domingo, 17 de janeiro de 2016

Entrevista – Sympherium: Grandiosidade em formato extremo!


Jovens, mas experientes e porque não audaciosos. Isso resume um pouco a pequena trajetória do Sympherium até o momento atual, onde lançaram em 2015 o Debut Philosophy Of Symmetry, que traz uma sonoridade calcada no Metal Extremo regado a sinfonias e partes épicas, e também com um tema lírico próprio. Para explicar um pouco sobre essas ideias falamos com o vocalista Adi França e os guitarristas Felipe Headley e Luiz Eduardo Viana.

Onde ambos explicam este conceito lírico próprio, a sonoridade criada em volta do Metal Extremo e muito mais!


BAIXE GRATUITAMENTE Philosophy Of Symmetry no link a seguir: http://bit.ly/1ZEHFd7


Road to Metal: O Sympherium está na ativa desde 2011, como foi o processo criativo até chegar na sonoridade atual?

Adi França: Começamos, na verdade, com a ideia de colocarmos finalmente em execução um estilo de música agressivo e com uso de simulações sinfônicas que outrora tivemos a pretensão de tocar, mas que por falta de músicos e estrutura devida tivemos de esquecer a ideia. Anos depois, mais experientes e com melhores recursos, decidimos retomar a ideia. Fomos a procura de músicos e em pouco tempo estávamos com a formação definida. Como todos os músicos envolvidos já tinham um longo histórico com diversos projetos musicais, acreditamos que isso facilitou o entrosamento e ajudou na construção dessa sonoridade do primeiro trabalho.

RtM: Com esse amadurecimento musical vocês lançaram em 2015 o Debut Philosophy Of Symmetry, que apresenta uma sonoridade mais sinfônica. Como foi este caminho?

Adi França: Como disse anteriormente, já tínhamos a ideia de tocar um estilo de música que simplesmente mesclasse metal extremo e sinfonia, desde os tempos em que o black metal sinfônico começou a ficar em alta por aqui. Porém não víamos a possibilidade de realizar isso naquela época. Quando isso se tornou possível, não pensamos duas vezes. E parte dos integrantes sempre apreciou a Música Clássica também, então os elementos sinfônicos jamais poderiam ser dispensados. Do mesmo modo, também, que sempre fomos atentos a não abusar dos recursos de simulação orquestral, pois trata-se de metal.


RtM: O Metal Extremo na Paraíba sempre teve muita força, porem para o lado mais old school. Como está a receptividade do disco na cidade? E em um modo geral, como vocês enxergam os elogios sobre o trabalho Brasil a fora?

Felipe Headley: Em nossa cidade o disco não teve muita força, pois o público daqui não curte muito nosso estilo, os quais preferem mais o lado old school (Death/Thrash). Porém, fora da cena local fomos pegos de surpresa, começando pela resenha feita pelo Leandro Vianna do Blog A Música Continua a Mesma falando muito bem do nosso CD, logo após veio outra resenha do Marcos Garcia Big Daddy para o blog Metal Sansara e depois o mesmo fez outra resenha para site gringo Metal Temple. Muitas pessoas de fora do país curtiram nossa página e comentaram nosso clipe nos elogiando muito. E de fato nos deu muita satisfação em saber que nosso trabalho estava sendo apreciado por muitos headbangers mundo a fora.

RtM: Um ponto que chama bastante atenção em Philosophy Of Symmetry são as letras. Poderia nos falar um pouco sobre o conceito lírico e quais inspirações tiveram?

Adi França: Eu e Felipe queríamos um projeto com a sonoridade de um black metal sinfônico/melódico, porém queríamos fugir a todo custo desses temas já muito explorados ou muitas vezes até grotescos, como paganismo, satanismo, ocultismo, misantropia, e por aí vai. Queríamos um tema lírico que casasse com a sonoridade agressiva, sinfônica e épica. Foi então que Felipe veio com a ideia de um conteúdo do qual fosse exclusivamente nosso, uma espécie de filosofia única e de nome próprio. A partir daí, como um brainstorming, fomos construindo a coisa toda. Mais tarde vim com a ideia de um nome para essa filosofia que envolvesse todos esses pensamentos e sonoridade, então me ocorreu de unir imperium e synphonia do latim com symmetrikós do grego, servindo de etimologia para Sympherium. E assim batizamos a banda. Com base nessas ideias iniciais fui escrevendo e amadurecendo algo sobre essa filosofia, que se trata basicamente de um pensamento que tem como objetivo a busca por aquilo o que poderia estar mais próximo da perfeição; o equilíbrio e a grandeza de todas as coisas. Por esse motivo a escolha da palavra simetria, por remeter à beleza, ao equilíbrio e à harmonia. Mas não se deve confundir em nada com a vaidade, pois trata-se primordialmente do mental e do espiritual, do interno ao externo. Para o desenvolvimento desse pensamento, não tive inspirações em alguma filosofia ou filósofo específicos. Há um pouco de tudo, de antigas filosofias e filósofos ocidentais a orientais, e grande parte do conteúdo lírico foi resultado de observações e reflexões próprias.


RtM: O Heavy Metal no Brasil em termos de público vai de mal a pior, shows vazios, desinteresse grande por materiais físicos e por aí vai... O que vocês acham que poderiam solucionar esses problemas?

Luiz Eduardo Viana: Pois bem, essa crise ainda irá durar por muito tempo, acredito. A única solução é continuar o trabalho procurando manter um investimento constante e moderado nos trabalhos. Por mais que acreditemos que essa maré vá durar, mesmo assim precisaremos nos manter prontos para o que vier. Um dos motivos de nosso lançamento ter sido inicialmente digital é devido ao desinteresse pelos materiais físicos. Contudo, devida a recepção, vimos necessidade da prensagem de nosso álbum (que saíra em breve). Em relação aos shows, podemos dizer que estamos bem parados, pois a nossa preocupação atual é a da conclusão das composições para um próximo disco. De qualquer forma, estamos preparados para qualquer oportunidade de palco que venha a surgir.

RtM: Ainda sobre o lançamento de Philosophy Of Symmetry, ele está disponível em formato digital até o momento, com um material tão relevante porque decidiram disponibilizar o mesmo para download gratuito? Ele será lançado em formato físico?

Luiz Eduardo Viana: Então, passamos por inúmeras situações, as quais atrasaram o lançamento do nosso álbum. Decidimos, inicialmente, lançá-lo de forma digital e gratuita como uma forma de retribuir a cena underground pela paciência, incentivo e confiança que nos foram depositados. De toda forma, estaremos lançando, pela Eternal Hatred, o álbum em formato físico em breve.


RtM: E sobre shows, como anda a agenda do Sympherium? Pois como são um sexteto a proposta para show tem que ser no mínimo boa.

Felipe Headley: Por enquanto estamos agendando alguns shows, enquanto aguardamos o CD físico ficar pronto e assim começarmos a turnê de divulgação do Philosophy Of Symmetry pelo Brasil.

RtM: Agradeço pela atenção e deixo o espaço final a vocês.

Sympherium: Ficamos imensamente agradecidos pelo espaço, por podermos falar mais sobre o Sympherium, uma banda que está lutando na cena underground nacional. Digo também que foi uma honra o contato e poder participar. Gostaria, em nome da banda, de deixar nítido o quão esses momentos são importantes para a cena do metal nacional, o quão é importante disseminar a música autoral, fortalece e mantém vivo o trabalho. Agradecimentos a todos os nossos amigos, os quais nos ajudaram e sempre nos colocaram para frente. Stay in Symmetry.



Entrevista por: Renato Sanson


Acesse e conheça mais a banda:



Assista o videoclipe de The Last Civilization” agora mesmo: https://www.youtube.com/watch?v=tC96YUZ7ybA


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