, vieram para cá com a turnê "Demolition", que tinha Tim Ripper Owens no vocal. Já a banda de Lemmy Kilmister veio ao Rio Grande do Sul em 2000 e 2004, enquanto Ozzy passou por aqui em 2011, no Gigantinho, e  também com o Black Sabbath, na FIERGS em 2013, em outro show histórico.

A ansiedade e expectativa com certeza é enorme, e dias 25 e 26 os Monstros passam por SP e depois 28, em Curitiba, e já teremos uma ideia do set-list, clássicos não faltam, e Ozzy também toca várias músicas do Sabbath, eles devem variar o set de cidade em cidade, mas hinos como "Ace of Spades", "Breaking the Law" e "No More Tears" e algumas outras "obrigatórias" deverão estar presentes em todos os shows. 
E a tour dos Monstros se estende pelo Brasil, com alguns dos artistas do cast fazendo shows em diversos estados, excelente oportunidade a todos os fãs brasileiros de conferir alguns desses ídolos.

O Road to Metal estará fazendo a cobertura em Porto Alegre, e possivelmente em SP. Ótimo show a todos!




Confira informações abaixo:

Realização: Mercury Concerts
Produção local: Hits Entretenimento
Abertura dos Portões: 17:30
Início dos shows: 19:30
Classificação: 16 anos

LINE UP:
17h30 - Abertura dos portões
18h30 - ZeroDoze
19h30 - Motorhead
21h15 - Judas Priest
22h45 – Ozzy Osbourne


INGRESSOS:
Pista e Arquibancada (3º Lote): R$ 190,00
Pista e Arquibancada (PNE - 3º Lote): R$ 95,00
Cadeiras (2º Lote): R$ 290,00
Pista Premium (2º Lote): R$ 410,00
Monsters Zone (1º Lote): R$ 700,00 (Open Bar + Open Food)



PONTOS DE VENDA:
PDV Oficial - Cia Atlética BarraShoppingSul (Av. Diário de Notícias, 300 - Cristal, Porto Alegre)

Multisom - Palacio (Rua das Andradas, 1001, Centro)
Multisom - Shopping Iguatemi (Avenida João Wallig, 1800 - Loja 109)
Multisom - Barra Shopping Sul (Avenida Diário de Notícias, 300 - Lojas 1040 a 1042)
Multisom - Praia de Belas Shopping (Avenida Praia de Belas, 1181, Praia de Belas)
Multisom - Bourbon Shopping Ipiranga (Avenida Ipiranga, 5200, Jardim Botânico)


VENDA ONLINE: www.blueticket.com.br/13043/Monsters-Tour

DESCONTOS
20% Estudantes (Vendas somente no Barra Shopping)
50% Idosos (em toda rede de Pdvs fisicos)
50% PNE (em toda rede de Pdvs fisicos)


Observações:
Restrições do Local:
Não será permitido o acesso com câmeras fotográficas. Fotos poderão ser feitas via celular.
Não será permitido o acesso com bebidas e alimentos.

Classificação Indicativa: 16 anos*
Maiores de 16 anos poderão entrar desacompanhados.
Menores de 16 anos somente acompanhados pelos pais ou responsável legal.
Menores de 02 anos não poderão acessar o evento.

Menores de 18 anos não possuem acesso ao setor Monster Zone.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Venus Attack: Qual é o Seu "Secret Place"? Saiba Mais Sobre o Novo Vídeo



Com uma proposta musical cheia de personalidade, a banda gaúcha Venus Attack também preza por sempre apresentar novidades aos fãs, e desta forma divulgar o grupo em diversos canais e utilizando-se de vários recursos, sejam com shows tradicionais ou em formato acústico, destacando também o show com a Orquestra Engrenagem, disponibilização de web singles e até seu debut inteiro no youtube. Mas algo que a banda tem investido bastante, são os vídeos, e nesta semana, a VA disponibilizou mais um trabalho bem legal e bem feito, desta vez a faixa escolhida foi "Secret Place". Conversamos com o vocalista Michael Polchowicz, para falar um pouco mais da produção e a história desse vídeo e da música "Secret Place", que trata de um tema bem comum no cotidiano de todos nós, além de alguns assuntos mais. Confira abaixo e logo no final assista ao vídeo.


RtM: Saudações Mike, já que o assunto principal é o novo clipe, para começar você poderia nos contar um pouco a respeito da letra de “Secret Place”, a escolhida para este novo vídeo, como foi que surgiu a inspiração para ela e, claro, músicas trazem diferentes interpretações e emoções a cada pessoa, o que você desejou passar ao ouvinte com ela? 
Mike Polchowicz: Primeiramente quero agradecer a Road To Metal pelo espaço.
Bem, a "Secret Place" conta um pouco da história do cotidiano das pessoas, correria do dia-a-dia, sempre com o tempo apertado, hora certa para tudo o que fazemos, às vezes nem observamos que há muitas coisas legais por onde passamos, vivemos sob um estresse constante e na iminência de até perdermos a própria vida. 

Então chega um momento em que precisamos escapar, aliviar a carga. E cada um tem a sua válvula de escape, seja jogando futebol, ou assistindo, pegando a estrada de moto, andando de skate, de bicicleta, enfim... E nesses momentos, de certa forma, somos transportados para um lugar especial onde os problemas acabam.

No caso de "Secret Place", quem escreveu boa parte do tema, foi o meu amigo Thiago Pospichil Marques. Ele chegou um dia na minha casa e me contou que estava dentro de um ônibus lotado, indo para a faculdade ou para o trabalho (Não lembro), onde pessoas conversavam ao mesmo tempo e aquele ruído estava o incomodando, então ele colocou seus fones de ouvidos, começou a escutar música e esqueceu de tudo aquilo. E isso acontece com muitas pessoas, inclusive comigo. E a intenção da música é compartilhar esse sentimento.


RtM: E como é transformar a música em imagens? Nos conte a respeito da criação do roteiro do clipe para “Secret Place”. 
MP: Como tema da música é algo comum à maioria das pessoas, não foi difícil fazer o roteiro. Temos um narrador, que no caso sou eu, contando sobre o cotidiano da cidade e seus estresses e também mostrei um pouquinho da "válvula de escape" de cada um da banda. Também tentei passar a ideia que inspirou a música.



RtM: Complementando sobre a produção do vídeo, quem foram as pessoas envolvidas no projeto?
MP: A maior parte do trabalho foi minha e do editor Fabian Baldovino. E também tivemos o auxílio do amigo do Daniel, Francelino Jr., nas captações das imagens dele, da minha namorada Mara Mendonça, que tem experiência em produção de vídeos e o nosso skatista Tomás Berthier, que faz umas manobras.   


RtM: A Venus Attack, a exemplo também de muitas bandas e selos, têm investido bastante nessa parte audiovisual, principalmente com a facilidade de canais como Youtube e redes sociais para a promoção desse material, então, você acredita que novamente, assim como nos anos 80 tinham canais e programas de TV que veiculavam os clipes, os vídeos se tornaram parte importante para a divulgação e promoção do trabalho de um artista? 
MP: Totalmente. Nos dias de hoje, a imagem está muito atrelada ao som. Ainda mais quando há veículos de divulgação de massa que utilizam a imagem.
Dá para dizer que é uma adaptação do mercado. Algumas pessoas das gerações atuais, nem escutam uma música se não tiver uma imagem rolando junto.

E não vejo isso como algo ruim, acho que é uma evolução e temos que aproveitar esse espaço. Até os dinossauros da música estão fazendo o mesmo, temos como exemplo o Sir Paul McCartney que recentemente lançou alguns singles em formato de videoclipe.

Michael Polchowicz
RtM: Assisti a alguns curta-metragens produzidos por algumas bandas no Youtube, como dos espanhóis do Saurom e dos Norte Americanos do The Midnight Ghost Train, uma ideia bem interessante também. O que acha de produzir algo assim para a Venus Attack?  Quem sabe um DVD de um show e de bônus os vídeos e um curta?
MP: Fazer um curta exige uma produção cinematográfica e isso vai desde atores, diretor de fotografia, maquiador, iluminador, cenário, locações, etc..Fora o equipamento para fazer as captações de imagens e de áudio, que são mais sofisticados.
Sairia um pouco mais caro do que se gasta para fazer um videoclipe convencional.Quando falamos em videoclipe curta metragem, lembro dos clipes do Michael Jackson. Eram sempre super produções.Mas é claro que, o dia que a VA tiver condições, faremos videoclipes curta metragem.


RtM: Aproveitando esta conversa, a banda teve a saída do baterista Renato Larsen recentemente. Poderia nos falar um pouco mais a respeito e como está a procura pelo substituto?
MP: O Renato além de ser um excelente profissional, é nosso amigo. Bem, ele mudou-se para outro Estado, achou que não conseguiria dar a devida atenção para a banda e decidiu sair.
E quanto a outro baterista... Estamos conversando com alguns. Quando anunciarmos, o Road To Metal será o primeiro veículo a saber.


RtM: Combinado! Aí a gente espalha o nome do novo dono das baquetas!!! Bom, e os demais planos a médio e longo prazo da Venus? Material novo?
MP: Temos uma série de composições, só precisamos organizá-las para traçarmos o planejamento das gravações. Já temos praticamente um álbum.


RtM: Bom, obrigado Mike, fica o espaço para sua mensagem aos leitores e vamos ver se eles vão curtir o vídeo tanto quanto nós! Estou apostando que sim!
MP: Agradeço a todos os leitores do Road To Metal e continuem apoiando o Metal Nacional!



                       Assista o vídeo para "Secret Place" abaixo:




Entrevista: Carlos Garcia


Acesse os canais oficiais da Venus Attack






quinta-feira, 23 de abril de 2015

Spartacus: "Imperium Legis" - Continuando a Escrever História no Metal Gaúcho e Nacional



“Imperium Legis” é apenas o segundo full-lenght dos gaúchos do Spartacus, apesar de a banda ter sido fundada nos anos 80 (tendo uma música, "Sem Cessar", registrada na coletânea "Rock Garagem II"), sendo que muitas bandas daquela época, ou registraram demo-tapes com poucos recursos, ou não conseguiram deixar registros de seus trabalhos, o que é uma pena, pois muita coisa boa ficou apenas na memória de quem viveu a época ou na mão de poucos. 

Felizmente, algum material daqueles tempos vem sendo resgatando, e podemos citar aí o relançamento em CD do álbum do Astaroth, “Na Luz da Conquista”, tido como o primeiro disco de Metal do Rio Grande do Sul (Segundo reza a lenda, o do Virgem Atômica também foi lançado no mesmo período), e muita coisa vem sendo compartilhada em redes sociais e sites como Youtube e Soundcloud, e vale citar que muito disso se deve ao trabalho do pessoal que escreveu (e continua escrevendo, pois sairá uma segunda parte) o livro “Tá no Sangue, A História do Rock Pesado Gaúcho”, onde garimparam material de grande valor.

Voltando ao álbum, neste registro o Spartacus resgata muitas músicas significativas para a história da banda, mas que não tiveram a oportunidade de serem registradas adequadamente na época, então, além de um resgate para a própria banda, é importante também para os fãs de Metal, tanto os contemporâneos daqueles tempos, como os novos, que agora têm a oportunidade de conferir o trabalho deste importante nome da história do Metal Gaúcho, que inclusive contou em uma de suas formações com o baterista Aquiles Priester em seu início na batera.



Com letras em português, característica do Metal brasileiro naquela época, ressaltando que várias bandas daquele movimento continuam na ativa, com várias tendo voltado às atividades nos últimos anos, e lançado novos trabalhos, como o Azul Limão, Metalmorphose e Taurus, e trazendo músicas da primeira fase da banda nos anos 80/90 e com outras mais recentes, foram, como é explicado no encarte, mantidas estruturas e arranjos originais, a fim de manter e respeitar a contribuição de todos os integrantes, além de terem sido adicionados novos elementos e arranjos sintetizados.

O Heavy Metal Tradicional do Spartacus traz todas essas características clássicas em seus arranjos, bases e riffs, trazendo até um pouco de nostalgia, não no sentido que o álbum soe datado, mas traz boas lembranças daquela época em que não existiam tantas sub-divisões no Metal, e é muito bom ouvir o Heavy Metal puro e simples, de letras inteligentes e interessantes, tocado com garra e sentimento, ir viajando pelo álbum e pela história do Spartacus em músicas como “Encontro de Almas”, “Nas Leis do Infinito”, “Sob a Sentença, Um Carrasco” e “Fruto da Criação”.

Nada de elementos eletrônicos, invencionices, afinações “modernosas”, milhares de efeitos, guitarras fritando ou bumbos à velocidade da luz, apenas Heavy Metal.



Texto: Carlos Garcia
Revisão: Vincent Furnier



Além de comercializar o CD fisicamente, há a opção de compra via CDBaby, através do link www.cdbaby.com/cd/spartacus2 ou pelo e-mail wargodspress@gmail.com.

As músicas estão disponibilizadas para streaming no Soundcloud oficial da banda

Ouça também o primeiro álbum "Libertae"

Foto na contracapa da coletânea "Rock Garagem II"


Confira abaixo texto divulgado no Facebook oficial da banda, explicando o conceito lírico do álbum:


Baseado em letras de cunho filosófico, o novo álbum da banda gaúcha SPARTACUS, “Imperium Legis”, encanta não somente por sua sonoridade calcada num Heavy Metal tradicional pesado e empolgante, mas também por suas letras inteligentes, característica comum nestas suas três décadas de existência.
O baixista e compositor Marco Di Martino, ferrenho incentivador do Metal cantado em português, teceu algumas palavras acerca de cada tema, dispostas abaixo:

“Encontro de Almas” é uma história de amor contada ao estilo de Spartacus. Solitários da vida que se descobrem no fim do túnel.

“Na Rota da Colisão” traz aquele medo que se esconde ao fundo e que começa a nos preocupar apesar de não querermos vê-lo, ao final transformando-se em realidade violenta e impossível de ser ignorada.

“Não Morra o Sentimento” é o chamado para as emoções que colocamos de lado e que invoca nossa compaixão muitas vezes por nós mesmos declinada.

O “Império da Lei” concede aos amigos suas benesses, aos inimigos seus rigores, aos demais a sorte... Lutemos por um mundo mais justo...

Quando “Nas Trevas da Insanidade”, muitas vezes nem a loucura pode negar a opressão que nos cerca.

“Noite Sem Lua” em que não era a hora, não eram os métodos, não foi o que se queria e nem a lua compareceu... O ímpeto descontrolado consome a virtude...

“Nas Leis do Infinito” "o que é do homem o bicho não come"... Há mais coisas entre o céu e a terra do que se imagina.

“Velho Rei” de vontade egocêntrica e expansionista que se impõe sobre tudo e sobre todos muitas vezes estando bem perto da gente.

“Sob a Sentença, um Carrasco” onde a ignorância é a sentença e o poder econômico manipulador social é o carrasco... Passa na T.V., todos veem, mas ninguém enxerga.

“Fruto da Criação” tem o fruto como produto social e a criação como a realidade que o determina. A criação dá luz ao fruto e ao final o rejeita e destrói porque ele não possui a virtude que ela não lhe inspirou.

“Prisioneiro do Alvorecer” porque estamos aprisionados aos efeitos da consequência de nossos atos. Não há como escapar da luz do dia seguinte.


terça-feira, 21 de abril de 2015

M:Pire of Evil: Live - Forum Fest VI - Tempestade em Terras Francesas


Parte de um pacote de lançamentos que o M:pire of Evil fechou para lançamento no Brasil com a Shinigami Records, “Live – Forum Fest VI – Laudun Pardoise”, gravado em terras francesas, que inclusive recebeu uma nova masterização especialmente para o lançamento na América do Sul, num registro ao vivo “de verdade”, segundo a banda, sem “overdubs”, e realmente, o álbum tem uma sonoridade bem crua, mas de boa qualidade, transmitindo ao ouvinte a pegada da dupla Mantas e Tony “The Demolition Man”, aqui acompanhados pelo baterista JXN.

Oara mim, a grande qualidade do álbum está nessa crueza e fidelidade que transmite, trazendo o clima dos shows dos ingleses ao ouvinte que ainda não teve a chance de vê-los no palco, e ainda serve de registro aos fãs que já testemunharam a energia do M:Pire of Evil ao vivo, e certamente vão querer ter esse play em casa pra reviver um pouco da gana e da tempestade sonora do grupo.


As oito faixas captaram essa energia do trio, em músicas pesadas, aquele Thrash por vezes sujo, mas também mostrando técnica, alternando temas velozes e outros mais cadenciados. Podemos sentir na cara os riffs de Mantas, sem dúvida um dos pilares do Venom, grupo considerado clássico e criador do Black Metal, e que, em minha opinião, sem ele e seus riffs o Venom nunca mais foi o mesmo, a voz forte e agressiva e a pegada do baixo pesado e bem executado de Tony Dolan, o Demolition Man, que também fez parte do grupo inglês, chegando a lançar 3 álbuns, destacando “Prime Evil” (que inclusive seria o primeiro nome que escolheram para batizar sua atual banda, tendo que trocar por existir outra banda de mesmo nome), e ainda a pegada certeira de JNX, que sabe tocar de forma agressiva, mas também mostra técnica.

Tony e Mantas: Dupla demolidora!
Com músicos que que já possuíam qualidade, e seguiram evoluindo dentro de sua proposta, o M:Pire of Evil é, em minha opinião, uma banda superior e muito mais empolgante e interessante que o Venom, não precisando viver de promoção aproveitando-se da relação que possuem com os ditos “pais do Black Metal” (apesar de alguns promotores sempre tentarem ressaltar esse ponto), e vejo que eles realmente procuram fazer sua própria história, e vêm crescendo bastante, e além de estarem fazendo algo bem mais interessante que sua ex-banda, também possuem um carisma e empatia superiores.

Ótima pedida para quem gosta de sentir a pegada de um show ao vivo, indicado a fãs do grupo e recomendado também para quem ainda não conferiu o som do M:Pire of Evil.


Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação e Gregg Bender (Tony e Mantas live)

Banda: M:Pire of Evil
Álbum: Live At Forum Fest VI (2014)
Line Up do Álbum:
Tony “The Demolition Man” Dolan: Baixo e Vocais
Mantas: Guitarras
JXN: Bateria

Track List
Demone
Wake Up Dead
Blackened are The Priests
Carnivorous
Temples of Ice
Hell to the Holy
Hellspawn
Metal Messiah



domingo, 19 de abril de 2015

Cobertura de Show - Eluveitie: Encantando Porto Alegre/RS Pela Segunda Vez (13/04/15 - Teatro do CIEE, POA/RS)


Exatamente dois anos se passaram desde a primeira vinda dos suíços do Eluveitie a Porto Alegre/RS. E agora retornando com sua nova turnê do disco “Origins” (2014).

Se na primeira passagem pela capital gaúcha não tivemos a presença de Anna Murphy, nesta nova vinda não teríamos presentes a violinista Nicole Ansperger e o baixista Kay Brem, que ficaram em seus países devido a problemas de ordem pessoal.

O local escolhido para essa nova apresentação foi o aconchegante Teatro do CIEE, que infelizmente recebeu um público pequeno na noite do dia 13/04 (segunda-feira).

Então era hora dos mestres do Folk Metal entrarem em cena e pontualmente às 21h pouco a pouco cada integrante foi tomando seu posto enquanto a intro “Origins” era tocada. E sem muito tempo para respirar a monstruosa “King” entra em cena e faz o Teatro estremecer.


Mantendo o alto nível “Nil” (do disco “Everything Remains (As It Never Was)”de 2010) e “King” (do álbum mais recente) tomam forma e encantam os presentes, e de fato mostra como Anna faz falta ao grupo ao vivo, além de ter uma bela presença de palco suas partes vocais são insubstituíveis, assim como o som único de sua Viola de Corda.

Falando em instrumentos vale sempre ressaltar a diversidade que se encontra num show do Eluveitie, onde abrem mão dos samplers e mostram toda sua destreza com flautas, bandolim, percussão, Gaita de fole (que tinha um som belíssimo) e etc.

Seguindo a festa Folk certamente um dos momentos mais aguardados, quando o carismático vocalista Chrigel Glanzmann anunciava uma música que não tocavam a bastante tempo, e era de seu Debut “Spirit”, então os berros de “Uis Elveti” começam a surgir da plateia para banda iniciar essa obra do Folk Metal.


O contraste vocal de Anna e Chrigel nesta faixa é fantástico, pena que só mais uma música desse disco figuraria nesta noite.

“Primordial Breath” do “Slania” também teve uma ótima recepção, mas um dos momentos mais especiais da noite se daria pela bela Anna Murphy, que assumiu os vocais largando sua Viola de Corda para execução da épica “The Call of the Mountains” ou “De Ruef vo de Bärge” (em alemão), pois antes de sua execução Anna perguntou aos presentes qual versão gostariam de ouvir, se em inglês ou alemão.

Então a belíssima canção acabou sendo dividida tendo uma parte cantada em alemão e outra em inglês, além da simpatia da musa do Folk Metal da atualidade, ganhando os presentes com seu jeito doce e enigmático.


Após a instigante “Inception” onde Chrigel disse que ali era um show de Heavy Metal e gostaria de ver alguns moshs e rodas, era hora do set acústico comandado pelo disco “Evocation I - The Arcane Dominion”, onde Anna comandou em mais um show particular, mas com os demais dando uma aula nos instrumentos diferenciados, não há como não mencionar o novo membro da banda Matteo Sisti, e sua destreza com as flautas, dando um toque ainda mais refinado ao som do Eluveitie, além de fazer as partes do violino na flauta doce.

O set acústico nos brindou com a instrumental “Memento” e as belas “Brictom” e “A Rose for Epona” (cantada em uníssono pelos fãs).

A poderosa “The Nameless” volta a agitar os presentes com os guitarristas Ivo e Rafael se destacando. E falando em destaque, o baterista Merlin Sutter é de fato um monstro, com sua bateria com seus mais de 12 pedestais, senta o braço literalmente, além de ser provido de uma técnica acima da média.

Após o final fake que precedeu músicas dos discos mais atuais (e com parte da banda retornando ao palco vestindo camisetas do Brasil), tivemos “Inis Mona” para alegria geral dos presentes, e a intensa e já carimbada “Tegernakô” (do disco “Spirit”) , que fechou o show do mesmo modo que começou, em alto nível.


Parabéns a Dark Dimensions por trazer de volta essa grande banda ao nosso estado, além de levar a apresentação para um dos melhores teatros do RS, o que engrandeceu em muito a apresentação.

Fica aqui a ressalva pelo pouco público que prestigiou, pois quem não foi perdeu uma apresentação emblemática, fazendo de fato a alegria dos reais fãs.


Fica a dica, não adianta reclamar que as bandas não voltam ao estado ou que não tem show de fulano ou beltrano se o público não colabora. Os shows dependem de nós fãs, sem público não se há evento.


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Felipe Pacheco


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Band of Spice: Indicado aos fãs de um bom Stoner e Rock Setentista


Uma mistura entre o Stoner e o Rock Clássico. De uma maneira rápida, assim pode ser definido o trabalho da Band of Spice, banda do ex- Spiritual Beggars e ex-The Mushroom River Band, Christian “Spice” Sjöstrand. Segundo trabalho do grupo (Feel Like Calling Home, o primeiro sob este nome foi lançado em 2010), Economic Dancers (2015) traz riffs fortes e distorcidos na medida certa. Com aquela cara de anos 70, mas sem soar datado, o álbum é um belo exemplo de que a música é atemporal.

Formada por Spice (vocal e guitarra), Anders Linusson (guitarra, ex- The Mushroom River Band), Johann (baixo), Bob Ruben (bateria, ex- The Mushroom River Band) e Hulk (piano, teclados), a banda agradará aos fãs que curtem um som com um vocal cru e bastante “orgânico” (por vezes agressivo, por vezes melódico), riffs carregados, cozinha pesada e a teclados que se encaixam perfeitamente na proposta setentista da banda. Se a intenção era ser sujo (como todo bem Rock deve ser) e baseado no trabalho das guitarras, o grupo atingiu seu objetivo!


Abrindo com Economic Dancer, um Hard sujo e com aquela cara de beira de estrada, onde o vocal de Spice mostra a agressividade citada anteriormente. Bela escolha como faixa de abertura e que conta com um solo cheio de feeling! True Will, começa com um riff simples, e que se transforma em mais uma performance do grupo e deixa Spice á vontade para encaixar seu vocal de forma rasgada, e que possui um refrão grudento. Mais um belo solo de Anders Linusson. On the Run, a mais anos 70 de todas, nos coloca em um daqueles bares esfumaçados, onde as verdadeiras bandas iniciaram suas carreiras. Dosando a melodia e a agressividade de maneira perfeita, a interpretação do vocalista é o grande destaque aqui. Depois da pequena Intro (ao piano), The Joe, mantém o pique da década de ouro da música. Em You Will Call, o Hammond predomina, e percebe-se o grande trabalho realizado por Johann no baixo. Uma das faixas mais “calmas” do trabalho, mas que tem um solo carregado de feeling. You Can’t Stop, traz o peso novamente á tona. Entendam por peso, no que se refere ao estilo praticado pela banda. Fly Away, a mais Stoner do trabalho, e também a mais pesada, é a faixa que reúne todas as características do grupo.


In My Blood, já começa com o teclado imprimindo seu ritmo e nos leva de volta aos 70’s. Down by the Liquor Store, evidencia a cozinha formada por Bob Ruben e Johann, e tem aquele baixo “gordo” que faz toda a diferença. O álbum se encerra com You Know My Name, de forma grandiosa, como aliás, começou. Guitarra distorcida, cozinha pesada, teclado viajando e um vocal cheio de garra.

Um grande trabalho de uma banda que merece uma exposição maior. Talento é o que não falta. Indicado aos fãs de um bom Stoner, Rock com aquela veia anos 70, e apreciadores de música de qualidade!


Resenha por: Sergiomar Menezes
Revisão/edição: Renato Sanson


Label/Selo: Scarlet Records

Tracklist:
1.            Economic Dancer
2.            True Will
3.            On The Run
4.            Intro – The Joe
5.            The Joe
6.            You Will Call
7.            You Can’t Stop
8.            Fly Away
9.            In My Blood
10.          Down By The Liquor Store
11.          You Know My Name


Acesse o link e conheça mais a banda:



quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cobertura de show - União Extrema Fest I: Destruição Sonora Em Nome do Underground (28/03/15 - Embaixada do Rock, São Leopoldo/RS)


Tudo que começa como um sonho bom, não pode se transformar em algo que traga decepção. Desse jeito surge a ideia de unir bandas que movimentam nossa cena local. "E se convidássemos algumas bandas locais para, juntas, promover um Fest?". Claro, a ideia não é original, mas quem já tentou sabe o quão isto é difícil e envolve fatores externos à vontade, para que se torne uma realidade.

Dos organizadores Tiago Alano (All That Metal) e Renato Sanson (Heavy and Hell/Heavy And Hell Press/Road To Metal), partiu a iniciativa de "juntar umas bandas" para fazer um som, e ver no que daria. O tom do comentário faz referência à brincadeira, mas na realidade o assunto foi tratado com muita seriedade e responsabilidade. Vamos ao fato.

Dia 28 de março de 2015, São Leopoldo (que já adquiriu identidade com extremismo sonoro) foi palco de mais uma grande noitada de muito peso. Rolou a primeira União Extrema Fest, quando foi possível conferir a qualidade e excelência de cinco, grandes, bandas gaúchas. Se estamos falando de Metal pesado e São Leo, só há uma casa capaz de suportar tanto peso: Embaixada do Rock!

Losna
A noite começou ao som das damas da Losna, uma verdadeira injeção de adrenalina direto no coração (ao melhor estilo “Pulp Fiction”). Como foi o primeiro show da noite, rondava o medo de que este fosse o show mais desprivilegiado de público. Porém a noite revelou que a Embaixada, nessa noite, não abrigaria muito mais gente do que já se encontrava lá para ver a LOSNA. Um set enxuto, porém primado de muita qualidade sonora e brutalidade  descontrolada. Nossas gurias estão cada vez mais afiadas, e contam com o suporte firme do Marcelo Pedroso na bateria. Honraram o thrash metal gaúcho e os anos de experiência, mais uma vez, com uma apresentação que se enquadra no estilo: Arma de destruição em massa!

Em continuidade da noite, os próximos a assumirem o palco, foram os integrantes da Bloody Violence. A jovem banda na ativa desde 2013, nesta noite foi desfalcada por um inseto. Cantídio Fontes, vocal da Bloody, não esteve em condições físicas de estar presente na noite do fest. Estava sob tratamento intensivo por suspeita de ter contraído dengue.

Bloody Violence
Cantídio fez muita falta nessa noite, mas nem por isso a banda se prejudicou na apresentação. Bem pelo contrário, o show foi sólido como uma das paredes de Alcatraz (em seus melhores dias). Nos momentos em que os vocais eram imprescindíveis, Israel "Sava" Savaris (Baixo) assumiu o microfone. Em outros momentos, Cantídio foi muito bem representado pela instrumentação das músicas. O Público presente pareceu um pouco "assustado”, mas depois se familiarizou e se aproximou do palco. Bloody apresentou as algumas músicas do novo álbum (Devine Vermifuge) e do EP (Obliterate).

CxFxCx
A noite já se apresentava por inteira no céu, e dentro da Embaixada era a hora da CxFxCx tomar conta do que já tinha sido preparado anteriormente pela Losna e Bloody Violence. Não só um show, mas o 1º União Extrema Fest, foi também um encontro de estilos e gêneros diferentes, todos unidos em nome do bem maior: METAL!

CxFxCx comandou com maestria a destruição Crossover, e agora a galera se sentia mais a vontade para começar as "rodas punk's", um claro sinal que a noite estava agradando!  E lá se foi mais uma grande noite para a CxFxCx. Complementando o show, o vocalista Renato realizou alguns registros da noite insana, que que você confere no vídeo a seguir.


Já se encaminhando para as horas finais do festival, era a hora da Revogar retomar a podreira no palco. Exibindo uma sonoridade perfeita, as guitarras era um convite ao "headbang". A banda promoveu um verdadeiro passeio pelo "Vale dos Suicidas" (primeiro trabalho da banda). Se ainda não conhece, acessa a Page da banda pelo Facebook, confere os   vários links disponíveis na página e não tenha pena do seu pescoço. Se nos vídeos, a sonoridade transborda qualidade e energia, no palco a banda exagera (e por isso somos muito gratos) em brutalidade e um profissionalismo que nos enche de orgulho (nível “gringo”).

Revogar
A chave de ouro que encerrou a noitada, foi trazida pela "Chute no Rim" casualmente a mesma chave usada para abrir os portões do inferno. Os alvoradenses mantiveram o pico de energia dissipado pela noite, e botaram a turma pra "bater cabeça" sem limites. Dá gosto de ver como a Chute no Rim melhora a cada apresentação.

Cinco bandas com muita experiência e sonoridade perfeita, das mais jovens às mais antigas. Uma noitada brutal que o ingresso custou dez reais. Se essa noitada fosse recriada em qualquer local que falasse a língua do “mundo antigo”, a noite custaria uns 30 ou 40 euros (tranquilamente) e provavelmente lotaria. Mas...

A União Extrema Fest é a prova de que vale a pena, cada sacrifício, cada noite insone, cada “NÃO” e cada dificuldade passada até o Fest se realizar.

Chute No Rim
Agradecemos imensamente à Embaixada do Rock, por abrir as portas, coração e palco, mais uma vez. Agradecemos aos que estiveram lá nessa noite, todos nós (organizadores, bandas e Embaixada) pensamos em vocês quando tomamos a decisão de tornar o Fest uma realidade.

Teu retorno foi tão excelente que a segunda noite alucinante já tem data, mas isso é assunto para outro dia e saberás como foi, por aqui, quando for a hora!

Às bandas, ficam os nossos “Parabéns”, e quando muitos ainda falam da “cena”, nós falamos de vocês e sobre vocês. São motivo de orgulho e enquanto vocês não desistirem, nós também não desistiremos. A vontade de vocês de continuar, é nosso combustível para acreditar que “amanhã” será bem melhor!


Face das bandas que tocaram no 1º União Extrema Fest:








Link para o evento da União Extrema II:


Cobertura e fotos: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson



segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cobertura de Show - Obituary: Esmagando Crânios Em Sua Nova Volta ao RS (02/04/15, Rock And Roll Sinuca Bar - Novo Hamburgo/RS)


Três anos se passaram desde a última passagem dos americanos do Obituary pelo Rio Grande do Sul. Se em 2012 divulgavam o bom “Darkest Day”, em 2015 a coisa seria um pouco diferente, pois mesmo mantendo uma discografia solida é fato que os últimos lançamentos da banda estavam longe daquele poder de fogo que estamos acostumados a ouvir. Então em 2014 o Obiturary lança no mercado o indiscutível “Inked In Blood”, resgatando aquela velha sonoridade brutal e cheia de feeling.

Porém agora a banda retornava ao RS, mas não para mais um show na capital, mas sim afastado da região metropolitana, indo para Novo Hamburgo, no aconchegante Rock And Roll Sinuca Bar.

E a noite do dia 02/04 (véspera de feriado) tinha tudo pra ser insana, principalmente o transito para se deslocar ao local, o que fez com que chegássemos a casa com o Obituary já em palco tocando a clássica introdução “Redneck Stomp”.


Casa cheia e público louco por Death Metal old school, sendo assim o show prosseguiu com “Centuries of Lies” e “Visions In My Head” (ambas do novo disco) incendiando a galera, com John Tardy e Trevor Peres ensandecidos, agitando a todo instante e interagindo muito com os presentes.

Então era hora do primeiro clássico da noite, e “Infected” (do disco “Cause of Death”) chega para arrebentar os tímpanos alheios e mostrar como a banda está entrosada e brutal.


Vale mencionar a precisão do baixo da lenda Terry Butter e da técnica apuradíssima do novo guitarrista Kenny Andrews, que mostraram grande competência e carisma.


A outra lenda que comanda as baquetas do Obituary Donald Tardy dispensa qualquer comentário, chega ser insano o modo que esmurra seu kit. Seguindo o baile outro clássico, desta vez “Intoxicated” do primeiro disco “Slowly We Rot”, fazendo a alegria dos fãs old schools.

Mas como vinham divulgando seu novo disco, mais uma de “Inked In Blood” é tocada, “Bloodsoaked”, que agradou bastante os presentes. Mas nada se compara quando o riff de “Immortal Visions” (mais uma do primeiro álbum) começou, certamente uma das músicas mais violentas do Obituary, e fica o destaque a John Turdy, que continua em plena forma disparando vociferações únicas e instigantes.


E a dobradinha que viria em seguida realmente foi para massacrar os pescoços dos bangers, “'Til Death” e “Don't Care”, e a essa altura muitas rodas e moshs já eram vistos, o que deixou a banda ainda mais empolgada.

Também há de se ressaltar a estrutura feita no local, onde tinha um belo palco que deixou a banda bem à vontade e com grande movimentação, assim como o som que estava fantástico, não deixando nada a desejar.


Seguindo a chuva de clássicos “Back to One” e “Dead Silence” (ambas do álbum “The End Complete”). Ao decorrer do show ficava cada vez mais incessante os pedidos pelo maior clássico da banda “Slowly We Rot”, e após o primeiro “final fake” em que o Obituary retorna ao palco após o solo de bateria de Donald, tivemos “Back on Top” e “Inked In Blood”, “I'm in Pain” e por fim, o momento que muitos aguardavam, onde levou a casa abaixo de vez: “Slowly We Rot”!

Tendo seu refrão cantando em uníssono ao comando do mestre John e Trevor. Simplesmente animal, uma apresentação impecável, mostrando que a lenda do Death Metal americano ainda tem muita lenha para queimar, o que deixa o show com aquele gostinho de quero mais.


Fica nosso agradecimento a Ablaze Productions pela excelente estrutura e comprometimento com os fãs. E aproveitamos para pedir desculpas a banda gaúcha Postmortem no qual fizeram a abertura do evento, mas que por causa do transito congestionado pelo feriado não conseguimos chegar a tempo do show.


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Uillian Vargas

domingo, 12 de abril de 2015

Marduk: Dia 20 de abril véspera de feriado, o RS vai feder a enxofre!


Uma das principais bandas de black metal do mundial vai voltar ao RS, os suecos do Marduk vão se apresentar na cidade de São Leopoldo, na Sociedade Orpheu, divulgando o novo álbum “Frontschwein”.

Além da banda principal mais dois convidados vão participar desta celebração ao metal negro, Symphony Draconis de Porto Alegre e Revogar de Esteio, se você é apreciador do metal das trevas não perca está grande noite.


Ingressos:

R$60,00 (VALOR ÚNICO)
Na hora: R$70,00
Estudantes e Pessoas com Deficiência R$30,00

Cronograma:

Abertura da casa: 19h
19h30min - Revogar
20h05min - Symphony Draconis
21h00min – MARDUK
Término: 22h30min

Pontos de venda:

Loja Aplace (Voluntários da Pátria, 294 - loja 150 (Centro Shopping) - Porto Alegre).

Origem Tattoo (São Caetano, 25, Cento - São Leopoldo/RS - atrás da estação de trem São Leopoldo)

*Blue Ticket: http://www.blueticket.com.br/13680/Marduk/?obj=busca

*Em toda rede MULTISOM


Local: Sociedade Orpheu
Rua Brasil, 506 – Centro - São Leopoldo/RS

Horário: 19h30min

Bandas de abertura:



Classificação: 16 anos

Para maiores informações acesse o evento:

https://www.facebook.com/events/823402261088178/


Texto: Marlon Mitnel
Revisão/edição: Renato Sanson




sábado, 11 de abril de 2015

Cobertura de Show - Slash: Chuva de Clássicos em Porto Alegre! (20/03/15, Pepsi On Stage - Porto Alegre/RS)


Dia 20 de março foi marcado pelo o encontro de dois ex-integrantes da banda Guns N’ Roses na capital gaúcha, não preciso nem citar a importância que o Guns N’ Roses tem para o rock mundial, foi uma das bandas de maior sucesso no fim dos anos 80 e início dos 90, arrastando milhões de pessoas em mega shows. Desembarcou em Porto Alegre um dos pilares da banda o guitarrista que até hoje é considerado o principal músico do Guns, nada mais nada menos que Slash, ele veio a América do Sul divulgar o novo álbum “World on Fire” e acompanhando ele veio outro ex-membro do GNR, o guitarrista Gilby Clarke, o mesmo foi responsável pela abertura dos shows em toda a turnê.

As filas ainda estavam gigantescas ao lado de fora do Pepsi On Stage, quando pode-se ouvir  o tema de abertura da série Game of Thrones, era o DJ Ricardinho F. responsável por animar os milhares de guners que estavam lá, com clássicos do rock mundial ele usou muito bem o espaço que teve e fez o público cantar junto e bater palmas diversas vezes, os maiores destaques foram “Iron Man” (Black Sabbath) e uma junção  da parte instrumental de “Back  in Black” (AC/DC) e os vocais de (We Will  Rock You) da lendária banda Queen.



Chegada a hora da primeira banda entrar no palco, o público gritava em coro o nome de Gilby Clarke, que entrou acompanhado pela banda Coverheads: Gaby Zero (guitarra), Dani Chino (baixo) e Dukke (bateria).

Primeira música escolhida foi “Wasn't Yesterday Great” seguida por “Under the Gun” do álbum “Swag”. Era claro que a maioria dos presentes não conheciam estas canções, então logo a banda mandou “Motorcycle Cowboys”cover de Kill for Thrills, banda que Gilby tocava antes de entrar no Guns N’ Roses e se tornar mundialmente famoso.


O show seguiu com “Black” do álbum “Pawnshop Guitars” primeiro de sua carreira solo, a banda estava animada, muitas brincadeiras entre os músicos faziam o clima no palco ficar leve.



No show do Gilby não poderia faltar músicas dos The Rolling Stones, poucos sabem além de grande fã da banda, ele já fez alguns shows junto com as lendas vivas do rock, não é para qualquer um tocar com os Stones e com o Guns N’ Roses, então com “It's only Rock'n'Roll (but I like it)”  dos Stones Gilby fez o público pular e dançar, para manter o clima quente mandaram “Knockin' on Heaven's Door” música de Bob Dylan, mas que  a maioria conheceu pela versão do Guns, está os fãs cantaram junto o tempo inteiro, destaque negativo eram os milhares de celulares erguidos, que além de atrapalhar muita gente deixam um clima meio chato, afinal com um grande show na frente, qual a necessidade de vê-lo pela tela de um celular?


Não podia faltar um cover de Slash’s Snkepit afinal Slash e Gilby gravaram o álbum “It's Five O'Clock Somewhere” em 1995, a música escolhida foi “Monkey Chow”. Gilby chamou sua filha Frankie Clarke e juntos tocaram “Dead Flowers” outro cover dos Stones, o show do Rolling Stone boy estava chegando ao fim depois de “Cure Me... Or Kill Me...” ele encerrou com “Tijuana Jail”.

Logo em seguida quando começou a troca de palco, caiu a bandeira no fundo do Gilby Clarke dando lugar a enorme bandeira da banda Slash feat. Myles Kennedy and The Conspirators, formada por Slash (guitarra), Myles Kennedy (voz), Frank Sidoris (guitarra), Todd Kerns (baixo) e Brent Fitz (bateria).



O público estava eufórico no palco já podíamos ver os cabeçotes Marshall AFD100 com a assinatura de Slash e várias caixas Marshall também com a marca dele, além de diversos bonecos enfeitando o palco.

Logo a banda entrou em cena e quando o homem da cartola apareceu com sua guitarra Epiphone o público foi a euforia, com “You are a Lie” do álbum “Apocalyptic Love” eles fizeram a abertura dos trabalhos, bastaram os primeiros acordes de “Nightrain” do Guns N’ Roses para todos pularem de alegria, era difícil não ver ninguém cantando junto com Myles Kennedy, que possui uma voz diferenciada, muito potente com agudos poderosos, na hora do solo Slash foi para frente do palco e por alguns minutos podíamos nos sentir nos anos 80 e 90. Slash está em ótima forma tocando como se ainda fosse o jovem garoto do Guns.



O show seguiu com “Ghost” e “Back From Cali” ambas do álbum de 2010 do Slash, era o momento de inserir no set as músicas do álbum novo. “Wicked Stone” e “Too Far Gone” precederam um dos momentos mais marcantes do show, Myles chamou Gilby para voltar ao palco, Slash e Gilby juntos no palco tocaram Mr. Brownstone (Guns N’ Roses), após abraçar todos os integrantes Gilby deixa o palco novamente e Brent Fitz puxa na bateria “You Could Be Mine” um dos maiores sucessos do Guns, que foi trilha sonora do filme “Terminator II”, a recepção dos fãs não poderia ser melhor.

Myles chamou para os vocais o baixista Todd Kerns que executou “Dr. Alibi” (Slash, 2010) e “Welcome to the Jungle” (Guns N' Roses) outra música que fez o público ir às alturas literalmente, podíamos ver todos pulando, cantando e fazendo solos com guitarras imaginarias. Slash falou pela primeira vez no microfone, chamou Myles novamente, então tocaram mais uma dobradinha do “World On Fire”, “The Dissident” e “Beneath the Savage Sun”.



Na música Rocket Queen (Guns N’ Roses), Slash abusou na hora do solo, obviamente é ótimo ver ele tocando com tanta vontade, mas 10 minutos em um solo  acaba se tornando muito cansativo, mas nada que não possamos perdoar afinal ele era a grande estrela da noite, ao termino do gigantesco solo de Slash, a banda deu continuidade com “Rocket Queen”, então Myles sentou e começaram os primeiros acordes de “Bent to Fly” balada do último álbum de Slash que por sinal é muito boa e todos sabiam a letra na ponta da língua. “World on Fire” e “Anastasia” encerraram as músicas do Slash, está última com um riff maravilhoso já na introdução.

Existe uma música que nunca pode faltar em um show onde o Slash se encontre, considerado um dos melhores e mais clássicos riffs de guitarra, “Sweet Child O' Mine” (Guns N’ Roses cover) é obrigatória e não poderíamos esperar nada além de muita alegria vinda dos fãs, a essas alturas já dava para ver muitas garotas chorando e emocionadas.



A penúltima do show, foi uma das mais festejadas, talvez por ter sido a única da banda Velvet Revolver, “Slither” representou a banda que Slash teve com Duff e Matt ex-companheiros de Guns n Roses, e para o final uma grata surpresa com “Paradise City” (Guns n Roses), com direito até a chuva de papel picado e assim o show chegou ao fim, um show longo com muitos clássicos do Guns N’ Roses, mas sem perder de mostrar seu trabalho solo, Slash o homem cartola fez a noite de todos muito feliz, 5 horas de show não seriam suficiente para ouvir tudo que queríamos, mas ficamos na esperança que logo ele volte.


Cobertura por: Marlon Mitnel
Fotos: Marlon Scopel
Revisão/edição: Renato Sanson