sábado, 31 de outubro de 2015

Entrevista - La-Ventura: "Nosso Próprio som, Nosso Próprio Caminho"

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O La-Ventura é uma banda Holandesa, país que revelou e possui vários nomes importantes na cena Metal, a qual vem conquistando espaço no cenário, com dois álbuns lançados,  "A New Beginning" (2008) e "White Crow" (2013), e busca desde o início aprimorar sua sonoridade e identidade, buscando seu som e caminhos próprios, fazendo um Symphonic Metal mais direcionado para a guitarra, mixando groove, peso e melodia, além de influências de Gothic Metal.

A banda vem trabalhando muito na divulgação de seu trabalho, e também nas novas composições, para dar os próximos passos e buscar um reconhecimento mais amplo, e com o EP "La-Ventura 2.0" (que será lançado dia 07/11) pretende mostrar a evolução da banda, apostando muito nas novas canções, as quais, segundo eles, mostrarão todo o potencial do grupo.

Conversamos com a vocalista Carla Van Huizen para saber mais sobre o La-Ventura, o novo EP, os planos da banda e muito mais! Confira a seguir.



RTM: Para começar, para aqueles conhecer a banda agora, você poderia nos contar um pouco sobre o início da banda e como você definiria o som do La Ventura?
Carla Van Huizen: Olá a todos! La-Ventura é: vocals Carla-, Mike-baixo, Saz-guitarra e Stef-bateria.
Nossa música é definida como: Female Fronted Rock Metal com influências melódicas e góticas.

RTM: No início, o som do La Ventura e, por vezes, o seu estilo me lembrou um pouco de Within Temptation, seguindo uma linha semelhante, com elementos sinfônicos, mas com nuances mais modernas, algo até que o WT também vem apresentando nos últimos anos. Eles são uma influência para vocês? 

Carla: Não, nenhuma influência de forma alguma. Buscamos ser uma banda ímpar durante esses oito anos. Nunca tivemos ópera ou uma soprano cantando, nunca tivemos muitos arranjos de piano etc, nem blastbeats diretos. 
Desde o início tentamos misturar groove, melodia, e combinando Metal e Rock, onde ele se adapte melhor com minha voz.
Então, no começo ninguém conseguia nos rotular, mas "hey, há uma garota cantando" e "wow eles têm arranjos de piano, por isso deve ser gótico!" (risos)

RtM:E onde o La Ventura se encaixa no metal holandês e cenário europeu?
Carla: Hoje em dia somos vistos como uma banda com seu próprio próprio som, seguindo seu próprio caminho e fazendo o que faz de melhor. Talvez estejamos na linha de frente agora, ao invés de uma pequena e ímpar banda da Holanda.


RTM: E para você, quais os diferenciais da banda, que irão ajudá-la a consolidar o seu lugar na cena? 
Carla: Eu realmente não sei, porque tantas bandas perderam a sua visão, fazendo música que parece forçada em vez de soar natural para a banda. Sim, é bom tentar melhorar a si mesmo em cada etapa, depois de cada álbum, por assim dizer. Mas, estar ciente do que é que faz a banda soar única, ou soar como deveria. Não perder a identidade de vista.Para mim, pessoalmente, espero que o La-Ventura permaneça forte com o que faz melhor, misturando estilos e gêneros, resultando em um som que cative um grande grupo de amantes da música. Esperamos que as pessoas ouçam o novo (mini) álbum, "La-Ventura, La-Ventura 2.0",  sem ter a sensação de que nos perdemos ou estejamos indo para o caminho errado.


RtM: Evoluir sem perder a identidade.
 

Carla: Nós sabemos que temos que jogar o nosso jogo, se queremos ser parte das grandes ligas. Nós temos 4 músicas, que estarão no EP, e algumas das poucas almas afortunadas que ouviram as músicas afirmaram que estamos fazendo a coisa certa ...

RTM: E quais são as principais diferenças que você apontaria entre o debut "A New Beginning" (2008) e o segundo full-lenght, "White Crow" (2013)?
Carla: As coisas mudaram muito desde o lançamento de "A New Beginning", como um novo baterista e nova gravadora. Nós começamos a banda em um momento em que gótico estava totalmente em voga. Para o segundo álbum, mixamos outros gêneros, e o que escolhemos, deixou o som muito mais orientado para a guitarra.
 
Mas "White Crow" é apenas o começo de onde queremos ir. Assim, o novo material vai finalmente deixar você ouvir todo o potencial da banda.

 RTM: E sobre a parte lírica, que temas a banda gosta de abordar, sobre o que você gosta de escrever e que lhe inspira? 
Carla: Eu faço toda a parte das letras, e a maioria delas são baseados em minhas experiências pessoais na vida, em minhas lembranças e observações sobre vários assuntos. Em algum momento na vida, era somente pura terapia escrever um pouco a respeito das minhas frustrações ou decepções.

RTM: Eu realmente gostei do álbum "White Crow", que eu acredito que traz uma banda mais madura, sendo que já no primeiro álbum mostrava personalidade. Duas das minhas músicas favoritas são a faixa título e "Song for an Idiot". Eu gostaria que você comentasse um pouco mais sobre estas duas canções e suas letras. 
Carla: O título "White Crow" vem da famosa frase "Um homem de sorte é mais raro do que um corvo branco", de Juvenal (Decimus Junius Juvenallis) Sátiras (VII, 202). E é verdade. A sorte é definitivamente rara, intangível e até mesmo difícil de definir. Para ter sorte como uma pessoa, ou uma banda é algo especial. Talvez pelo trabalho duro e um bom planejamento é possível dar o empurrão para a fortuna ou sucesso; no entanto, sorte é algo que todos nós precisamos neste mundo.

Sobre escrever as letras, bom, às vezes eu deixo a música falar por si e eu crio letras para complementar as músicas e às vezes é apenas o contrário. Eu também crio um pequeno arquivo com pedaços de letras escritas no calor do momento, à espera de serem processadas, se necessário. As letras de "Song For An Idiot" foram escrita já há algum tempo, e não é para uma pessoa específica ... quem estamos enganando aqui? 
(risos) 

RTM: Recentemente a letra de "A New Beginning" foi usado em um romance, pela escritora holandesa Karen O.. ? Qual é a história do livro e por que ela decidiu usar a letra dessa música?
Carla: Eu perguntei para a aotora, e ela disse-me: "O livro, "Forever", é uma história sobre a amizade entre duas mulheres, que cresce mais forte e mais forte até que uma delas termina de repente com essa amizade. As consequências são enormes e emocionais para ambas. E de fato, uma outra história começa ....A New Beginning é uma canção bonita e libera emoções. Usar essas letras tornaram 'Forever' completo ".

 RTM: Que legal! Você deve ter ficado muito feliz com as palavras dela. Bom, e o processo de composição e produção dentro da banda, como ele funciona?
Carla: Bem, os caras da banda criam a música e eu escrevo as letras e linhas vocais. Começamos com uma ideia que vai ser trabalhada como um blueprint, para ver se é adequado para a banda. Em seguida, a parte criativa segue, onde cada um na banda contribui com suas ideias. Só as melhores "matrizes" irão se tornar uma nova canção oficial.

 RTM: E um novo álbum, planos para lançar em breve? E quais são os próximos passos que a banda planeja pra buscar um maior crescimento no cenário?
Carla: O novo EP (N. do R: O mencionado EP "La Ventura 2.0, que sairá dia 7 de novembro), que estava planejado ser lançado após o Verão (N. do R. Verão Europeu). O objetivo é atrair os parceiros certos na indústria da música, para convencer as pessoas do potencial do novo material. Então espero que em 2016 possamos lançar um full lenght,  seguindo a mesma forma de "White Crow", lançando-o com um parceiro forte.

RTM: A Holanda tem um cenário muito rico, também revelando grandes vocalistas femininas como Anneke, Sharon, Simone, Floor, para citar algumas, e você também, claro, que vem conquistando seu espaço. Você poderia nos contar um pouco mais sobre como começou na carreira de cantora, suas influências e inspirações?
Carla: Desde jovem eu fui inspirada por Abba, Música Clássica e Top 40 hits. Eu sonhava em ser uma cantora, mas não conseguia encontrar coragem para subir ao palco.Mas aí, fui convidada para substituir uma cantora que havia sofrido um acidente, eu não queria deixar a banda na mão, então eu consegui reunir toda a minha coragem e fui surpreendentemente bem. Eles me pediram para que eu entrasse na banda e é assim que eu entrei nesse negócio. Eu fiz aulas de canto para aprender as técnicas e habilidades básicas, e alguns anos mais tarde começamos o La-Ventura.

 RTM: Carla, obrigado por esta entrevista, esperamos falar com você muito em breve, desejamos sucesso para muitos planos da banda. Bem, eu deixei este espaço final para a sua mensagem para os leitores e fãs ao redor do mundo.Carla: Eu gostaria de agradecer-lhes muito por seu apoio! Road To Brasil ... You Rock!!


Por: Carlos Garcia

La Ventura:
Carla van Huizen – vocals

Mike Saffrie - bass,

Sascha Kondic – guitar

Stefan Simons - drums
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Pré-ordem do EP "La-Ventura 2.0"
 









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