quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cobertura de show - União Extrema Fest I: Destruição Sonora Em Nome do Underground (28/03/15 - Embaixada do Rock, São Leopoldo/RS)


Tudo que começa como um sonho bom, não pode se transformar em algo que traga decepção. Desse jeito surge a ideia de unir bandas que movimentam nossa cena local. "E se convidássemos algumas bandas locais para, juntas, promover um Fest?". Claro, a ideia não é original, mas quem já tentou sabe o quão isto é difícil e envolve fatores externos à vontade, para que se torne uma realidade.

Dos organizadores Tiago Alano (All That Metal) e Renato Sanson (Heavy and Hell/Heavy And Hell Press/Road To Metal), partiu a iniciativa de "juntar umas bandas" para fazer um som, e ver no que daria. O tom do comentário faz referência à brincadeira, mas na realidade o assunto foi tratado com muita seriedade e responsabilidade. Vamos ao fato.

Dia 28 de março de 2015, São Leopoldo (que já adquiriu identidade com extremismo sonoro) foi palco de mais uma grande noitada de muito peso. Rolou a primeira União Extrema Fest, quando foi possível conferir a qualidade e excelência de cinco, grandes, bandas gaúchas. Se estamos falando de Metal pesado e São Leo, só há uma casa capaz de suportar tanto peso: Embaixada do Rock!

Losna
A noite começou ao som das damas da Losna, uma verdadeira injeção de adrenalina direto no coração (ao melhor estilo “Pulp Fiction”). Como foi o primeiro show da noite, rondava o medo de que este fosse o show mais desprivilegiado de público. Porém a noite revelou que a Embaixada, nessa noite, não abrigaria muito mais gente do que já se encontrava lá para ver a LOSNA. Um set enxuto, porém primado de muita qualidade sonora e brutalidade  descontrolada. Nossas gurias estão cada vez mais afiadas, e contam com o suporte firme do Marcelo Pedroso na bateria. Honraram o thrash metal gaúcho e os anos de experiência, mais uma vez, com uma apresentação que se enquadra no estilo: Arma de destruição em massa!

Em continuidade da noite, os próximos a assumirem o palco, foram os integrantes da Bloody Violence. A jovem banda na ativa desde 2013, nesta noite foi desfalcada por um inseto. Cantídio Fontes, vocal da Bloody, não esteve em condições físicas de estar presente na noite do fest. Estava sob tratamento intensivo por suspeita de ter contraído dengue.

Bloody Violence
Cantídio fez muita falta nessa noite, mas nem por isso a banda se prejudicou na apresentação. Bem pelo contrário, o show foi sólido como uma das paredes de Alcatraz (em seus melhores dias). Nos momentos em que os vocais eram imprescindíveis, Israel "Sava" Savaris (Baixo) assumiu o microfone. Em outros momentos, Cantídio foi muito bem representado pela instrumentação das músicas. O Público presente pareceu um pouco "assustado”, mas depois se familiarizou e se aproximou do palco. Bloody apresentou as algumas músicas do novo álbum (Devine Vermifuge) e do EP (Obliterate).

CxFxCx
A noite já se apresentava por inteira no céu, e dentro da Embaixada era a hora da CxFxCx tomar conta do que já tinha sido preparado anteriormente pela Losna e Bloody Violence. Não só um show, mas o 1º União Extrema Fest, foi também um encontro de estilos e gêneros diferentes, todos unidos em nome do bem maior: METAL!

CxFxCx comandou com maestria a destruição Crossover, e agora a galera se sentia mais a vontade para começar as "rodas punk's", um claro sinal que a noite estava agradando!  E lá se foi mais uma grande noite para a CxFxCx. Complementando o show, o vocalista Renato realizou alguns registros da noite insana, que que você confere no vídeo a seguir.


Já se encaminhando para as horas finais do festival, era a hora da Revogar retomar a podreira no palco. Exibindo uma sonoridade perfeita, as guitarras era um convite ao "headbang". A banda promoveu um verdadeiro passeio pelo "Vale dos Suicidas" (primeiro trabalho da banda). Se ainda não conhece, acessa a Page da banda pelo Facebook, confere os   vários links disponíveis na página e não tenha pena do seu pescoço. Se nos vídeos, a sonoridade transborda qualidade e energia, no palco a banda exagera (e por isso somos muito gratos) em brutalidade e um profissionalismo que nos enche de orgulho (nível “gringo”).

Revogar
A chave de ouro que encerrou a noitada, foi trazida pela "Chute no Rim" casualmente a mesma chave usada para abrir os portões do inferno. Os alvoradenses mantiveram o pico de energia dissipado pela noite, e botaram a turma pra "bater cabeça" sem limites. Dá gosto de ver como a Chute no Rim melhora a cada apresentação.

Cinco bandas com muita experiência e sonoridade perfeita, das mais jovens às mais antigas. Uma noitada brutal que o ingresso custou dez reais. Se essa noitada fosse recriada em qualquer local que falasse a língua do “mundo antigo”, a noite custaria uns 30 ou 40 euros (tranquilamente) e provavelmente lotaria. Mas...

A União Extrema Fest é a prova de que vale a pena, cada sacrifício, cada noite insone, cada “NÃO” e cada dificuldade passada até o Fest se realizar.

Chute No Rim
Agradecemos imensamente à Embaixada do Rock, por abrir as portas, coração e palco, mais uma vez. Agradecemos aos que estiveram lá nessa noite, todos nós (organizadores, bandas e Embaixada) pensamos em vocês quando tomamos a decisão de tornar o Fest uma realidade.

Teu retorno foi tão excelente que a segunda noite alucinante já tem data, mas isso é assunto para outro dia e saberás como foi, por aqui, quando for a hora!

Às bandas, ficam os nossos “Parabéns”, e quando muitos ainda falam da “cena”, nós falamos de vocês e sobre vocês. São motivo de orgulho e enquanto vocês não desistirem, nós também não desistiremos. A vontade de vocês de continuar, é nosso combustível para acreditar que “amanhã” será bem melhor!


Face das bandas que tocaram no 1º União Extrema Fest:








Link para o evento da União Extrema II:


Cobertura e fotos: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson



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