sábado, 10 de setembro de 2016

Entrevista - Neudi Neuderth (Roxxcalibur): Cavando Tesouros do Metal




Andreas "Neudi" Neuderth é uma figura muito conhecida no meio Metal, pelo seu trabalho em publicações como a Deaf Forever, no canal Street Clip TV, programas de rádio, produção e masterização, e principalmente como baterista em várias bandas, como o cultuado Manilla Road (banda que sempre foi fã confesso, tornando-se membro efetivo desde 2011), Viron, Masters of Disguise, Savage Grace e o ROXXCALIBUR, projeto tributo à NWOBHM, que já está no seu terceiro álbum, e foi nosso assunto principal desta entrevista, além, claro, da paixão de Neudi pelo Metal oitentista.  (English Version)

Numa entrevista bem descontraída, e se tratando de Neudi Neuderth, bastante proveitosa em termos de conhecimento e informação de joias preciosas da NWOBHM e Metal Clássico, ele nos conta um pouco mais desse mais recente álbum do Roxxcalibur, o seu início na música, MANILLA ROAD, e muito mais! Confira a seguir a conversa com esse "caçador de tesouros" do Heavy Metal:


RtM: Para começar, algo que eu sempre quis perguntar é como é o processo de escolha das músicas que estarão nos álbuns? Vocês todos são fãs do vasto material produzido pelas bandas de NWOBHM, mas cada membro deve ter algumas músicas e bandas favoritas?
Neudi: Bem, eu sou o fanático na banda, mas é claro que os outros caras também possuíam algumas coisas de NWOBHM antes do Roxxcalibur, mas não eram do tipo colecionadores. Kalli (guitarra) sempre foi fã do Thrash e do lado mais pesado do US-Metal, e também Accept antigo , enquanto Alexx (vocal), que é um pouco mais jovem do que nós, começou com os tradicionais Priest, Iron, WASP ou Manowar. Mario (baixo) sempre foi um metalhead que também ama Punk, hardcore antigo e outras coisas Crust. Ele mudou desde que começamos com o Roxxcalibur, e agora é um NWOBHM-maníaco também, enquanto os outros caras simplesmente amam a maioria das coisas da NWOBHM.

RtM: E você como um amante e colecionador do material clássico, sua opinião tem mais peso?
Neudi: Minha coleção enorme (vinis, CDs) é a "base" para encontrar coisas legais para escolhermos o que tocar. Ouvimos o máximo de músicas possíveis e depois escolhemos 20 ou 30. Depois disso, fazemos uma lista e classificamos as canções ... e no final temos o set list para um novo álbum. Nosso chefe na Limb-Music, "Limb", conhecido como primeiro manager do Helloween aqui na Alemanha, também tinha uma favorita para estar no nosso mais recente álbum, "Gems of the NWOBHM", que era "Paper Chaser" do Taurus.

"Não havia nenhuma edição de bateria ou outras partes no álbum. Ainda existem alguns pequenos erros nele por causa disso ... Eu não vejo isso como erros totalmente, são seres humanos tocando música orgânica..."
RtM: O conceito do Roxxcalibur é pagar tributo a bandas que não tiveram maior exposição, sendo desconhecidas por um público mais amplo, e dando-lhes uma segunda chance. Como você vê os resultados alcançados até agora, chegando já no terceiro álbum? Você acredita ter alcançado as metas e objetivos que tinham quando começaram a banda?
Neudi: Para ser honesto, quando começamos com a banda eu não esperava nada. Já era estranho quando me ofereceram um acordo para um "NWOBHM-Tribute-Project" antes mesmo de nós fazermos nosso primeiro ensaio. Nosso "chefe",  Limb, já amava o trabalho de  Alexx (vocais) e minha banda anterior, Viron, então ele sabia que não iria ser qualquer porcaria que iríamos fazer com o Roxxcalibur. Com o nosso primeiro álbum tivemos resenhas incríveis, figuramos como "CD do mês" ou "Sugestão especial" em muitas revistas. O mesmo aconteceu com o segundo e o novo CD. Assim, essa parte foi muito melhor do que nós estávamos esperando ... porque não esperávamos nada. A única parte decepcionante é que nós não fizemos muitos shows. Nos primeiros anos, os organizadores de festivais em sua maioria não sabiam como lidar conosco, agora estamos muito ocupados com nossas outras bandas como Manilla Road, Masters of Disguise e Abandoned, só para citar as bandas mais importantes que contam com membros do Roxxcalibur (N. do R.: Alexx Stahl foi efetivado no Bonfire recentemente).

RtM: Em "Gems of NWOBHM" você poderia destacar quais as suas músicas favoritas do álbum? e porque?
Neudi: Minhas músicas favoritas no nosso álbum são diferentes das favoritas nos originais aqui e ali. Eu amo a abertura  "Why Don't You KillMe" (Legend), porque combina epic rock dos anos 70 com pré-Speed Metal. E há "Soldiers of War", do Satan's Emperor e da minha coletânea favorita de NWOBHM, "Lead Weight" (Neat Records). Eu amo "Age ofMachine" do Mythra desde o lançamento na década de noventa, pela na British Steel Records, porque esta canção não estava em seu famoso EP "Death and Destiny". Ele também tem este feeling dos anos 70, e ao mesmo tempo já sendo pré-Metal, algo que eu amo mais ainda quando se trata de NWOBHM. Mas eu acho que a "nossa" melhor canção é surpreendentemente "Somewhere Up In The Mountains” do Marquis De Sade.

RtM: "Gems of the NWOBHM"  já é o terceiro álbum do Roxxcalibur. Quais músicas você queria incluir em um álbum, mas que não foi possível ainda?
Neudi: Há algumas músicas que meus companheiros de banda não gostam muito, mas não seria justo citá-las aqui. Quero dizer ... há algumas canções deste álbum que alguns dos meus companheiros de banda não gostavam alguns anos atrás. E há uma canção neste álbum que eu não gosto muito. Queríamos gravar "Gonna Get Back To You" do Prowler (a versão da compilação "Brute Force") e notei durante a gravação que não estava soando muito legal ... Por isso, paramos de trabalhar nela.

"Minha coleção enorme (vinis, CDs) é a "base" para encontrar coisas legais para escolhermos o que tocar."
RtM: Outra característica marcante no Roxxcalibur é que vocês gravam muitas partes realmente ao vivo, com o mínimo de overdubs e sem o uso de programas digitais para corrigir erros ou possíveis falhas, soando como autêntico e mais perto possível das condições das bandas da época. Conte-nos mais sobre este processo de gravação? Creio que a maioria das músicas são gravadas em poucos takes.
Neudi: Sim, é verdade, mas no primeiro e no segundo álbum era apenas uma guitarra, bateria e baixo ao vivo, e adicionamos todas as outras guitarras rítmicas mais tarde, juntamente com os vocais e solos. Nosso novo álbum foi completamente gravado ao vivo, com a banda toda no estúdio, exceto os solos e vocais. Há alguns primeiros takes no álbum, isso mesmo, mas algumas músicas foram realmente um pé no saco, e foi necessário quase um dia para fazê-las! ha ha. Novamente os solos e todos os vocais, além de alguns efeitos (tempestade, aves etc.) foram adicionados mais tarde.

Você está certo, não há nenhuma edição de bateria ou outras partes no álbum. Ainda existem alguns pequenos erros nele por causa disso ... Eu não vejo isso como erros totalmente, são seres humanos tocando música orgânica da forma como deve soar - em minha opinião. A maioria dos álbuns recentes soam como merda de plástico por causa de todo essa edição que é usada hoje em dia. Muitas das bandas que eu amava perderam a sua identidade por causa disso, pelo menos nas gravações em CD.

RtM: Eu acredito que, assim como no palco, você também deve se divertir muito durante o processo de gravação dos álbuns, a escolha de canções (a "procura pelo ouro" hehehe), e até mesmo na escolha da arte da capa, mais uma vez maravilhosa.
Neudi: Sim, é assim e não há nenhuma outra razão para nós em tudo. Todos nós temos outras bandas em que tocamos, e enquanto nós nos divertirmos com Roxxcalibur vamos ir em frente. E, claro, enquanto as pessoas quiserem nos ouvir, o  que parece estar indo bem até agora ** Ha Ha **

RtM: E as suas partes de bateria? Conte-nos um pouco sobre como você costuma gravar, o tempo que você leva para ensaiar a música para ter uma pegada tão poderosa nos álbuns? Lembro-me de uma frase legal que você falou, que você é "um baterista de Rock and Roll que toca Metal!"
Neudi: Oh, você se lembra disso? Porque é verdade. Alguém acabou de me chamar de "Um Cozy Powell mais progressivo", o que soa engraçado, mas há alguma verdade nisso. O meu objetivo é som bom e poderoso. Técnicas e coisas adicionais só vem depois isso. Então, estava tocando no Savage Grace, quando Chris Logue fez uma reunião em 2009/2010, foi divertido, mas não para mim como baterista, tocar todas aquelas músicas com doublebass, não é a minha praia, até eu posso fazê-lo ... Isso é também a razão pela qual eu deixei a banda Masters of Disguise, simplesmente não é o meu estilo como baterista. É diferente como um fã, claro, eu gosto de um monte de Thrash e Speed ​​Metal, especialmente dos anos 80 coisas. Mas notei que eu sou mais um Metal-fan do que um baterista de Metal quando eu tocava em bandas como Kokoon (Progressive Pop-Rock) ou Child In Time (Deep Purple Tribute). Mas estou superfeliz em estar no Manilla Road e Roxxcalibur. É Metal, mas com espaço suficiente para me experimentar.

"O meu objetivo é som bom e poderoso. Técnicas e coisas adicionais só vem depois isso."
RtM: E entre os muitos "diamantes brutos" que você já prestou homenagem no Roxxcalibur, você poderia fazer um "Top Five" de álbuns? Dividindo um pouco mais dessa "caça ao tesouro", especialmente com os fãs mais jovens.
Neudi: Para ser honesto, isso é realmente impossível, porque ela muda a cada dia. Então, eu só poderia citar a compilação "Lead Weight" da Neat Records e -ainda que eu soe como  um chato repetitivo- a estreia do Iron Maiden. Esses LPs foram importantes quando eu era garoto. Além de que eu amo 7'' Singles ... muito mais do que álbuns :) Então, quando selos como o High Roller lançam CDs que combinam os singles + demotracks das bandas, ao longo dos anos alguns deles se tornaram meus favoritos (como Sparta, por exemplo).

RtM: Uma questão delicada também é como fazer essas versões imprimindo a  personalidade do Roxxcalibur, mas sem descaracterizar a versão original. Você poderia nos contar um pouco mais sobre esse processo? Vocês, em algum momento, descartaram músicas porque não foi possível criar uma versão satisfatória?
Neudi: Como eu disse antes, havia aquela música (do Prowler) que não entrou tornou no nosso novo álbum. Mas antes, nós fizemos "Angel Witch" (do Angel Witch) na nossa estreia e "If I Were King" (Vardis) para o nosso segundo álbum. Ambas as versões não foram satisfatórias para nós, e as deixamos fora do álbum. O mesmo com "Survivors" do No Quarter que também fizemos para o nosso segundo álbum. Talvez nós usaremos como uma faixa bônus para o vinil ou algo assim.

RtM: E as reações dos autores originais? Todas positivas, ou uma banda ou algum membro não gostou de suas versões? Vocês tiveram algum problema com alguém, ou que não tenha autorizado a gravar alguma música?
Neudi: Todas positivas, a maioria entusiasmados. O que muitos não sabem: Quando você faz uma verdadeira versão cover, você não precisa perguntar ao autor, somente quando você mudar a música drasticamente (música, letras, estilo etc.). Em dois casos, pensamos que deveríamos ter-lhes perguntado, mas no final eles acharam tudo ok. Também temos uma amizade com algumas bandas desde o primeiro álbum (Jameson Raid, Cloven Hoof etc.).

Com a galera, no Keep It True Festival

RtM: Além de mostrá-las público que não tiveram acesso a estas pérolas de NWOBHM, e dar uma segunda chance para essas músicas, eu vejo que o Roxxcalibur incentivou muitas pessoas a "cavar" este ouro também, e eu acredito que isso também contribuiu para encorajar muitas dessas bandas a retornar ao palco, lançar novos álbuns, percebendo que há fiéis seguidores e fãs da NWOBHM, e mais pessoas descobrindo essas bandas. Você recebe muito feedback do público e das bandas sobre isso? Aconteceu de pessoas virem dizer-lhe: "Ei, nós voltamos e lançamos um novo álbum, graças a vocês."
Neudi: Na verdade isso aconteceu. O Quartz agradeceu-nos em muitas ocasiões, quando eles concretizaram o seu retorno, Jameson Raid fez uma reunião, Sparta começou a tocar novamente e tem a "Angel Of Death" como sua única regravação em seu novo álbum ... Muitas coisas legais aconteceram e isso nos faz felizes! Também tivemos alguns shows com membros originais de bandas da NWOBHM, como no Keep It True Festival. Brian Ross se juntou a nós várias vezes para cantarmos "Blitzkrieg" juntos.

RtM: E como não poderia deixar de ser, vamos falar sobre o Manilla Road, banda que você sempre foi um grande fã, e agora é um membro. Conte-nos um pouco sobre esse sentimento de estar na banda? Além disso, é um momento muito especial, com a banda tocando em vários países, vários festivais, lançando novos álbuns e relançamentos. Você acredita que muitas bandas consideradas cult estão tendo mais atenção nos dias de hoje? Mark disse-me em uma entrevista que eu fiz com ele um tempo atrás, que considera o presente momento mais favorável, com a banda recebendo mais atenção do que na década de 80.
Neudi: Estou na banda desde 2011, e ainda é algo especial para mim. Mas eu preciso mencionar que estamos em contato desde 2000 ou mesmo 1999 e que nos reunimos em várias ocasiões antes de me juntar a banda. Então é claro que o meu primeiro show, em 2011 (Hammer of Doom Festival), foi um sonho, mas felizmente eu conhecia os caras antes, e isso ajudou muito para que eu me sentisse bem. Por outro lado, sou profissional o suficiente para desligar o lado fã quando é necessário. 

Tenho cuidado de alguns negócios para a banda aqui no lado Europeu, como o contrato de gravação aqui na Alemanha desde o "Mysterium", remasterização do catálogo antigo, enquanto Mark está escrevendo novas canções e faz outras coisas nos EUA. Então, isso torna as coisas um pouco mais fáceis para a banda, como temos mais "mão de obra". Temos também um booker nos EUA e na Europa, etc. Na verdade, a banda hoje está mais bem sucedido do que nunca por causa do recente line-up, estando capaz de excursionar e gravar. E sim, as turnês pelo mundo vieram tarde na minha carreira, mas é claro que eu adoro! Às vezes é triste que eu não tenha  tempo para ver mais dos países em que nós tocamos.

  claro que o meu primeiro show, em 2011 (Hammer of Doom Festival), foi um sonho, mas felizmente eu conhecia os caras antes, e isso ajudou muito para que eu me sentisse bem."  (Sobre a entrada no Manilla Road)
RtM: Você tocou este com o Manilla Road no Cruzeiro 70.000 Tons of Metal. Você poderia nos contar um pouco como foi essa experiência, e também sobre a reação do público com relação ao show da banda?
Neudi: Tivemos uma boa quantidade de metalheads em ambos os shows que tocamos. Se você olhar para o line-up, Raven, Jag Panzer, Diamond Head e nós mesmos, éramos os "exóticos" entre uma tonelada de Death Metal e coisas mais modernas, além de dois grandes nomes do setor tradicional (Hammerfall e Gamma Ray). Então nós ficamos realmente surpresos que algumas pessoas que só conheciam o Manilla Road de nome,  até nos elegeram como umas das melhores bandas do cruzeiro. A viagem em si foi fantástica! Uma mistura de festival e férias :)

RtM: E finalmente, você poderia nos contar um pouco como foi o seu começo na música, quando você começou a se interessar por tocar bateria, suas principais influências e quando o Metal entrou na sua vida?
Neudi: Meu pai tocava bateria em uma banda no final dos anos sessenta, mas é claro que eu não tinha nascido ainda, que não foi uma influência ... mas sua pequena e agradável coleção de discos sim. Eu diria que Creedence Clearwater Revival, ainda um dos meus favoritos nos dias de hoje, juntamente com John Fogerty solo, foi o meu primeiro passo para o Rock, especialmente as canções mais pesadas, como "Pagan Baby".  O mesmo com "Best Of" duplo dos Rolling Stones e do LP duplo azul dos Beatles. Quando eu tinha seis ou sete anos meu pai ganhou um LP chamado "Hot Rock", que foi um presente para os clientes de um banco alemão (!). Havia Deep Purple com "Fireball" nele e, hey,  era "proto Speed ​​Metal", com pedais duplos e pesados, guitarras distorcidas. Este foi um momento fundamental na minha vida.


RtM: E aí certamente vieram outras bandas mais "pesadas", e lembro que você tem uma bela coleção de KISS.
Neudi: Em seguida, o habitual aconteceu: eu peguei o meu primeiro álbum do Kiss (Alive, em seguida, Alive 2), Status Quo "Live" e outros Live-Álbuns como "All the World's a Stage" (Rush) e "Double Live Gonzo" (Ted Nugent ). 

Em seguida, em 1980, quando eu tinha 9 anos, eu finalmente pude ver o KISS aqui na Alemanha e sua banda de abertura era uma novidade da Inglaterra....Iron Maiden! Isto, obviamente, foi uma grande mudança na minha vida. Eu conheci o guitarrista Dennis Stratton alguns anos atrás quando tocamos três músicas do Maiden (Roxxcalibur com Stratton, além de Tom Gattis nos vocais) no KEEP IT TRUE FESTIVAL. Depois que o material usual fundiu minha mente e devo dizer que eu era mais fã do US Metal na época. Dentro dos anos 80 eu buscava encontrar o material mais pesado disponível, mas isso terminou quando bandas como Cryptic Slaughter ou Napalm Death vieram à tona. Este foi o momento em que eu pensei "ok, agora está ficando sem sentido". Mas, ainda assim, mesmo que eu também adore música dos anos 60 e 70, eu gosto do velho Thrash e as primeiras raízes do Death Metal como Venom, Celtic Frost e Possessed.


RtM: Hoje podemos ver uma espécie de "renascimento" com várias bandas que fazem música inspirada pelo som dos anos setenta. Você acredita que essas novas bandas realmente fazem essa música de uma forma honesta, inspirados pelas grandes bandas da década de 70? Ou a maioria seria mais pensando em tirar proveito desse "revival", e seguir qualquer tendência que esteja mais em voga?
Neudi: Bem, estes jovens músicos poderiam ser meus filhos. Se eles seriam meus filhos seriam mais influenciados pelo Metal, por isso, é estranho que este material retro não tenha acontecido mais cedo, porque seus pais deve estar entre os 40 ou 50 anos de idade também. Mas, em geral eu entendo jovens garotos que tocam esse tipo de música, porque é muito mais divertido de tocar do que a maioria dos outros estilos. Você tem mais liberdade tocar o seu instrumento, é por isso que eu gosto de ouvir muitas bandas dos anos 70. Mesmo no estúdio, a maioria improvisava no estúdio, soando quase o mesmo que ao vivo, só que sem uma audiência.

Tivemos esse sentimento durante as gravações do Roxxcalibur também. Na maior parte dos anos 70, as bandas faziam músicas pesadas, mas os álbuns contêm também outras coisas. Alguns fizeram alguns blues, um pouco de jazz ou pop. Portanto, havia mais misturas naquela época do que na década de 90, quando as bandas de Metal tentaram mesclar estilos.

RtM: Neudi, obrigado pela sua atenção, eu deixo este espaço final para que você envie a sua mensagem para os fãs. E obrigado novamente, por ser uma pessoa tão ativa, sempre lutando pelo Metal, sempre produzindo, seja no rádio, TV, revistas, etc, e acima de tudo, sempre simpático e carismático! Abraços e esperamos que você retorne à América do Sul em breve, com o Manilla, e talvez o  Roxxcalibur!
Neudi: Espero que sim! A América do Sul foi uma grande experiência quando excursionamos com o Manilla Road e, juntamente com a Grécia e Chipre vocês tem os mais selvagens metalheads!! Vejo todas essas bandas clássicas como Picture ou Grim Reaper tocando na América do Sul e isso me deixa muito feliz. Sua cena definitivamente está viva e bem.


Entrevista: Carlos Garcia  

Roxxcalibur Official website
Manilla Road Official Website
Neudi Youtube Channel 

Discography with Roxxcalibur:
NWOBHM For Muthas (2009)
Lords of the NWOBHM (2011)
Gems of the NWOBHM  (2015)

Neudi Complete Discography


Manilla Road

Um comentário:

Sophie Grace disse...

The written piece is truly fruitful for me personally; continue posting these types of articles. IF you Forgot the username and password of your router, please check 192.168.254.254